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AULA 03 -DIVERSIDADE CULTURAL

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Aula -03 -EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE : ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO sobre a diversidade
 Secção 1. Neste primeiro momento vamos abordar as questões pertinentes a garantia em lei e as diversidades culturais que se estabelecem dentro e fora da escola
TODOS SOMOS IGUAIS PERANTE AS LEIS 
 ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO SOBRE A DIVERSIDADE: (Art. 5) 
· Na Constituição Federal existe um artigo (5) que fundamenta os artigos da LDBEN e de todas as normas e parâmetros da educação e diversidade. Embora não fale diretamente em diversidade, esse artigo é amplo e universal. Abaixo esse artigo da CF é colocado da seguinte maneira: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade...
1.1 - CAPÍTULO III: DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO (CF – Constituição Federal)
· Seção I DA EDUCAÇÃO: (CF) Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. 
· § 1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental. 
· § 2º - O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.
1.2 – LDBEN (Lei 9.394) de 20 de dezembro de 1996. 
LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
	
	Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências.
· "Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
§ 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.
§ 2o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras.
Art. 78. O Sistema de Ensino da União, com a colaboração das agências federais de fomento à cultura e de assistência aos índios, desenvolverá programas integrados de ensino e pesquisa, para oferta de educação escolar bilíngue e intercultural aos povos indígenas, com os seguintes objetivos:
 I – proporcionar aos índios, suas comunidades e povos, a recuperação de suas memórias históricas; a reafirmação de suas identidades étnicas; a valorização de suas línguas e ciências; 
II – garantir aos índios, suas comunidades e povos, o acesso às informações, conhecimentos técnicos e científicos da sociedade nacional e demais sociedades indígenas e não índias.
Art. 79. A União apoiará técnica e financeiramente os sistemas de ensino no provimento da educação intercultural às comunidades indígenas, desenvolvendo programas integrados de ensino e pesquisa. 
§ 1º Os programas serão planejados com audiência das comunidades indígenas. 
§ 2º Os programas a que se refere este artigo, incluídos nos planos nacionais de educação, terão os seguintes objetivos: 
I – fortalecer as práticas socioculturais e a língua materna de cada comunidade indígena; 
II – manter programas de formação de pessoal especializado, destinado à educação escolar nas comunidades indígenas; 
III – desenvolver currículos e programas específicos, neles incluindo os conteúdos culturais correspondentes às respectivas comunidades; 
IV – elaborar e publicar sistematicamente material didático específico e diferenciado. 
§ 3º No que se refere à educação superior, sem prejuízo de outras ações, o atendimento aos povos indígenas efetivar-se-á, nas universidades públicas e privadas, mediante a oferta de ensino e de assistência estudantil, assim como de estímulo à pesquisa e desenvolvimento de programas especiais. 
Art. 79-A. (Vetado.) 80Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como Dia Nacional da Consciência Negra. 
2-SECÇÃO- 02 QUEM SOMOS... DE ONDE VIEMOS ....
PARA ONDE VAMOS O QUE PRECISAMOS SABER 
2 – CONCEITOS SOBRE A DIVERSIDADE: 
 Do ponto de vista cultural, a diversidade pode ser entendida como a construção histórica, cultural e social das diferenças. A construção das diferenças ultrapassa as características biológicas, observáveis a olho nu. As diferenças são também construídas pelos sujeitos sociais ao longo do processo histórico e cultural, nos processos de adaptação do homem e da mulher ao meio social e no contexto das relações de poder. 
 Sendo assim, mesmo os aspectos tipicamente observáveis, que aprendemos a ver como diferentes desde o nosso nascimento, só passaram a ser percebidos dessa forma, porque nós, seres humanos e sujeitos sociais, no contexto da cultura, assim os nomeamos e identificamos.
 A diversidade faz parte do acontecer humano. De acordo com Elvira de Souza Lima (2006, p.17), 
A diversidade é norma da espécie humana: seres humanos são diversos em suas experiências culturais, são únicos em suas personalidades e são também diversos em suas formas de perceber o mundo. Seres humanos apresentam, ainda, diversidade biológica. Algumas dessas diversidades provocam impedimentos de natureza distinta no processo de desenvolvimento das pessoas (as comumente chamadas de “portadoras de necessidades especiais”). Como toda forma de diversidade é hoje recebida na escola, há a demanda óbvia, por um currículo que atenda a essa universalidade.
SECÇÃO 03- Diferenças culturais e processos Educativos: 
 Incorporando a perspectiva intercultural Nos últimos anos, a discussão sobre as diferenças culturais nas práticas pedagógicas vem se afirmando. Nesta perspectiva, os primeiros aspectos que são necessários esclarecer se referem aos conceitos de cultura e diferença nos quais este trabalho se baseia.
 No que diz respeito ao sentido do termo cultura, certamente polissêmico e complexo, assumo a perspectiva privilegiada por Velho (1994, p.63) quando afirma: Hoje em dia cultura faz parte do vocabulário básico das ciências humanas e sociais. O seu emprego distingue-se em relação ao senso comum no sentido que este dá às noções de homem culto e inculto. 
 Assim como todos os homens em princípio interagem socialmente, participam sempre de um conjunto de crenças, valores, visões de mundo, redes de significado que definem a própria natureza humana. Por outro lado, cultura é um conceito que só existe a partir da constatação da diferença entre nós e os outros. 
 Quanto à diferença, Silva (2000) propõe uma distinção entre diversidade e diferença que considero especialmente oportuna para expressar a abordagem em que situo a perspectiva intercultural: Em geral, utiliza-se o termo [diversidade] para advogar uma política de tolerância e respeito entre as diferentes culturas. 
 Ele tem, entretanto, pouca relevância teórica, sobretudo por seu evidente essencialismo cultural, trazendo implícita a idéia de que a diversidade está dada, que ela pré-existe aos processos sociais pelos quais - numa outra perspectiva - ela foi, antes de qualquer outra coisa, criada. Prefere-se, neste sentido, o conceito de “diferença”, por enfatizar o processo social de produção da diferença e da identidade, em suas conexões, sobretudo com relações de poder e autoridade. (p.44-45) 
 As diferenças são então concebidas como realidades sociohistóricas, em processo contínuo de construção-desconstrução-construção, dinâmicas, que se configuram nas relações sociaise estão atravessadas por questões de poder. São constitutivas dos indivíduos e dos grupos sociais. 
 Devem ser reconhecidas e valorizadas positivamente no que têm de marcas sempre dinâmicas de identidade, ao mesmo tempo em que combatidas as tendências a transformá-las em desigualdades, assim como a tornar os sujeitos a elas referidos objeto de preconceito e discriminação. Trabalhar as diferenças culturais constitui o foco central do multiculturalis
 O referido autor Situa a perspectiva intercultural no âmbito das posições multiculturais que classifico em três grandes abordagens: o multiculturalismo assimilacionista, o multiculturalismo diferencialista ou monoculturalismo plural e o multiculturalismo interativo, também denominado interculturalidade. (Candau, 2009b) 
 A abordagem assimilacionista parte da afirmação de que vivemos numa sociedade multicultural, no sentido descritivo. Uma política assimilacionista - perspectiva prescritiva - vai favorecer que todos se integrem na sociedade e sejam incorporados à cultura hegemônica. 
 A cultura deve ser um meio par que todos tenham acesso sem distinção e sua hegemoneidade deve permanecer seja dentro ou fora da escola. 
No caso da educação, promove-se uma política de universalização da escolarização
 
 Todos e todas são chamados a participar do sistema escolar, mas sem que se coloque em questão o caráter monocultural presente na sua dinâmica, tanto no que se refere aos conteúdos do currículo, quanto às relações entre os diferentes atores, às estratégias utilizadas nas salas de aula, aos valores privilegiados etc. 
 Quanto ao multiculturalismo diferencialista ou, segundo Amartya Sen (2006), monocultura plural, esta abordagem parte da afirmação de que quando se enfatiza a assimilação termina-se por negar a diferença ou por silenciá-la. Propõe então colocar a ênfase no reconhecimento da diferença e, para promover a expressão das diversas identidades culturais presentes num determinado contexto, garantir espaços em que estas se possam expressar. 
 Afirma-se que somente assim os diferentes grupos socioculturais poderão manter suas matrizes culturais de base. Algumas das posições nesta linha terminam por assumir uma visão essencialista da formação das identidades culturais. São então enfatizados o acesso a direitos sociais e econômicos e, ao mesmo tempo, privilegiada a formação de comunidades culturais consideradas ‘homogêneas’ com suas próprias organizações – bairros, escolas, igrejas, clubes, associações etc. 
 Na prática, em muitas sociedades atuais terminou-se por favorecer a criação de verdadeiros apartheids sócioculturais. Estas duas posições, especialmente a primeira, são as mais frequentes nas sociedades em que vivemos. Algumas vezes convivem de maneira tensa e conflitiva. 
 São elas que em geral são focalizadas nas polêmicas sobre a problemática multicultural. No entanto, me situo numa terceira perspectiva, que propõe um multiculturalismo aberto e interativo, que acentua a interculturalidade, por considerá-la a mais adequada para a construção de sociedades, democráticas e inclusivas, que articulem políticas de igualdade com políticas de identidade. 
 De acordo com (Candau, 2008b) Considera que uma primeira característica que a configura é a promoção deliberada da inter-relação entre diferentes sujeitos e grupos socioculturais presentes em uma determinada sociedade. Neste sentido, esta posição se situa em confronto com todas as visões diferencialistas, assim como com as perspectivas assimilacionistas. 
 Por outro lado, rompe com uma visão essencialista das culturas e das identidades culturais. Concebe as culturas em contínuo processo de construção, desestabilização e reconstrução. Uma terceira característica está constituída pela afirmação de que nas sociedades em que vivemos os processos de hibridização cultural são intensos e mobilizadores da construção de identidades abertas, em construção permanente, o que supõe que as culturas não são puras, nem estáticas. A hibridização cultural é um elemento importante na dinâmica dos diferentes grupos socioculturais. 
 A consciência dos mecanismos de poder que permeiam as relações culturais constitui outra característica desta perspectiva. As relações culturais não são relações idílicas, não são relações românticas, estão construídas na história, e, portanto, estão atravessadas por questões de poder e marcadas pelo preconceito e discriminação de determinados grupos socioculturais. 
 A perspectiva intercultural também favorece o diálogo entre diversos saberes e conhecimentos. Convém ter presente que há autores que empregam estes termos como sinônimos, enquanto outros os diferenciam e problematizam a relação entre eles. O que chamamos conhecimentos estaria constituído por conceitos, idéias e reflexões sistemáticas que guardam vínculos com as diferentes ciências. Estes conhecimentos tendem a ser considerados universais e científicos, assim como a apresentar um caráter monocultural. 
 Quanto aos saberes, são produções dos diferentes grupos socioculturais, estão referidos às suas práticas cotidianas, tradições e visões de mundo. São concebidos como particulares e assistemáticos. Considero que o mais relevante, deixando aberta esta discussão, é considerar a existência de diferentes saberes e conhecimentos e descartar qualquer tentativa de hierarquizá-los. 
 Neste sentido, a perspectiva intercultural procura estimular o diálogo entre os diferentes saberes e conhecimentos, trabalha a tensão entre universalismo e relativismo no plano epistemológico e ético, assumindo as tensões e conflitos que emergem deste debate. Uma última característica que gostaria de assinalar diz respeito ao fato de não desvincular as questões da diferença e da desigualdade presentes hoje de modo particularmente conflitivo, tanto no plano mundial quanto em cada sociedade. 
 Trata-se de ter presente esta relação, complexa e que admite diferentes configurações em cada realidade, sem reduzir um pólo ao outro. 4. Diferenças culturais e práticas pedagógicas: o que dizem alguns estudos e pesquisas Na última década o Grupo de Estudos Cotidiano, Educação e Culturas (GECEC) tem desenvolvido várias pesquisas que analisam diversas questões referidas às relações entre escola e cultura(s).(Candau,2007; 2009a). 
São recorrentes nestes trabalhos as evidências empíricas da dificuldade se lidar nas práticas educativas com as diversas manifestações da diferença: de gênero, étnicas, de orientação sexual, geracional, sensório-motoras, cognitivas, entre outras. “Aqui são todos iguais”, é muito frequente os professores afirmarem quando se pergunta como lidam com as diferenças, para significar que os dispositivos pedagógicos mobilizados são padronizados e uniformes. Igualdade e diferença são vistas como contrapostas e não como dimensões que mutuamente se reclamam. 
 No entanto, também as investigações realizadas têm identificado progressivamente uma maior sensibilidade para esta temática, mas traduzi-la nas práticas cotidianas continua sendo um grande desafio. Nesta perspectiva, farei referência a quatro trabalhos desenvolvidos nos últimos anos por integrantes do grupo de pesquisa acima referido, de diferentes tipos, que podem oferecer alguns subsídios para se avançar no tratamento pedagógico no âmbito escolar das diferenças culturais.
 Tendo como horizonte a proposta já mencionada de Emilia 338 Ferreiro (apud Lerner 2007, p.7) de “transformar a diversidade conhecida e reconhecida em uma vantagem pedagógica”. Os dois primeiros foram realizados no contexto da pesquisa Ressignificando a Didática na perspectiva intercultural, desenvolvida no período de 2003 a 2006 (Candau, 2007). 
A primeira pesquisa, realizado entre 2004 e 2005, teve por objetivo central analisar como a perspectiva multicultural estava sendo incorporada pelo campo dadidática, na visão de seus próprios protagonistas, ou seja, professores, pesquisadores e estudiosos desta temática com amplo reconhecimento acadêmico. (Candau e Koff, 2006)
 
 A partir da análise de vinte depoimentos, feitos por profissionais de diversas regiões do pais que expressaram durante as entrevistas uma forte identificação com a área e sua evolução, foi possível constatar como eles e elas estão percebendo, de um lado, as contribuições e os temas que emergem quando se pensa e se discute as relações entre Didática e multiculturalismo e, de outro lado, os riscos, mas também os desafios inerentes a essa temática. Um primeiro aspecto a ressaltar dos situam no sentido de problematizar a cultura escolar dominante nas nossas escolas, seu caráter monocultural, e enfrentar a questão das diferenças na ação educativa. 
 Na escola os educandos não conseguem relacionar ou praticar os conteúdos ensinados a sua realidade fora da escola, pois a maioria deles faz parte dos grupos inferiores, daí a importância do professor ter criatividade e levar seus alunos a refletir e investigar as questões relacionadas a vida e cultura dos grupos mais próximos a sua vida, tendo autonomia em seu ensino e deixando um pouco de lado as praticas colonizadoras.
 Devido aos padrões de branqueamento muitas crianças negras querem ser brancas e incorporam em suas atitudes os costumes deles porque estes são incluídos na sociedade nos aspectos econômicos políticos e sociais e culturais. Como relatam pesquisas feitas com crianças negras, que demonstra isso muito bem quando uma garota diz: eu gostaria de dormir e acordar branca e de cabelo liso, essa fala demonstra o seu sofrimento porque vem sofrendo preconceitos por colegas de classe, elas tem acesso a matricula e sala de aula exceto as atividades escolares com êxito e aceitação, daí resulta em sua reprovação, e quando adultos sua indignação ou silenciamento por sua condição de vida.
 
Secção 04- As ações escolares e políticas	
 A problemática multicultural tem sido um tema discutido principalmente na pedagogia e no currículo com um intuito de solucionar os conflitos que dela surgem, já que a mesma abrange gênero, sexualidade, cultura. Também de entidades políticas do mundo inteiro. Temos observado a inserção do assunto nos debates, literatura, eventos conferencias, teses e dissertações, que são respostas as vozes dos diferentes movimentos sociais que lutam pelos seus direitos e legitimidades
 Ainda nesse contexto apoiado – nos em SILVA e BRADIM, nas universidades CANDAU (1997) reafirma o crescimento, nos últimos anos, de encontros, seminários e congressos abordando temas relativos à globalização, pluralismo cultural, identidades sociais e culturais etc. O marco para o inicio dos debates nos foros educacionais universitários deu-se numa das reuniões anuais da ANPED. Ela relata que, “(...) em 1995, pela primeira vez, foi realizada uma sessão especial sobre o tema multiculturalismo e universidade. Os participantes fomos testemunhas das reticências e reservas que o tema suscitou no debate” (Ibid,: 241)
Na área educacional muitos estudos têm sido formulados na tentativa de criar um currículo que busque os interesses dos não pertencentes aos padrões dominantes, assim:” Nos parâmetros curriculares nacionais – PCN (BRASIL,1997) consta que o Brasil tem participado de eventos importantes, como a Conferencia Mundial de Educação para Todos, realizada em Jostiem, na Tailândia, em 1990, convocada por organizações como a UNESCO, UNICEF e Banco Mundial”.(SILVA e BRADIM,P. 59, 2008)
 Somente no inicio do século XXI e que podemos perceber uma significativa mudança, posto que varias instituições do ensino superior começaram a adotar as denominadas ações afirmativas para negros e indígenas, com ênfase no sistema de cotas. E, desde 2003, há a obrigatoriedade das temáticas história e cultura do negro no Brasil nos currículos escolares, sancionada através da Lei 10.639”.(Santos E Queiroz,2007)
 No contexto educacional as praticas que se engajaram a despeito do multiculturalismo são:” Nos parâmetros curriculares nacionais – PCN (BRASIL, 1997) consta que o Brasil tem participado de eventos importantes, como a Conferencia Mundial de Educação para Todos, realizada em Jostiem, na Tailândia, em 1990, convocada por organizações como a UNESCO, UNICEF e Banco Mundial”. (SILVA e BRADIM, P. 59, 2008)
O movimento negro no Brasil só ganhou força nos anos 50 porque eles tomaram atitudes eficazes como: fim do isolamento dos movimentos brasileiros em relação aos movimentos de libertação racial em outros países. Os congressos e conferencias pan-africanas irão possibilitar trocas de informações visando á conscientização do valor da cultura negra e a libertação do complexo de inferioridade em relação ás culturas branca; a criação de organizações de revindicação do movimento negro no país, a exemplo da Associação dos Negros Brasileiros (ANB), Convenção Nacional do Negro Brasileiro (CNNB), União Nacional dos Homens de Cor (UNHC), a criação do Teatro Experimental Negro (TEM); a atuação de organizações internacionais, como a ONU.
 Nos parâmetros curriculares nacionais – PCN (BRASIL, 1997) consta que o Brasil tem participado de eventos importantes, como a Conferencia Mundial de Educação para Todos, realizada em Jostiem, na Tailândia, em 1990, convocada por organizações como a UNESCO, UNICEF e Banco Mundial”. (SILVA e BRADIM, P. 59, 2008) 
Quanto às ações políticas SILVA e BRADIM relatam que devido as pressões populares multiculturais e as teorias criticas e pós – criticas, as próprias organizações internacionais de defesa dos direitos humanos firma o compromisso de promover uma educação para a cidadania baseada no respeito a diversidade cultural, visando a superação das discriminações e preconceitos. 
 CANDAU (1997) menciona a conferencia mundial sobre políticas culturais, promovida pela UNESCO, em 1982, no México, cujo papel é o de contribuir para a aproximação entre os povos e uma melhor compreensão entre as pessoas.
 A propósito a ONU e suas agencias especializadas, sobretudo a UNESCO, impulsionarão os países membros a elaborar garantias jurídico-institucionais para proteger as vidas de grupos culturalmente dominados” (SILVA e BRADIM, 2008) Instituição escolar se preocupa em criar mecanismos que silencie diferenças. No sentido político ouvimos mais discursos, sem grandes repercussões concretas.
	
ou minimize os conflitos das
 O multiculturalismo e a educação estão intimamente ligados, porque ao mesmo tempo em que a escola ensina as pluralidades culturais ela segrega os que não fazem parte daquele padrão aceitável pelo seu sistema educacional. Quando em seus ensinamentos morais pregam o respeito à tolerância ao próximo ela segrega dando num mesmo espaço maiores oportunidades de expressão e atenção aos brancos.
 Daí a s discussões, e os inúmeros estudos voltados as multiculturalidades, sendo que abrangem não apenas um grupo social mais várias vitimas do preconceito, exclusão social, discriminação juntamente com as manifestações desses grupos oprimidos, o olhar governamental e a 
SUGESTÕES DE LEITURAS, SITES E FILMES
 LEITURA
DAOLIO, Jocimar (coor.). Educação física escolar: olhares a partir da cultura. São Paulo: AUTORES ASSOCIADOS, 2010. 
.MOREIRA, Evando Carlos(org.). Educação Física Escolar: desafios e propostas. 2. ed.São Paulo: FONTOURA, 2009.
NEIRA, M. G. Ensino de Educação Física. São Paulo, SP: Thomson Learning, 2007
SALES, Ricardo Moura.Teoria e pratica da educação física escolar. São Paulo: ICONE, 2010

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