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Leptospirose e Hantavirose: Diagnóstico e Tratamento

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Victória Portela Pereira 
Leptospirose 
Geral Clínica Diagnóstico Tratamento Hantavirose 
Notificação compulsória 
Leptospira são espiroquetas (leptospira 
interrogans – aeróbicas obrigatórias) 
importantes, que tem relação com sua 
motilidade (virulência) 
A leptospiremia é o que determina a invsao 
das células musculares, coração, rins e 
pulmão 
Ocorre uma vasculite multissistêmica, 
mediada por mediadores inflamatórios que 
levam à lesão celular e endotelial 
Espectro de resposta depende da virulência, 
da carga e do hospedeiro 
Alta incidência, internações e letalidade 
Epidemias urbanas, pós-enchentes e 
inundações (endêmica) 
É uma zoonose, na qual o homem é 
hospedeiro acidental, enquanto o outro 
reservatório são os animais que promovem 
leptospiúria, principalmente os ratos 
PI 2 semanas (2-20 dias – até 1 mês após) 
Maior parte em homens adultos, jovens e 
crianças 
Suspeita 
o Exposição a enchentes, alagamentos, 
lama e coleções hídricas 
o Exposição a esgoto, fossa, lixo e entulho 
o Atividades com risco ocupacional: 
coleta de lixo e de material de 
reciclagem, limpeza de córregos, 
trabalho em agua ou esgoto, manejo de 
animais, agricultura em águas alagadas 
o Vínculo epidemiológico com caso 
confirmado laboratorialmente + 
sindrome febril miálgica/ ictérica 
o Residir ou trabalhar em áreas de risco 
para leptospirose 
Portas de entrada - abrasoes na pele, 
cavidade oral e conjuntiva, atividades 
recreativas e ocupacionais 
Há muitos DD 
 Leptospiremia (precoce) 1 semanas (lesão direta ou resposta 
imunológica) – 90% casos 
o Pulmão 
o Fígado 
o Rim: não oligúrica com redução da absorção de sódio. Multifatorial, 
mas geralmente decorre da lesão direta de leptospira. Pode ser 
decorrente da rabdomiolise, hipovolemia. Tem uma capilarite 
glomerular 
o Febre, cefaleia, mialgia, artralgia, sufusão hemorrágica (30%) 
o Mialgia, principalmente, lombar e nas panturrilhas (não é específico) 
Oligossintomática – leve (maior parte) 
Anictérica – febre, mialgia (panturrilhas), cefaleia, anorexia, náuseas e 
vômitos 
o Diarreia, artralgia, hiperemia ou hemorragia conjuntival, fotofobia, dor 
ocular, tosse, exantema autolimitado (< 24h), pode ter Murphy positivo 
Síndrome de Weil (10% casos) – grave (letalidade de 50% - forma ictérica – 
fase tardia) 
o Ocorre em pacientes que fazem maior resposta inflamatória com 
liberação maciça de citocinas inflamatórias, além de não fazer 
clearance adequado 
o Sangramentos (pele e mucosas), icterícia, insuficiência renal (com 
normo/hipocalemia – pode evoluir para NTA, diálise de urgência), 
hemorragia alveolar (SARA e óbito), vasculite 
o Anemia, plaquetopenia, 
o Alteração VHS, FA 
o Tosse, dispneia, dor torácica, cianose, miocardite, arritmias (FA, flutter, 
BAV, alt segmento ST), distúrbios neurológicos 
o Hiperbilirrubinemia com predomínio da BD 
o NÃO há aumento de transaminases > 4x 
 Critérios de internação: dispneia, tosse, taquipenia, alterações 
urinarias (oligúria), fenômenos hemorrágicos (hemoptise, escarros 
hemoptoicos...), hipotensão, arritmias, alteração de nível de 
consciência, vômitos persistentes 
obs: pode haver uma breve melhora dos sintomas que pode durar alguns 
dias, iniciando a 2ª fase 
Tardia (imune) 
o Tosse seca, hemoptise maçica, dor torácica, SARA (presença de 
leptospira no capilar) 
o Meningite asséptica (linfomonocitária), uveíte, pancreatite – raro 
o Hemorragia pulmonar é a principal causa de mortalidade nos pacientes 
o Uveite anterior (duradoura ou recorrente – que pode levar a cegueira) 
Exames inespecíficos na 
forma grave 
o Elevação de 
bilirrubinas (BD) - > 
20 e até mesmo 40-
60 
o Plaquetopenia, 
anemia 
o Leucocitose com 
neutrofilia e até 
desvio a E 
o CPK elevada 
o Aumento de Ur e Cr, 
com K normal 
o TGO/TGP 
discretamente 
aumentada (máx 5x) 
o EAS: hematúria, 
proteinúria, 
leucocituria 
o Alargamento de TAP 
 
Sorologia 
o 1ª fase: 4-7 dias 
 Cultivo 
 PCR 
o 2ª fase: 4-30 dias 
 Pesquisa em 
campo escuro 
 MAT (teste de 
aglutinação 
microscópica – 
PO) 
 PCR (menor S) 
 ELISA (tende a 
ser o de eleição) 
Pbs: pode ser feito seu 
diagnóstico pelos 
critérios de Faine 
Forma leve 
o Repouso 
o Sintomáticos 
o ATB (maior eficácia 
na 1ª sem, mas deve 
ser iniciada a 
qualquer momento): 
amoxacilina 500 mg, 
VO, 8/8h 5-7d OU 
doxicilina 100 mg VO 
12/12h 5-7 dias 
Forma grave 
o Dialise peritoneal 
precoce, de 
preferência 
o Hidratação venosa 
o Ventilação protetora 
o ATB: penicilina 
cristalina 1,5 milhões 
IV 6/6h 7 dias 
 Reação de Jarisch-
Herxheimer: 
ampicilina (1g 
6/6h)/ ceftriaxone 
(1g, 12/12h) IV por 
7 dias 
Profilaxia pós enchente – 
controverso 
 Doxicilina 100 mg 
VO 12/12h 5 dias 
Zoonose de RNA vírus (Hantavírus - 
família Bunyviridae) 
Pouco comum 
Acometimento pulmonar e renal, 
basicamente 
Acomete endotélio que leva a maior 
permeabilidade vascular 
Também é de transmissão por 
roedores silvestres, mas por contato 
de suas fezes aerossolizadas 
Maior parte foi descrito no Sudeste, 
principalmente SP e MG 
PI 3 a 60 dias (~ 5 sem) 
Clinica 
o Febre, mialgia, cefaleia, 
náuseas e vômitos ... (~15d) 
o Tosse seca, taquicardia, 
taquidipsneia, hipoxemia 
o Formas leves 
o Piora pulmonar (até mesmo 
hemorragia alveolar) – EP não 
cardiogênico, hipotensão 
arterial e colapso circulatório, 
DP bilateral pequeno 
o Oligúria, proteinúria 
acentuada, hematúria 
microscópica e hipotensão 
o Petéquias 
o CIVD, miocardite, hepatite, 
pancreatite - raro 
Diagnóstico – difícil 
o Epidemiológico 
o Sorologia/IFI/ PCR 
o Pensar em DD: leptospirose, 
arenavírus, 
Tratamento 
o Suporte em formas graves 
o Sem antivirais 
o Mortalidade alta 
o Isolamento com métodos de 
barreiras 
Victória Portela Pereira 
 
 
Obs: pneumonite hemorrágica com capilarite septal leva a hemorragias 
graves e hemoptise 
 Lesão renal ocorre por ação nefrotóxica direta da leptospira, 
hiperbilirrubinemia, rabdomiólise, hipovolemia

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