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Indústria e Tipos de Indústrias

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28/02/2021 UNINTER - ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E A PROFISSÃO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/18
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E A
PROFISSÃO
AULA 4
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28/02/2021 UNINTER - ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E A PROFISSÃO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/18
 
Prof.ª Dayse Mendes
CONVERSA INICIAL
A atuação do engenheiro de produção acontece nos mais diferentes tipos de organização, e nos
mais diversos de ramos de atividade econômica. Para entender como atuar nesses mais diversos locais e
situações, você precisa conhecê-los. Assim, nesta aula, você vai aprender sobre indústria, serviços,
consultoria, auditoria e empreendedorismo.
TEMA 1 – INDÚSTRIA
Sob uma ótica econômica, a indústria é um conjunto de atividades de transformação para a
obtenção de produtos. Esse conjunto de atividades envolve desde a tradicional produção artesanal até a
fabricação de produtos utilizando tecnologia de ponta. Vale ressaltar que não se deve confundir a
indústria com a fábrica, que é o local físico onde essas transformações acontecem.
Figura 1 – A indústria
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https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 3/18
Crédito: Macrovector/Shuttertock.
Nossa sociedade é completamente condicionada ao uso de produtos industrializados. Assim, não há
como imaginar viver nossa vida cotidiana sem depender da indústria e de seus métodos de produção.
No entanto, nem sempre foi assim. A industrialização inicia-se em países europeus ao longo do século
XVIII, mais especificamente na Inglaterra, em especial com o desenvolvimento de novas tecnologias, que
proporcionam a possibilidade até então praticamente inexistente de se manufaturar produtos
padronizados em grandes quantidades. Esse movimento foi chamado de Revolução Industrial.
Esse foi o momento propício para o surgimento do trabalho do engenheiro, caracterizado pela
resolução de problemas nas fábricas e outros locais industriais. Engenhar novas formas de se produzir
parece ser de extremo interesse nessa nova sociedade, que surgia junto com novas máquinas e novas
tecnologias. Cabia ao engenheiro planejar e organizar todos os recursos necessários ao sistema
produtivo, e racionalizar situações não vivenciadas antes, nas quais se tinha grandes galpões com
centenas e até milhares de pessoas fazendo várias atividades ao mesmo tempo, que deveriam resultar
nos produtos que seriam disponibilizados a quem quisesse e pudesse comprar.
Figura 2 – Revolução Industrial
Crédito: Everett Historical/Shuttertock.
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https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 4/18
Cem anos depois, a Revolução Industrial se desenvolve nos Estados Unidos. A partir de então, para
que uma nação fosse considerada desenvolvida, teria de se apresentar como uma nação industrializada.
Assim, a indústria tornou-se o setor predominante na economia dessa nação.
1.1 TIPOS DE INDÚSTRIAS
A transformação de matérias-primas em produtos abarca uma imensa quantidade de possibilidades
de produção. Assim, para um melhor entendimento e, consequentemente, uma melhor gestão, foram
criadas tipologias para as indústrias. Uma dessas tipologias, a mais conhecida, divide a indústria de
acordo com o produto entregue para a sociedade, distinguindo-se três tipos: as indústrias de base; as
indústrias intermediárias; e as indústrias de bens de consumo.
As indústrias de base são aquelas que transformam matéria-prima bruta em matéria-prima
processada. São chamadas de base por manterem abastecidas as demais indústrias de recursos
necessários. São indústrias de base, por exemplo, “as que operam a extração de minérios e sua
transformação em matéria-prima para outros setores industriais, e também as indústrias de produção de
energia elétrica” (Sandroni, 1999). A indústria extrativa tem por função extrair, retirar matéria-prima
mineral, vegetal ou animal da natureza, para que seja reaproveitada em outras indústrias.
Figura 3 – Indústria extrativista
Crédito: Mark Agnor/Shuttertock.
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Quanto às indústrias intermediárias, pode-se entender que seu papel é fornecer produtos
beneficiados que serão usados nos parques fabris de outras indústrias. É o caso, por exemplo, das
indústrias de equipamentos, que fornecem máquinas industriais.
Finalmente, as indústrias de bens de consumo incluem os produtos que serão consumidos pela
população em geral. Nesse caso, pode-se subdividi-la em dois tipos: as indústrias de bens duráveis e as
indústrias de bens não duráveis. Os bens de consumo duráveis são aqueles que proporcionam ao seu
dono durabilidade ao longo do tempo, como um automóvel. Já os bens de consumo não-duráveis são
perecíveis, normalmente de primeira necessidade, como alimentos, roupas ou remédios.
Figura 4 – Indústria de bens de consumo
Crédito: Roman Zaeits/Shuttertock.
TEMA 2 – SERVIÇO
Embora no imaginário popular o engenheiro esteja atrelado à indústria, é expressivo o crescimento
do setor econômico de serviços e, por consequência, a atuação do engenheiro nesse setor. Na verdade,
há que se observar que a visão que a sociedade tem acerca da importância dos serviços para a
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economia vem se modificando significativamente, pois hoje os serviços respondem pela maior parcela
do Produto Interno Bruto – PIB de várias nações (IBGE, 2017).
Pode-se definir serviço como um conjunto de atividades que é realizado para atender às
necessidades de um cliente. Assim, ele é um produto, mas um produto que traz uma maior dificuldade
de análise, planejamento e produção, pois é imaterial, intangível e o consumo acontece de forma
simultânea com a produção.
Figura 5 – Serviços
Crédito: Trueffelpix/Shuttertock.
Essas duas características, a intangibilidade e a simultaneidade, distinguem a produção de um
serviço da produção de um bem. Assim, é importante entender esses dois conceitos. Quanto à
simultaneidade, pode-se explicar essa característica observando que os serviços não podem ser
estocados, pois são produzidos e consumidos ao mesmo tempo. O mais próximo que se chega da ideia
de estoque em serviços é a espera do cliente, ou seja, a fila. Desse modo, em um serviço, a operação
acontece como um sistema produtivo aberto, em que se sofre todo o impacto das variações de
demanda (Fitzsimmons; Fitzsimmons, 2014). Quanto à intangibilidade, diz respeito ao fato de o
consumidor não poder tocar o produto adquirido, pois o serviço é imaterial.
Outras características que podem ser citadas quanto aos serviços são a heterogeneidade, ou seja,
dois serviços nunca serão iguais, pois cada consumidor terá uma experiência diferente, mesmo que o
serviço, em tese, seja o mesmo; a perecibilidade, pois já que um serviço não pode ser estocado, ele
precisa ser consumido no momento da produção; e a não propriedade do serviço pelo consumidor, pois
quando se adquire um serviço, tem-se somente o direito de recebê-lo (Fitzsimmons; Fitzsimmons, 2014).
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2.1 CLASSIFICAÇÃO DE SERVIÇOS
Para se entender melhor os serviços e como tratá-los, é possível utilizar de uma matriz em que os
serviços são classificados a partir de duas dimensões: o grau de intensidade de trabalho e o grau de
interação com o cliente e de customização.
Figura 6 – Matriz de processo de serviços
Fonte: Fitzsimmons; Fitzsimmons, 2014, p. 25.
Conforme Fitzsimmons e Fitzsimmons (2014, p. 25), cada uma das denominações dispostas na
matriz esclarece a natureza do serviço oferecido:
As fábricas de serviços oferecem um serviço padronizado, com alto investimento de capital, de maneira
semelhante a uma linha de montagem. As lojas de serviços permitem maior customização doserviço,
mas o fazem em um ambiente de alto capital. Os clientes de um serviço de massa receberão um serviço
indiferenciado em um ambiente com grande força de trabalho, mas os que buscam um serviço
profissional serão atendidos individualmente por especialistas treinados.
Outra forma de abranger os serviços encontra-se na matriz da Figura 7, que auxilia na compreensão
de como os serviços são disponibilizados aos clientes. Nesse sentido, as dimensões que compõem essa
matriz são: quem se beneficia com o serviço e a natureza do serviço.
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Figura 7 – Natureza do ato de prestação de serviços
Fonte: Fitzsimmons; Fitzsimmons, 2014, p. 27.
Essas matrizes auxiliam não só a entender o quanto os serviços podem ser diferenciados entre si,
como também oferecem informações para uma série de tomadas de decisão em relação à produção do
serviço em si.
É importante ressaltar que, pelas suas características diferenciadas em relação aos bens, a forma de
produzir um serviço não deve ser elaborada como o planejamento da produção de um bem. Assim, os
itens de planejamento de produção, como previsão de demanda e de capacidade, instalações e sua
localização, filas, utilização de tecnologias, verificação da qualidade, fornecimento e cadeia de
suprimentos, e até mesmo o projeto dos serviços, não devem ser elaborados da mesma forma como se
elabora o planejamento de um bem. É necessário usar de ferramentas próprias para o planejamento de
serviços, para que o sistema produtivo funcione de maneira eficaz.
Figura 8 – Fila em serviços
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Crédito: Macrovector / Shuttertock.
TEMA 3 – CONSULTORIA
Um serviço específico que pode ser prestado pelo engenheiro de produção é a consultoria.
Atualmente, o conhecimento parece fugir de nossas mãos, tendo em vista a velocidade das mudanças a
que estamos submetidos. Parece ser uma boa ideia buscar um especialista que tenha domínio sobre um
determinado tema, que nós, em nosso dia a dia, não temos condição de obter.
Então, as empresas passam a contratar esse especialista para resolver determinados problemas que,
normalmente, não estão no rol de problemas cotidianos da organização. Mas também podem ser
problemas crônicos, com os quais a organização convive, e que não consegue solucionar.
Crocco e Guttmann (2017, p.7) trazem um conceito de consultoria, desenvolvido pelo Institute of
Management Consultants:
Serviço prestado por uma pessoa ou grupo de pessoas, independentes e qualificadas para a
identificação e investigação de problemas que digam respeito a política, organização, procedimentos e
métodos, de forma a recomendarem a ação adequada e proporcionarem auxílio na implementação
dessas recomendações.
Nesse sentido, um engenheiro que seja contratado para prestar serviços a uma organização,
emprestando seu conhecimento técnico por um determinado período, de forma a analisar, propor
soluções e, em algumas situações, auxiliar a organização a implantar essas soluções, estará atuando
como consultor.
Figura 9 – Consultoria
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Crédito: EtiAmmos / Shuttertock.
3.1 O ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO COMO CONSULTOR
Vários são os conhecimentos especializados que o engenheiro de produção detém, e que podem
ser utilizados em consultorias às organizações. A seguir, vamos apresentar algumas situações em que o
engenheiro de produção pode atuar como consultor.
O engenheiro de produção pode atuar nos problemas de produtividade de um sistema produtivo.
Se ele elemento não estiver adequada, uma empresa pode perder vantagem competitiva, pois não
consegue entregar os produtos já negociados na quantidade ou no tempo certos. Assim, o engenheiro
pode estudar e mapear os processos produtivos, identificando gargalos e outros problemas que estejam
causando paradas indevidas, perda de tempo, fluxo indevido de matéria-prima e de produto em
processo, entre outras situações. A partir do mapeamento, é possível elaborar propostas de melhoria
que otimizem os processos e melhorem os métodos de produção, bem como a interação das pessoas
com os métodos.
Outro problema ligado ao engenheiro de produção é a falta de qualidade no sistema produtivo e
no produto obtido após a produção. O estudo das falhas no sistema produtivo e a implementação de
ferramentas de controle e acompanhamento que sejam de fácil compreensão e de uso constante são
tarefas facilmente realizadas pelo engenheiro de produção. Além disso, ele pode estudar a
implementação de um sistema de gestão da qualidade, por meio do uso e certificação da NBR ISO 9001,
que além de auxiliar a resolver os problemas operacionais, trará à organização uma cultura de melhoria
contínua.
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Mais uma situação que pode ser estudada por um consultor engenheiro de produção é a dos
estoques. Encontrar um equilíbrio nos estoques é fundamental para qualquer organização. Assim, deve-
se buscar ações de forma a não ter estoque a mais, pois essa prática gera custos com espaço físico,
obsolescência dos materiais estocados, gestão dos estoques, entre outros. Mas também é necessário
cuidar para que não haja estoque a menos, o que geraria problemas com o prazo de entrega dos
produtos ao cliente, gargalos, entre outros. Otimizar o controle dos estoques é um serviço de
consultoria que pode ser prestado para que a organização minimize perdas e mantenha a produtividade
e a eficiência do sistema produtivo. Na verdade, o engenheiro de produção pode usar de seus
conhecimentos e habilidades para analisar e propor soluções como consultor nos mais diversos
problemas de um sistema produtivo.
TEMA 4 – AUDITORIA
Nas empresas que apresentam Sistemas de Gestão, tais como o sistema de gestão da qualidade,
sistema de gestão ambiental, sistema de gestão de saúde e segurança do trabalhador, sistema de gestão
social, entre outros, a auditoria se torna um processo rotineiro e necessário para a obtenção e a
manutenção de certificados, e de um funcionamento adequado desses sistemas.
O engenheiro de produção pode atuar como auditor nesses processos, de forma a garantir que a
empresa em que trabalha passe pelos processos de certificação, e de manutenção da certificação, sem
grandes percalços. Também pode atuar em empresas de auditoria, na outra ponta do processo,
analisando se as empresas que buscam uma certificação estão conformes e fazem jus a ela.
Nesse sentido, existem três tipos distintos de auditorias: a auditoria de primeira parte, a auditoria de
segunda parte e a auditoria de terceira parte.
Auditoria de primeira parte: esta auditoria é interna. Ocorre quando a própria empresa realiza
auditoria sobre seu sistema de gestão da qualidade. Constitui uma função contínua, completa e
independente para auxiliar no alcance dos objetivos organizacionais.
Auditoria de segunda parte: esta auditoria é externa, realizada pela organização cliente em uma
organização fornecedora da empresa.
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Auditoria de terceira parte: esta auditoria é externa. Acontece quando um organismo
independente observa se os padrões estão atendidos, e concede certificação à empresa (Chiroli,
2016).
Figura 10 – Auditoria
Crédito: chase4concept/Shuttertock.
Conforme Chiroli (2016, p. 199-200), a auditoria atua no alcance de alguns objetivos
organizacionais, tais como a determinação da conformidade dos elementos dos sistemas de gestão; a
determinação da eficácia dos sistemas de gestão implementados quanto ao cumprimento dos objetivos
especificados; a identificação de oportunidades para melhorar os sistemas de gestão da empresa; a
identificação de pontospara tomada de decisão; e a identificação de treinamentos específicos
necessários para se manter os sistemas de gestão adequados.
A auditoria de sistemas de gestão é padronizada por meio da norma NBR ISO 19011. A norma diz
que a auditoria é um processo sistemático, documentado e independente para que se obtenha a
evidência de auditoria e para que se possa verificar até que ponto os critérios da auditoria são
atendidos.
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4.1 CARACTERÍSTICAS DE UM AUDITOR
O auditor, de um modo geral, não agrada os funcionários de uma empresa. Pela característica de
seu trabalho, que é observar se as pessoas estão realizando as tarefas sob sua responsabilidade, ele
passa a ser visto como inimigo. Assim, é necessário que o profissional apresente algumas características,
inclusive de personalidade, bastante específicas, para poder ser um bom auditor, interno ou externo à
organização.
Figura 11 – Reconhecimento profissional
Crédito: Alewka/Shuttertock.
Dentre elas, pode-se apontar que o auditor deve ser reconhecido profissionalmente, já que, assim,
as pessoas auditadas terão a percepção de que estão passando por um processo que é da competência
do auditor. Ao demonstrar conhecimento, o auditor passa credibilidade e facilita a compreensão de que
a auditoria tem por objetivo melhorar o trabalho das pessoas. O auditor também deve se mostrar
organizado, visto que o planejamento e a execução da auditoria não devem nunca atrapalhar a rotina de
trabalho das pessoas que serão auditadas.
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Ser flexível é mais uma característica importante que o auditor deve apresentar, pois ele deve ouvir
os auditados e entender o seu ponto de vista. Mesmo porque, nem sempre o padrão proposto para um
determinado processo é o melhor ou o mais produtivo naquela situação. Mas, ao mesmo tempo, o
auditor deve ser capaz de resistir às pressões que os auditados vão exercer, fazendo prevalecer sua
posição quando o auditado estiver incorreto. Nesse sentido, ser hábil em tratar com pessoas é outra
característica relevante para que a auditoria aconteça a contento, em especial porque as pessoas de um
modo geral se sentem nervosas ao serem auditadas. Tranquilizar as pessoas, comunicando de forma
adequada, faz parte do processo de auditoria. Finalmente, a característica mais importante é atitudinal:
ser ético.
 Além de apresentar as características necessárias, o auditor também deve seguir algumas regras
básicas ao realizar a auditoria, tais como não ser tendencioso, manter a mente aberta, ser imparcial, ser
paciente, lembrar ao participante que a auditoria é importante para a melhoria contínua, sempre indicar
os fatos, nunca corrigir a pessoa no local em que ela trabalha, fazer relatórios com precisão e clareza, e
estar familiarizado com os procedimentos a serem auditados (Chiroli, 2016).
TEMA 5 – EMPREENDEDORISMO
Embora a palavra empreendedorismo possa ser entendida como uma capacidade que as pessoas
têm de observar e colocar em prática novas soluções, não importando se estamos falando de um
empregado ou um empresário, aqui trabalharemos a noção de empreendedorismo como o projeto de
um novo negócio capaz de atender a uma necessidade social. Nesse sentido, o engenheiro de produção
pode atuar como um empreendedor e oferecer os mais diferentes tipos de bens e serviços para a
sociedade, de acordo com suas competências.
Então, o conceito aqui utilizado para empreendedorismo é o disponibilizado por Dornelas (2016),
que diz que esse termo “[...] pode ser definido como o envolvimento de pessoas e processos que, em
conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades”. Tais ideias, quando implantadas de forma
correta, levam o empreendedor a ter um negócio de sucesso.
Dornelas (2016) complementa o conceito, dizendo que, portanto, “o empreendedor do próprio
negócio é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo
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riscos calculados”. Chama-se essa situação de empreendedorismo de oportunidade. Mas há uma outra
situação que faz nascer um empreendedor: a necessidade.
Em especial no Brasil dos últimos anos, em que as tentativas de estabilização e crescimento
econômico têm se mostrado frustradas, muitas pessoas perderam seus empregos. A alternativa para
essas pessoas foi empreender, mesmo sem ter experiência no ramo escolhido, para suprir sua
necessidade de sobrevivência. Nesse sentido, a ideia de empreendedorismo se consolida no Brasil a
partir dos anos 2000, como forma de entender melhor os processos da criação de um novo negócio, e
evitar a mortalidade dessas novas empresas, que surgiram ao longo desse período.
Figura 12 – Canvas
Crédito: Fluke Cha/Shuttertock.
Por outro lado, em termos de oportunidades, há condições favoráveis para a criação de novos
empreendimentos. O auxílio das tecnologias de informação e a abertura do mercado mundial às novas
empresas auxiliam na condição de empreender.
Ao se perceber patrão, o empreendedor deve entender que o domínio de ferramentas para o
planejamento e a manutenção do novo negócio é muito importante. Assim, faz parte da rotina do
empreendedor saber desenvolver um plano de negócio, utilizar um Canvas Business, acompanhar o
desempenho de sua empresa, planejar processos produtivos e processos econômico-financeiros,
prospectar novas oportunidades de negócios, além de gerir pessoas e negociar com empresas e clientes.
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Nesse sentido, o engenheiro de produção tem vantagem, pois é preparado para conhecer e utilizar
todas essas ferramentas. Como empreendedor, está preparado tanto para criar uma empresa de ramo
econômico tradicional, como para criar uma startup.
5.1 STARTUPS
Um capítulo especial na questão do empreendedorismo diz respeito às startups. Primeiro é preciso
estabelecer que nem todo novo empreendimento é uma startup. Na verdade, de acordo com Ries
(2012), uma startup é “uma instituição humana projetada para criar novos produtos sob condições de
extrema incerteza”. Quando se pensa em novos produtos não existentes no mercado, que trazem a
solução de problemas que a sociedade nem sabia que existiam, aí sim estamos falando de startups.
Figura 13 – Startup
Crédito: Who is Danny/Shuttertock.
Nesse sentido, a operação de uma startup não pode seguir os padrões de uma empresa tradicional,
visto que, na maioria das vezes, ela não conhece seus clientes; não conhece seu mercado de atuação,
pois ela pode estar lançando um novo mercado; não tem muito dinheiro e, portanto, precisa de gente
interessada em investir; além do fato de os riscos serem grandes.
Para ser um “startupeiro”, é necessário ter algumas características. Compreender que a realidade das
startups não tem nada de glamoroso, e que você não ficará milionário da noite para o dia, é uma das
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primeiras questões a serem consideradas. Na verdade, a mortalidade das startups é ainda maior do que
as de empreendimentos tradicionais. Assim, a possibilidade de suas primeiras ideias não terem sucesso é
muito alta.
Não adianta somente ter ideias criativas, é necessário construir protótipos para poder validar a ideia
na prática com seus possíveis clientes. O cliente não gostou de seu produto. Então é o momento de
pivotar, ou seja, de recomeçar o desenvolvimento do produto. Essas ações devem ser feitas de forma
iterativa, por partes, para se construir um empreendimento mais sólido. Com o produto criado e
validado pelos clientes, pode-se lançá-lo no mercado. Nesse momento, o produto deve estar disponível
para toda equalquer pessoa que se interessar por ele, não importa a quantidade.
Tendo em vista a necessidade de desenvolver todas essas fases e, possivelmente, repeti-las várias
vezes, é necessário ter resiliência, paciência e responsabilidade, já que esse é um mercado por definição
instável, mas que pode gerar bons frutos.
FINALIZANDO
Nessa aula, estudamos o campo de atuação de um engenheiro de produção formado. Embora
muitas pessoas pensem que o engenheiro só pode atuar em uma fábrica, há muito mais espaços de
atuação, em especial pelas competências que você terá ao final de seus estudos. Então, você pôde
conhecer sobre a indústria, mas também sobre os serviços. Há a possibilidade de você vir a atuar como
consultor ou como auditor. Então, agora você tem uma ideia de como trabalham esses profissionais. E,
finalmente, é possível que se torne dono de seu próprio negócio, e por isso teve acesso a informações
sobre empreendedorismo.
REFERÊNCIAS
CHIROLI, D. M. G. Avaliação de sistemas de qualidade. Curitiba: InterSaberes, 2016.
CROCCO, L.; GUTTMANN, E. Consultoria empresarial. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
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DORNELAS, J. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 6. ed. São Paulo:
Empreende/Atlas, 2016.
FITZSIMMONS, J. A.; FITZSIMMONS, M. J. Administração de serviços: operações, estratégia e
tecnologia de informação. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.
IBGE – Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Anual de Serviços 2017. Disponível
em <https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/150/pas_2017_v19_informativo.pdf>. Acesso
em: 13 dez. 2019.
RIES, E. A startup enxuta: como empreendedores atuais utilizam a inovação contínua para criar
empresas extremamente bem-sucedidas. São Paulo: Lua de Papel, 2012.
SANDRONI, P. (Org.). Novíssimo dicionário de economia. São Paulo: Best Seller, 1999.

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