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ETEC Júlio de Mesquita Curso Técnico em Química Modular Comparações e análises entre cervejas alcoólicas e não alcoólicas do mercado e artesanal Alec Lucas Rezende André Pova Rocha Diogo da Silva Caldeira Victório Henrique Andrade Orientador: Carlos Eduardo Bezerra 2/29 ESTRUTURA DE APRESENTAÇÃO Introdução Objetivos Justificativa Desenvolvimento Resultados obtidos Conclusão Referências Bibliográficas 3/29 INTRODUÇÃO Origem da cerveja Classificações da cerveja Lindemberg, 2014, p. 24 Produção 4/29 REAÇÕES QUÍMICAS (C6H10O5 )n (amido) + n H2O → n C6H12O6 (glicose) C6H12O6 → 2 C2H5OH + 2 CO2 C2H5OH + O2 → CH3COOH + H2O R1-COOH (ácido) + R2-CH2OH (álcool) → R1-COOCH2-R2 (éster) + H2O 5/29 OBJETIVOS O trabalho tem como propósito obter resultados e dados analíticos sobre cervejas comerciais vendidas comumente no mercado, sendo elas alcoólicas ou não alcoólicas, juntamente aos dados de cervejas artesanais comparando-as com a legislação vigente. 6/29 JUSTIFICATIVA Verificar se as qualidades físico-químicas das cervejas comerciais e artesanais alcóolicas estão de acordo com a legislação vigente. Ausência de dados analíticos de cervejas comerciais e artesanais não alcóolicas na literatura. 7/29 DESENVOLVIMENTO Foram determinadas nas amostras a densidade relativa, pH, turbidez, acidez total, extrato seco total, açúcares redutores, grau sacarométrico e grau de fermentação, seguindo Lindemberg, 2014, exceto o teor alcoólico utilizando cálculos cervejeiros para sua conversão e a turbidez que seguiu o método do Instituto Adolf Lutz. Cada análise foi repetida dez vezes. Antes da realização das analises, todas as amostras foram descarbonatas e mantidas em temperatura ambiente (25°C). Fonte: Autoral 8/29 DENSIDADE RELATIVA Esse método se fundamentou na utilização do picnômetro, para descobrir a diferença de massa da água com a cerveja em temperatura ambiente. Ma – Mv MH2O – Mv D = Onde: D = Densidade relativa Ma = Massa do picnômetro com a cerveja (g) MH20 = Massa do picnômetro com água destilada (g) Mv = Massa do picnômetro vazio (g) Fonte: Autoral 9/29 TEOR ALCOÓLICO Para a determinação do teor alcoólico, utilizou-se o refratômetro que fornece o resultado em Grau Brix que é convertido utilizando softwares cervejeiros para valores em densidade e posteriormente em teor alcoólico ABV (%). Fonte: Autoral 10/29 pH Para indicar o pH da cerveja, foi utilizado o pHmetro de bancada que utiliza um eletrodo para fazer a leitura do pH. O pH da cerveja é muito importante pois qualquer alternância de valores, o gosto da cerveja se altera Fonte: Autoral 11/29 TURBIDEZ O turbidímetro se baseia no tamanho de coloides presente na solução e o quantifica. A turbidez da cerveja foi comparada com a turbidez da água para fins de qualidade da mesma. Para determinar a turbidez das amostras, foi utilizado o turbidímetro que expressa o resultado em NTU (Nephelometric Turbidity Unit). Fonte: Autoral 12/29 ACIDEZ TOTAL Para determinar a acidez total da cerveja, foram feitas titulações com soluções de NaOH (hidróxido de sódio) padronizado, utilizado para a neutralização da acidez das amostras. Onde as siglas: At = Acidez total (mEq/L) Eq = Equivalente grama f = fator de correção do NaOH v = volume gasto N = normalidade M = massa da cerveja (g) At = m Calcula-se através da formula: Eg (ác.lático) x f x v x N x 100 13/29 EXTRATO SECO TOTAL O extrato seco total fundamenta-se no peso do resíduo seco adquirido após a evaporação dos compostos voláteis, assim, determinando o teor de sólidos existentes. Calcula-se pela fórmula: % EST = 100 x P V Onde: % EST = Extrato seco total em percentagem P = massa do resíduo em gramas V = volume da cerveja em mL Fonte: Autoral 14/29 AÇUCARES REDUTORES EM MALTOSE Esse método se baseou na titulação de Lane-Eynon que reduz o cobre alcalino a óxido cuproso devido aos açúcares redutores. Primeiro titulou a maltose P.A sobre o licor de Fehling para descobrir o seu fator de equivalência para ser utilizado posteriormente. Após a obtenção do fator de equivalência, titulou-se as amostras sobre o mesmo licor de Fehling. Fonte: Autoral 15/29 AÇUCARES REDUTORES EM MALTOSE O fator de equivalência do licor de Fehling é calculado pela fórmula: V x 100 100 Onde: Feq = fator de equivalência M = massa de maltose V = volume gasto na titulação A porcentagem de maltose nas amostras é dado pela equação: % maltose = a Feq = m x V Onde: a = Fator de equivalência V = Volume da amostra gasto 16/29 GRAU SACAROMÉTRICO Informa qual o teor de açucares que estavam contidos no mosto. Segundo SOUSA (2009 apud LINDEMBERG, 2014) calcula-se o grau sacarométrico pela equação: GS = 100 x (Extrato x 2,0665 x Teor alcoólico) Teor alcoólico x 100 x 1,065 GRAU DE FERMENTAÇÃO Informa se é a cerveja é de alta ou baixa fermentação. Segundo SOUSA (2009 apud LINDEMBERG, 2014) calcula-se o grau de fermentação pela equação: GF = 100 x ( Grau Sacorométrico x extrato ) Grau Sacarométrico 17/29 RESULTADOS OBTIDOS Cerveja comercial alcoólica Cerveja comercial não alcoólica Cerveja artesanal alcoólica Cerveja artesanal não alcoólica Valores padrões cervejas alcoólicas 1,01 ± 0,01 1,13 ± 0,01 1,01 ± 0,01 1,14 ± 0,01 1,007 – 1,022 Densidade relativa A densidade é muito importante pois ela expressa se a cerveja apresenta maior ou menor teor alcoólico. 18/29 RESULTADOS OBTIDOS Cerveja comercial alcoólica Cerveja comercial não alcoólica Cerveja artesanal alcoólica Cerveja artesanal não alcoólica Valores padrões cervejas alcoólicas 5,67 ± 0,03 0,84 ± 0,13 4,83 ± 0,00 0,87 ± 0,02 2,0 – 4,5 Teor alcoólico O teor alcoólico classifica a cerveja em não alcoólica e alcoólica, sendo as com álcool divididas em: de baixo teor alcoólico, de médio teor alcoólico e de alto teor alcoólico 19/29 RESULTADOS OBTIDOS Cerveja comercial alcoólica Cerveja comercial não alcoólica Cerveja artesanal alcoólica Cerveja artesanal não alcoólica Valores padrões cervejas alcoólicas 3,81 ± 0,01 3,80 ± 0,02 4,49 ± 0,01 4,55 ± 0,01 <4,5 pH A cerveja com pH mais elevado que 4,5 pode estar sujeita a proliferação de micro-organismos patogênicos. 20/29 RESULTADOS OBTIDOS Cerveja comercial alcoólica Cerveja comercial não alcoólica Cerveja artesanal alcoólica Cerveja artesanal não alcoólica Valor máximo permitido pela Sabesp 3,63 ± 0,06 3,73 ± 0,07 64,62 ± 0,90 314 ± 2,0 5,0 NTU Turbidez A turbidez da cerveja é comparada com a da água para fins qualitativos. 21/29 RESULTADOS OBTIDOS Cerveja comercial alcoólica Cerveja comercial não alcoólica Cerveja artesanal alcoólica Cerveja artesanal não alcoólica Valores padrões cervejas alcoólicas 0,17 ± 0,08 0,16 ± 0,07 0,29 ± 0,00 0,27 ± 0,03 0,1 – 0,3 Acidez total A acidez total está fortemente relacionada com o sabor final da cerveja. 22/29 RESULTADOS OBTIDOS Cerveja comercial alcoólica Cerveja comercial não alcoólica Cerveja artesanal alcoólica Cerveja artesanal não alcoólica Valores padrões cervejas alcoólicas 6,58 ± 0,27 6,65 ± 0,36 6,33 ± 0,12 5,67 ± 0,33 2,0 – 7,0 Extrato seco total O extrato seco total fornece a quantidade de resíduo solido após a evaporação de todo o material líquido. 23/29 RESULTADOS OBTIDOS Cerveja comercial alcoólica Cerveja comercial não alcoólica Cerveja artesanal alcoólica Cerveja artesanal não alcoólica Valores padrões cervejas alcoólicas 2,0 ± 0,0 5,0 ± 0,0 2,0 ± 0,0 2,8 ± 0,1 0,6 – 2,3 Determinação de açucares redutores em maltose Elevada presença de açucares redutores na cerveja indica que a mesma possui falha na fermentação, e consequentemente baixo teor alcoólico. 24/29 RESULTADOS OBTIDOS Cerveja comercial alcoólica Cerveja comercial não alcoólica Cerveja artesanal alcoólica Cerveja artesanal não alcoólica Valores padrões cervejas alcoólicas 17,2622 8,3115 15,5132 7,2613 11,0 – 12,5 Grau sacarómetrico Elevado grausacarómetrico, representa que o mosto possui elevadas quantidades de açucares e portanto alto teor alcoólico. 25/29 RESULTADOS OBTIDOS Cerveja comercial alcoólica Cerveja comercial não alcoólica Cerveja artesanal alcoólica Cerveja artesanal não alcoólica Valores padrões cervejas alcoólicas 61,8386 8,3115 15,5132 7,2613 <50 Grau de fermentação A cerveja pode ser classificada como de baixa fermentação ou alta fermentação. 26/29 CONCLUSÃO Por meio das análises realizadas foi possível expressar valores de cervejas não alcoólicas que não se apresentam na literatura. Além de comparar valores de cerveja alcoólica e artesanal com valores definidos pela legislação brasileira. A maioria das determinações ficaram dentro do que é permitido, menos os valores de teor alcoólico que ultrapassaram o definido por lei, consequentemente o grau sacarométrico e de fermentação foram superiores. 27/29 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS NAKABASHI, Bruno Bolorone - ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE CERVEJA CASEIRA (HOMEBREW) / Bruno Bolorone Nakabashi; orientador Fernando Segato. - Lorena, 2014. 63 p. LINDEMBERG Martins Ferreira. ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA DE CERVEJAS TIPO PILSEN COMERCIALIZADAS EM CAMPINA GRANDE NA PARAÍBA [manuscrito] / Lindemberg Martins Ferreira Alves – 2014. 43 p. OLIVEIRA, Stefam Prestes de. DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE CONTROLE DIGITAL DE TEMPERATURA PARA MOSTURAÇÃO NO PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE CERVEJAS ARTESANAIS. Trabalho de Conclusão de Curso – Bacharelado em Engenharia Eletrônica, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Campo Mourão 2016. ZANATTA, Kathia. APOSTILA DO CURSO DE SOMMELIER DE CERVEJA. Instituto da Cerveja Brasil. 2010. 28/29 ROSA, Natasha Aguiar e AFONSO, Júlio Carlos. A QUÍMICA DA CERVEJA. Quími. Nova esc.. São Paulo, vol 37, n 2, p 98-105, 2015 GAVA, Altanir Jaime. Fermentação Alcoólica: Cerveja. In: GAVA, Altanir Jaime; SILVA, Carlos Alberto B.; FRIAS, Jenifer Ribeiro G. TECNOLOGIA DE ALIMENTOS: PRINCÍPIOS E APLICAÇÕES. 664 G279T.ed. Brasil: Nobel, 2009. v. 1, cap. 4.3, p. 381-383. ISBN 9788521313823. EVANGELISTA, José. Alterações de Alimentos: Cerveja. In: EVANGELISTA, José. TECNOLOGIA DE ALIMENTOS. 2. ed. Rio de Janeiro: Livraria Atheneu Editora, 1992. v. 1, cap. 8°, p. 239-240. INSTITUTO ADOLFO LUTZ. NORMAS ANALÍTICAS DO INSTITUTO ADOLFO LUTZ. MÉTODOS FÍSICOS E QUÍMICOS PARA ANÁLISE DE ALIMENTOS. 4ª ed., São Paulo, vol.1, 2008. MORITA, Tokio; ASSUMPÇÃO, Rosely M.V. MANUAL DE SOLUÇÕES, REAGENTES E SOLVENTES: PADRONIZAÇÃO, PREPARAÇÃO E PURIFICAÇÃO. São Paulo: Blucher, 2007. 29/29 Cervesia – SOLUÇÕES EM TECNOLOGIA CERVEJEIRA E GESTÃO DE PROCESSOS. A CERVEJA E SUA HISTÓRIA. Disponível em: <http://www.cervesia.com.br/historia-dacerveja/76-a-cerveja-e-sua-historia.html>. Acesso em: 24/11/2019 Rebello, Flávia F. Pozza REVISTA AGROGEOAMBIENTAL - DEZEMBRO 2009 PRODUÇÃO DE CERVEJA. Acesso em: 25/11/19 CASA CIVIL. DECRETO Nº 6.871, de 4 de julho de 2009. REGULAMENTA A LEI Nº 8.918, DE 14 DE JULHO DE 1994, QUE DISPÕE SOBRE A PADRONIZAÇÃO, A CLASSIFICAÇÃO, O REGISTRO, A INSPEÇÃO, A PRODUÇÃO E A FISCALIZAÇÃO DE BEBIDAS. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6871.htm#art37. Acesso em: 25/11/19.
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