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CENTRAL DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO OBJETIVOS DA CENTRAL DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO • Receber, conferir, processar e desinfetar/ esterilizar materiais odonto médico hospitalares para todo o complexo hospitalar; • Assegurar o processo de esterilização visando a qualidade do serviço prestado, por meio de monitorização química, física e biológica. • Prover materiais para atender a demanda e complexidade dos procedimentos ÁREA FÍSICA DA CME PROCESSOS DE RECEBIMENTO E LIMPEZA DOS PRODUTOS PARA A SAÚDE • RECEBIMENTO DE MATERIAIS CONTAMINADOS NO EXPURGO • DEFINIÇÃO • O expurgo é um setor destinado ao recebimento, conferência e limpeza materiais médico hospitalar. • A limpeza deve ser realizada em todo artigo médico hospitalar contaminado, com o objetivo de remover a carga microbiana dos materiais, obtendo-se um nível de limpeza onde não há presença de matéria orgânica e odores de fluidos corpóreos. Deve preceder os processos de desinfecção ou esterilização, PROVENIENTES DAS UNIDADES DE INTERNAÇÃO • Conferir os materiais recebidos das diversas áreas do hospital (exceto os provenientes do centro cirúrgico e centro cirúrgico ambulatorial) para controle da cota da unidade assistencial. • A Unidade de Internação deve respeitar o horário de entrega e recebimento dos materiais: • Manhã: 07h15 às 08h30; • Tarde: 13h15 às 14h30; • Noite: 19h15 às 20h30. • O recebimento de materiais dos setores é por ordem de chegada na CME. • Se houver intercorrências na Unidade, o atraso na entrega do material sujo deve ser comunicado por telefone para ser recebido. • Procedimento: • • Receber o material e retirar do saco plástico para conferência, utilizando sempre os EPIs recomendados; • • Conferir a quantidade de itens que compõe cada kit e avulsos; DIVERGÊNCIAS NOS ITENS DOS MATERIAIS ESTÉREIS • Quando o material for aberto na Unidade e for detectado a falta de alguma pinça dentro do kit, deve ser encaminhado para a CME sem uso, mantendo a etiqueta de identificação, de preferência no mesmo plantão. • Materiais recebidos faltando alguma peça devem ser comunicados ao enfermeiro da CME pelo funcionário do expurgo, no ato do recebimento. O enfermeiro da CME deve elaborar um relatório à diretora da CME, constando o nome do setor, peça faltante e plantão. • Materiais danificados nos setores devem ser recebidos mediante comunicação escrita e assinada pelo enfermeiro responsável do setor. Materiais Urgentes • Para serem agilizados, devem ser comunicados pela circulante de sala, mediante solicitação verbal ao enfermeiro da CME. • Transferir o material contaminado do CC. • Extensões de PVC e canetas de bisturi devem estar em caixas separadas. • Os materiais devem ser trazidos para a CME em carro de inox fechado e os materiais que não cabem no carro com cobertura própria. • A porta do expurgo do CC deve permanecer trancada, a chave deve ser mantida no expurgo da CME. • No expurgo, deve-se separar os materiais provenientes do carro do CC, priorizando a limpeza dos frascos de aspiração e caixas mais urgentes. OBSERVAÇÕES PARA O CENTRO CIRÚRGICO AMBULATORIAL • O recebimento de material proveniente do CCA diverge em alguns detalhes em relação ao CC Central. • Os carros do CCA são do tipo “carrinho de supermercado” e os materiais devem ser transportados em caixas plásticas com tampa. As caixas plásticas devem ser lavadas a cada uso. • Quando houver cirurgias após as 19h00, o enfermeiro do noturno da CME deve ser avisado para providenciar a retirada do material CARROS DE TRANSPORTE • Os carros de transporte devem ser lavados pelo pessoal da Limpadora terceirizada, no momento da limpeza terminal do expurgo. MATERIAIS DOS AMBULATÓRIOS • Os materiais devem ser recebidos durante o plantão da tarde; • Os materiais deverão ser conferidos no ato do recebimento, com descrição do material em impresso próprio vindo do ambulatório de origem, em duas vias. Corrigir a descrição de materiais e quantidade caso não estejam de acordo; • Os materiais devem ser recebidos e conferidos no expurgo, não misturando-os com outros na máquina e no ato da secagem; • Os materiais utilizados na Odontologia devem ser trazidos pelo funcionário daquele setor, embalados para transporte até a CME; • O material da Odontologia deve ser lavado separado dos demais, na pia destinada para materiais delicados e ser seco em bancada separada, determinada para este material. PASSAGEM DE PLANTÃO NO EXPURGO • No momento da passagem do plantão, informar a equipe que assumirá o turno sobre pendências, tais como: • Etapa de limpeza de materiais a serem agilizados (material único, consignados, materiais para próximas cirurgias, transplantes); • Etapa de ciclo de limpeza pela lavadora e sua carga; • Necessidade de buscar material nos Centro Cirúrgicos. BIOSSEGURANÇA NO MANUSEIO DE ARTIGOS CONTAMINADOS • CUIDADOS COM MATERIAIS PÉRFUROCORTANTES • A equipe cirúrgica e a circulante devem desprezar todos os itens perfuro-cortantes (fios cirúrgicos agulhados, agulhas em geral, fragmentos de fios de aço, grampeadores descartáveis) no recipiente próprio. • O profissional da CME deve utilizar luvas de procedimento para recolher os instrumentais, mantendo as pinças backaus fechadas. • No momento da lavagem, o manuseio dos instrumentais perfuro- cortantes (tais como tesouras, backaus, ganchos, brocas, pontas da caneta de bisturi, fios ortopédicos) deve ser cuidadoso, evitando acidentes ocupacionais. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO ADOTADOS • Aventais plásticos impermeáveis sem mangas,Ao término do plantão, descartar; • Luvas nitrílicas de cano longo para procedimento de lavagem manual dos artigos; • Luvas de procedimentos não estéril: são usadas para secagem dos instrumentais. Podem ser também usadas como complemento das luvas nitrílicas. Descartar após cada uso; • Protetor facial: quando houver a possibilidade de respingos e para a lavagem manual de artigos; podem ser usados também óculos de ampla visão e máscara comum, ao invés do protetor facial; • Protetor auricular tipo concha: durante o funcionamento de lavadoras ultrassônicas e uso de ar comprimido para secagem que produzem ruídos a níveis excessivos e que podem causar perdas auditivas; • Botas impermeáveis de cano longo: utilizados pelos profissionais escalados na área de lavagem de materiais; • Após o uso, todos os EPIs não descartáveis devem ser higienizados com água e sabão, desinfetados com álcool 70%, secos e guardados no armário de EPIs; • Além destes EPI utilizados no expurgo, a instituição fornece roupa privativa (terninho) e gorro para o acesso nas dependências da CME. PREVENÇÃO DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE • Precauções Padrão • Devem ser adotadas sempre que prestar assistência aos pacientes, manusear equipamentos, materiais e superfícies da assistência. Consistem em: • Higienizar as mãos (água e sabão ou álcool gel); • Utilizar barreiras e equipamentos de proteção individual (luvas, avental, máscara e protetor ocular) de acordo com o grau de exposição à matéria orgânica ou fluidos corporais; • Realizar limpeza/desinfecção de materiais e equipamentos utilizados; • Prevenir acidentes com perfuro-cortantes; • Manusear adequadamente resíduos, materiais biológicos e roupas usadas. • Caso o profissional apresente sintomas respiratórios (resfriado / gripe), conter secreções e higienizar as mãos após assoar o nariz ou espirrar. • Precauções Adicionais • Adotar Precauções Adicionais sempre que indicado pela CCIH. • Maiores informações: Manual da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar PROCEDIMENTOS GERAIS DA ÁREA DE LIMPEZA • ROTINA DE PREPARO DE ENZIMÁTICO • OBJETIVOS • • Padronizar fluxo de preparo e consumo do enzimático; • • Monitorar o uso nas 24 h; • • Otimizar o uso de enzimático por plantão; • • Ter controle de custo; • • Evitar desperdícios. RESPONSABILIDADES • Plantão manhã • • Envazar 10 doses de enzimático que será utilizadonas 24 h, nos plantões manhã, tarde, noite e manhã do dia seguinte; • • Identificar o rótulo com nome do produto, quantidade, data e nome de quem preparou. Plantões manhã, tarde e noite • Utilizar apenas a dosagem de enzimático necessária de acordo com a capacidade da lavadora ultrassônica utilizada; • Utilizar uma nova diluição de enzimático, apenas, quando houver troca da água da lavadora ultrassônica Rotina de preparo das soluções • Preparar diariamente, no expurgo a dosagem de enzimático; • Envazar os frascos, com a quantidade de enzimático (conforme orientação do fabricante), de acordo com a lavadora ultrassônica utilizada na instituição, sendo 50 litros e ou 30 litros; • Identificar os frascos com o nome do produto, volume e data; • Disponibilizar o enzimático no expurgo para ser utilizado nos plantões; • Monitorar as dosagens de enzimático disponíveis para uso nas 24 horas. ROTINA PARA KIT LIMPEZA EXPURGO • Conteúdo do container plástico • 04 frascos plásticos de enzimático p/ lavadora de 50l contendo 100ml cada; • 04 frascos plásticos de enzimático p/ lavadora de 30l contendo 60 ml cada; • 05 detergentes neutros; • • 04 esponjas; • • 06 Frascos de álcool 70%; • • 02 frascos de água oxigenada. Responsabilidades de cada plantão • Abastecer o container para o plantão seguinte com os produtos utilizados no final de cada plantão; • Lavar os frascos vazios de dose com água em abundância; • Limpar o container plástico com álcool 70%. • Substituir o frasco de doses em caso ocorra rachadura da tampa e ou furo. Observações: • A limpeza do container e do frasco de doses devem ser realizadas no final de cada plantão, • O abastecimento do kit deverá ser realizado no final de cada plantão, • Não retirar o container do expurgo para efetuar o abastecimento dos produtos, • Repor a dosagem de enzimático no expurgo, sendo proibido enchimento dos frascos no almoxarifado da CME, • Encaminhar o frasco de enzimático do almoxarifado (CME) para o expurgo apenas para efetuar o abastecimento das doses, sendo necessário retorná-lo para seu local de guarda após o uso; • Utilizar medidor para auxiliar no enchimento dos frascos, evitando desperdício; • Proceder identificação do frasco com volume da dose (100 mL / 60 mL) e data, evitando dúvidas entre os plantões; • Manter no container apenas os frascos de soluções fechados, as sobras devem permanecer na pia do expurgo. ROTINA PARA REPOSIÇÃO DAS ESCOVAS • A reposição das escovas inicialmente será quinzenal sendo realizada por um funcionário designado. Os dias serão padronizados para favorecer a troca, sendo: • • 1ª troca - na segunda-feira da primeira semana do mês; • • 2ª troca - na segunda-feira da terceira semana do mês. TÉCNICA DE LIMPEZA DE MATERIAIS • TÉCNICA GERAL DE LIMPEZA DE INSTRUMENTAL • EQUIPAMENTOS • Lavadora ultrassônica; • https://www.youtube.com/watch?v=18p8Wda-_-s • Lavadora termo desinfectadora; • https://www.youtube.com/watch?v=DWoTAHuz5HQ • Bico de pressão MATERIAL • Solução enzimática diluída, conforme orientação do fabricante; • Borrifador com solução enzimática diluída para pré-limpeza; • Caixas plásticas para imersão total do material na solução enzimática; • Esponja macia; • Escovas de diferentes tamanhos e diâmetros; • Detergente neutro líquido; • Campos limpos para forrar bancada (próprios para o expurgo); • Wipes® limpos e secos; • Bandejas, cubas ou cúpulas para apoio do material durante a limpeza; • Solução de água oxigenada a 3% para limpeza de canulados. PROCEDIMENTO INICIAL • Na chegada do material no expurgo, borrifar solução enzimática de pré-limpeza para evitar o ressecamento do material orgânico. • Fazer a triagem do material, separando-os segundo o tipo de limpeza a ser efetuada, preservando o conjunto de materiais pertencentes à caixa ou bandeja. • Retirar os materiais das caixas específicas, exceto parafusos e mini placas. • Remover fita adesiva dos materiais e bandejas. • Abrir as pinças, exceto backaus para evitar acidentes perfuro cortantes. • Desmontar os materiais complexos. • Fazer enxágue prévio com água corrente fria para remoção do excesso de matéria orgânica. • Definir o tipo de limpeza do material (termodesinfectadora ou limpeza manual, com ou sem uso de lavadora ultrassônica), conforme critérios e rotina abaixo. ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O USO DE TERMODESINFECTADORA • Indicações - instrumentais gerais de conformação simples (ausência de lúmen). Ex: • Caixas gerais; • Caixa de gastrectomia, hérnia, laparotomia; • Caixa de instrumental básico da ortopedia; • Caixas básicas da odontologia; • Instrumental geral do ambulatório; • Curativos, dentre outros. • https://www.cisabrasile.com.br/pt/historia/1/uberlandia-medical- center-mg-fala-da-rotina-e-melhorias-na-cme https://www.cisabrasile.com.br/pt/historia/1/uberlandia-medical-center-mg-fala-da-rotina-e-melhorias-na-cme • Transferir os materiais das caixas para os cestos aramados. • Montar os cestos com os instrumentais: • Dispor as pinças abertas no cesto (exceto backaus para evitar acidentes perfuro cortantes); • Não sobrepor as pinças no cesto, pois o acúmulo impede a ação do jato de água, tornando a limpeza ineficaz. Caso necessário, dividir os materiais da caixa nos cestos. • Escolher o ciclo indicado da termodesinfectadora, de acordo com a lavadora a ser utilizada e a procedência do material. • Lavar as caixas, contêineres, bandejas, tampas e boxes manualmente, com detergente enzimático e esponja macia. • Ao término do ciclo, encaminhar material para inspeção e secagem. CESTO ARAMADO CAIXA PLÁSTICA CONTEINERS Limpeza Manual • Limpeza Manual • Indicações - instrumental complexo ou desmontável, instrumental com lumens, materiais delicados. Ex.: • Chave sextavada, hastes e frezas da ortopedia; • Parafusos e placas; • Material de videocirurgia; • Materiais canulados em geral • Material da oftalmologia e otorrino • Colocar o material imerso em caixa com solução enzimática por 10 minutos. • Remover o material da solução e fazer a fricção, um a um, com auxílio de: Escovas, com atenção especial para lumens, áreas de solda, junção, articulações, ranhuras e roscas; • Esponja macia, atentando-se especialmente para superfícies planas, tampas, caixas e bandejas internas. • Enxaguar. • Se o tipo de material tiver restrição para o uso de limpeza ultrassônica, encaminhar para inspeção e secagem. • Se não houver restrição, encaminhar para limpeza ultrassônica Limpeza Ultrassônica • Indicações: é obrigatório o uso de limpeza ultrassônica, após a fase manual, para materiais: • Com lúmen - utilizar a lavadora específica com dispositivo para conexão dos canulados; • Complexos e desmontáveis; • Com várias articulações e reentrâncias INSPEÇÃO E SECAGEM • Fazer a inspeção e secagem respeitando a identificação por caixa. • Todos os materiais, independentemente do método de limpeza, devem ser inspecionados rigorosamente durante a secagem Dúvidas?
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