Buscar

DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE DIFUSÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
FÍSICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL - QMC5453
CURSO: Farmácia
PROFESSOR: Nito Ângelo Debacher
ALUNOS: Maria Catarina Guiselini, Thalia Guedes do Nascimento, Twely
Regina da Silva e Yngra Gabrielle Rodrigues do Nascimento
EXPERIÊNCIA 1 : DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE
DE DIFUSÃO
Florianópolis, 29 de Junho de 2021
1. INTRODUÇÃO
O conceito de difusão se dá pelo transporte de massas de moléculas
individuais por uma barreira ou espaço livre, que ocorre segundo um processo
aleatório, e que depende de um gradiente de concentração. A difusão livre ou
transporte passivo de uma substância através de um líquido, sólido ou
membranas é um processo de considerável importância na ciência
farmacêutica. Exemplos de fenômenos de transporte de massa, aplicados à
farmácia são: dissolução de fármacos em tabletes, pós, grânulos, liofilização,
ultrafiltração, liberação de fármacos de ungüentos e de bases de supositórios;
passagem de vapor de água, gases, aditivos ou fármacos através dos filmes de
revestimentos, microesferas, cápsulas e paredes de embalagens. Pode -se incluir
neste rol a absorção passiva de fármacos pelo organismo ou a distribuição
de substâncias nos diferentes compartimentos fisiológicos do nosso corpo. Os
filmes e microesferas de polímeros compõem a classe mais recente dos
sistemas de liberação prolongada de fármacos. Nestas condições a difusão
acontece gradativamente evitando a ocorrência de elevados picos na
concentração plasmática, sendo estes os principais responsáveis pelos efeitos
adversos de muitos fármacos. A concentração de íons Na + é maior no meio
extracelular do que intracelular e o contrário acontece com os íons K + isto se
deve ao efeito da difusão facilitada por permease intracelular. Difusão também é
conhecida como a tendência que as moléculas ou íons apresentam de migrar
de uma região de concentração elevada para outra mais diluída objetivando
igualar as concentrações e o potencial químico em todos os pontos do
sistema (ou seja, atingir o equilíbrio). É uma consequência direta do
movimento browniano (movimento ao acaso). O processo é influenciado pelas
características do soluto e solvente, da temperatura, pressão, potencial
químico, entre outros. O movimento browniano das moléculas leva o sistema de
um estado inicial, não em equilíbrio, para um estado final de energia livre
mínima e entropia máxima e, portanto, em equilíbrio. Experimentalmente para
determinar o coeficiente de difusão de qualquer soluto em solução deve-se
ter a certeza de que o movimento randômico molecular é somente por difusão
e não devido ao movimento do líquido (por exemplo, convecção). Este problema
pode ser resolvido utilizando-se géis que são sistemas de estrutura rígida em
forma de rede. Experimentalmente considera-se que a rede do gel não
interfere na difusão da substância em estudo. A difusão através de um gel
unidimensional (tubo cilíndrico) pode ser representada, matematicamente, pela
Equação 4.
Onde Mt /Mo é a fração do soluto que difundiu num determinado tempo t L
é o comprimento do cilindro efetivamente utilizado com gel, Mt é a quantidade
que difundiu para fora o gel no tempo t e Mo é a quantidade total da
substância que difunde, no gel. No presente experimento o procedimento
envolve primeiramente a preparação do gel (procedimento abaixo) e posterior
medida da variação, com o tempo, de uma propriedade física que dependa da
concentração da substância difundida do gel para o solvente no qual o gel
está mergulhado. Neste caso, como o soluto é cloreto de potássio KCl,
podemos medir a condutividade do eletrólito.
2 . OBJETIVOS
Determinar o coeficiente de difusão do KCl em gel de ágar.
3. MATERIAIS E PROCEDIMENTO
3.1 Materiais
Reagentes:
● KCl sólido
● Gel de ágar
● Água deionizada
Equipamentos:
● 1 condutivímetro
● 1 agitador magnético
Vidrarias:
● 1 pipeta volumétrica de 5 mL
● 1 bastão de vidro
● 1 balão volumétrico de 50 mL
● 1 balão volumétrico de 250 mL
● 1 tubo de difusão (13x1,9 cm)
● 1 béquer de 100 mL
● 1 béquer de 250 mL (adequado para a imersão do tudo de difusão
mais o eletrodo do condutivímetro)
Outros:
● Espátula
● Imãs para agitação
● 1 lâmina de vidro
● 1 suporte universal
● 2 garras
● microondas para aquecimento da água
3.2 Procedimento
3.2.1 Preparação
Solução de KCl: Dissolveu-se 0,4 g de KCl em 50 mL de água destilada.
Retirou-se 5 mL desta solução e diluiu-se para 250 mL para determinar a
condutividade inicial (Ko) da solução. Antes da medida, o eletrodo foi lavado
com água destilada várias vezes. Verificou-se se o aparelho estava calibrado.
Verificou-se se o aparelho estava lendo em mS/cm ou S/cm. Anotou-se o valor
da condutividade inicial e a temperatura da água.
Gel de ágar: Pesou-se 1,0 g de ágar em um béquer de 100 mL,
adicionou-se os 45 mL de solução de KCl e aqueceu-se a mistura de 20 em
20 segundos, duas vezes seguidas no micro-ondas.
Tubo de difusão: Anotou-se as medidas do tubo. Fechou-se a extremidade
inferior do tubo com uma luva de borracha e encaixou-o na base de uma
proveta de 50 mL para mantê-lo na posição vertical. Colocou-se o tubo e a
base dentro de um béquer de 1000 mL com água da torneira até o limite
superior do tubo, tendo o cuidado para não deixar entrar água na parte
interna tubo. Introduziu-se a solução quente de ágar no tubo de difusão e
aguardou-se até a gelificação. Usou-se o bastão de vidro para escorrer a
solução pelas paredes do tubo evitando a formação de bolhas de ar no
interior do gel. Aguardou-se até que o gel atingisse a temperatura ambiente
para efetuar as medidas de condutividade. A temperatura do gel estava igual
ao da água usada para difusão.
3.2.2. Medidas da difusão do eletrólito por condutividade
O equipamento consiste do condutivímetro, do eletrodo, do agitador
magnético com uma barra magnética para agitar a solução. A barra magnética
e o eletrodo foram enxaguados com água destilada várias vezes antes de iniciar
o experimento. O condutivímetro estava lendo em unidades de S/cm, ideal para
condutividades baixas.
3.3.3. Montagem do equipamento de medida de difusão
Colocou-se um béquer de 250 mL sobre um agitador magnético e fixou-se o
tubo com gel usando uma garra e um suporte universal, verticalmente dentro
do béquer de modo que a sua extremidade inferior fique a mais ou menos 2
cm do fundo. Fixou -se também o eletrodo do condutivímetro usando uma
garra e um suporte universal verticalmente dentro do béquer de modo que sua
extremidade inferior ficasse a mais ou menos 2 cm do fundo.
3.3.4. Medidas de difusão
Adicionou-se 150 mL de água deionizada ao béquer contendo o tubo de difusão
com o gel. Acionou-se o cronômetro e ligou-se o agitador em velocidade
moderada. A água irá receber os íons do KCl por difusão proveniente do gel.
Anotou-se o valor da condutividade 1 minuto após a imersão do cilindro com
o gel e na sequência fez-se leituras a cada minuto durante 40 minutos.
4. Tratamento de dados:
4.1 Neste experimento, assumimos que a condutividade da solução de KCl é
proporcional à concentração, ou seja: Mt/Mo=t/o; onde Ko = condutividade inicial da
solução e Kt = condutividade lida a cada minuto.
A condutividade inicial, Ko da solução de KCl, foi medida a partir da diluição
da solução original de 5 mL para 250 mL, veja item 2.2.1. Portanto, para a difusão
foram usados apenas os 45 mL restantes. As razões numéricas entre parênteses na
Equação 5 representama correção devido às diluições efetuadas.
4.2 Com essa equação foi possível calcular Mt/Mo, que junto com o cálculo da
raiz quadrada do tempo em segundos, conforme a Equação 4, nos permitiu montar a
Tabela 1.
De acordo com os dados experimentais fornecidos pelo docente, o
experimento foi realizado a 22,3 °C, sendo o Ko observado de 311,1 μS/cm e o
comprimento do tubo de Ágar no tubo (L) de 0,135 m.
Tempo (s) kt(condutividade)
(uS/cm)
kt/k0 = Mt/M0 Raiz quadrada do
tempo s (t½)
60 10,3 2,208 x 10 -3 7,745
120 15,5 3,323 x 10 -3 10,954
180 18,8 4,030 x 10 -3 13,416
240 21,3 4,566 x 10 -3 15,492
300 24,3 5,209 x 10 -3 17,320
360 26,5 5,681 x 10 -3 18,974
420 28,8 6,174 x 10 -3 20,494
480 30,8 6,603 x 10 -3 21,909
540 32,8 7,032 x 10 -3 23,238
600 34,1 7,311 x 10 -3 24,495
660 36,1 7,739 x 10 -3 25,690
720 37,6 8,061 x 10 -3 26,833
780 39,5 8,468 x 10 -3 27,928
840 41,2 8,833 x 10 -3 28,983
900 42,5 9,112 x 10 -3 30,000
960 44,1 9,455 x 10 -3 30,984
1020 45,5 9,755 x 10 -3 31,937
1080 47,2 10,11 x 10 -3 32,863
1140 48,4 10,37 x 10 -3 33,764
1200 49,8 10,67 x 10 -3 34,641
1260 51,2 10,97 x 10 -3 35,496
1320 52,1 11,11 x 10 -3 36,332
1380 53,6 11,49 x 10 -3 37,148
1440 54,9 11,77 x 10 -3 37,947
1500 55,8 11,96 x 10 -3 38,729
1560 57,0 12,22 x 10 -3 39,497
1620 58,2 12,47 x 10 -3 40,249
1680 59,5 12,75 x 10 -3 40,988
1740 60,3 12,92 x 10 -3 41,713
1800 61,5 13,18 x 10 -3 42,426
1860 62,6 13,42 x 10 -3 43,127
1920 63,5 13,61 x 10 -3 43,818
1980 64,3 13,78 x 10 -3 44,497
2040 65,7 14,08 x 10 -3 45,166
2100 66,7 14,30 x 10 -3 45,826
2160 67,7 14,51 x 10 -3 46,475
2220 68,8 14,75 x 10 -3 47,117
2280 69,3 14,85 x 10 -3 47,749
2340 69,9 14,98 x 10 -3 48,373
2400 71,2 15,26 x 10 -3 48,989
4.3 Através dos dados obtidos com a Tabela 1,foi construído o Gráfico 1 no papel
milimetrado com os pontos de Mt/M0 no eixo y, e a raiz quadrada do tempo (t1/2) no
eixo x, e traçado a melhor reta:
P1 (x=26; y=8)
P2 (x=45; y=14)
y = ax + b a = Δy/Δx
Δx = 45 - 26 = 19
Δy = 14 x 10 -3 - 8 x 10-3
= 6 x 10 -3
a= 3,158 x 10 -4
4.4 Através do cálculo do coeficiente angular da reta (a), podemos determinar o
valor de difusão experimental do KCl:
a = 2 (D/𝝅L2)½
Isolando D para determinarmos o valor de difusão temos:
D = (𝒂².𝜋. 𝐿²)/4
D = (3,158 x 10 ‐⁴)² . 3,14 . (0,135)² /4 = 1,426 x10⁻⁹ m²/s KCl
Erro experimental:
𝐸𝑟% = | valor teórico - valor experimental | / valor teórico . 100
𝐸𝑟% = = (1,86 x 10⁻⁹) - (1,43 x 10⁻⁹ ) /( 1,86 x 10⁻⁹) .100 = 23,1%
É importante salientar que o valor encontrado na literatura (teórico) se refere a uma
temperatura de 25 ͦ C, enquanto no experimento é de 22,3 ͦ C, isto pode justificar o
erro experimental significativo.
4.5 Comparado com os três compostos a seguir, o valor de difusão do KCl é maior
do que o dos dois compostos, o que significa que sua difusão será mais eficaz do
que outras substâncias. Um fator que devemos analisar nesta comparação é o peso
molecular. Por exemplo, KCl tem 74,55 g / mol, e o cloranfenicol possui o maior peso
molecular (323,13 g / mol). Evidentemente, quanto maior o peso molecular (tamanho
molecular), menor o coeficiente de difusão, pois quanto maior a molécula, mais difícil
é se mover de um meio para outro, o que também está relacionado à sua
viscosidade e porosidade precisa passar pela membrana.
Ácido salicílico; 11,30 x 10⁻¹⁰ m²/s
Paracetamol; 7,40 x 10 ⁻¹⁰ m²/s
Cloranfenicol; 5,80 x 10⁻¹⁰ m²/s
5. QUESTIONÁRIO
5.1 Defina difusão e explique as diferenças entre a difusão e: diálise, osmose e
ultrafiltração.
● Difusão consiste na passagem das moléculas, através de barreiras ou
meios fluidos, seguindo um gradiente de concentração do local de maior
para o local de menor concentração, até estabelecer um equilíbrio,
igualando o potencial químico no sistema.
● Diálise é o transporte de água e solutos por meio de uma membrana
semipermeável, ou seletiva, para que ambas as soluções se encontrem com
concentrações iguais após a passagem de solutos de uma substância para a
outra. Esta pode ser artificial, como as membranas dos dialisadores
empregados na hemodiálise ou biológica, como o peritônio, na diálise
peritoneal. A remoção de solutos durante a diálise ocorre por meio de dois
princípios: difusão e ultrafiltração.
● Osmose é a passagem do solvente da solução com menor concentração,
para uma solução mais concentrada, através de uma membrana, até que a
pressão exercida pela solução na membrana impede a passagem do
solvente.
● Ultrafiltração é a filtração da água do plasma através da membrana dialítica,
por meio da utilização da pressão hidrostática ou da pressão osmótica, ocorre
a remoção do líquido e a retenção de macromoléculas.
5.2 Assista aos vídeos de transporte através de membranas e discuta o
mecanismo observado. https://www.youtube.com/watch?v=iPfuvpVKXKQ e
https://www.youtube.com/watch?v=ZHCyqDpGx4Y
No vídeo são mostrados dois tipos de transporte através da membrana:
Difusão e Osmose.
Difusão é o transporte que as moléculas fazem do meio mais concentrado
para o menos concentrado. O equilíbrio atingido é dinâmico, pois as moléculas estão
se movendo constantemente de maneira aleatória, porém homogênea, conforme o
movimento Browniano. A difusão ocorre constantemente no nosso organismo, são
exemplos a difusão de gases, como o transporte de O2 e CO2 em superfícies
respiratórias, e a difusão facilitada, como o transporte de glicose no epitélio do
intestino, que é facilitada por proteínas transportadoras (permease).
A Lei de Fick nos permite calcular a taxa de difusão, através da equação:
J=-DA.Δc/Δx
onde:
J= taxa de difusão
A= área da membrana biológica
D= coeficiente de difusão
Δc= gradiente de concentração
Δx= espessura da membrana
Osmose é a passagem de água do meio de menor concentração para o meio
com maior concentração de soluto, quanto maior for a pressão osmótica, maior a
tendência da água de passar para a região. Esta pressão pode ser calculada pela
equação de Van’t Hoff:
π = c . R . T . i
onde:
π= pressão osmótica
i= fator de van’t hoff (quanto de soluto se dissocia)
c= concentração molar do soluto
R= constante dos gases (8,31J/K mol)
T= temperatura absoluta
5.3 Discuta o mecanismo de funcionamento da difusão facilitada.
O método é muito recorrente nos meios biológicos, que conta com o auxílio
de proteínas de membrana que facilitarão o processo, assim acontece de modo que
essa proteína de membrana interage com a molécula de água que permeia o soluto,
facilitando sua passagem pela membrana, isso significa que reduz a energia livre
(ΔG).
5.4 Procure a relação que existe entre coeficiente de difusão segundo a
equação de Stokes-Einstein, veja referência 1, com: a) temperatura; b) o raio
ou tamanho da molécula, c) viscosidade do meio.
A equação de Stokes-Einstein nos indica que a temperatura é
diretamente proporcional ao coeficiente de difusão, ou seja, um aumento da
mesma leva a um maior D. Já a viscosidade e o raio da molécula, são
inversamente proporcionais, dessa forma, quanto maior o raio da molécula e/ou a
viscosidade, menor será o coeficiente de difusão
5.5 Procure na literatura outras formas de determinar o coeficiente de difusão
experimentalmente.
O coeficiente de difusão também pode ser determinado experimentalmente
por meio da técnica de eletroforese capilar, que permite analisar em tempo real,
através de dados de concentração, tempo e distância, e aplicando a segunda lei de
Fick, ou ainda através do DLS, um espelho de luz dinâmica.
5.6 Quais os resíduos gerados neste experimento e como foram tratados.
Os resíduos químicos gerados são biodegradáveis e não tóxicos, portanto, o
gel de Ágar foi descartado no lixo comum e a solução de KCl na pia.
6. CONCLUSÃO
Através da realização deste experimento foi possível determinar o coeficiente
de difusão do KCl em gel de Ágar, que foi de 1,58 x 10-9 m²/s com um erro
experimental calculado em 23,1%, provavelmente devido à diferença de temperatura
entre osdados da literatura e o experimento.
O conteúdo abordado neste relatório é de grande relevância para a área
farmacêutica, visto que é fundamental compreender o comportamento dos fármacos,
e a difusão é um mecanismo bastante presente nas vias metabólicas dos mesmos,
pois permite a absorção das moléculas de interesse nos sítios desejados para um
determinado fim terapêutico. Também foi possível compreender sobre os processos
de diálise; osmose; ultrafiltração, bem como a Lei de Fick e outros conceitos.
Desse modo, consideramos que o procedimento e seu posterior tratamento
de dados foram realizados de forma competente, alcançando os objetivos
experimentais e sendo possível esclarecer os efeitos da difusão.
7. BIBLIOGRAFIA
1. TAVARES, David José de Magalhães Correia. Métodos para Determinação do
Coeficiente de Difusão de COVs em Materiais de Construção. Estudo Comparativo.
Disponível em: <https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/60013/1/000134872.pdf> .
Acesso em 25 de outubro de 2020.
2. ALPERN, A.M. e REEVES, J.H., Experimental Physical Chemistry (A
Laboratory Textbook) (1978).
3. NETZ & GONZALÉZ O Fundamentos de Físico-Química- Uma abordagem
conceitual para as ciências farmacêuticas. Artmed (2002).
4. MOREIRA, E.G.; ROCHA, J.C.G; RAMOS, A.M. A ultrafiltração e sua
aplicabilidade na área de alimentos. Viçosa, MG. Disponível em:
<https://www.tratamentodeagua.com.br/artigo/a-ultrafiltracao-e-sua-aplicabilidade-n a
-area-de-alimentos/> Acesso em 26 de outubro de 2020.
5. SCHIFINO, J., BASSO, N.R. DE S., OLEGÁRIO, R.M., Determinação
condutométrica do coeficiente de difusão de ácidos carboxílicos em solução aquosa.
Química Nova, 14(4) 1991, 254.
6. TERAPIAS dialíticas atuais. Portal Educação. Disponível em:
<https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medicina/terapias-dialitic
as-atuais/17530> Acesso em 26 de outubro de 2020.
7. MELDAU, D. C., Diálise, https://www.infoescola.com/medicina/dialise/
8. DEBACHER, Nito Angelo. Experimento 7: Determinação do Coeficiente de
Difusão. Físico-Química Experimental – QMC 5453.

Continue navegando