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Resumo: Antidiabéticos (parte 1)

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Resumo
Antidiabéticos (parte 1)
Diabetes Mellitus
O diabetes mellitus (DM) consiste em um distúrbio metabólico caracterizado por HIPERGLICEMIA PERSISTENTE (sinal mais característico da diabetes), decorrente de deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou em ambos os mecanismos, ocasionando complicações em longo prazo. Essas complicações podem ser microvasculares e macrovasculares, ou seja, causando retinopatias, nefropatias, neuropatias, doenças coronarianas, doenças cerebrovasculares, entre outras complicações.
A doença se desenvolve em função da deficiência da insulina, ou na deficiência do corpo em produzir quantidades adequadas ou na incapacidade de exercer sua ação.
A insulina é produzida pelo pâncreas, que é uma glândula mista, tendo sua função exócrina relacionada às questões digestivas (suco pancreáticos) e exócrina com as ilhotas pancreáticas produzindo hormônios específicos.
As células alfa fazem a secreção do hormônio glucagon, que é um fator hiperglicemiante, mobilizando a reserva de glicogênio, sendo importante para o funcionamento da insulina. Cerca de 70% da constituição das ilhotas pancreáticas são de células beta. Elas produzem a insulina e a amilina (ajuda na modulação do apetite e do esvaziamento gástrico). As células delta vão produzir a somatostatina (inibidor de célula secretora) e a célula PP, que libera o polipeptídio pancreático (digestão). 
Insulina
A insulina é um polipeptídeo, que vai ser sintetizado a partir da hidrolização da pró-insulina.
Pró-insulina peptídeo C + insulina
A insulina é processada no aparelho de golgi pelas células beta pancreáticas e é uma proteína que consiste em duas cadeias peptídicas (alfa - 21 aminoácidos e beta - 30 aminoácidos) ligadas por duas pontes de dissulfeto. 
A pró-insulina fica armazenada nos grânulos até quando haja a necessidade de secreção da insulina, sendo então hidrolisada.
Secreção da Insulina
A glicose plasmática vai ser o fator estimulante para a liberação de insulina pela célula.
O aumento da concentração de glicose plasmática vai ativar os transportadores de membrana da célula beta, o GLUT-2. Já dentro da célula vai ocorrer a metabolização da glicose pela via glicolítica, ciclo de krebs, transporte de cadeia de elétrons e geração de ATP. Esse ATP vai ser utilizado para bloquear os canais de potássio e, com isso, ocorre uma despolarização da membrana, abrindo os canais de cálcio. Esse influxo de cálcio intracelular faz a estimulação da insulina que está armazenada na vesícula, ou seja, com o influxo de cálcio para dentro da célula ocorre a hidrolização da pró-insulina e peptídeo C e insulina e, assim, essa insulina é secretada.
Efeitos da Insulina
Fígado
 da gliconeogênese
síntese de glicogênio, triglicerídeos e VLDL
 da degradação de glicogênio
Músculo Esquelético
da síntese proteica
 da síntese de glicogênio
 da degradação proteica
No músculo e em outros tecidos vamos ter o estímulo da insulina na captação desses aminoácidos e na síntese de proteína para que ocorra a contração muscular. 
Tecido Adiposo
 da lipólise
 do armazenamento de triglicerídeos
OBS: No tecido adiposo e no músculo esquelético a insulina vai aumentar a captação de glicose pela célula (tecidos insulinodependentes). Isso porque nesses tecidos a única forma de captar glicose é a partir da insulina. 
Depois que a insulina é liberada pelas células pancreáticas, ela vai ativar o receptor GLUT-4, que vai sair do interior da célula e ir para a membrana para que a glicose seja captada.
	Regulação da Glicemia
Sem a absorção de nutrientes pelo trato gastrointestinal a concentração de glicose é mantida, principalmente, pelo fígado, pois vai ocorrer a quebra do glicogênio que está armazenado. A concentração de glicose pode ser mantida também pelos ácidos graxos que estão sendo liberados pelo tecido adiposo.
No estado de jejum a quantidade de insulina circulante vai ser bem pequena e a quantidade de glucagon vai está elevada justamente, por ser ele que vai estimular a glicogenólise e a gliconeogênese no fígado, tendo assim a liberação da glicose, que é necessária para o funcionamento do nosso organismo. Essa insulina baixa também vai estimular a lipogênese nos adipócitos para que ocorra a liberação da glicose. 
A energia que está sendo gerada em razão do metabolismo vai ter como foco principal a manutenção de alguns tecidos onde ela é essencial, como por exemplo o cérebro, a necessidade de glicose para que o metabolismo cerebral ocorra é grande, já que no sistema nervoso só vai ter a glicose como fonte energética. Então se o corpo não mantém esses níveis de glicose suficientes para a manutenção vital do SNC vai ocorrer um colapso. 
No estado de jejum a energia do corpo é gerada para promover a oxidação de ácido graxo e ter disponível glicose/energia pro tecido, se não tem glicose o corpo usa a oxidação de ácido graxo para seu funcionamento e a única exceção vai ser o cérebro, então o pouco de glicose que for produzido vai ser direcionada para o SNC.
No estado prandial, a absorção de nutrientes vai fazer com que a concentração de glicose plasmática aumente muito, então as células endócrinas presentes na mucosa intestinal vão liberar substâncias, as incretinas, e também estímulo neural para promover a secreção de insulina para a captação e utilização dessa glicose disponível, ou seja, as incretinas tem a função de informar para as células pancreáticas o quanto de insulina deve ser produzida. 
OBS: A liberação de insulina é condizente com os picos de glicose (alimentação), justamente, para que a glicose disponível seja capturada.
Critérios Diagnósticos para DM
Teste Oral de Tolerância à Glicose: É realizada a coleta do sangue do paciente em jejum (8 hrs - água liberada). Após a coleta oferecer ao paciente um copinho com 75g de glicose dissolvida em água (curva glicêmica) e depois de 2 horas é realizada outra coleta de sangue. Os valores vão estar relacionados a possível captação dessa glicose (disponibilidade) no plasma sanguíneo - valor normal >140.
O valor normal da hemoglobina glicada é >5,7%. Quando um paciente diabetico não faz alimentação correta ou toma os medicamentos errados ou nem toma, a hemoglobina glicada vai sinalizar. Isso porque ela mostra os níveis glicêmicos apresentados pelo paciente de 3 a 4 meses.
A glicose tem uma certa afinidade pela molécula de hemoglobina, então o teste mostra a quantidade de hemoglobina que foi marcada pela glicose no sangue. Então quanto maior a ligação entre glicose e hemoglobina, maior será a concentração de glicose plasmática.
A confirmação do diagnóstico de DM requer repetição dos exames alterados, idealmente o mesmo exame alterado em segunda amostra de sangue, na ausência de sintomas inequívocos de hiperglicemia.
Principais Queixas
Classificação Etiológica do DM
Os principais tipos de diabetes são genéticos, biológicos e ambientais, mas que não são muito bem elucidados ou completamente conhecidos.
Diabetes Mellitus Tipo 1
Incapacidade do pâncreas de produzir insulina, pois a quantidade de células beta é insuficiente para a produção. Esta quantidade pode ser reduzida por dois fatores: ou o próprio organismo pode está destruindo estas células beta ou as células beta perdem a capacidade de produzir a insulina. 
É mais comum em crianças e jovens, principalmente, no momento do estirão metabólico, mas pode ocorrer, também, em virtude de uma doença autoimune ou uma deficiência da produção de insulina.
Ocorrência dos sintomas clássicos de hiperglicemia: polidipsia, poliúria, perda de peso.
	Destruição de células beta ou perda da capacidade de produção de insulina pelas células beta
	Diabetes Mellitus Tipo 2
Progressão da disfunção pancreática, existindo vários graus de resistência a deficiência insulínica. O paciente começa com uma sensibilização à insulina, que posteriormente vai se estendendo até que a doença se instala. Isso está relacionado, principalmente, a hábitos de vida (atividade física, alimentação, ambientais), mas também tem influência de fatores hereditários e genéticos. 
Inicialmentehá um aumento da quantidade de glicose, sendo necessária, em razão dessa superexposição (ex. consumo exagerado de carboidrato) a produção de muita insulina. Com o tempo esse aumento vai comprometer o funcionamento das células pancreáticas, causando disfunção das células beta, sendo necessário a administração exógena de insulina.
Ocorrência de sintomas clássicos de hiperglicemia. 
	Deficiência da insulina, por ela não conseguir capturar a quantidade extrema de glicose disponível circulante no plasma sanguíneo.
	Diabetes Gestacional
Hiperglicemia de graus variados que está associado, principalmente, à fisiologia da própria gestação, Essa hiperglicemia pode ser limitada ao período gestacional ou pode ser estendida, dependendo dos hábitos de vida da gestante.
Clinicamente mais observado do 2° ao 3° trimestre da gestação.
	Pela gestante não poder fazer uso de antidiabéticos é necessário a utilização da insulina exógena.

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