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PLANO DE METAS DE JUSCELINO KUBISTSCHEK PLANEJAMENTO ESTATAL E CONSOLIDAÇÃO DO PSI CiÊncias ECONÔMICAS – ECONOMIA BRASILEIRA (17/05/2018) Prof. Me. joão e. b. caetano INTRODUÇÃO A experiência brasileira de planejamento estatal, implementada pelo plano de metas de JK é considerada um caso bem-sucedido de formulação e implementação de planejamento. INTRODUÇÃO Além dos amplos projetos estatais de infra-estrutura , o estado conseguiu articular grandes somas de investimentos privados tanto de origem externa quanto interna. Estes investimentos eram destinados aos setores como: Indústria automobilística, construção naval e aeronáutica. INTRODUÇÃO O instrumental do planejamento, técnica recém-introduzida por jk foi fundamental para sintetizar sua proposta política de desenvolvimento industrial acelerado. 2. fornecimento de alimentos e matérias-primas: à medida que ocorre o crescimento das zonas urbanas e o desenvolvimento da indústria, estes setores necessitam cada vez mais de produtos fornecidos pela agricultura (alimentos e diversas matérias-primas). Levando-se em consideração que a mão-de-obra no campo está diminuindo em virtude de sua transferência para as indústrias, o aumento de produtividade deve ser substancial no setor agrícola. A falta de alimentos e de matéria-prima pode inviabilizar a continuidade do processo de industrialização e/ou gerar sérios problemas que, em geral, refletem-se em aumento dos preços desses bens, gerando assim inflação; 3. transferência de capital: quando se parte de uma economia tipicamente agrícola, não só os trabalhadores estão concentrados no campo, mas também o capital está aplicado na agricultura. desse modo, a industrialização exige que parte desses recursos seja transferida para o investimento em setores industriais. 4 - geração de divisas: uma importante função do setor agrícola é manter elevado nível de exportações, a fim de viabilizar, com as divisas obtidas com essas exportações, a importação de máquinas e equipamentos necessários ao processo de industrialização; 5. mercado consumidor: a agricultura também se constitui em importante mercado consumidor dos produtos gerados no setor industrial e nas cidades de modo geral. À medida que a agricultura se desenvolve, ela necessita cada vez mais de implementos agrícolas, como tratores, colheitadeiras, produtos químicos etc. que são fornecidos pela indústria. Além disso, dependendo da renda gerada na agricultura e de sua distribuição, pode haver crescimento da demanda por produtos de consumo, como televisores, automóveis, eletrodomésticos etc. Aspectos negativos: durante o processo de substituição de importações, alguns autores alegavam relativo atraso do setor agrícola, que representava um entrave ao processo de crescimento econômico do país. Dentro dessas concepções, destaca-se a visão estruturalista de inflação, segundo a qual a agricultura atrasada impedia que o crescimento da oferta de produtos agrícolas acompanhasse a demanda urbana, constituindo-se em constantes choques de oferta, que levavam à elevação do nível de preços. Aspectos negativos: Outro problema diagnosticado era a ausência de uma reforma agrária, em que a existência de grandes latifúndios levava a uma profunda concentração de renda, impedindo a criação de um mercado consumidor mais amplo para a indústria. Aspectos positivos: a agricultura não representava um entrave a esse desenvolvimento, dado que o setor primário cumprira, na medida do possível, suas funções, apesar de a política econômica adotada durante o período não lhe ser favorável. Foi em grande parte por meio dessa política que se transferiu parte do capital antes aplicado na agricultura para a indústria. Mesmo assim, o setor gerou mão-de-obra, divisas, matéria-prima e alimentos para o setor industrial, apesar de que nessa fase, seu papel, enquanto demandante do setor industrial, ainda esteve restrito. Reconhece-se também que em determinados momentos houve problemas de falta de alimentos e de escassez de divisas. Quando, porém, se olha de uma perspectiva ampla, a agricultura expandiu-se e diversificou-se, de modo que, com algumas dificuldades, cumpriu seu papel no processo, apesar de ser prejudicada pela política econômica do governo. Referências Gremaud, a. p. economia brasileira contemporânea. São Paulo: atlas, 2006. Marques, r. m. (org). Economia brasileira. São Paulo: saraiva, 2006.
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