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Professora: Carolina Romanazzi Simulado ENEM - Filosofia (antiga) 1-Uma conversação de tal natureza transforma o ouvinte; o contato de Sócrates paralisa e embaraça; leva a refletir sobre si mesmo, a imprimir à atenção uma direção incomum: os temperamentais, como Alcibíades sabem que encontrarão junto dele todo o bem de que são capazes, mas fogem porque receiam essa influência poderosa, que os leva a se censurarem. Sobretudo a esses jovens, muitos quase crianças, que ele tenta imprimir sua orientação. BREHIER, E. História da filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1977. O texto evidencia características do modo de vida socrático, que se baseava na a)Contemplação da tradição mítica. b)Sustentação do método dialético. c)Relativização do saber verdadeiro. d)Valorização da argumentação retórica. e) Investigação dos fundamentos da natureza 2-A representação de Demócrito é semelhante à de Anaxágoras, na medida em que um infinitamente múltiplo é a origem; mas nele a determinação dos princípios fundamentais aparece de maneira tal que contém aquilo que para o que foi formado não é, absolutamente, o aspecto simples para si. Por exemplo, partículas de carne e de ouro seriam princípios que, através de sua concentração, formam aquilo que aparece como figura. HEGEL, G.W. Crítica moderna. In:SOUZA, J.C. (Org.). Os pré- socráticos: vida e obra. São Paulo: Nova Cultural, 2000 (adaptado) O texto faz uma apresentação crítica acerca do pensamento de Demócrito, segundo o qual o “princípio constitutivo das coisas” estava representado pelo(a) a)número, que fundamenta a criação dos deuses. b)devir, que simboliza o constante movimento dos objetos. c)água, que expressa a causa material da origem do universo. d)imobilidade, que sustenta a existência do ser atemporal. e) átomo, que explica o surgimento dos entes. . 3-Segundo Platão, as opiniões dos seres humanos sobre a realidade são quase sempre equivocadas, ilusórias e, sobretudo, passageiras, já que eles mudam de opinião de acordo com as circunstâncias. Como agem baseados em opiniões, sua conduta resulta quase sempre em injustiça, desordem e insatisfação, ou seja, na imperfeição da sociedade. Em seu livro A República, ele, então, idealizou uma sociedade capaz de alcançar a perfeição, desde que seu governo coubesse exclusivamente: A aos guerreiros, porque somente eles teriam força para obrigar todos a agirem corretamente. B aos tiranos, porque somente eles unificariam a sociedade sob a mesma vontade. C aos mais ricos, porque somente eles saberiam aplicar bem os recursos da sociedade. D aos demagogos, porque somente eles convenceriam a maioria a agir de modo organizado. E) aos filósofos, porque somente eles disporiam de conhecimento verdadeiro e imutável. 3-“- Considera pois – continuei – o que aconteceria se eles fossem soltos das cadeias e curados da sua ignorância, a ver se, regressados à sua natureza, as coisas se passavam deste modo. Logo que alguém soltasse um deles, e o forçasse a endireitar-se de repente, a voltar o pescoço, a andar e a olhar para a luz, a fazer tudo isso, sentiria dor, e o deslumbramento impedi-lo-ia de fixar os objetos cujas sombras via outrora. Que julgas tu que ele diria, se alguém lhe afirmasse que até então ele só vira coisas vãs, ao passo que agora estava mais perto da realidade e via de verdade, voltado para objetos mais reais? E se ainda, mostrando-lhe cada um desses objetos que passavam, o forçassem com perguntas a dizer o que era? Não te parece que ele se veria em dificuldade e suporia que os objetos vistos outrora eram mais reais do que os que agora lhe mostravam?” (PLATÃO. A República 7. ed. Lisboa: Caiouste &Ibenkian, I993. p. 3I8-3I9.) O texto é parte do livro VII da República, obra na qual Platão desenvolve o célebre Mito da Caverna. Sobre o Mito da Caverna, é correto afirmar. I. A caverna iluminada pelo Sol, cuja luz se projeta dentro dela, corresponde ao mundo inteligível, o do conhecimento do verdadeiro ser. II. Explicita como Platão concebe e estrutura o conhecimento. III. Manifesta a forma como Platão pensa a política, na medida em que, ao voltar à caverna, aquele que contemplou o bem quer libertar da contemplação das sombras os antigos companheiros. IV. Apresenta uma concepção de conhecimento estruturada unicamente em fatores circunstanciais e relativistas. Assinale a alternativa correta. A Somente as afirmativas I e IV são corretas. B Somente as afirmativas II e III são corretas. C Somente as afirmativas III e IV são corretas. D Somente as afirmativas I, II e III são corretas. E Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. 5-Segundo Platão, há três classes que possuem papel específico na Cidade: a dos camponeses e artesãos, a dos guardiões e a dos filósofos. Em relação a essa informação, é correto afirmar que A os artesãos asseguram a defesa da Cidade. B os guardiões asseguram a divisão do trabalho. C os filósofos asseguram a harmonia da Cidade. D os camponeses e artesãos asseguram a vida material da Cidade. E os guardiões asseguram a vida intelectual da cidade. 6-Dado que, dos hábitos racionais com os quais captamos a verdade, alguns são sempre verdadeiros, enquanto outros admitem o falso, como a opinião e o cálculo, enquanto o conhecimento científico e a intuição são sempre verdadeiros, e dado que nenhum outro gênero de conhecimento é mais exato que o conhecimento científico, exceto a intuição, e, por outro lado, os princípios são mais conhecidos que as demonstrações, e dado que todo conhecimento científico constituise de maneira argumentativa, não pode haver conhecimento científico dos princípios,dado que não pode haver nada mais verdadeiro que o conhecimento científico, exceto a intuição, a intuição deve ter por objeto os princípios. (ARISTÓTELES. Segundos analíticos. In: REALE, G. História da filosofia antiga. São Paulo: Loyola, 1994) Os princípios, base da epistemologia aristotélica, pertencem ao domíniodo(a): A) opinião, pois fazem parte da formação da pessoa. B) cálculo, pois são demonstrados por argumentos. C) conhecimento científico, pois admitem provas empíricas. D) intuição, pois ela é mais exata que o conhecimento. E) prática de hábitos racionais, pois com ela se capta a verdade 7- Alguns dos desejos são naturais e necessários; outros, naturais e não necessários; outros, nem naturais nem necessários, mas nascidos de vã opinião. Os desejos que não nos trazem dor se não satisfeitos não são necessários, mas o seu impulso pode ser facilmente desfeito, quando é difícil obter sua satisfação ou parecem geradores de dano. (EPICURO DE SAMOS. Doutrinas principais. In: SANSON, V F. Textos de filosofia. Rio de Janeiro: Eduff, 1974) No fragmento da obra filosófica de Epicuro, o homem tem como fim: A)alcançar o prazer moderado e a felicidade. B)valorizar os deveres e as obrigações sociais. C)aceitar o sofrimento e o rigorismo da vida com resignação. D)refletir sobre os valores e as normas dadas pela divindade. E)defender a indiferença e a impossibilidade de se atingir o saber. 8- Pirro afirmava que nada é nobre nem vergonhoso, justo ou injusto, e que, da mesma maneira, nada existe do ponto de vista da verdade, que os homens agem apenas segundo a lei e o costume, nada sendo mais isto do que aquilo. Ele levou uma vida de acordo com esta doutrina, nada procurando evitar e não se desviando do que quer que fosse, suportando tudo, carroças, por exemplo, precipícios, cães, nada deixando ao arbítrio dos sentidos. LAÉRCIO, D. Vidas e sentenças dos filósofos ilustres. Brasília: Editora UnB, 1988. O ceticismo, conforme sugerido no texto, caracteriza-se por: A Desprezar quaisquer convenções e obrigações da sociedade. B Atingir o verdadeiro prazer como o princípio e o fim davida feliz. C Defender a indiferença e a impossibilidade de obter alguma certeza. D Aceitar o determinismo e ocupar-se com a esperança transcendente. E Agir de forma virtuosa e sábia a fim de enaltecer o homem bom e belo. 9- A relação entre mito e filosofia é objeto de polêmica entre muitos estudiosos ainda hoje. Para alguns, a filosofia nasceu da ruptura com o pensamento mítico (teoria do “milagre grego”); para outros, houve uma continuidade entre mito e filosofia, ou seja, de alguma forma os mitos continuaram presentes – seja como forma, seja como conteúdo – no pensamento filosófico. A partir destas informações, assinale a alternativa que NÃO contenha um exemplo de pensamento mítico no pensamento filosófico. A Parmênides afirma: “Em primeiro lugar, criou (a divindade do nascimento ou do amor) entre todos os deuses, a Eros…”. B Platão propõe algumas teses como a teoria da reminiscência e a transmigração das almas. C Heráclito afirma: “As almas aspiram o aroma do Hades”. D Aristóteles divide a ciência em três ramos: o teorético, o prático e o poético. E- NRA 10- A relação entre mito e filosofia é objeto de polêmica entre muitos estudiosos ainda hoje. Para alguns, a filosofia nasceu da ruptura com o pensamento mítico (teoria do “milagre grego”); para outros, houve uma continuidade entre mito e filosofia, ou seja, de alguma forma os mitos continuaram presentes – seja como forma, seja como conteúdo – no pensamento filosófico. A partir destas informações, assinale a alternativa que NÃO contenha um exemplo de pensamento mítico no pensamento filosófico. A Parmênides afirma: “Em primeiro lugar, criou (a divindade do nascimento ou do amor) entre todos os deuses, a Eros…”. B Platão propõe algumas teses como a teoria da reminiscência e a transmigração das almas. C Heráclito afirma: “As almas aspiram o aroma do Hades”. D Aristóteles divide a ciência em três ramos: o teorético, o prático e o poético. 11- Aristóteles estabeleceu uma tipologia das formas de governo que se tornou clássica. Um dos critérios utilizados na classificação dessas formas de governo obedece à quantidade: monarquia, governo de um só; aristocracia, governo de poucos; politeia, governo de muitos. O outro critério é de caráter axiológico: as três formas de governo acima podem ser boas quando visam ao bem comum ou corrompidas quando visam ao interesse particular. A partir dessas informações, marque a afirmativa correta. A A tirania é a forma corrompida da democracia; a monarquia é a forma corrompida da aristocracia; a politeia é a forma corrompida da oligarquia. B A tirania é a forma de governo corrompida da monarquia; a oligarquia é a forma corrompida da aristocracia; a democracia é a forma de governo corrompida da politeia. C A politeia é a forma corrompida da aristocracia; a democracia é a forma corrompida da oligarquia; a tirania é a forma corrompida da monarquia. D A oligarquia é a forma corrompida da monarquia; a tirania é a forma corrompida da democracia; a aristocracia é a forma corrompida da politeia. 12- Em 4 de julho de 2012, foi detectada uma nova partícula, que pode ser o bóson de Higgs. Trata-se de uma partícula elementar proposta pelo físico teórico Peter Higgs, e que validaria a teoria do modelo padrão, segundo a qual o bóson de Higgs seria a partícula elementar responsável pela origem da massa de todas as outras partículas elementares. (Jean Júnio M. Pimenta et al. “O bóson de Higgs”. In: Revista brasileira de ensino de física, vol. 35, no 2, 2013. Adaptado.) O que se descreve no texto possui relação com o conceito de arqué, desenvolvido pelos primeiros pensadores pré-socráticos da Jônia. A arqué diz respeito: a- a retórica usada pelos sofistas b-a uma explicação da origem do cosmos fundamentada em pressupostos mitológicos. c) à investigação sobre a constituição do cosmos por meio de um princípio fundamental da natureza. d) ao desenvolvimento da lógica formal como habilidade de raciocínio. e) à justificação ética das ações na busca pelo entendimento sobre o bem. 13-Quando soube daquele oráculo, pus-me a refletir assim: “Que quererá dizer o Deus? Que sentido oculto pôs na resposta? Eu cá não tenho consciência de ser nem muito sábio nem pouco; que quererá ele então significar declarando-me o mais sábio? Naturalmente não está mentindo, porque isso lhe é impossível”. Por longo tempo fiquei nessa incerteza sobre o sentido; por fim, muito contra meu gosto, decidi-me por uma investigação, que passo a expor. (P AT O. Defesa de Sócrates. Trad. Jaime runa. ole o Os Pensadores. Vol. II. São Paulo: Victor Civita, 1972, p. 14.) O texto acima pode ser tomado como um exemplo para ilustrar o modo como se estabelece, entre os gregos, a passagem do mito para a filosofia. Essa passagem é caracterizada: a) pela transição de um tipo de conhecimento racional para um conhecimento centrado na fabulação. b) pela dedicação dos filósofos em resolver as incertezas por meio da razão. c) pela aceitação passiva do que era afirmado pela divindade. d) por um acento cada vez maior do valor conferido ao discurso de cunho religioso. e) pelo ateísmo radical dos pensadores gregos, sendo Sócrates, inclusive, condenado por isso. 14- o século V a.C., Atenas vivia o auge de sua democracia. Nesse mesmo período, os teatros estavam lotados, afinal, as tragédias chamavam cada vez mais a atenção. Outro aspecto importante da civilização grega da época eram os discursos proferidos na ágora. Para obter a aprovação da maioria, esses pronunciamentos deveriam conter argumentos sólidos e persuasivos. Nesse caso, alguns cidadãos procuravam aperfeiçoar sua habilidade de discursar. Isso favoreceu o surgimento de um grupo de filósofos que dominavam a arte da oratória. Esses filósofos vinham de diferentes cidades e ensinavam sua arte em troca de pagamento. Eles foram duramente criticados por Sócrates e são conhecidos como A. sofistas. B. hedonistas. C. maniqueistas. D. Motociclistas E. Estóicos 15- Para Platão, o que caracteriza o conhecimento (episteme) em seu contraste com a opinião (doxa) é estar: (A) referido ao que é inteligível, imutável e universal. (B) referido ao que é substancial, ininteligível e universal. (C) referido ao que é sensível, transitório e particular. (D) referido às formas universais abstraídas por indução da matéria. (E) baseado em uma objetividade tal qual a da Física Newtoniana. 16- Quais os procedimentos mais típicos da maiêutica socrática? (A)Devir e plano de imanência. (B)Ironia e dialética. (C)Espanto e rigor. (D)Dialética e método experimental. (E) Observação da natureza e dialética
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