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Insulina e Hipoglicemiantes

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-------------- Insulina -------------- 
A insulina é o único hormônio hipoglicemiante. 
A insulina de boi, foi deixada de ser utilizada em humanos pois tinha 3 aminoácidos diferentes 
dos humanos, enquanto a de porco (suína) tem apenas 1 aminoácido diferente. 
Causas genéticas (não hereditárias) da diabetes: 
 
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Células presentes nas ilhotas pancreáticas: 
 
Onde a célula PP está relacionada com a saciedade. Mas ainda é estudada nos dias de hoje, 
sendo ainda uma célula desconhecida. 
Síntese de insulina: ela é produzida primeiramente na forma de pré-proinsulina nos 
ribossomos do RER (retículo endoplasmático rugoso), sofrendo uma clivagem, formando a 
proinsulina, que é transportada para o aparelho de golgi, vai ficar na membrana celular 
(grânulo secretor), onde será clivada, liberando insulina e peptídeo C. 
Ligação da insulina: a insulina vai se ligar a subunidade alfa externa do receptor, onde vai 
provocar uma autofosforilação da subunidade beta, que vai sofrer uma modificação, formando 
a tirosina cinase, que vai fosforiliar o substrato, formando o IRS, que vai agir, liberando PI3-K, 
que vai agir na proteína alvo (tirosina), liberando a captação da glicose. Quando a glicose entra 
na célula, vai sofrer uma fosforilação, formando a glicose-6-fosfato, que vai ter reações até 
formar o glicogênio (polímero). 
Hiperpotassemia: nesses casos podemos administrar diuréticos para eliminar a maior 
quantidade de potássio, e também administrar insulina, que vai aumentar na captação de 
potássio pelas células. 
Mecanismo de ação da insulina: a insulina vai estimular a captação de glicose, inibindo a 
produção de glicose hepática (transformando a glicose em glicogênio), aumentando a 
absorção de glicose pelo músculo esquelético e tecido adiposo. Ainda inibe a proteólise, 
lipólise em adipócitos e aumenta a síntese de proteínas. 
• Um dos efeitos da insulina é o aumento de peso, pois ela aumenta as células adiposas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Farmacocinética de algumas preparações de insulina: 
 
Nós não precisamos de muitas preparações de insulina, precisamos de uma que tenha duração 
de 24hrs, para evitar furar o paciente muitas vezes. 
Em casos de baixa insulina, precisa se administrar insulina regular, onde vai ter um efeito mais 
rápido, indicado apenas para casos de urgências, pois pode causar uma hipoglicemia. 
As insulinas sem pico são as mais indicadas para casos que não sejam de urgência, pois ela 
simula (mimetiza) a insulina endógena, diminuindo os riscos de hipoglicemia. 
Regiões ideais para a injeção de insulina: o ideal é que sempre se faça um rodízio, para evitar 
a Lipodistrofia (depressões no local). 
 
Quando administrada no abdômen tem uma absorção mais rápida. 
 
 
 
 
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Comparação de insulina regular com a insulina NPH: a NPH não pode ser administrada na 
veia, devido a ser uma suspensão, leitosa por exemplo. A regular é indicada para 
administração na veia, por ser uma solução. 
 
Existem as canetas SoloStar, que são seringas descartáveis multidoses: 
 
Bombas de insulina: vão monitorando e injetando a insulina automaticamente, mas são 
aparelhos caros, e os insumos mais caros ainda. 
 
 
 
 
 
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Insulinas inaláveis: custando 1900 por mês para pessoas cadastradas, para os não cadastrados 
vai pra 2.535,64. 
 
Controle da glicemia: para controlar a glicemia, temos o sensor “FreeStyle Libre”, onde pode 
ser colocado por baixo do braço, podendo ainda ser usado o celular, conectando ao sensor: 
 
Teste de glicemia capilar: é o aparelho com a fita, que vai fazer um pequeno furo no dedo, 
mostrando a sua glicemia capilar. 
 
 
 
 
 
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-------------- Hipoglicemiantes orais -------------- 
Regulação multi-hormonal da glicose: 
Administramos um alimento, que vai passar para o estômago e posteriormente para o 
intestino, onde vai ter ação das células L e K, que liberam substâncias (encretinas) que inibem 
a vontade de comer, inibindo o centro da fome no cérebro, as duas células ainda estimulam as 
células beta a produzir insulina e amilina (inibe o esvaziamento gástrico), inibindo as células 
alfa. 
Células L – enteroendócrina, presente no íleo, colón, mas duodeno e jejuno em menor 
quantidade. 
Células K – Mucosa do duodeno e jejuno. 
Inibidores da Dipeptidil peptidase 4 (DPP-4): são usados para o tratamento de diabetes melito 
tipo 2, essa DPP-4 degrada as encretinas liberadas pelas células L e K, o paciente vai diminuir a 
fome com o tratamento com esses inibidores da DPP-4. 
 
Sulfonilureias e Meglitinidas: tratam diabetes melito tipo 2, estimulando a liberação de 
insulina, ligando-se no receptor componente do canal de K+ que é ATP-dependente das células 
beta. Ainda estimulam a síntese de insulina pelas células beta. 
 
 
 
 
 
 
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• Características farmacológicas das sulfoniureias: 
 
Tiazolidinedionas ou Glitazonas: o seu mecanismo de ação é pouco elucidado, mas acredita-se 
que aumenta a sensibilidade a insulina, aumentando a utilização de glicose pelos órgãos 
(fígado, músculo) e ainda diminui a produção de glicose. 
 
Inibidores de SGLT2 (transportador de sódio e glicose): presente no túbulo proximal do 
néfron, esse transportador aumenta absorção de glicose no túbulo proximal, os medicamentos 
inibem esse mecanismo, eles são usados geralmente em associação com outros 
hipoglicemiantes. 
 
Inibidores de alfa-glicosidase: inibem as enzimas do TGI superior, eles diminuem a absorção 
de glicose, pois inibem as enzimas que convertem os polissacarídeos em monossacarídeos, o 
acarbose por exemplo pode aumentar a sensibilidade a insulina. 
 
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Biguanidas: por exemplo a metformina, tem um efeito normoglicemiante, aumentando o 
efeito da insulina, reduz a produção de glicose e aumenta a utilização de glicose mediada por 
insulina em tecidos periféricos, como músculos e fígado. Ainda tem efeito antilipolítico, 
coadjuvante para o tratamento de peso, pois diminui a vontade de comer. 
 
Agonistas receptor do peptídeo-1 semelhante ao glucagon ou análogos de GLP-1: 
 
Vai funcionar como uma encretina, diminuindo a vontade de comer, o grande problema é usar 
ele para a perda de peso, porém tem vários riscos de hipoglicemia. 
• Mecanismo de ação da victoza: tem a biodisponibilidade subcutânea 55%, e o tempo 
de meia vida de 13 horas (risco de hipoglicemia por muito tempo), ele age liberando 
insulina em grandes quantidades de glicose.

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