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Estudo clínico do parto: Período premonitório (pré-parto);- Diagnóstico do trabalho de parto: fases do trabalho de parto Fase de dilatação (primeiro período);• Fase de expulsão (segundo período);• O secundamento (terceiro período) - saída da placenta;• “Quarto período” (1ª hora pós-parto) -na verdade é o pós parto, é a 1 hora após o parto.• - Comparação dos estágios do parto: o que acontece com a mãe e o mecanismo do parto em relação ao feto. - Terceira fase: Dequitação (saída da placenta);• Quarta fase: Período de Greenberg - primeira hora pós parto.• Período Premonitório: Período pré-parto, caracterizado pela descida do fundo do útero, contrações irregulares e esparsas, amolecimento e apagamento do colo, as vezes a mãe tem eliminação de secreção mucóide (parece um catarro), normalmente o colo já fica mais orientado e abaixado/centralizado, e isso vai ocorrendo em média, a partir de 36 semanas. As pessoas costumam falar que a "barriga abaixou", e é o que ocorre com a descida do fundo do útero. Podemos dizer que o período premonitório costuma acontecer 10 dias antes da paciente entrar em trabalho de parto. - Fase Latente: A fase latente corresponde ao final do período premonitório e início do trabalho de parto; - Na fase latente, as contrações passam a ser regulares, mas ainda são incapazes de determinar progressão de dilatação do colo uterino, como se observa da fase ativa (1cm/hora). Então a paciente sai de um processo que a contração é irregular e indolor, que é do período premonitório, entra em uma fase que a contração é regular e dolorosa, mas que ainda não é capaz de causar uma dilatação progressiva do colo, para aí entrar na fase ativa propriamente dita. E nessa fase ativa ocorre a dilatação progressiva do colo uterino. Então na fase ativa tem-se dilatação, expulsão, dequitação e consequentemente depois a primeira hora pós parto. - Raissa Novelli T.67 Primeira fase: Dilatação; Feto: tem a insinuação, descida e rotação interna da cabeça; • Segunda fase: Período expulsivo; Feto: Desprendimento do polo cefálico, rotação externa da cabeça e despendimento dos ombros e tronco; • Aula 11 Parto vaginal segunda-feira, 5 de julho de 2021 17:45 Página 1 de OBSTETRÍCIA consequentemente depois a primeira hora pós parto. Trabalho de Parto: Contrações rítmicas e dolorosas, que consegue começar a promover a dilatação do colo. Essas contrações para poderem promover uma dilatação, uma progressão da dilatação de forma ativa, - Parto - Fase de dilatação: É a fase do Primeiro período do trabalho de parto: Apagamento do colo uterino: 0 a 100% - é o amolecimento do colo, o colo grosso é o colo que não está apagado (30-40%), o colo vai ficando fino, só tem a bordinha dele (80-90%). O apagamento é a finura do colo, quanto mais fino ele estiver, mais próximo ele está de desaparecer completamente. Se ele estiver médio é 50%; • Dilatação do colo uterino: 0 (colo fechado) a 10 (dilatação completa) cm;• Frequência das contrações: variam de 2 a 4 em 10 minutos, normalmente essas contrações precisam de durar pelo menos de 25 a 30 segundos, podendo durar até um pouco mais. Para ver isso, coloca-se a mãe na barriga da paciente e na hora que ela começa a ter contração a barriga fica dura e você conta quanto tempo ela fica dura. No início tem-se mais perto de 2 contrações em 10 min, e mais perto do final da fase de dilatação uma frequência e uma intensidade maior dessas contrações. Frequência, número e intensidade são medidas indiretamente pelo tempo Nas primíparas: apagamento seguido de dilatação;○ Nas multíparas: apagamento e dilatação concomitantes.○ • Bolsa das águas: ruptura espontânea no final da dilatação ou início da expulsão - nesse período pode ter ruptura espontânea dela ou não. E pode acontecer em qualquer fase de dilatação. Quando acontece a rotura da bolsa antes da paciente entrar em trabalho de parto, fora da fase ativa, se chama de amniorrexe prematura (ela é prematura em relação ao trabalho de parto) porque fisiologicamente ela se rompe na fase ativa ou no início da expulsão. • - normalmente já tem que ter um colo apagado, que é um colo fino, com mais ou menos 2 cm nas primíparas e 3 cm nas multíparas. Então até 2/3cm quem vai fazer chegar nesse ponto são as contrações coordenadas lá da fase latente, mas não passa disso, ela não consegue promover dilatação progressiva. A partir daí a paciente está em trabalho de parto, quando vai para 4/5/6 cm. E nessa fase tem a formação das bolsas das água. Página 2 de OBSTETRÍCIA parto) porque fisiologicamente ela se rompe na fase ativa ou no início da expulsão. Parto - Fase de Expulsão: Quando se chega na dilatação completa, começa o segundo período: que tem a expulsão do feto Então tanto o apagamento quanto a dilatação estão completos - dilatação de 10cm e apagamento de 100%; • Então tem uma total sincronia entre metrossístoles (contrações do útero), as contrações do diafragma e da parede abdominal. Passou a contração não precisa falar para fazer força, porque precisa dos três elementos juntos; • Frequência das contrações uterinas: aumenta, no período da dilatação era de 2 a 4 em 10min, aqui começa a ter, mais ou menos 5 contrações em 10 minutos; • Ausculta do BCF a cada 5 min, no período de dilatação a ausculta é de 30 em 30 min.• Descolamento do fundo uterino ou da parede uterina, se ela estiver anterior ou posterior;• Descida para ela poder ser expulsa;• Expulsão ou desprendimento: existem dois mecanismos de expulsão placentária, e isso depende da inserção da placenta Mecanismo de Baudelocque-Schultze - quando a placenta está inserida no fundo uterino, ○ • - A: colo grosso. A medida que esse colo vai afinando, ele vai incorporando o útero, ele vai ficando cada vez mais fino. Quando você toca e não sente mais colo é quando se tem a dilatação completa. E-H: tem o apagamento do colo mas a dilatação está pequena. G: quando ele dilatou mais o colo já estava apagado. Diferente de A-D que a medida que o colo vai apagando ele vai dilatando. Porque são mecanismos de trabalho de parto diferentes, que eu vou explicar mais para frente. Parto - Secundamento: aqui o bebê já foi completamento expulso, e começa a fase da saída da placenta Sinonímia: decedura, delivramento, dequitação, dequitadura; - Fisiologia: aqui não precisa tem pressa, a placenta tem que passar por três processos - Página 3 de OBSTETRÍCIA Mecanismo de Baudelocque-Duncan - quando ela está inserida nas paredes laterais, ela é ○ Fundo uterino: globo de segurança de Pinard.• Obs.: se tiver pressa nesse momento e não esperar, e puxar a placenta, caso ela esteja mais aderida, pode causar a inversão do útero em que a paciente pode ter um choque neurogênico. "Quarto período" - 1ª hora pós-parto: esse é o momento em que há a formação do globo de segurança de pinard, ou seja, o útero vai contrair e vai ficar contraído. E para que isso aconteça o útero passa por processos Primeiro acontece a Miotamponagem - aquela área em que a placenta estava inserida fica uma grande cicatriz, então a tamponagem acontece inicialmente pela contração do útero, porque ele vai reduzir de tamanho; - Depois acontece a Trombotamponagem, naquele local em que a placenta estava inserida vai acontecer a ativação de plaquetas; - Indiferença miouterina - inicialmente o útero contrai/relaxa/contrai/relaxa/contrai até que aconteça a contração uterina fixa. O globo de segurança de pinard é visto quando se tem a contração uterina fixa, em que é possível ver através da parede abdominal o útero bem delimitado abaixo da cicatriz umbilical. - Obs.: Na primeira hora após o porta é o momento em que se pode ter as grandes hemorragias, porque o útero pode não contrair direito, e acabar tendo hipotonia uterina e a paciente ter um quadro grave de sangramento. A primeira hora pósparto é um momento que requer cuidado, e você tem que ficar de olho na paciente. Assistência ao parto: Humanizar é: Acreditar na fisiologia da gestação e do parto;• Respeitar esta fisiologia, e apenas acompanhá-la;• Perceber, refletir e respeitar os diversos aspectos • culturais, individuais, psíquicos e emocionais da mulher e de sua família; - ela sai com a parte fetal para você (a parte brilhosa); eliminada com a face materna para você. Página 4 de OBSTETRÍCIA mulher e de sua família; Devolver o protagonismo do parto à mulher;• Garantir-lhe o direito de conhecimento• Parto humanizado: Entende-se a gestação e o parto como eventos fisiológicos perfeitos (onde apenas 15 a 20% das gestantes apresentam adoecimento neste período necessitando cuidados especiais), cabendo a obstetrícia apenas acompanhar o processo e não interferir buscando ‘aperfeiçoá-lo’. A intervenção só deve acontecer quando necessário. • - O parto humanizado pode ser realizado em hospital. Parto humanizado não é sinônimo de parto domiciliar; - A paciente que escolhe o ambiente: Normalmente ela pede um ambiente mais calmo, as vezes com alguma música, paciente não precisa ficar restrita ao leito, deambula e pode alimentar-se. • - Avaliação da evolução se tiver contrações identificáveis. Toques não repetitivos. Se a paciente não está contraindo não tem porque tocar ela, porque ela vai dilatar se ela não estiver contraindo. - Assistência à dilatação (primeira fase): Parto humanizado: Ambiente: calmo, música, paciente não precisa ficar restrita ao leito, deambula e pode alimentar-se; • Avaliação da evolução se tiver contrações identificáveis. Toques não repetitivos;• Paciente escolhe a posição de parir e local de parir;• Uso de métodos não farmacológicos para controle da dor - nesses casos a doula costuma ajudar muito, a doula não é medica, normalmente é uma pessoa da comunidade que está ali para dar um apoio emocional. Esses outros métodos seriam: massagem, tem um aparelho que se coloca na região lombar que dá tipo uns choquinhos que ajuda na dor, a paciente pode ficar no chuveiro ou na banheira, são todos mecanismos de dor não farmacológicos. Como no parto humanizado a intensão é deixar a fisiologia agir, de modo geral não se faz medidas farmacológicas, mas é lógico que se a paciente pedir vai ser feito; • Não se faz tricotomia, clister ou cateterismo vesical de rotina.• - Parto convencional da literatura clássica: Ambiente hospitalar, com acompanhante como garante à lei;• Avaliação das contrações uterinas e dilatação cervical a cada 2 horas. BCF a cada 30 min. Medicar quando houver necessidade: Meperidina – 50 mg IM; Prometazina – 25 mg IM; Existe um esquema chamado meio- meio que pode ser feito, que é meio de meperidina e meio de prometazina, para poder dar uma relaxada na paciente e ela conseguir aguentar as contrações; ○ Ocitocina conforme partograma - para acelerar o trabalho de parto.○ • Rompimento da bolsa das águas para prova de trabalho de parto, quando necessário - rompimento das bolsas artificialmente para facilitar ainda mais; • Anestesia peridural;• Tricotomia, clister e cateterismo vesical. • - Evidências científicas atuais: Paciente pode deambular (ajuda na progressão da dilatação), não precisa ficar restrita ao leito;• Alimentar—se: - Página 5 de OBSTETRÍCIA Alimentar—se: Gestantes de baixo risco – liquida restrita;○ Demais casos, não permitido. Gestante de alto risco - dieta zero; ○ Alimentação sem resíduos porque pode acontecer alguma emergência (D) e precisar de cirurgia. ○ • Avaliação da dilatação na vigência de contrações. Não há necessidade de toques sucessivos – múltiplos toques incrementam a chance de a infecção puerperal. A quantidade de toques vai variar de acordo com o partograma e a evolução da contração; • Não é necessário clister de rotina ou acesso venoso contínuo ou cateter vesical.• Obs.: Juliana: "Eu entendo hoje que a gente deve acompanhar o trabalho de parto e usar o nosso conhecimento para em alguns momentos que a fisiologia deixou de agir de forma adequada corrigir problemas pontuais, e não para ficar fazendo uma série de intervenções desnecessárias." Assistência à expulsão (segunda fase): Parto humanizado: Paciente escolhe a posição mais confortável - pode ser até mesmo a litotomia, pode ser em pé, sentada; • Métodos analgesia não farmacológica;• Episiotomia não realizada.• - Parto convencional da literatura clássica: Posição - Mesa de parto: Paciente na posição de Laborie-Duncan (litotomia forçada). • Anestesia: loco-regional (é uma anestesia para o períneo, para fazer a episiotomia) / peridural;• Episiotomia: Antigamente alegava-se que era um procedimento para a proteção ao períneo – avaliação da necessidade. • - Evidências científicas atuais: A episiotomia não precisa ser realizada rotineiramente. As lacerações do parto, em geral, não são graves, para que a episiotomia seja considerada protetora do períneo. Nosso serviço < 3%. • - Obs.: as lacerações ocorridas durante o período expulsivo só deverão ser suturadas caso sejam sangrantes. Outros aspectos do parto convencional: Manobra de Kristeller (quando a enfermeira coloca o braço no fundo uterino e empurra o feto) = proscrita, pode ocorrer trauma de baço, de fígado. Único momento em que é permitido é durante a cesárea; - Fórcipe de alívio - é um procedimento médico, tem que ter indicação médica para ser feita;- Anestesia peridural; Parto humanizado = parto convencional. Grupo A: parto convencional; Grupo B: parto humanizado. Página 6 de OBSTETRÍCIA Anestesia peridural;- Assistência ao Recém-nascido: Parto humanizado: Neste caso, o bebê fica com a mãe, colocado para amamentar;• Não se aspira as mucosidades, bebê em contato com a mãe pele a pele;• Credé não realizado de rotina (rotina no SUS - vide Plano de Parto da paciente) - porque nem toda paciente com gonorreia tem manifestação clínica importante; • Cordão clampeado após parar de pulsar;• Vitamina K – não rotineira.• - Parto convencional da literatura clássica: Aspiração de mucosidades;• Avaliação da vitalidade: índice de Apgar;• Profilaxia da oftalmia gonocócica (Credé);• Identificação;• Fenômenos plásticos do concepto;• Vitamina K.• - Página 7 de OBSTETRÍCIA
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