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FICHAMENTO DO TEXTO DE JOSÉ MANUEL DA ROCHA SOBRE AS IDEIAS SOCIOLÓGICAS DE MAX WEBER

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1 A SOCIOLOGIA COMPREENSIVA DE MAX WEBER 
Segundo o autor José Manuel da Rocha, Marx Weber via a sociedade diferente de outros sociólogos, através das ações dos homens e suas relações sociais, desenvolvendo assim o conceito de Ação Social, o qual se descreve como a expectativa de terceiros, influência sobre as ações sociais de outrem, ou seja, os indivíduos vão cria expectativa e agir de uma forma prevista sobre as outras perspectivas, formando se assim uma relação social. 
“Portanto, uma Relação Social acontece simplesmente quando dois ou mais indivíduos orientam suas ações pelas expectativas uns dos outros, sem, contudo, colocarem o mesmo sentido nessa reciprocidade do agir.” (ROCHA, 2009, p.91)
Para ocorrer o estudo das ações sociais, segundo Weber, não tem como haver uma completa neutralidade, um afastamento total do sociólogo diante da sociedade, a ciência tem sim, que procurar suceder a uma neutralidade valorativa, mas essas ideias de total imparcialidade são sempre subjetivas e difícil de serem cumpridas.
1.2 TIPOS DE AÇÃO SOCIAL 
Weber classificou tipos característicos para os comportamentos dos indivíduos, mas o mesmo, afirma que nem sempre é possível diferenciar os tipos de ação social, pois muitas vezes os indivíduos se comportam de diferentes maneiras, podendo misturar os tipos de características de comportamento. Estas classificações servem como uma fonte de estudo, para relacionar os comportamentos diversificados, e compreender quais ações são influenciadas pela sociedade, e quais são os comportamentos subjetivos. Para Weber os tipos de Ação Social são;
 Do tipo tradicional e emocional, que comportam se de acordo com as emoções, tradições e costumes que lhe são ensinados e consolidados na subjetividade do indivíduo, não racionais, pois não se questiona o porquê de tal comportamento. 
Ações do tipo racional com relação a valores considerados importantes, 
 determinado pelas suas crenças, que busca de um objetivo que nem sempre é racional. Já as ações sociais com relações a fins, vai ser os comportamentos totalmente racionais, para alcançar os seus objetivos.
1.3 ÉTICA PROTESTANTE 
Em sua obra A Ética Protestante e o Espirito do Capitalismo, Weber vai defender que os valores do protestantismo foram essenciais para o desenvolvimento do capitalismo, pois a religião vai colocar para os seus seguidores que o trabalho é um valor do homem, vai torná-lo digno, acarretando com que o indivíduo não se veja como um objeto de exploração do capitalismo.
2 SUBJETIVIDADE, DIREITO GARANTIDO E DOMINAÇÃO 
2.1 DIREITO SUBJETIVO 
A Sociologia Jurídica parte dos conceitos sobre subjetividade weberiana, que procura relatar sobre a relação entre dois indivíduos, onde cada um vai ter suas personalidades, individualidades e influencias alheias nos seus comportamentos, mas em algumas situações, o sujeito já sabe quais são as expectativas da outra pessoa da relação, sendo assim vai tentar responder a essa expectativa. 
Essa mesma situação acontece no Direito, mas nesta relação um dos sujeitos vai ser “substituídos” pela lei, ou seja, o indivíduo vai agir em relação a lei de acordo com as expectativas dela, mas também de acordo com os seus interesses. 
“Portanto, o Direito subjetivo de Max Weber é um ícone à liberdade e à igualdade, à democratização do sistema jurídico. Revela, de uma forma sociológica diferente, que o positivismo jurídico esconde esta condição amorfa quando pseudoconcretamente passa espírito de objetividade e neutralidade desinteressada” (ROCHA, 2015, p. 103)
2.2 DIREITO GARANTIDO 
Em uma sociedade autoritária, o que garante o direito é a objetividade, o sujeito vai obedecer às normas por um “medo” de uma coerção física e punitiva, ou seja, o estado vai obrigar os cidadãos a obedecer às leis usando a força.
Mas para Weber em uma sociedade liberal, o que vai garantir o direito subjetivamente pela coerção jurídica, pois os indivíduos vão obedecer às leis pelos seus interesses, além disso vai ter uma liberdade de escolha, se vai atender ou não àquelas normas, podendo do mesmo modo questiona-las.
2.3 DOMINAÇÃO 
O poder que o estado exerce sobre o indivíduo, Max denomina como Dominação, classificando lá em três tipos; 
Dominação tradicional, quando o líder do estado governa sobre os cidadãos pelos hábitos dos costumes, e por se tratar de uma tradição vai haver uma aceitação da sociedade, por ser algo que nunca mudou, sempre foi daquele modo, por isso a sociedade também vai ser influenciada a eleger outro governante com as mesmas características, por conta das tradições e hábitos, como por exemplo a monarquia. 
Dominação carismática se baseia na crença de que o líder político possui qualidade superiores raras, quase divinas, sendo capaz de compreender o verdadeiro destino da nação, isso vai influenciar nas ações dos agentes, mas essas ideias de qualidades superiores são falsas, um exemplo foi o governo de Adolf Hitler, na Alemanha.
A Dominação racional legal é baseada pela crença do que é correto, de um caráter racional, ou seja, o sujeito vai obedecer sem muitos questionamentos, por conta de um interesse futuros dos cidadãos.
REFERÊNCIA 
ROCHA, José Manuel de Sacadura. Sociologia Geral e Jurídica: Sociologia Geral e Jurídica. 4ª. ed. São Paulo: Editora Forense, 2015

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