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Niterói 2021 LUIZ CARLOS DE SOUZA O BENEFÍCIO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O EMPREENDEDOR 2 LUIZ CARLOS DE SOUZA O BENEFÍCIO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O EMPREENDEDOR Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Centro Universitário Anhanguera Pitágoras Unopar De Niterói , como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Administração. Orientador: Isabella Santos Niterói 2021 LUIZ CARLOS DE SOUZA O BENEFÍCIO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O EMPREENDEDOR Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Centro Universitário Anhanguera Pitágoras Unopar De Niterói , como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Administração. BANCA EXAMINADORA Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Niterói, dia de mês de 2021 SOUZA, Luiz Carlos De. O Benefício do Planejamento Estratégico para o Empreendedor . 2021. 32 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração) – Centro Universitário Anhanguera Pitágoras Unopar De Niterói , Niterói , 2021. RESUMO As pequenas e microempresas representam importante segmento da economia, pois respondem pela maior parte dos empregos existentes no País. O presente estudo destaca que uma das ferramentas disponíveis da administração para pequenas empresas é a contabilidade gerencial . Sob este prisma, o empreendedorismo digital prioriza os objetivos empresariais, mas também leva em conta os aspectos individuais do consumidor, seus desejos e necessidades, utilizando-se de um planejamento eficaz, implementado a partir da concepção do produto ou serviço. O método empregado neste trabalho é a pesquisa qualitativa e descritiva através de um estudo bibliográfico. O presente trabalho tem como objetivo geral realizar uma pesquisa sobre o benefício do planejamento estratégico para o empreendedor. Conclui-se nesse estudo que á relação entre o planejamento estratégico em empresas. Isso se deve ao fato de que as organizações dependem de seus funcionários para atingir suas metas, objetivos e estratégias. Por outro lado, as práticas de gestão de pessoas das empresas possibilitaram que essas ações fossem ao encontro de seus objetivos. Palavras-chave: Empreendedorismo. Estratégias. Implementação. Vantagens. Desvantagens. SOUZA, Luiz Carlos De. The Benefit of Strategic Planning for the Entrepreneur. 2021. 32 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração) – Centro Universitário Anhanguera Pitágoras Unopar De Niterói , Niterói , 2021. ABSTRATC Small and micro-enterprises represent an important segment of the economy, as they account for most of the jobs in the country. This study highlights that one of the administration tools available to small businesses is management accounting. From this perspective, digital entrepreneurship prioritizes business objectives, but also takes into account the individual aspects of the consumer, their desires and needs, using effective planning, implemented from the conception of the product or service. The method used in this work is qualitative and descriptive research through a bibliographic study. The present work has as general objective to carry out a research on the benefit of strategic planning for the entrepreneur. This study concludes that the relationship between strategic planning in companies. This is due to the fact that organizations depend on their employees to achieve their goals, objectives and strategies. On the other hand, the people management practices of the companies made it possible for these actions to meet their objectives. Keywords: Entrepreneurship. Strategies. Implementation. Advantages. Disadvantages. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Processo e ações perante verificação .................................................... 25 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Critérios para classificação e conceituação de empresas de pequeno porte ............................................................................................................................ 15 Tabela 2 – Classificação de empresas de pequeno porte ........................................ 15 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS SEBRAE Sistema Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística PIB Produto Interno Bruto BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 9 2. EMPREENDEDORISMO ......................................................................................... 11 2.1 VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS MICROS E PEQUENAS EMPRESAS ............................................................................................................................................... 14 3. O EMPREENDEDORISMO DIGITAL...................................................................... 18 3.1 O BENEFICIO DO PLANEJAMENTO E COMUNICAÇÃO NA GESTÃO DE PESSOAS ........................................................................................................................... 19 4. FERRAMENTAS DE PLANEJAMENTO E QUALIDADE ...................................... 23 4.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGIO EM UMA ORGANIZAÇÃO ............................. 26 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................... 29 REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 30 9 1. INTRODUÇÃO No Brasil, as pequenas e microempresas representam importante segmento da economia, pois respondem pela maior parte dos empregos existentes no País. Estima- se que essas empresas são responsáveis por grande parcela da força de trabalho e parte do Produto Interno Bruto (PIB) nacional . Possuem uma presença marcante em diferentes cadeias produtivas, na forma de fornecedores de grandes empresas responsáveis pela produção de bens intermediários e finais, destinados em boa parte ao mercado externo. A maioria dos negócios que hoje estão em funcionamento é formada por micro e pequenas empresas conforme aponta Sebrae (2015) que as pequenas e micro empresas renderam uma receita de 647 bilhões de reais em 2016 um aumento de 5,5% quando comparado com 2015, sendo esse aumento essencial para a economia do País. São empresas geradoras de empregos e riquezas, o que auxilia o desenvolvimento do produto interno do País. Ser empreendedor é um desafio que nem todos estão dispostos a enfrentar, mas que apesar das dificuldades, apresenta vantagens que compensam todo o esforço daqueles que resolvem enveredar por este universo. Este estudo justifica-se a partir da competitividade da empresa, de modo que a otimização e planejamento dos processos tornam-se ferramentas essências para a administração , é importante também para a sociedade pois a partir dos resultados apresentados nesta pesquisa a pessoa que pretende ser um microempreendedor poderá saber e avaliar se é a melhor decisão a ser tomada. Além de contribuir como as pesquisas voltadas para esse ramo. A alta carga tributária, a burocracia morosa e a dificuldade em conseguir o crédito necessário para começar desmotiva grande parte dos empreendedores que desejam dar vida aos seus negócios.” o exposto, identificou-se a seguinte pergunta de partida como problema desta pesquisa: quais as principais vantagens e desvantagensde se tornar um empreendedor e como o planejamento estratégico pode ajudar? O presente trabalho teve como objetivo geral analisar os benefícios do planejamento estratégico para o empreendedor e como objetivos específicos: contextualizar o empreendedorismo descrevendo as vantagens e desvantagens; pesquisar sobre o empreendedorismo digital diante do benefício do planejamento de 10 comunicação na gestão de pessoas; descrever as ferramentas de planejamento e qualidade para um empreendedor. Para a elaboração do trabalho foi feita uma pesquisa qualitativa e descritiva, realizada a partir de um levantamento bibliográfico da literatura atual encontrada em bibliotecas on-line referente a autores como Dornelas (2018), Fernandes (2017), Fiorelli (2016), entre outros. Também foi feito um levantamento de informações sobre o tema em artigos, documentários e outras fontes de dados. Foi utilizado palavras- chaves de dados indexadas, tais como: Empreendedorismo, Estratégias, Implementação, Vantagens, Desvantagens. 11 2. EMPREENDEDORISMO Dornelas (2018), comenta que o empreendedorismo pode ser ensinado para todos que tenham interesse na área. Basta que o indivíduo saiba administrar as adversidades encontradas no dia-a-dia. É importante também que o empreendedor busque desenvolver habilidades nas áreas gerenciais (criação, desenvolver e gerenciar uma nova empresa: marketing, administração, tomada de decisão, ser bom negociador, dentre outras), na área técnica saber escrever, ouvir, ser um bom orador, captar informações, ser organizado, saber liderar, trabalhar em equipe e que possua características pessoais (ser disciplinado, inovador, persistente, visionário. Corroborando com a ideia de Dornelas (2018) afirma que empreendedorismo é um termo que implica numa forma de ser, uma concepção do mundo, uma forma de se relacionar. É uma palavra que contém ideias de iniciativa e inovação. O empreendedor é alguém que prefere seguir os caminhos que ainda não foram percorridos, é uma pessoa que não satisfeita com o conformismo, transforma tal insatisfação em descobertas e propostas positivas para si e para os outros. Segundo Dornelas (2018, p.39): Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que juntos, levam a transformação de ideias em oportunidades” e logo, a implementação destas oportunidades levam a criação de negócios de sucesso. Entende-se de empreendedorismo, a dedicação, o tempo e esforço para criação de algo novo, arcando com as consequências sociais, financeiras e psíquicas, e logo recebendo as recompensas decorrentes da satisfação e independência pessoal e econômica. Por sua vez Dornelas (2018) afirma que empreendedorismo é um termo que implica numa forma de ser, uma concepção do mundo, uma forma de se relacionar. É uma palavra que contém ideias de iniciativa e inovação. O empreendedor é alguém que prefere seguir os caminhos que ainda não foram percorridos, é uma pessoa que não satisfeita com o conformismo, transforma tal insatisfação em descobertas e propostas positivas para si e para os outros. Linker e Frank (2016) comentam que as micros e pequenas empresas representam 99% da nossa malha empresarial nacional. Com as constantes mudanças e aumentos na competitividade entre essas empresas, é cada vez mais necessária uma política especializada de gestão. Vale ressaltar que, as micro e pequenas empresas além de proporcionar aos empreendedores a chance de não 12 terem mais um chefe, ainda exercem um papel significativo, uma vez que absorvem a mão de obra que se encontra fora do mercado de trabalho. Mas mesmo com este crescimento das micro e pequenas empresas, surge outro problema, pois a maioria das mesmas encerra suas atividades em seu primeiro ano, fato este ligado a falta de planejamento dos empreendedores. Eles querem ter um negócio, mas no momento de administrá-lo cometem erros, justamente por falta de informação sobre a melhor forma de gerencia-lo, e sem um planejamento que os auxilie na gestão da empresa, acabam por tomar decisões errôneas que resultam no fechamento do negócio. Prova disso, são as variais recentes pesquisas realizadas pelo Sistema Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) as quais comprovam que sete em cada dez empresas brasileiras encerram suas atividades antes dos cinco anos de vida, e o principal motivo é a falta de planejamento por parte de seus administradores (DORNELAS, 2018). Deste modo, torna-se indispensável que os empreendedores tomem conhecimento acerca das vantagens que o empreendedorismo proporciona bem como dos desafios que terá que enfrentar, os quais não são poucos, como demonstrou os resultados desta pesquisa. Além disto, é primordial a realização de um planejamento bem executado, muitos empreendedores, ao iniciarem suas atividades, não possuem uma noção correta sobre a gestão de uma empresa e, muitas vezes, não conseguem manter o seu empreendimento em funcionamento, por causa da falta de conhecimento dos fatores que envolvem a missão de empreender. Fernandes (2017) apresenta algumas desvantagens de ser um empreendedor, como por exemplo, a questão da administração, pois para o autor, embora tomar todas as decisões possa ser um benefício, também pode ser um fardo. O empreendedor lida com muita papelada o que pode consumir tempo e energia. Além disto, o autor destaca que permanecer competitivo é fundamental como dono de uma pequena empresa, porque será preciso buscar um diferencial, a fim de construir uma sólida base de clientes e ser rentável. Fernandes (2017) complementa as desvantagens dizendo que empreender pode ser solitário e assustador pois o empreendedor é completamente responsável pelo sucesso ou fracasso do negócio, sem falar na questão da falta de segurança de um salário regular. Assim, se o negócio desacelera, a renda pessoal do empreendedor 13 corre risco. Outra grande desvantagem de ser um empreendedor é que requer mais trabalho e mais horas do que ser um empregador. Sabe-se que a Contabilidade é uma antiga ciência estudada e aplicada como instrumento prático pelo homem que ao longo do tempo, evoluiu e se desenvolveu para atender as necessidades do mundo globalizado. Portanto, torna-se necessário contextualizar esse processo histórico, assim como os avanços que a profissão contábil teve até a atualidade (LINKER e FRANK, 2016). De acordo com Wilbert et al., (2015) existe diversas vantagens de ser um microempreendedor como é reportado a baixo. As vantagens de ser um microempreendedor. Ao controle. Você escolhe o trabalho que gosta de fazer e aproveita ao máximo seus pontos fortes e habilidades. O resultado pode ser mais satisfação no trabalho. Excitação. Empreendedorismo pode ser emocionante e muitos empresários consideram seu trabalho muito agradável. Cada dia é preenchido com novas oportunidades para desafiar suas habilidades, habilidades e determinação. Flexibilidade. Os empreendedores podem programar suas horas de trabalho em torno de outros compromissos, incluindo passar tempo de qualidade com suas famílias. Liberdade. Liberdade para trabalhar quando quiserem, onde quiserem e como quiserem atrai muitos para o empreendedorismo. A maioria dos empreendedores não considera seu trabalho real porque estão fazendo algo que amam. Salário racional Como empreendedor, sua renda está diretamente relacionada aos seus esforços e ao sucesso do seu negócio. Em contra partida Fernandes, (2017) reporta as desvantagens de ser um microempreendedor. Administração. Embora tomar todas as decisões possa ser um benefício, também pode ser um fardo. Ser um empreendedor vem com muita papelada que pode consumir tempo e energia. Concorrência. Permanecer competitivo é fundamental como dono de uma pequena empresa. Você precisará diferenciarseu negócio de outros como o seu, a fim de construir uma sólida base de clientes e ser rentável. Solidão. Pode ser solitário e assustador ser completamente responsável pelo sucesso ou fracasso do seu negócio. Sem salário regular. Ser empresário muitas vezes significa desistir da segurança de um salário regular. Se o negócio desacelera, sua renda pessoal pode estar em risco. Horário de trabalho. O horário de trabalho de um empreendedor pode ser imprevisível. Uma grande desvantagem de ser um empreendedor é que requer mais trabalho e mais horas do que ser um empregador. 14 2.1 VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS MICROS E PEQUENAS EMPRESAS Não existe um padrão universal que defina ou classifique as MPE’s, pois cada órgão, estado, região ou país tem sua própria definição. No Brasil as micro e pequenas empresas têm um conceito contemplado desde a década de 1980, definido pela Lei nº 7.256/84, que atualmente, é regulada pela Lei Complementar Nº 123/2006, que estabelece normas, em atendimento ao disposto nos artigos 170 e 179 da Constituição Federal, favorecendo a ambas com tratamento diferenciado e simplificado nos campos administrativo, fiscal, previdenciário, trabalhista, creditício e de desenvolvimento empresarial. É consequência de uma política de desburocratização que teve início em 1979, para agilizar o funcionamento dos pequenos organismos empresariais. Existem diversos critérios que são utilizados na definição das MPE’s, que se baseiam em vários indicadores como: número de empregados, capital social, receita operacional líquida, valor do ativo imobilizado, faturamento entre outros, os chamados critérios quantitativos ou econômicos, que permitem oportunidades de análises comparativas e estatísticas de caráter temporário e se referem às diferentes partes da atividade empresarial. Já os critérios qualitativos são de natureza mais social, que ajudam na compreensão da dinâmica da empresa, referem-se à estrutura interna, técnicas comerciais e operacionais, sua organização, atendimento, qualidade dos produtos ou serviços e na satisfação de clientes e funcionários, conforme cita Fiorelli (2016, p. 13): Dessa forma, o parâmetro (ou parâmetros) escolhido para definição não representa a empresa toda no seu encaixe real no mundo dos negócios, pois é difuso, e ora abrange uma faixa de firmas, ora outra, sem que venha a traduzir um universo representativo de características comuns. Diante deste contexto, observa-se que os critérios de classificação são de muitos tipos e tocam em diferentes componentes da atividade empresarial, e a variedade dos mesmos demonstra a diversidade dos fins que se pretende alcançar ou o ponto de vista que se quer estudar a pequena empresa. A definição de micro e pequena empresa é relativa, podendo depender do número de empregados, faturamento e da comparação com outra empresa ou outro quesito. O critério para a classificação de uma empresa quanto ao porte depende da instituição que propõe a classificação e das variáveis analisadas. 15 Tabela 1. Critérios para classificação e conceituação de empresas de pequeno porte CRITÉRIOS QUANTITATIVOS ▪ Número de empregados; ▪ Valor de faturamento; ▪ Valor de ativo fixo (imobilizado); CRITÉRIOS QUALITATIVOS ▪ Incipiente especialização em termos de organização e administração; ▪ Dificuldades de acesso ao mercado de capitais; ▪ Dificuldades de obtenção de crédito; ▪ Relacionamento pessoal do empresário ou administrador com seus empregados; ▪ Relacionamento pessoal do empresário ou administrador com seus clientes; ▪ Participação e domínio dos respectivos mercados; ▪ Independência de grupos de empresas. Fonte: SEBRAE (2016) As micro e pequenas empresas podem ser classificadas de acordo com o número de empregados e assumem com o faturamento bruto anual. Tabela 2. Classificação de empresas de pequeno porte PORTE/SETOR INDUSTRIA COMERCIO E SERVIÇOS MICROEMPRESAS Até 19 Até 9 empregados EMPRESAS DE PEQUENO PORTE De 20 a 99 De 10 a 49 MÉDIAS De 100 a 499 De 50 a 99 GRANDES 500 ou mais 100 ou mais Fonte: SEBRAE (2016) Mintiberg (2017) asseveram que, existem critérios mais utilizados para classificas as empresas de pequeno porte: número de empregados, faturamento, investimento (ativo permanente), capital registrado e quantidade produzida. Atualmente existem duas classificações principais: por faturamento e por número de empregados. A primeira está relacionada à questão fiscal e legal; já a segunda, é em termos gerais a mais usada, inclusive pelo SEBRAE e por outras instituições de amparo à pequena empresa. O SEBRAE (2016) estabelece o critério de classificação pelo número de contratações, como: as micro que contratem até 09 pessoas nos setores do comércio e serviços, ou até 19, no caso dos setores industrial ou de construção. As pequenas são definidas como as que empregam de 10 a 49 pessoas, no caso de comércio e serviços, e 20 a 99 pessoas, no caso de indústria e empresas de construção. (SEBRAE, 2016). 16 O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) adota como parâmetro para a concessão de créditos, um faturamento diferenciado da Lei Geral para Micro e Pequenas Empresas. A microempresa deve ter receita bruta anual de até R$ 1,2 milhão; as pequenas empresas, superior a R$ 1,2 milhão e inferior a R$ 10,5 milhões. (CONSULTOR TAGPLUS, 2016). De um modo geral, a empresa fica então, impossibilitada de gozar dos incentivos ou isenções fiscais oferecidos no estado. Paralelamente, os órgãos de apoio como o SEBRAE e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apesar de adotarem o número de empregados como critério de classificação para MPE’s, os limites máximos de ocupação variam entre o setor de comércio, indústria e serviço. (IBGE, 2016). De acordo com Souza (2017, p.13), várias são as justificativas para as contribuições socioeconômicas das pequenas empresas: Estímulo à livre iniciativa e à capacidade empreendedora; Relação capital/trabalho com mais harmonia; Contribuição para a geração de novos empregos e absorção de mão-de-obra; Manutenção de certo nível de atividade econômica em determinadas regiões; Efeito amortecedor das distorções na atividade econômica; Efeito amortecedor dos impactos do desemprego; Potencial de assimilação, adaptação, introdução e, algumas vezes, geração de novas tecnologias de produto e de processo; Contribuição para a descentralização das atividades econômicas, em especial na função de complementação às grandes empresas. No Brasil, as pequenas e microempresas representam importante segmento da economia, pois respondem pela maior parte dos empregos existentes no País. Estima- se que elas são responsáveis por 70% da força de trabalho e por 21% do PIB nacional (KITA, 2016). Possuem uma presença marcante em diferentes cadeias produtivas, na forma de fornecedores de grandes empresas responsáveis pela produção de bens intermediários e finais, destinados em boa parte ao mercado externo. A competitividade das MPE’s brasileiras, principalmente aquelas das cadeias produtivas em que estão inseridas grandes empresas, é essencial ao desenvolvimento do País. Se uma pequena empresa da cadeia não é competitiva, a competitividade de toda a cadeia poderá ser comprometida. Apesar da importância econômica, tanto em países altamente industrializados, quanto naqueles em recente industrialização, as MPE’s ainda enfrentam dificuldades, particularmente nas nações em desenvolvimento. Na sequência das dificuldades mais citadas aparecem aquelas relacionadas à atual conjuntura da economia brasileira: 17 taxas de juros elevadas (citada por 22% das MPE’s), situação econômica do país (21%), inadimplência de clientes (20%) e falta de clientes (14%). Um terceiro bloco relevante de dificuldades envolve aquelas que são comuns às próprias MPE’s: despesas com aluguel (citada por 14%das MPE’s), falta de capital (14% das MPE’s) e a concorrência de outras empresas (12%) (SEBRAE, 2016). A geração de novos empreendimentos constitui um dos fatores da prosperidade social, econômica e financeira, na medida em que permite a geração de novos empregos e de oportunidades para a sociedade, além de contribuir para o aumento da competitividade e a eficiência econômica. São as empresas, as responsáveis pela geração da renda nacional e criação ou implementação de inovações e oportunidades. Neste sentido, destacam-se aspectos como uma consultoria empresarial, administração, cursos que capacitem os empreendedores quanto aos recursos pessoais, finanças, fluxo de caixa equilibrado, controle de despesas mercado e produção, controle de despesas, capacidade de negociar, atenção aos clientes, entre outras coisas. 18 3. O EMPREENDEDORISMO DIGITAL Sendo o capitalismo a configuração socioeconômica da sociedade contemporânea e a velocidade cada vez mais do fluxo de informação, considera-se a publicidade uma ferramenta essencial para a difusão de produtos e serviços. Tendo em vista que a empresa tem se tornado fator de gestão pessoa, os discursos publicitários devem pautar-se na função modeladora de subjetividade, estimuladas pelas publicidades que privilegiam o discurso do empreendedorismo através do meio de conotação empresarial (FERREIRA, 2018). Com o desenvolvimento da tecnologia na comunicação, houve uma maior disseminação de revistas como produto a ser vendido ao público, por ser um filtro capaz de otimizar o desempenho de mercado, ao mesmo tempo em que fornece informação comercial ao público, gerando assim melhora econômica tanto para a mídia informativa como para o público consumidor (QUEIROZ NETO; SEVERIANO, 2016). Considera-se deste modo, que a divulgação de informações através de redes sociais ser consideradas produção subjetiva, no qual anúncios e matérias em diversas temáticas valem-se da lógica mercantil, marcada pela indústria da formação profissional atrelado ao empreendedorismo. De acordo com Dutra (2015), para criar empresa, também é fundamental ao empreendedor acessar os diversos recursos, como materiais, financeiros, fiscais, dentre outros, dispondo de tempo suficiente para criar uma empresa e capacidade para competir com eficácia. É, portanto, preciso que o conteúdo reavalie uma comunicação alinhada à mensagem comunicada, pois é imprescindível que a mensagem transmitida ao consumidor seja verdadeira, para que não venha a frustrá-lo. É fundamental a valorização do cliente já que a maior parte dos empreendedores se preocupa em diferenciar os seus produtos, seja através do preço ou pela segmentação de mercado, e com isso os próprios donos de empresas acabam sendo os criadores de conteúdo de suas marcas na web, sendo preciso haver maior percepção destes de que a comunicação é um método estratégico e é através dela que se geram bons resultados. Deste modo, torna-se indispensável que os empreendedores tomem conhecimento acerca das vantagens que o empreendedorismo proporciona bem como dos desafios que terá que enfrentar, os quais não são poucos, como demonstrou os resultados desta pesquisa. Além disto, é primordial a realização de um 19 planejamento bem executado, muitos empreendedores, ao iniciarem suas atividades, não possuem uma noção correta sobre a gestão de uma empresa e, muitas vezes, não conseguem manter o seu empreendimento em funcionamento, por causa da falta de conhecimento dos fatores que envolvem a missão de empreender. Liberdade para trabalhar quando quiserem, onde quiserem e como quiserem atrai muitos para o empreendedorismo. A maioria dos empreendedores não considera seu trabalho real porque estão fazendo algo que amam. Salário racional Como empreendedor, sua renda está diretamente relacionada aos seus esforços e ao sucesso do seu negócio. Em Contra partida Figueiredo, (2017) reporta as desvantagens de ser um microempreendedor. Administração. Embora tomar todas as decisões possa ser um benefício, também pode ser um fardo. Ser um empreendedor vem com muita papelada que pode consumir tempo e energia. Concorrência. Permanecer competitivo é fundamental como dono de uma pequena empresa. Você precisará diferenciar seu negócio de outros como o seu, a fim de construir uma sólida base de clientes e ser rentável. Solidão. Pode ser solitário e assustador ser completamente responsável pelo sucesso ou fracasso do seu negócio. Sem salário regular. Ser empresário muitas vezes significa desistir da segurança de um salário regular. Se o negócio desacelera, sua renda pessoal pode estar em risco. Horário de trabalho. O horário de trabalho de um empreendedor pode ser imprevisível. Uma grande desvantagem de ser um empreendedor é que requer mais trabalho e mais horas do que ser um empregador. 3.1 O BENEFICIO DO PLANEJAMENTO E COMUNICAÇÃO NA GESTÃO DE PESSOAS A cultura do gerenciamento e do homem administrativo fez surgir palavras como gestão, gerir e gestor. As ações do gestor são fundamentadas nos princípios administrativos: eficácia, produtividade, performance, competência, empreendedorismo, qualidade total, cliente, produto, marketing, excelência. Esses mesmos princípios são aqueles que orientam a Administração de Recursos Humanos e toda a empresa. (PERSONA, 2018) Por isso, mesmo na vida privada a racionalidade e o gerenciamento estão presentes e mesmo se tratando das emoções, as pessoas aprendem sobre gerenciá- 20 las, assim como se aprende como gerenciar o tempo, a imagem e a identidade. Os princípios de gerenciamento estão presentes na vida organizacional como forma de explicar e interpretar o mundo a partir das categorias da gestão. Uma sociedade de gestores busca racionalizar todas as esferas da vida social. Considerando a natureza e as exigências do gerenciamento quanto às práticas e processos, entende-se que são as pessoas que detém os postos na hierarquia das empresas, que são elas que exercem as funções de gestores e são elas que devem mudar seu nível de atuação em consonância com as novas exigências. Os profissionais em Administração de Recursos Humanos e gestores fazem parte das estruturas organizacionais e, portanto, foram fortemente influenciados pela racionalização do mundo da administração científica, mas por outro lado, também se encontram fortemente pressionados a criar novas práticas com relação à gestão das pessoas. (PERSONA, 2018) Reconhece-se que a grande marca da Gestão versus Administração está na orientação para ideias de desenvolvimento mútuo: pessoas e organização. Trata-se de uma moeda com um único lado a pessoa como profissional transforma-se em gestora de sua relação com a empresa, bem como de seu desenvolvimento profissional e garante uma avaliação satisfatória, revelando o nível de comprometimento profissional e a “entrega” de seus conhecimentos transformados em capacidade de mobilizar sua inteligência, seu potencial criador, sua capacidade de interpretar o contexto e de agir com responsabilidade, de modo que ela gere vantagens competitivas únicas para as empresas. O discurso das organizações é de que as pessoas são o principal capital de uma empresa. (NEWSTROM, 2017) Dois dos autores clássicos em Administração e Comportamento Organizacional, Newstrom (2017) referem-se ao enfoque de RH baseado no desenvolvimento das pessoas, no sentido de preparar pessoas para que elas atinjam níveis cada vez mais altos de competência, criatividade e realização. Limeira (2016, p. 415), reforçam esse papel instrumental de RH como a área que dá suporte ao desenvolvimento profissional, a posição de recursos humanos, por outro lado, é de apoio. Ela ajuda os empregados a se tornarem melhores, mais responsáveis e então tenta criar um clima no qual eles podem contribuir até os limitesdo desenvolvimento de suas habilidades. Assume que expandindo as capacidades e oportunidades para as pessoas chegar-se-á diretamente à melhoria da eficiência operacional. A satisfação no trabalho também será um resultado direto quando os 21 empregados fazem uso mais complexo de suas habilidades. Essencialmente o foco dos recursos humanos significa melhores pessoas que atingem a melhores resultados. Portanto, as transformações na gestão devem ser entendidas como uma urgência para romper com essa falta de interação dos atores da organização, logo, não se trata de adaptação ao novo contexto ou mudança de discurso. Nesse sentido, Limeira (2016) contribuiu quando afirmou que o sucesso de uma organização é medido em três dimensões complementares: resultados financeiros, mercadológicos e operacionais; pessoas, incluindo o clima interno da organização, o ambiente de trabalho, a relação com a comunidade, os hábitos, as escalas de valores e a filosofia da empresa e a inovação e flexibilidade, isto é, grau de abertura, sensibilidade, possibilidades e interesse da organização em promover mudanças e renovações em sua forma de agir, em antecipação ou resposta às demandas mutáveis do meio ambiente. Porém esse tipo ideal de trabalho está, paradoxalmente, colidindo com a realidade da insegurança no emprego. A mobilidade no emprego é agora um fato da vida. Teme-se que ao desenhar novos formatos de estruturas organizacionais baseados nas competências, uma nova condição no trabalho esteja apenas mascarando o tumulto humano envolvido. A flexibilidade pode atingir as pessoas porque requer novas aprendizagens e adaptações, mas é a estabilidade que pode atingi-las ainda mais através de economias deprimentes. É bom lembrar que em países industrializados na década de 1970, a segurança no emprego era associada com uma produtividade mais alta e não se falava em inovações de produtos e assim, nos anos 1980, esta conexão desapareceu. (LIMEIRA, 2016) O modelo de emprego tipo vitalício ou de carreira única, que foi estimulado em muitas empresas, preocupou-as muito, em décadas passadas, quando uma rotatividade muito baixa criou uma “leva” de empregados sem valor competitivo e que impedia a admissão de novos talentos. (KOTLER, 2016) Nesse sentido um bloqueio às novas ideias fora construído em nome da segurança no emprego que habilitava empregados com muito tempo de casa a se recusarem a fazer certas coisas, sabendo que eles podiam sempre se transferir para outro departamento. Em contrapartida muitas empresas recém-criadas, de rápido crescimento, baseiam suas políticas de recursos humanos em oferecer boas oportunidades de trabalho, mas sem garantia de estabilidade. (PERSONA, 2018). 22 Olhando a moeda de um lado só, verifica-se que há nas empresas um incentivo muito grande para que seus funcionários sejam empreendedores, atualizados, enfim, há uma pressão para que adquiram permanente capacitação. O que parece é que o indivíduo está arcando com deveres que caberiam à empresa, por exemplo: custos de formação, embora alguns possam argumentar que muitas empresas investem muito nesse sentido, inclusive com Educação Corporativa ou, quanto o Estado tem investido em políticas de requalificação, de treinamento ou de reinserção profissional (KOTLER, 2016) Sabe-se também que, atualmente, se um profissional não age por conta própria ele pode ser classificado como "acomodado", "sem iniciativa", "fracassado", entre tantas outras designações moralmente depreciativas. Essa talvez seja uma das razões pelas quais as escolas de administração de empresas e as obras literárias proliferam e atraem milhares de alunos ansiosos. 23 4. FERRAMENTAS DE PLANEJAMENTO E QUALIDADE Na gestão de produção é indispensável o investimento em gestão de controle e produção, pois com a falta de gerenciamento nesses quesitos, os empreendimentos perdem seus principais indicadores: prazo, custo, lucro, retorno sobre investimento e o fluxo de caixa. A gestão do planejamento que engloba uma produção de qualidade, o que demanda uma estrutura perfeita. O gerenciamento de projetos é baseado em uma estrutura hierárquica com o gerente de projeto no ápice. O gerente de projeto planeja o projeto, aloca trabalho para os empreiteiros, monitora o progresso e dirige os contratantes quando os planos têm de ser mudados. Projeto são subcontratados a fornecedores que planejam e administram o seu próprio trabalho para além da visão do gerente de projeto (PAVEZ, 2016). O planejamento é um modo que de certa maneira garante uma longa duração da empresa, pelo fato que com o planejamento os gerentes estão mais capacitados de darem respostas rápidas e certeiras por meio do monitoramento da evolução do empreendimento e do seu reposicionamento estratégico (PAVEZ, 2016). A gestão da produção complementa gestão tradicional projeto. Leva os pacotes de trabalho e marcos que definem os gerentes de projeto e constrói em torno deles planos viáveis para a execução do trabalho e processos transparentes para medir a produção e melhorar o desempenho. A qualidade de um produto refere-se ao total de características específicas, podendo ser bens ou serviços, mediador ou final de uma empresa sendo que estes definem a capacidade destes bens e serviços promoverem a satisfação do cliente. A qualidade intrínseca inclui a qualidade total ausente de defeitos, para tanto com características que agradem o consumidor (WOMACK, 2016). A gestão da qualidade, tem como função aprimorar todos os processos de planejamento de uma empresa, quando se aplica essa gestão, logo se tem uma melhoria bastante significativa de produtividade (LIMMER, 2016). A aplicação de uma gestão no setor de qualidade de uma empresa, reflete diretamente na redução de desperdícios, seja eles de tempo como de insumos, que ao se aplicar métodos de qualidade, como a padronização de processos, fiscalização das atividades a serem executadas e implementação de critérios a serem seguidos, gerando um caminho onde não se é permitido “atalhos”, faz com que o andamento da obra acabe que sendo linear, sem desvios que poderiam proporcionar retrabalhos maiores do que os que 24 podem ser gerados ao se aplicar uma boa gestão de qualidade que irá ter como um visão global do empreendimento, porém subdivida em partes menores que tem como função observar de perto cada serviço que está sendo realizado, achando o erro caso existente, no início do serviço e solucionado ainda no mesmo serviço, evitando assim o adiamento de problemas gerados e evitando uma maior gasto com retrabalhos. Existe uma necessidade dentro do ambiente de aplicar padronizações para se obter uma melhor produtividade e melhor qualidade nas tarefas executadas, pois de acordo com Formoso (2015) a padronização de uma atividade é necessária devido a limitação da memória humana e da imprecisão envolvidas no procedimento de antecipação. Em casos de tarefas que nunca foram realizadas anteriormente, é necessário a aplicação de planejamentos relacionado a qualidade, que proporcionam treinamentos para adaptar o funcionário aquele novo processo que será elaborado, tendo nesse caso uma queda de produtividade inicialmente naquela atividade realizada, devido a adaptação a nova tarefa, porém proporcionando melhores resultados futuros na mesma atividade. O treinamento da mão-de-obra tem como intuito, gerar maior qualidade nas tarefas executadas e definir melhor a função de cada integrante da equipe para se obter um melhor processo de produção, diminuindo as perdas por falta de treinamento da mão-de-obra que gera operações inadequadas (FORMOSO, 2015) A fiscalização de execução de serviços, tem como objetivo, evitar o adiamento de problemas gerados por falhas, encontrando os erros pontuais de cada tipo de serviço e solucionando-os nomomento de execução do serviço, gerando então maior controle da produtividade dos operários, fazendo com que os mesmo se atentem mais ao serviços para que os erros possam ser eliminados, chegando a um ponto onde não se terá mais erros, proporcionando então uma melhor qualidade no serviço e a diminuição de perdas de insumos e consequentemente tempo, que seria gasto com retrabalho, pode-se ver um conceito da importância da verificação de processos na figura 1. 25 Figura 1. Processo e ações perante verificação. PLANEJAR EXECUTAR AGIR APROVADO REPROVADORETRABALHO VERIFICAR Fonte: Limmer (2016) De acordo com Limmer (2016) pode garantir a qualidade na gestão de produção para corrigir riscos com os seguintes parâmetros: Gestão e Organização; Responsabilidade; Normatização; Ensinamentos da experiência; Treinamento e qualificação; Controle da qualidade; Rastreabilidade; Informação. Com a garantia da gestão de qualidade dentro da empresa, pode-se então elaborar como será gerenciada a produtividade do empreendimento, onde se tem o processo de produção. De acordo com Souza (2016) cabe realizar transformação de recursos físicos em produtos, onde os recursos físicos seria a junção da mão de obra com os materiais e equipamentos, geram no final do processo o produto no qual será o empreendimento em si, concluindo que esse processo físico, seria divido em duas partes, denominando-as em entradas e saídas. Para se obter ganhos de produtividade Ballard (2017) organizou a discussão sobre ganhos de produtividade definindo sete alavancas, no quais são elas: O planejamento da execução das obras; Utilização de métodos de gestão; Modernização de equipamentos; Eficiência dos materiais; Melhorias de projeto; Mão de obra qualificada. Para melhor entendimento dessas alavancas o autor citado explica que o planejamento deve ser dividido em etapas e ter diferentes tipos de planejamentos, para que se obtenha um melhor controle do planejamento geral no qual seria um planejamento denominado de longo prazo que é subdividido em mais dois planejamentos, o de médio e curto prazo (MOHAMAD, 2019). Esse plano de produção tem como intuito realizar uma organização da empresa e como ela vai lhe dar com algumas situações no decorrer do tempo. O planejamento de curto prazo tem como objetivo de aplicar procedimentos para lidar com imprevistos 26 que necessita decisões que gerem ações imediatas, realizando planejamentos em um período curto, entre 3 a 6 meses, sempre envolvendo os profissionais envolvidos no processo para que se possa ampliar a visão sobre o empreendimento, gerando opiniões melhores definidas. (MOHAMAD, 2019) Para melhor definir, deve-se ter em pensamento o que será feito, quem irá realizar, qual período que irá ser feito, o local no qual será feito e por qual motivo irá ser feito, logo após definido esses critérios deve-se observar como que será feito e o custo que todo esse processo irá gerar. Ao se realizar um planejamento a médio prazo que são planejamentos com período de 1 a 3 anos e tem como objetivo ligar os planejamentos gerais com planejamentos operacionais, visando sempre a disponibilidade financeira para cada etapa da obra para que se possa ser feito uma retroalimentação que irá assegurar maior coerência entre os demais planejamentos. (MOHAMAD, 2019) A função desse planejamento é coletar dados sobre o andamento da obra, dados como o percentual de serviços iniciados, quantidade de atividades que foram realizadas conforme período previsto, analisando em caso de atrasos, as causas que leva ao atraso, como índices de imprevistos como materiais não entregue ou equipamentos que obteve defeito, levando a um atraso pontual ou generalizado, assim como índices que mostre a irregularidade de solicitação de materiais ou equipamentos (SOUZA, 2016) É de extrema importância manter o planejamento a longo prazo constantemente atualizado, pois a partir dessas atualizações que será tomada decisões corretivas para eventuais atrasos que ocorrem na execução do empreendimento e eventuais despesas fora do planejamento financeiro, sendo necessário coletar dados para esse planejamento a partir dos planejamentos de médio e curto prazo. 4.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGIO EM UMA ORGANIZAÇÃO De acordo com Demo (2018), para expandir um novo negócio, no início é imprescindível ter capacitação gerencial continuada, sobrepor conceitos teóricos a fim de possuir disciplina e experiência suficiente para o planejamento periódico das ações. Dentre as atividades do planejamento, o ato de planejar somente o empreendedor pode fazer. 27 Segundo Duarte (2016), o ato de planejar aumenta as alternativas e a capacidade de resposta diante de uma mudança, diminui as incertezas, estimulando a empresa a competir, contribuindo para continuação da empresa para além de seus diretores-chave, há inúmeras bibliografias que explanam sobre a importância de um planejamento estratégico, sua estrutura e os passos para colocá-lo em prática. Este é indicado para as mais diversas empresas, pois os “empreendedores precisam saber planejar suas ações e delinear as estratégias da empresa a ser criada. Entretanto, alguns empreendedores desenvolvem seus negócios sem nenhum tipo de ferramenta de planejamento ou auxilio de especialistas. Por isso faz se o questionamento acerca da contribuição do Plano de Negócios para o planejamento, uma vez que muitas empresas atingem as metas sem utilizá-lo. Chiavenato (2018), afirma que sobre a importância da gestão de pessoas nas organizações a equipe é um ativo fundamental da organização e é normal que algumas pessoas tenham mais talento do que outras para atingir níveis mais altos de desempenho. Portanto, é essencial prestar atenção aos procedimentos que são realizados na incorporação, identificação, cuidado e desenvolvimento de talentos dentro de uma organização. Atualmente o talento do povo é a chave fundamental para conseguir uma diferenciação e realização de aspirações estratégicas. Chiavenato (2018), ainda relata que a estratégia para o desenvolvimento do talento humano refere-se a políticas e práticas necessárias para gerir o trabalho das pessoas, a saber: análise e descrições de trabalho, escritórios de design, recrutamento e seleção de pessoal, recrutamento de candidatos, orientação e integração (indução) de novos funcionários, cargos de gestão e salários, pagamento de incentivos e benefícios sociais, a avaliação de desempenho dos empregados, comunicações dos funcionários, treinamento e desenvolvimento de pessoal, desenvolvimento organizacional, saúde, segurança e qualidade de vida no trabalho e relações com funcionários e relações sindicais. Segundo o estudo de Franco (2018), como terceiro ponto está a compensação das pessoas, divisão dos benefícios sociais: que é o conjunto de ações utilizadas para incentivar as pessoas e atender às necessidades individuais mais sentidas. Eles incluem recompensas, remuneração e benefícios e serviços sociais (assistentes sociais, especialistas em programas de assistência social); quarto é o desenvolvimento de pessoas, divisão de treinamento: é o grupo de atividades usadas para treinar e aumentar o desenvolvimento profissional e pessoal. Eles incluem 28 treinamento e desenvolvimento de pessoas, programas de mudança e desenvolvimento de carreiras e programas de comunicação e integração (analistas de treinamento, instrutores, comunicadores). 29 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS É indiscutível a importância estratégica das empresas de micro e pequeno porte para o desenvolvimento de qualquer localidade. Garantir, entretanto, que essas empresas possam gerenciar o “seu negócio”, tem se tornado um grande desafio aos apoiadores do segmento e órgãos governamentais. Nestestempos de constantes mudanças provocadas pela evolução tecnológica, globalização e competição em tempo real, a informação tornou-se uma ferramenta estratégica nas empresas, envolvendo os diversos aspectos de relacionamento da organização com o ambiente externo e interno. Atualmente, os negócios são focados na gestão da informação e do conhecimento sobre o ambiente, os clientes, os produtos e os concorrentes. Para sobreviver nesse mercado competitivo e volátil, tornou-se necessário dotar a empresa de processos de gerenciamento da informação para aumentar a eficácia e eficiência da gestão estratégica organizacional. A herança gerencial deixou marcas que afetaram sensivelmente os modelos de gestão no mundo contemporâneo, dificultando a ocorrência de mudanças obrigatórias na administração de recursos humanos, que possam favorecer as novas demandas de desenvolvimento de competências. Desaprender os conceitos tradicionais de gestão é uma alternativa para oferecer um ambiente inteligente aos funcionários, o qual lhes possibilite o aprendizado e ao mesmo tempo, eleve os padrões competitivos de uma empresa com base no desenvolvimento de competências. O presente estudo destaca que uma das ferramentas disponíveis da administração para pequenas empresas é a contabilidade gerencial . Pois o grande desafio de um empreendedor é mapear suas ações, diagnosticar as falhas e verificar os pontos de melhorias que deverão ser realizados. Portanto conclui-se nesse estudo que á relação entre o planejamento estratégico em empresas. Isso se deve ao fato de que as organizações dependem de seus funcionários para atingir suas metas, objetivos e estratégias. 30 REFERÊNCIAS BALLARD, G.; HOWELL, G. Shielding Production: An Essential Step in Production Control. Technical Report No. 97-1, Engineering and Management Program, Department of Civil and Environmental Engineering, University of California, 2017. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos: O capital humano das organizações. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. DEMO, Gisela. Políticas de gestão de pessoas: introdução às teorias do capital humano e do capital intelectual. In:_____. Políticas de gestão de pessoas nas organizações: papel dos valores pessoais e da justiça organizacional. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2018. DORNELAS J.C.A.. Empreendedorismo Corporativo. Campus: Rio de Janeiro, 2018. DUARTE, M.; RODRIGUES, A. F.; ZAFALON, A. M. A importância do capital humano nas empresas. 2016. Disponível em: <http://www.dcc.uem.br/semana2006/anais2006/Anais_2006_arquivo_03.pdf> Acesso em 07 de outubro de 2021. FERNANDES, Jean Carlos; MACIEL, Luciana Botelho; SOSSAI, Henrique Matheus Mariani. O Microempreendedor Individual (MEI): vantagens e desvantagens do novo sistema. Belo Horizonte, 2017. 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