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QUESTÕES INTERPRETAÇÃO TEXTO 1. 2. Ao longo do texto, ao defender seu ponto de vista central sobre o tema que debate, a autora põe em confronto duas idéias, que podem ser representadas pelas seguintes palavras do texto: A sobrevivência (linha 6) - cidadãos (linha 8). B empáticas (linha 19) - utilitárias (linha 20). C ignorância (linha 30) - humanidades (linha 31). D questionamento (linha 45) - tradição (linha 46). 3. OS SHORTINHOS E A FALTA DE DIÁLOGO Li na coluna de Monica Bergamo na Folha da última sexta-feira (5) a reportagem "A crise dos shortinhos no colégio Rio Branco". Trata-se do seguinte: o uniforme dessa escola pede bermudas, mas as garotas querem usar shortinhos, pois não querem ser obrigadas a "sofrer em silêncio com o calor do verão", como afirmam em um abaixo-assinado intitulado "Liberdade aos shortinhos". Os argumentos das jovens, contidos no texto do abaixo-assinado que li na internet, passam pelas exigências diferentes feitas pela escola aos meninos e às meninas, pela falta de recursos de algumas alunas para comprar uma calça que substituiria o shortinho vetado e pelo desrespeito dos meninos, que não sabem controlar seus hormônios, qualquer que seja a vestimenta das meninas. Resumo da história: a direção insiste no uso do uniforme, e as jovens no uso do shortinho. Vale a pena, caro leitor, pensar a respeito desse que seria um conflito que representa muitos outros que ocorrem diariamente em todas as escolas, mas que já nasce como confronto. E quero destacar dois pontos para esta conversa. Não é incrível que, mesmo depois do movimento de ocupação das escolas públicas de São Paulo e em outros Estados, nossas escolas continuem a ignorar a participação dos alunos, para que eles sintam de forma mais concreta que fazem parte dela? Eles precisam se sentir ativos e participativos na escola, e não somente atender às regras a eles impostas. Aliás, onde há regra, há transgressão, mas parece que as escolas não sabem o que fazer quando as transgressões ocorrem. O grande receio da instituição escolar é o de ter de atender a todas as demandas do alunado, inclusive as impertinentes. Como a do uso do shortinho, por exemplo. Mas aí cabe discutir, à luz do conhecimento, a informalidade no mundo contemporâneo e os seus limites em ambientes profissionais, por exemplo. Por que as escolas não discutem o uso do uniforme com seus alunos, já que serão eles que o utilizarão? Algumas poucas escolas já fizeram isso e conseguiram adesão dos alunos que, inclusive, criaram as vestimentas que usam diariamente. O segundo ponto que quero ressaltar é que a falta de diálogo e de administração de conflitos gera jovens que nem sequer conseguem elaborar argumentos sólidos, coerentes e bem fundamentados para suas idéias. Faz parte do papel da escola ensinar os jovens a debater, defender pontos de vista, dialogar, argumentar e contra argumentar, mas sempre à luz do conhecimento. Hoje, porém, os alunos podem falar qualquer bobagem, que famílias e escolas aceitam, não é? Já testemunhei mães e pais aceitarem como argumento dos filhos para fazer algo com as explicações "porque todo mundo faz" ou "porque está na moda". Já vi mães e professores aceitarem as justificativas mais esfarrapadas dos mais novos para algo que fizeram ou aceitar desculpas deles sem que estes demonstrassem o menor sinal de arrependimento. Falar por falar: é isso o que temos ensinado aos jovens, mas que não deveríamos. Precisamos honrar nosso papel de adultos e levar a relação com os mais novos com seriedade, mas sem sisudez. O bom humor no trato com eles é fundamental para que eles não ouçam tudo o que o adulto diz como um sermão, como afirmou a diretora-geral do colégio ao qual a reportagem citada se refere. 4. Analise as proposições abaixo. I. De acordo com o texto, episódios como o da ocupação das escolas públicas de São Paulo e de outros Estados deveriam ter servido de exemplo às autoridades, para que enérgicas medidas sejam tomadas no sentido de que os alunos atendam às regras a eles impostas, coibindo as indesejadas transgressões. II. A autora avaliza o fato de a escola ensinar a debater e defender pontos de vista, sempre à luz do conhecimento, porém critica a falta de sisudez nesse processo, o que faz com que os jovens não avaliem com a devida seriedade os conceitos que lhe estão sendo transmitidos. III. Rosely Sayão pondera que a falta de diálogo gera jovens incapazes de elaborar argumentos coerentes e fundamentados para exporem suas opiniões. Vai ao encontro do texto o que se afirmou em: A Apenas uma das proposições. B Apenas duas proposições. C Todas as três proposições. D Nenhuma das proposições. 5. De acordo com texto acima: Rosely Sayão entende que a crise no colégio Rio Branco: A deflagrou-se em razão do desrespeito dos meninos, que não sabem controlar seus hormônios, qualquer que seja a vestimenta das meninas. B é uma ótima maneira de o colégio impor sua autoridade perante os alunos, mostrando-lhes que cabe à escola determinar comportamentos, e a eles, segui-los. C é decorrente da promiscuidade de suas alunas, que sob o falso pretexto de sofrerem com o caior, utilizam vestimentas que não se coadunam com o ambiente escolar. D reflete uma situação usual em âmbito educacional brasileiro - as escolas não estimulam a participação dos alunos, de forma que eles se sintam como parte integrante delas. ADEUS, SALSICHAS Feijoada, cachorro quente, presunto, hambúrguer industrializado, salames de todo tipo, linguiça, defumada ou não, sanduíches consagrados - enfim, carnes processadas são alimentos que concorrem para desenvolver câncer no aparelho digestivo, especialmente estômago e intestinos. Até mesmo o churrasco comparece à lista, na medida em que é processado sob fumaça que produz alcatrão. Quem faz a advertência, de maneira estudada e formal, não é uma ONG de vegetarianos ou uma congregação de obcecados pregadores de dietas alternativas. Esta também não é uma daquelas superstições populares amplamente divulgadas no passado - como a de que leite com manga faz mal. É a Organização Mundial da Saúde que se manifesta agora nesses termos, com todo seu peso institucional. A conclusão foi divulgada oficialmente após estudo elaborado por 22 cientistas que avaliaram 800 trabalhos sobre a relação entre esses alimentos e onze tipos de câncer . Como, apesar das advertências de Bismarck, alemães e austríacos são devoradores contumazes de salsichas; como o americano típico não dispensa fartas porções de bacon e de ovos mexidos com presunto no seu café da manhã; como o espanhol não passa nem uma semana sem se regalar com seu prato de tapas, armado com embutidos de todo tipo. Como o brasileiro é grande entusiasta do churrasco e da feijoada; como no mundo inteiro aumenta o consumo de hambúrgueres e de carnes industrialmente processadas - então podemos estar diante de forte ataque à indústria de carnes e de proteína animal. Se as autoridades sanitárias em todo o mundo se sentirem obrigadas a divulgar as mesmas advertências que passaram a fazer ao consumo de cigarros e de bebidas alcoólicas - na base de “o Ministério da Saúde adverte...” grandes negócios ficarão ameaçados. Imagine o impacto sobre McDonald's, Burger King e todas as indústrias brasileiras cujos produtos estão sendo hoje promovidos por artistas da Globo. A partir dos anos 50, assim que começaram a ser divulgados os primeiros informes sobre os prejuízos à saúde provocados pelo tabaco, as grandes indústrias do setor foram ao contra-ataque. Contrataram especialistas para produzir pesquisas que refutassem as autoridades mundiais do setor e, com isso, conseguiram adiar a decadência. Poderá o mesmo acontecer agora com a indústria de carnes? O estrago nas comunicações pode ser forte, especialmente na área da publicidade, onde apelos ao consumo de alimentos suspeitos começarão a ser questionados.O fato é que está em curso, ampla campanha contra coisas boas da vida, especialmente contra alimentos. Compilado de artigo da autoria de Celso Ming, disponível em http://economia.estadao.com.br/ noticias/geral,adeus-salsichas, 10000000775], publicado e consultado em 28/10/15. “Até mesmo o churrasco comparece à lista, na medida em que é processado sob fumaça que produz alcatrão”. 6. Sobre a locução - na medida em que - é possível afiançar que: A foi adequadamente utilizada, no contexto em que está inserida, pois empregada com valor causal. B poderia, sem prejuízo à norma culta da língua, ou mesmo ao contexto, ser substituída pela similar - à medida que. C é indicativa de proporcionalidade, assim como na frase - Na medida em que chovia, maiores tomavam- se as probabilidades de enchentes nas áreas baixas da cidade. D na conjuntura utilizada, vai de encontro ao preconizado pela norma culta da língua; mais adequada seria a utilização da locução “á medida em que”. 7. Da leitura do texto podemos deduzir que Celso Ming: A reprova e condena uma sociedade que é afeita ao consumo de carnes e embutidos, alimentos por ele considerados pouco palatáveis. B confia que as indústrias de alimento repercutirão as medidas adotadas anteriormente pelas do tabaco, que conseguiram reverter a acentuada queda na venda de seus produtos. C lamenta o fato de “as coisas boas da vida” virem sendo, gradativamente, rotuladas como pouco benéficas. Davalia que o brasileiro, por ter hábitos alimentares diferenciados dos americanos e dos europeus, corre menor risco de contrair doenças degenerativas, como o câncer. O que é que houve? Resolvi fazer um check-up. Havia tempo que não fazia e o redondo número de minha idade vinha ultimamente chamando a minha atenção para a cadeirinha do plano de saúde que carrego na carteira. Não tinha nenhum sintoma. Era apenas uma checagem para não vir a ter nenhum sintoma. Entrei na sala para o primeiro exame: — O que é que houve? — me perguntou o doutor. A pergunta me pegou de surpresa. Fiquei envergonhada. Tive medo de parecer hipocondríaca. — Nada. Apenas rotina. O exame foi feito. Tudo normal. Saí da sala aliviada por minha ausência de manchas, mas um tanto constrangida por mobilizar a atenção daquele médico que poderia estar se dedicando a outros abdomens, que, doentes, esperam por suas imagens em filas gigantescas pelos hospitais da cidade. Segui para o próximo. O laboratório parecia um shopping. Gente circulando, o café lotado, televisões ligadas, pessoas concentradas em seus celulares e revistas, parecendo esbanjar saúde. Entrei na sala e, mais uma vez, veio a pergunta: — O que é que houve? Parecia que eles tinham combinado. Tive vontade de sair correndo dali, cantando e dançando pra celebrar minha saúde. Não o fiz. Que Deus me livrasse, mas, àquela altura, eu também já queria ver se tinha alguma coisa. Mais uma vez, e com a graça de Deus, não tinha nada. Saí do laboratório sentindo um alívio desconfortável e entrei no táxi pensando numa melhor maneira de responder à tal pergunta. — O que é que houve, doutor? Tenho a sorte de poder pagar um bom plano de saúde. Por isso, acabo achando normal usar todo este equipamento e estes médicos bem formados para investigarem no meu abdômen a eventual possibilidade de eu vir a ter o sintoma que não tenho. Uso minha carteirinha para o que chamam de medicina preventiva, fazendo jus à mensalidade que tenho pago por medo de precisar usar o que não poderei pagar. Eles bem sabem o quanto fico feliz em pagar mais do que uso porque obviamente me oferecem um produto que não quero precisar usar. De certa maneira, me dão a bênção de perder o que paguei. E, assim, sem nem sequer me dar conta, me vingo minimamente, fazendo exames de rotina enquanto outras pessoas morrem nas filas dos hospitais. É bem esquisito, não é, doutor? (autoria: Denise Fraga, colunista do jornal Folha de São Paulo, texto retirado do site: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/denisefraga/2015/ Data: 20/09/2015) 8. Podemos inferir que o texto da autora: A incentiva a população sobre a importância de um check up de saúde anual ou semestral. B evidencia a forma como o paciente é sempre questionado pelos médicos ao apresentar suas queixas de saúde. C apoia os planos de saúde e ressalta a comodidade no atendimento durante as consultas. D critica a abordagem médica perante exames rotineiros de precaução. Adidas corre para corrigir erro gramatical em camisa comemorativa do Palmeiras Martin Fernandez A Adidas, fornecedora de material esportivo do Palmeiras, corre contra o tempo para confeccionar novas camisas para os jogadores do time, que nesta quarta-feira inaugura o seu novo estádio em partida contra o Sport, às 22h, pelo Campeonato Brasileiro. A empresa produziu uma peça especial para a festa desta noite, mas o uniforme divulgado tinha um erro de português. Ao redor do distintivo, a frase “o bom filho à casa torna" foi escrita equivocadamente com o acento grave, que representa crase, na preposição “a" - a crase é a junção de duas vogais, utilizada, por exemplo, quando se funde o artigo feminino “a" com a preposição “a". - Não deveria ter (crase na frase da camisa). Quando se refere a sua própria casa, não existe o artigo. Você sai de casa, passa em casa. O curioso é que se fosse qualquer outra casa, a do vizinho, a da sogra, a do São Paulo, aí haveria o artigo - explica o professor Sérgio Nogueira. A Adidas está rastreando a fonte do erro. Algumas camisas foram produzidas com a falha, mas, segundo a empresa, nenhuma chegou às lojas Ainda não se sabe o que será feito com essas peças. 9. Observe a seguinte frase escrita pelo autor da notícia: “Algumas camisas foram produzidas com a falha, mas, segundo a empresa, nenhuma chegou às lojas". O que justifica o fato de, nesse caso, o uso da crase ser obrigatório, segundo a norma-padrão da língua portuguesa? A O verbo “produzir" é transitivo indireto e rege a preposição “a" B Como se trata de uma “loja" específica para a qual a Adidas vendeu os uniformes, é preciso usar a crase. C O verbo “chegar" é transitivo direto e exige um complemento que é introduzido pela preposição “a". D O verbo “chegar" é transitivo indireto e rege uma preposição “a", que introduz o seu complemento verbal “as lojas". 10. Conforme texto acima. Seguindo a explicação sobre o erro de português na frase da camisa dos jogadores do Palmeiras dada pelo professor Sérgio Nogueira ao jornalista, indique a alternativa que apresenta a possível correção que foi feita, seguindo às regras da norma-padrão da língua portuguesa. A ''O bom filho casa torna". B “Ao bom filho a casa torna". C “O bom filho a casa torna". D “O bom filho torna à casa". CONSTRUÇÃO - Composição: Chico Buarque Amou daquela vez como se fosse a última Beijou sua mulher como se fosse a última E cada filho seu como se fosse o único E atravessou a rua com seu passo tímido Subiu a construção como se fosse máquina Ergueu no patamar quatro paredes sólidas Tijolo com tijolo num desenho mágico Seus olhos embotados de cimento e lágrima Sentou pra descansar como se fosse sábado Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago Dançou e gargalhou como se ouvisse música E tropeçou no céu como se fosse um bêbado E flutuou no ar como se fosse um pássaro E se acabou no chão feito um pacote flácido Agonizou no meio do passeio públicoMorreu na contramão atrapalhando o tráfego. 11. A maior parte dos verbos presentes na letra “Construção", de Chico Buarque, encontra-se no modo: A imperativo, pois os verbos expressam ordem. B subjuntivo, pois os verbos expressam dúvida sobre as ações. C indicativo, pois os verbos expressam certeza sobre as ações. D subjuntivo, pois os verbos expressam os sentimentos do protagonista da história. 12. Conforme texto acima, Observe o tempo em que a maior parte dos verbos aparece na letra de Chico Buarque: “amou", “beijou", “atravessou", “subiu", etc. Qual é a relação do uso desse pretérito e o sentido do texto? AOs verbos se encontram no pretérito perfeito, pois apresentam eventos pontuais que começaram e terminaram em um momento definido no passado. BOs verbos se encontram no pretérito perfeito, pois apresentam um processo repetitivo que se prolonga até o presente. COs verbos se encontram no pretérito imperfeito, pois apresentam um processo habitual, frequente, no passado. DOs verbos se encontram no pretérito imperfeito, pois apresentam eventos em um momento definido do passado. 13. Conforme texto acima, Releia as palavras finais de cada um dos versos dessa estrofe da letra de “Construção": “última", “único", “tímido", “máquina", “sólidas", etc. Qual é a regra de acentuação que justifica o acento, segundo a norma padrão da língua portuguesa? A Acentuam-se as oxítonas tônicas. B Os monossílabos tônicos devem ser acentuados. C Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongo crescente. D Todas as proparoxítonas devem ser acentuadas. 14. Conforme texto acima Que palavra, no início da estrofe, antecipa o desfecho do protagonista na letra da música de Chico Buarque? A Único. B Embotados. C Lágrima. D Última. 15. Conforme texto acima Os versos de “Construção" contam a história de um trabalhador. Podemos inferir que o protagonista das ações descritas é um: A arquiteto. B operário de construção. C bêbado. D guarda de trânsito. CHEGA DE PRECONCEITO CONTRA O LUCRO Instituições sem fins lucrativos são criadas para aproveitar oportunidades de captação de recursos ou isenções de impostos, geralmente para alcançar uma causa social não atendida pelo Poder Público. A causa ê nobre, seja ela o assistencialismo, a educação ou os serviços a comunidades carentes. Com o crescimento desse setor, aumentam as solicitações para que a sociedade colabore com seus projetos de forma não remunerada, pois “não há fins lucrativos” Há uma grave distorção nessa expectativa. Entidades sem fins lucrativos esperam que empresas forneçam seus produtos sem custo, assim como esperam que famílias sem dificuldades financeiras deixem de cuidar de seu futuro para amparar os fragilizados. Estamos criando uma insustentável cultura de tirar dos bem- sucedidos para assistir os desafortunados, como se o papel do lucro fosse ser distribuído à sociedade. Empresas que geram resultados não deveriam dividi-los com os incapazes de erguer um negócio. Isso premia a incompetência. Somente quando os negócios produzem retornos maiores que o esperado (fruto do nvestimento em qualidade e tecnologia), os lucros excedentes podem virar filantropia. Não é papel das empresas prestar serviços sem remuneração. O papel das empresas é prestar bons serviços, lucrar e investir seus lucros para que esses serviços sejam melhorados, mais empregos sejam gerados e mais impostos sejam pagos - essa é a ideia. Se o Estado é incapaz de fornecer a educação que ensine a pescar, cabe a ele usar sua arrecadação para sanar os problemas. Quanto mais as famílias abrem mão de poupar para o futuro e praticam o assistencialismo, mais dependerão do governo para custear seu futuro. É um círculo perigosamente vicioso. Quando me pedem para prestar um serviço sem fins lucrativos, subentendo que querem que eu trabalhe sem remuneração. Não faz sentido. Tenho fins lucrativos, com orgulho. Se meu trabalho cria valor, paguem o que ele vale. Quem não tem fins lucrativos é a instituição que contrata o serviço, não quem o presta. Não ter fins lucrativos não deve credenciar ninguém a ser incompetente na captação de recursos. Prestar serviços para uma empresa sem fins lucrativos não deve ser uma caridade forçada. Lucrar, ou produzir resultados excedentes, é essencial para o crescimento de qualquer atividade. Devemos esperar das instituições competência técnica e gerencial para levantar fundos, administrar custos e pagar suas atividades sem corroer a capacidade produtiva da sociedade. Elas deveriam gerar resultados e reinvesti- los para que o atendimento a sua causa possa crescer. É tempo de lutar por mais profissionalismo nas causas sociais. 16. A distorção a que o autor faz mencão no terceiro parágrafo refere-se: A ao descaso das famílias mais abastadas frente às necessidades dos desafortunados. B à hipocrisia das instituições que se declaram sem fins lucrativos, mas auferem grandes receitas ao adquirir produtos isentos de custos. C ao fato de ele avaliar que a função do lucro não é assistencialista. D ás empresas que fornecem produtos gratuitamente às famílias menos favorecidas, incentivando a cultura do desperdício 17. Conforme texto acima: Da leitura dos dois primeiros parágrafos inferimos que: A o principal objetivo das instituições sem fins lucrativos é obter isenção de impostos. B as instituições sem fins lucrativos, via de regra, atuam nas lacunas deixadas pelo Poder Público. C instituições sem fins lucrativos são, indefectivelmente, oportunistas, e sua motivação primordial é o assistencialismo. D é dever da sociedade colaborar de forma não remunerada com projetos sociais, a fim de que sejam alcançadas as causas não atendidas pelo Poder Público. GABARITO: 1 D 11 A 2 B 12 D 3 C 13 D 4 A 14 B 5 D 15 C 6 A 16 B 7 C 17 B 8 D 9 C 10 C