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CAPÍTULO 5. REACÇÕES MÚLTIPLAS 4.1. INTRODUÇÃO São muito poucas as situações em que a reacção de interesse é a única que ocorre no reactor químico. Na realidade ocorrem reacções múltiplas sendo algumas desejáveis e outras não. O factor chave no sucesso económico de uma planta química reside na minimização das reacções indesejáveis que ocorrem em conjunto com as desejáveis. As reacções múltiplas podem ser classificadas em 3 grupos: - Reacções em sér ie (ou consecutivas), 1 2k kA B C→ → Exemplo: Reacção entre o óxido de etileno (EO) com amoníaco para formar sucessivamente mono-, di, e trietanolamina ( ) ( ) 2 2 3 2 2 2 EO EO 2 2 2 22 3 CH CH O NH HOCH CH NH HOCH CH NH HOCH CH N + → → → A dietanolamina tem maior valor que a trietanolamina - Reacções paralelas, A B C D A C E + → + + → ; e Exemplo: Reacção de formação do butadieno apartir do etanol 2 5 2 4 2 2 5 3 2 2 4 3 4 6 2 C H OH C H H O C H OH CH CHO H C H CH CHO C H H O → + → + + → + - Reacções independentes, A B C D E → → + . Exemplo: Cracking da crude (petróleo bruto) para formar gasóleo, gasolina, etc. 4.2. DEFINIÇÕES Velocidade da reacção: Número de moles do composto formado na reacção por unidade de tempo e volume/massa de catalisador. Conversão: Número de moles do reagente A consumido em relação ao número de moles do reagente A existentes no início (ou na alimentação – sistemas contínuos) A,0 A A,0 N N X N − = A,0 A A,0 F F X F − = Rendimento: Número de moles do produto B formados em relação ao número de moles do reagente A existentes no início (ou na alimentação – sistemas contínuos) B B A,0 N Y N = B B A,0 F Y F = Selectividade: Número de moles do produto B formados em relação ao número de moles do reagente A consumidos B B A,0 A N S N N = − B B A,0 A F S F F = − Taxa de selectividade (selectivity ratio): Número de moles do produto B formados em relação ao número de moles do produto C formados B B C C S N S N = B B C C S F S F = 4.3. VELOCIDADES DE REACÇÃO EM REACÇÕES MÚLTIPLAS Reacções paralelas: Reacção 1: A B→ , Velocidade da reacção: 11 1 Ar k C α= ⋅ Reacção 2: A C→ , Velocidade da reacção: 22 2 Ar k C α= ⋅ Velocidade global da reacção: 1 2A 1 A 2 Ar k C k C α α− = ⋅ + ⋅ Velocidade da reacção de formação de B: 1 B 1 A r k Cα= ⋅ Velocidade da reacção de formação de C : 2 C 2 A r k Cα= ⋅ Reacções consecutivas (reacções em sér ie): Reacção: A B C→ → Velocidade da reacção 1: 1 1 1 A r k Cα= ⋅ Velocidade da reacção 2: 2 2 2 B r k Cβ= ⋅ Velocidade da reacção de consumo de A: 1A 1 Ar k C α− = ⋅ Velocidade da reacção de B: 1 1B 1 A 2 Br k C k C α β= ⋅ − ⋅ Velocidade da reacção de formação de C: 2 C 2 Br k C β= ⋅ 4.4. REGRAS CONCEITUAIS DE DIMENSIONAMENTO As reacções são favorecidas por um dos seguintes factores: • Elevada concentração ou baixa concentração • Elevada temperatura ou baixa temperatura Reactor continuo de agitação perfeita (CSTR) CA e CB ambos baixos Reactor tubular e reactor BATCH CA e CB inicialmente elevados e depois decrescendo Reactor semi-batch CA elevado, CB baixo Reactor tubular com alimentação lateral CA elevado, CB baixo 4.4.1. Maximização do produto desejado em reacções paralelas Consideremos as seguintes reacções paralelas, Reacção 1: A B→ , 11 1 Ar k C α= ⋅ Reacção 2: A C→ , 22 2 Ar k C α= ⋅ Taxa de Selectividade: 1 1 2 2 B 1 A 1 BC A C 22 A F k C k S C F kk C α α −α α ⋅= = = ⋅ ⋅ Por forma a maximizar-se a formação de B à temperatura constante: • Se 1 2 0α − α > use concentração elevada de A (por exemplo PFR) • Se 1 2 0α − α < use baixa concentração de A (por exemplo CSTR) Por outro lado, pode escrever-se: 1 1 2 1 2 1 2 1 2 2 Ea Ea EaRT 1 1 1 RT BC A A AEa 2 2RT 2 k A e A S C C e C k A A e − − + α −α α −α α −α − ⋅= ⋅ = ⋅ = ⋅ ⋅ ⋅ Assim por forma a maximizar-se a formação de B a concentração constante: • Se 1 2a a E E> use temperatura elevada • Se 1 2a a E E< use baixa temperatura 4.4.2. Maximização do produto desejado em reacções consecutivas Consideremos as seguintes reacções consecutivas de primeira ordem na fase líquida e que são processadas num PFR/CSTR: Reacção 1: A B→ , 1 1 Ar k C= ⋅ Reacção 2: B C→ , 2 2 Br k C= ⋅ Composto A 1. Apartir da tabela estequiométrica: A A 0F C v= ⋅ 2. Balanço molar para o composto A PFR: A A dF r dV = CSTR: A A,0 A F F r V − = O reagente A é alimentado em um solvente. 3. Velocidade da reacção A 1 A r k C− = ⋅ 4. Combinando A 0 1 A dC v k C dV ⋅ = − ⋅ A A,0 0 1 A C C v k C V − ⋅ = − ⋅ A 1 A dC k C d = − ⋅ τ A A,0 1 A C C k C − = − ⋅ τ 1k A A,0 C C e− ⋅τ= ⋅ A,0A 1 C C 1 k = + ⋅ τ Composto B 1. Apartir da tabela estequiométrica: B B 0F C v= ⋅ , CB,0 = 0 2. Balanço molar para o composto B PFR: B B dF r dV = CSTR: B B,0 B F F r V − = 3. Velocidade da reacção B 1 A 2 B r k C k C= ⋅ − ⋅ 4. Combinando Plug Flow Reactor: B 0 1 A 2 B dC v k C k C dV ⋅ = ⋅ − ⋅ B 1 A 2 B dC k C k C d = ⋅ − ⋅ τ sabe-se que 1k A A,0C C e − ⋅τ= ⋅ 1kB 1 A,0 2 B dC k C e k C d − ⋅τ= ⋅ ⋅ − ⋅ τ 1 2k k B 1 A,0 2 1 e e C k C k k − ⋅τ − ⋅τ −= ⋅ ⋅ − CSTR: B B,0 0 1 A 2 B C C v k C k C V − ⋅ = ⋅ − ⋅ B 1 A 2 B C k C k C= ⋅ − ⋅ τ sabe-se que A,0 A 1 C C 1 k = + ⋅ τ ( ) ( ) 1 A,0 B 1 2 k C C 1 k 1 k ⋅ τ ⋅ = + ⋅ τ ⋅ + ⋅ τ Perfil de concentração no PFR: Perfil de concentração no CSTR: ─ A concentração do composto intermediário passa por um máximo ─ No CSTR o máximo é menor que o do PFR 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 ττττ C i/C A ,0 A B C 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 ττττ C i/C A ,0 A B C O rendimento de B é dado por: B dC 0 d = τ Num Plug Flow Reactor: 1kB 1 A,0 2 B dC k C e k C 0 d − ⋅τ= ⋅ ⋅ − ⋅ = τ 1 2k k B 1 A,0 2 1 e e C k C k k − ⋅τ − ⋅τ −= ⋅ ⋅ − 1 2 1 k k k 1 A,0 2 1 A,0 2 1 e e k C e k k C 0 k k − ⋅τ − ⋅τ − ⋅τ −⋅ ⋅ − ⋅ ⋅ ⋅ = − 1 2 optimo 2 1 k ln k k k τ = − 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 ττττ C i/C A ,0 A B C k1 = 1 k2 = 1 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 ττττ C i/C A ,0 A B C k1 = 1 K1=5 k2 = 1 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 ττττ C i/C A ,0 A B C k1 = 1 k2 = 1 K2=5 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 ττττ C i/C A ,0 A B C k1 = 1 K1=5 k2 = 1 K2=5 Num CSTR: B dC 0 d = τ ( ) ( ) 1 A,0 B 1 2 k C C 1 k 1 k ⋅ τ ⋅ = + ⋅ τ ⋅ + ⋅ τ 2 optimo 1 2 1 2 1 2 1 1 1 1 1 4 2 2 2 k k k k k k τ = ⋅ − + − + + − + ⋅ Comparação entre PFR e CSTR 4.4. DIMENSIONAMENTO DE REACTORES ISOTÉRMICOS PARA REACÇÕES MÚLTIPLAS O óxido de azoto, NO, é um poluente que é emitido em processos a elevadas temperaturas. Para a não formação de chuva ácida é importante a eliminação 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 Conversion of A Y ie ld o f B k1/k2=10 k1/k2=1 k1/k2=0.1 A B C k1 = 1 PFR 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 Conversion of A Y ie ld o f B k1/k2=10 k1/k2=1 k1/k2=0.1 A B C k1 = 1 CSTR da emissão de NO. Isto pode ser feito pela redução do NO com NH3 num reactor de fluxo continuo (PFR): (1) 6NO + 4NH3 � 5N2 + 6H2O 3 1.5 NO,1 NO,1 NH NO r k C C− = ⋅ ⋅ (2) 2NO � N2 + O2 2 2 2 N ,2 N ,2 NO r k C= ⋅ (3) 4NH3 + 5O2 � 4NO + 6H2O 3 3 3 2 2 NH ,3 NH ,3 NH O r k C C− = ⋅ ⋅ Com kNO,1 = 1.36 10 3 (m3/mol)1.5/s kN2,2 = 2.7 (m 3/mol)/s kNH3,3 = 8.33 10 -3 (m3/mol)2/s Assuma que a alimentação contém 500ppm de NO e 450 ppm de NH3 no ar e que a reacção tem lugar à pressão atmosférica e 573K. Mostre os perfis de concentração do NO e do NH3 em função do tempo espacial. O dimensionamento segue passos similares às do caso em que apenas uma reacção tem lugar. A única diferença é que tem lugar 3 reacções independentes. Deverá ser definida a conversão para cada reacção que tem lugar, o que resultará em equações de balanço molar! Passo 1: Definir conversão X1: quantidade de NO convertida na reacção (1) em relação à quantidade de NO na alimentação X2: quantidade de NO convertida na reacção (2) em relação à quantidade de NO na alimentação X3: quantidade de NH3 convertida na reacção (3) em relação à quantidade de NH3 na alimentação Passo 2: Tabela estequiométr ica A concentração de NO na alimentação é 500 ppm: 3 NO,inlet 6 6 6 500mol 500mol 500 C 0.0106 mol m RT 8.314 57310 mol 10 mol 10 p 101325 = = = = ⋅⋅ ⋅ Similarmente, CNH3,inlet=0.0096 mol/m 3 A mistura é essencialmente ar! 2O p 101325 C 0.21 0.21 4.5 RT 8.314 573 = ⋅ = ⋅ = ⋅ mol/m 3 2N p 101325 C 0.79 0.79 16.8 RT 8.314 573 = ⋅ = ⋅ = ⋅ mol/m 3 (1) 6NO + 4NH3 � 5N2 + 6H2O : 3 2 2 4 5 NO NH N H O 6 6 + → + (2) 2NO � N2 + O2 : 2 2 1 1 NO N O 2 2 → + (3) 4NH3 + 5O2 � 4NO + 6H2O : 3 2 2 5 6 NH O NO H O 4 4 + → + Tabela estequiométrica Espécie Entrada Formado Saída NO FNO,0 - FNO,0X1- FNO,0X2+ FNH3,0X3 FNO,0(1-X1-X2)+ FNH3,0X3 NH3 FNH3,0 -4/6 FNO,0X1- FNH3,0X3 FNH3,0(1-X3)-2/3 FNO,0X1 O2 FO2,0 1/2FNO,0X2 - 5/4 FNH3,0X3 FO2,0+1/2FNO,0X2 - 5/4 FNH3,0X3 N2 FN2,0 5/6FNO,0X1+ 1/2FNO,0X2 FN2,0+5/6FNO,0X1+ 1/2FNO,0X2 H2O 0 FNO,0X1+ 6/4FNH3,0X3 FNO,0X1+ 6/4FNH3,0X3 Total FT,0 F’T O caudal molar total em qualquer ponto do reactor é dado por: 3 2 2 3 ' T NO,0 NH ,0 O ,0 N ,0 NO,0 1 NH ,0 3 1 1 F F F F F F X F X 6 4 = + + + + ⋅ + ⋅ Uma vez que os caudais molares de NO e NH3 na alimentação são muito pequenos em comparação com o caudal molar total da alimentação: 3 2 2 ' T NO,0 NH ,0 O ,0 N ,0 T,0 F F F F F F= + + + ≈ Portanto, o caudal volumétrico não varia significantemente com a extensão da reacção! A fracção molar de ada componente é dada pelo caudal molar em relação ao caudal molar total, que é aproximada ao caudal molar daalimentação. ( ) 3NO,0 1 2 NH ,0 3 NO ' T F 1 X X F X y F ⋅ − − + ⋅ = ( ) 3NO,0 1 2 NH ,0 3 NO T,0 F 1 X X F X y F ⋅ − − + ⋅ ≈ ( ) 3NO NO,0 1 2 NH ,0 3 y y 1 X X y X≈ ⋅ − − + ⋅ A concentração é assim dada usando a equação de estado de gases ideais em termos de concentração inicial. Tabela estequiométrica Espécie Fracção molar Concentração NO yNO,0(1-X1-X2)+ yNH3,0X3 CNO,0(1-X1-X2)+ CNH3,0X3 NH3 yNH3,0(1-X3)-2/3 yNO,0X1 CNH3,0(1-X3)-2/3 CNO,0X1 O2 yO2,0+1/2yNO,0X2 -5/4 yNH3,0X3 CO2,0+1/2CNO,0X2 - 5/4 CNH3,0X3 N2 yN2,0+5/6yNO,0X1+ 1/2yNO,0X2 CN2,0+5/6CNO,0X1+ 1/2CNO,0X2 H2O yNO,0X1+ 6/4yNH3,0X3 CNO,0X1+ 6/4CNH3,0X3 Passo 3: Balanços molares Em princípio deve estabelecer-se o balanço molar de cada espécie. Tal resultará em 5 equações de balanço molar. Contudo, as espécias estão conectadas através das equações estequiométricas. Assim, o número de equações de balanço molar pode ser reduzido ao número de de reacções independentes que tem lugar (vide o ponto 5!). Balanço molar para NO: NO NO dF r dV = Balanço molar para NH3: 3 3 NH NH dF r dV = Balanço molar para O2: 2 2 O O dF r dV = Balanço molar para N2: 2 2 N N dF r dV = Balanço molar para H2O: 2 2 H O H O dF r dV = Passo 4: Equação de velocidade A velocidade das várias etapas da reacção é dada. Juntamente com a equações estequiométricas a velocidade global da formação de cada componente pode ser obtida: 2 3NO NO,1 NO,2 NO,3 NO,1 N ,2 NH ,3 r r r r r 2 r r= + + = − ⋅ − 3 3 3 3 3NH NH ,1 NH ,2 NH ,3 NO,1 NH ,3 4 r r r r r r 6 = + + = + 2 2 2 2 2 3O O ,1 O ,2 O ,3 N ,2 NH ,3 5 r r r r r r 4 = + + = + 2 2 2 2 2N N ,1 N ,2 N ,3 NO,1 N ,2 5 r r r r r r 4 = + + = − + 2 2 2 2 3H O H O,1 H O,2 H O,3 NO,1 NH ,3 6 6 r r r r r r 4 4 = + + = − − Passo 5: Combinar e resolver Balanço molar para NO: NO NO dF r dV = com ( ) 3NO NO,0 1 2 NH ,0 3 F F 1 X X F X= ⋅ − − + ⋅ ( ) 3NO NO,0 1 2 NH ,0 3 dF F dX dX F dX= ⋅ − − + ⋅ 2 3NO NO,1 N ,2 NH ,3 r r 2 r r= − ⋅ − Assim, 3 2 3 31 2 NO,0 NO,0 NH ,0 NO,1 N ,2 NH ,3 dXdX dX F F F r 2 r r dV dV dV − ⋅ − ⋅ + ⋅ = − ⋅ − Balanço molar para NH3: 3 3 NH NH dF r dV = com ( )3 3NH NH ,0 3 NO,0 1 2 F F 1 X F X 3 = ⋅ − − ⋅ ( ) 3 3NH NH ,0 3 NO,0 1 2 dF F dX F dX 3 = ⋅ − − ⋅ 3 3NH NO,1 NH ,3 2 r r r 3 = + Assim, 3 3 31 NO,0 NH ,0 NO,1 NH ,3 dXdX2 2 F F r r 3 dV dV 3 − ⋅ − ⋅ = + Equações similares podem ser derivadas apartir dos balanços molars de O2, N2 e H2O em combinação com a equação de velocidade e a tabela estequiométrica: NO: 3 2 3 31 2 NO,0 NO,0 NH ,0 NO,1 N ,2 NH ,3 dXdX dX F F F r 2 r r dV dV dV − ⋅ − ⋅ + ⋅ = − ⋅ − NH3: 3 3 31 NO,0 NH ,0 NO,1 NH ,3 dXdX2 2 F F r r 3 dV dV 3 − ⋅ − ⋅ = + O2: 3 2 3 32 NO,0 NH ,0 N ,2 NH ,3 dXdX1 5 5 F F r r 2 dV 4 dV 4 ⋅ − ⋅ = + N2: 2 1 2 NO,0 NO,0 NO,1 N ,2 dX dX5 1 5 F F r r 4 dV 2 dV 4 ⋅ + ⋅ = − + H2O: 3 3 31 NO,0 NH ,0 NO,1 NH ,3 dXdX6 6 6 6 F F r r 4 dV 4 dV 4 4 ⋅ + ⋅ = − − Estas cinco expressões são reduzidas nas seguintes três equações independentes: 1 NO,0 NO,1 dX F r dV ⋅ = − 2 2 NO,0 N ,2 dX F 2 r dV ⋅ = ⋅ 3 3 3 NH ,0 NH ,3 dX F r dV ⋅ = − Cada uma destas equações decreve a variação do número de moles convertidos em cada reacção específica em função da velocidade de consumo do mesmo componente na mesma reacção. Estas equações podem ser re-escritas em termos de tempo especial, uma vez que o caudal volumétrico é constante: 1 NO,0 NO,1 dX C r d ⋅ = − τ 2 2 NO,0 N ,2 dX C 2 r d ⋅ = ⋅ τ 3 3 3 NH ,0 NH ,3 dX C r d ⋅ = − τ Estas 3 equações independents devem ser resolvidas simultaneamente com condições limite apropriadas (X i = 0 a τ = 0). Conhecendo a conversão em cada reacção, podem recalcular-se as concentrações de NO e NH3 apartir da tabela estequiométrica. Pode ver-se que aumentando-se o tempo especial para além dos 10 segundos não faz muito sentido, uma vez que nessas condições apenas a reacção (2) tem lugar (sendo ainda assim muito lenta!). Sob estas condições seria melhor aumentar a concentração do amoníaco para se obter uma maior conversão de NO. 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 0 2 4 6 8 10 tau, s C o n ve rs io n f o r sp ec if ic re ac ti o n X1 X2 X3 0 0.005 0.01 0.015 0 2 4 6 8 10 tau, s C o n ce n tr at io n , m o l/m 3 CNO CNH3 Exemplo – Hidrodealquilação do Mesitileno num PFR A produção do m-xileno através da dehidrodealquilação do mesitileno sobre um catalisador de Houdry Detrol envolve as seguintes reacções: O m-xileno pode também sofrer hidrodealquilação e formar tolueno: A segunda reacção é indesejável porque o m-xileno possui um valor de mercado mais elevado que o tolueno (65 USD céntimos/lb versus 11.4 USD céntimos/lb). Deste modo, pode ver-se que existe um grande incentivo para se maximizar a produção do m-xileno. Pretende-se processar a hidrodealquilação do mesitileno isotermicamente a 1500°R (Note que ( ) ( ) 5T C T R 491.67 9 ° = ° − × e ( ) ( ) 5T K T R 9= ° × ) e 35 atm num PBR no qual a alimentação é constituída por de 66.7 mol% de H2 e 33.3 mol% de mesitileno. O caudal volumétrico da alimentação é 476 ft3/h e o volume do reactor (i.e., V = W/ρb) é 238 ft 3. As equações de velocidade das reacções 1 e 2 são, respectivamente: 0.5 1M 1 M H r k C C− = 0.5 2T 2 X H r k C C= Onde: M = mesitileno, X = m-xileno, T = tolueno, Me = metano, e H = hidrogénio (H2) A 1500°R as constantes específicas das velocidades das reacções são: Reacção 1: k1 = 55.20 (ft 3/lb mol)0.5/h Reacção 2: k2= 30.20 (ft 3/lb mol)0.5/h A densidade bulk do catalisador foi incluída nas constantes específicas das velocidades das reacções (i.e., 1 1 bk k'= ⋅ ρ ). Faça o traçado dos perfis de concentração do hidrogénio, mesitileno, e do xileno em função do tempo espacial. Calcule o tempo espacial onde a produção do xileno é máxima (i.e., τoptimo).
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