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Introdução: São mais frequentes ou mais graves devido a imunossupressão no paciente infectado pelo HIV - paciente com CDH menor que 50 são pacientes extremamente vulneráveis a qualquer infecção, estando a mercê de doenças e complicações muito graves. Quanto mais baixo o CD4 mais frequente e grave são as infecções; • Afetam principalmente SNC, TGI e pulmões;• Principal causa de morbi-mortalidade nos pacientes com aids – é o que faz o paciente evoluir de forma desfavorável; • 20% dos pacientes infectados pelo HIV desconhece ser portador do vírus e muitos descobrem durante o diagnóstico de uma infecção oportunista – é um paciente que demorou fazer o diagnóstico ou pode acontecer no contexto do paciente que tem dificuldade de adesão ao tratamento; • TARV - Maior influência na redução de IOs relacionadas à infecção pelo HIV – a terapia antirretroviral de alta potência mudou o paradigma e a forma que enfrenta as infecções oportunistas. Atualmente só ocorre infecção oportunista quando descobre o HIV de forma tardia ou quando não tem adesão ao tratamento. • Infecções Oportunistas: Só manifesta em uma situação de vulnerabilidade do sistema imune. Então para o paciente que tem infecção pelo HIV o parâmetro que deixa o paciente vulnerável é quando ele tem um CD4 menor que 350. CD4 é o linfócito T alvo pela infecção do HIV e é o linfócito responsável pela resposta imune no organismo como um todo. - Infecções Oportunistas: HPV – é o mais comum. São lesões disseminadas, não apenas do trato genital;• HSV;• Herpes Zoster – principalmente herpes genital recorrente pode ser uma manifestação de imunossupressão, sendo um dos sintomas de HIV. Herpes zoster antes de 60 anos é mandatório fazer o teste de HIV, principalmente o disseminado ou que ultrapassa a linha média, pois é mais comum com o avançar da idade; • Candidíase – pode dar o diagnóstico de HIV através de uma candidíase na orofaringe, esofágica. Nessas situações tem que pesquisar HIV; • Sarcoma de Kaposi (HV - 8)* - é um câncer neovascular, associado a imunossupressão grave, CD4 menor que 50, acometendo mucosa, mas pode acometer qualquer víscera, sendo uma catástrofe quando tem acometimento pulmonar (paciente começa a respirar sangue – via aérea é substituída pode sangue – sendo muito difícil de tratar). • Manifestações em pele e mucosas:- Pneumocistose – toda vez que fala em manifestação pulmonar em paciente com quadro de HIV confirmada, até que prove o contrário é pneumocistose, porque é a doença oportunista mais comum. A manifestação é principalmente um quadro subagudo de tosse e dispneia; • Infecções fúngicas (Criptococose, histoplasmose); Manifestações pulmonares:- Larissa Lopes e Raissa Novelli T.67 Aula 13 HIV/AIDS - Doenças Oportunistas segunda-feira, 29 de março de 2021 15:33 Página 1 de INFECTO Infecções fúngicas (Criptococose, histoplasmose);• Tuberculose pulmonar e outras mycobactérias – tuberculose é a doença infecciosa mais comum no Brasil, sendo o 2° país com mais tuberculose no mundo. Toda vez que faz o diagnóstico de TB tem que pesquisar HIV e vice-versa; • Infecções Bacterianas;• Sarcoma de Kaposi*.• Úlceras aftosa;• Candidíase oral e esofagiana;• Ulceras esofagianas (HSV ou CMV) – são manifestações comuns. CMV também é um vírus hepers, que no HIV é uma das principais infecções tanto do TGI como manifestação tanto neurológica quanto ocular; • Leucoplasia oral pilosa (EBV)*;• Sarcoma de Kaposi* - chama atenção porque pode acometer qualquer tecido ou víscera do organismo; • Diarreia Crônica;• Afecções hepatobiliares;• Pancreatite.• 3. Manifestações no trato digestivo: Retinopatia por Citomegalovírus – achado no exame de fundo de olho;• Sífilis ocular.• Manifestações Oculares:- Neurotoxoplasmose – paciente com quadro neurológico com imunossupressão pelo HIV até que prove o contrário é neurotoxoplasmose; • Encefalite herpética;• Meningite Bacteriana;• Meningite criptocócica – principal síndrome meníngea, doença extremamente grave com letalidade em torno de 60%. “Quando não mata aleija”; • Meningite tuberculosa;• Encefalopatia ou mielite por CMV;• Leucoencefalopatia multifocal progressiva (LEMP)* - é uma desmielinização da substância branca, semelhante a esclerose múltipla, causada pelo JC vírus que é frequentemente encontrado no líquor, mas que não tem problema em quem tem a imunidade ok, um CD4 superior a 350. Quando tem imunossupressão apresenta a patologia com diagnóstico dramático, com déficit cognitivo, focal e até mesmo déficit de funções primitivas como respiratória; • Linfoma primário do SNC* - a infecção pelo HIV é tão complexa, que ela favorece fenômenos oncológicos, e o linfoma primário do SNC é um dos principais causadores • Manifestações Neurológicas: Muitas vezes a gente divide em manifestações sindrômicas: Síndromes meníngeas são aquelas doenças que vão causar meningite por causa do HIV, a principal causa é a meningite criptocócica; As manifestações de lesões expansivas intracerebral (LEIC) que é quando tem a formação dentro do tecido cerebral, com diagnóstico diferencial de quadro de tumor cerebral, mas, em um contexto de um paciente imunossuprimido a principal hipótese disparada é a neurotoxoplasmose; Além disso pode ter o acometimento do SNC através da substância branca que é característica da LEMP. - Página 2 de INFECTO fenômenos oncológicos, e o linfoma primário do SNC é um dos principais causadores oncológicos no HIV. Obs do asterisco: *não são infecções oportunistas mas estão relacionadas à AIDS Infecções Oportunistas x CD4: As infecções oportunistas sempre estarão balizadas pelo CD4 Síndrome retroviral aguda• > 500: não é possível ter infecção oportunista com CD4 maior que 500, isso é infecção de quem não tem HIV - Candidíase oral e genital recorrente – Imunossupressão inicial (leve);• PNM bacteriana recorrente e que não consegue tratar – Imunossupressão inicial (leve);• TB ganglionar, pulmonar e miliar – lembrar que na infecção pelo HIV, a principal forma de tuberculose extrapulmonar no paciente com HIV é a ganglionar e, quando o paciente não tem HIV é a pleural; • Herpes zoster - Imunossupressão inicial;• Sarcoma de Kaposi – pode acontecer na forma mais inicial, porém normalmente é uma manifestação de Imunossupressão grave; • Leucoplasia oral pilosa;• Criptosporidiose autolimitada;• Neoplasia cervical;• Linfoma Hodgkin – toda vez que faz o diagnóstico de linfoma também é importante afastar o diagnóstico de HIV. • 200-500: fica com dúvida em relação as infecções iniciais, mas que se iniciam geralmente com CD4 menor que 350, sendo possível separar essas infecções de acordo com o tamanho da imunossupressão - Pneumonia Pneumocystis jiroveci – pneumocistose;• Histoplasmose – uma das doenças fúngicas mais frequentes de acometimento pulmonar no paciente imunossuprimido; • TB extrapulmonar disseminada – não apenas acometimento pulmonar, mas também pode ser pleural, pericárdico, ocular, ósseo, intestinal, etc.; • Leucoencefalopatia multifocal progressiva.• < 200: situação do paciente começa a ficar grave, com Imunossupressão grave. - Candidíase esofagiana;• Microsporidiose;• Herpes simples disseminado;• Neurotoxoplasmose – ganha muita importância;• Criptococose;• Criptosporidiose crônica.• < 100: esse quadro é muito dramático, qualquer infecção e algumas parasitoses simples começam a dar muito problema - Infecção disseminada por CMV;• Infecção disseminada por MAC.• < 50: além de todas as infecções acima tem as abaixo, sendo uma situação muito grave, paciente muito vulnerável - Herpes Zoster: É uma infecção comum na Página 3 de INFECTO Infecção disseminada por MAC.• Caso Clínico 1: Sexo feminino, 38 anos, parda, natural Cataguases e procedente de Barbacena. Trabalha como empregada doméstica. Casada há 12 anos, tem 2 filhos de 6 e 10 anos de idade. • IDENTIFICAÇÃO: - QUEIXAPRINCIPAL: "Dor e dificuldade para engolir".- Paciente refere que, há 4 meses, começou com dificuldade para alimentar-se (líquidos e sólidos) que veio piorando progressivamente. Não tem vômitos nem diarreia associados. Emagrecimento 10 kg em 4 meses. Infecção pelo HIV está muito associada a emagrecimento, queda capilar, pele frágil. • HMA: - REVISÃO DE SISTEMAS: Nega HAS e DM2. Negou febre ou qualquer outro sintoma na revisão dos sistemas. - Nega alergias. Tabagismo 20 cigarros/dia há 20 anos. Etilismo aos fins de semana. História de distúrbio depressivo. Nega internações ou cirurgias prévias. • Teve lesões sugestivas de Herpes Zoster há 2 anos que melhoraram após uso de aciclovir tópico prescrito pelo médico do Centro de Saúde. Pulo do gato importante: Paciente tem 38 anos, ter herpes zoster não é comum e está muito associado ao controle imunitário (estresse, depressão, etc.). Nem todo diagnóstico de herpes zoster antes dos 60 anos vai ser HIV, porém é mandatório pesquisar. • HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA:- Regular estado geral, lúcida, orientada, hidratada. TA: 36,7;• Face com lesões descamativa e base levemente eritematosa em sobrancelhas, queixo e testa; • EXAME FÍSICO: - Herpes Zoster: É uma infecção comum na prática clínica, sendo muito importante principalmente nos pacientes com menos de 60 anos que tem que dar a oportunidade da testagem para HIV, sendo mandatório o teste. Pode ser herpes zoster de um dermátomo, porém no HIV tudo é possível, podendo ser disseminada e ultrapassar a linha média. Sarcoma de Kaposi: Manifestações neovasculares, podendo acometer qualquer víscera, sendo muito grave quando acomete o pulmão. Página 4 de INFECTO testa; Cavidade oral com pequenas lesões brancacentas em face lateral da língua, com base eritematosa e removível por espátulas; • FC: 108bpm PA130/90mmHg FR: 22mrpm;• AP: MVUD, sem ruídos adventícios; ACV: BNF, 2T, RR, Sem sopro; Abdome: Ruídos hidroaéreos presentes, flácido, depressível, indolor, sem massas palpáveis; • Com linfadenomegalias cervicais, occiptais e submandibulares, simétricas, linfonodos < 1cm, fusiformes, fibroelásticos e não aderidos; • Hb 9,6 VCM 81fL CHCM 33 L 4600 (L 10%) Plaquetas=155.000 - diagnosticada com depressão e anemia atribuída à menstruação, prescrito sulfato ferroso e fluoxetina. • LABORATÓRIO (exames feitos há 1 mês no centro de saúde): - Discussão: pode pensar em candidíase oral, pois a descrição das lesões da paciente é figura de livro para cândida oral (lesões brancas removíveis com espátula, podendo formar crostas) Paciente com disfagia, emagrecimento e que tem candidíase, tem que fazer o diagnóstico diferencial com câncer de esôfago. Nesse contexto é importante entender que é uma paciente que teve condição de imunossupressão há 2 anos não identificada, e tem candidíase. E, também não é uma idade favorável para situação oncológica, então tem, que pensar no HIV. 1. Hipótese(s) diagnóstica(s)? Distúrbio Depressivo? Neoplasia? AIDS?• Quadro consumptivo:- Monilíase oral/esofagiana? Úlceras esofagianas? Neoplasia esôfago? O quadro de Monilíase esofagiana poderia explicar o quadro de disfagia. O que poderia ajudar a esclarecer é uma endoscopia digestiva alta; • Disfagia:- Dermatite seborreica? Psoríase? Mas, lembrar que lesões de pele de dermatite seborreia também são muito comuns na imunossupressão. Toda vez que tem um caso de dermatite seborreica é importante pesquisar o diagnóstico de HIV; • Lesões de pele:- Ferropriva? Doença crônica ? HIV/AIDS? • Anemia normocítica e normocrômica:- 2. Qual a provável situação imunológica desse paciente? Candidíase é a infecção oportunista mais comum nos pacientes HIV+ (atinge 80-90% dos pacientes) - praticamente 90% dos pacientes em momentos de imunossupressão vão desenvolver candidíase. Atualmente com a facilidade de se realizar o teste tornou-se mais comum o diagnóstico precoce, então muitas vezes o paciente não tem candidíase porque descobriu o HIV antes de ter um episódio de imunossupressão e iniciou o tratamento; - Principalmente por Candida albicans - podendo ter o acometimento tanto da orofaringe como da esofágica. - Orofaríngea > esofágica. Quando tem disfagia é acometimento esofágico;- Ocorrem quando CD4: 200 - 500 céls/mm3;- Candidíase orofaríngea: placas esbranquiçadas indolores e removíveis na mucosa, queilite angular, glossite, forma hiperplásica ou atrófica eritematosa • Candidíase esofágica: dor e desconforto retroesternal, associada a disfagia (principal Manifestações clínicas:- Página 5 de INFECTO Candidíase esofágica: dor e desconforto retroesternal, associada a disfagia (principal característica). • Candidíase orofaríngea: Clínico.• Clínico + resposta a terapia - na realidade do serviço público a EDA demora, muita das vezes não tem como fazer no mesmo momento, então muita das vezes faz o tratamento da candidíase com fluconazol, e observa se existe a melhora clínica; ○ Definitivo: visualização das lesões por EDA. ○ Candidíase esofágica: • Diagnóstico:- 3. Qual o tratamento? Fluconazol 100mg/dia por 7-14 dias - A formulação que existe no Brasil é de 150mg, então é dado 150mg por 7 dias. • Orofaríngea:- Fluconazol 100mg- até 400mg/dia por 14-21 dias – pode ser dado os mesmos 150mg, mas estende por pelo menos 14 dias. • Esofágica:- 4. Está indicada profilaxia secundária? NÃO! - Caso clínico 2: Masculino, 24 anos, branco, natural e procedente São João Del Rei. Solteiro, não filhos. Estudante universitário. Relações sexuais desprotegidas com homens e mulheres. Tem plano de saúde, mãe dentista e pai advogado (aparentemente condição financeira satisfatória). • IDENTIFICAÇÃO: - QUEIXA PRINCIPAL: "Falta de ar."- Paciente relata que há 3 semanas iniciou com quadro de tosse e dispneia progressiva. No início do quadro apresentava tosse apenas aos esforços mas agora se cansa facilmente até para vestir a roupa (uma forma objetiva de classificar a dispneia é em graus – grau 1 cansa em atividade física extenuante como por exemplo, subir um morro. Grau 2 é quando ao caminhar no reto longas distancias sente cansaço. Grau 3 é quando curtas distâncias ou 1 lance de escadas cansa. Grau 4 o paciente cansa para atividades básicas, como tomar banho. Então esse paciente estava com Grau 4 de dispneia). Acredita que • HMAP: - Lesões da candidíase com placas brancacentas, muito frequente na parte de gengiva. Nessa imagem é possível ver tanto a candidíase oral quanto esofagiana. Página 6 de INFECTO como tomar banho. Então esse paciente estava com Grau 4 de dispneia). Acredita que não teve febre. Há 2 semanas procurou PA do seu plano de saúde, fez Rx tórax e seios da face, hemograma e recebeu tratamento para pneumonia com azitromicina. Como não estava melhorando, após 72h voltou ao PA onde a azitromicina foi trocada por Levofloxacino. Como já está no quinto dia deste antibiótico e só piora retornou ao PA hoje. É um quadro pulmonar que não melhora. REVISÃO DE SISTEMAS: Negou qualquer outro sintoma na revisão dos sistemas. Perdeu peso nas últimas semanas mas está fazendo uma dieta. - Negou uso de drogas, não fuma e bebe socialmente (sic). Relata que faz exame de HIV com frequência, último há 2 anos. • HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA:- Regular estado geral, pálido, lúcido, orientado, hidratado. Taquipneico, taquicárdico. Oroscopia normal. Sem lesões de pele. TA: 37,0C; • FC: 118bpm PA110/70mmHg FR: 38irpm MVF SatO2=90%;• ACV: BNF, 2T, RR, Sem sopros; Abdome: Ruídos hidroaéreos presentes, flácido, indolor, sem massas palpáveis. • EXAME FÍSICO: - Discussão: É um quadro clássico de Pneumocistose. O paciente fez um Rx normal, então valeria a pena uma TC de tórax porque um achado clássico é o achado de vidro fosco. A pneumocistose o paciente tem uma exuberância de sintomas com RX de tórax normal, podendo enganar ou atrasar o diagnóstico. Nesse contextopode pensar em solicitar um lavado broncoalveolar, mas não é comum na emergência. Chegou com esses sintomas tem que fazer pesquisa de BAAR para tentar o diagnóstico diferencial com tuberculose, que atualmente não é feito nem o BAAR, é o teste molecular para TB (PCR). PPD nesse caso não seria solicitado porque o PPD é para tratar tuberculose latente, sendo feito no contexto do paciente assintomático em que quer saber se já teve contato prévio. 1. Quais são suas hipóteses diagnósticas? . TB pulmonar? Quadro respiratório em paciente provavelmente imunossuprimido, é obrigatório pensar em pneumocistose. Tem que fazer o diagnóstico diferencial com tuberculose, mas tem que pensar em pneumocistose. • Sintomático respiratório:- Histoplamose? Criptococose? Coccidioidomicose?• Infecção pulmonar por fungos:- Influenza???- Pnemonia por germe atípico (Mycoplasma? Chlamydia? Legionela?)???- Agente: Pneumocystis jirovecii, fungo, mas com características de protozoários;• Aquisição geralmente na infância - Doença ocorre por nova aquisição do fungo ou por reativação. É comum no ambiente, mas não causa doença porque o linfócito T geralmente da conta; • Principal IO nos EUA, uma das principais causas de óbito em pacientes com AIDS (principalmente CD4 menor que 350); • Na era pré-TARV: 70-80% dos pacientes com SIDA desenvolviam PCP; Pneumocistose (PCP): A fase inicial é de vidro fosco, mas se não tratada ocorre a formação de cistos. - Página 7 de INFECTO Na era pré-TARV: 70-80% dos pacientes com SIDA desenvolviam PCP;• CD4< 200 céls/mm3, CD4< 14%, Carga viral elevada○ Perda ponderal, candidíase oral, pneumonias recorrentes (trata pneumonia e não melhora). ○ Fatores de risco:• Quadro subagudo (2-3 semanas) – mas pode ser um pouco mais arrastado; o Dispneia progressiva (95%) – é característica;o Febre (80-100%);o Tosse não produtiva (95%);o Desconforto torácico;o Fadiga, calafrios, perda ponderal;o 13-18% dos pacientes apresentam co-infecções (TB, SK, PNM bacteriana);o Exame pulmonar normal em 50% dos pacientes – quando se fala em RX de tórax e até mesmo de ausculta. o Manifestações clínicas:• Pensa em pneumocistose sempre que o paciente apresentar: Dispneia progressiva, febre, tosse não produtiva, desconforto torácico, com piora em dias ou semanas. É um quadro subagudo. • SMZ + TMP (TMP 15 a 20 mg/Kg/dia) dividido de 6/6h ou 8/8h por 21 dias. O tratamento de escolha é feito com bactrim ou com sulfametoxazol + trimetoprima; o Prednisona se PaO2 < 70mmHg (na gasometria arterial) – caso de hipoxemia grave.o Tratamento:• Hipóxia (pO2 < 70mmHg) gravidade; LDH aumentado (> 500mg/dL) valor prognóstico – evidencia lesão celular aguda, principalmente pulmonar; 1,3 Beta-D-glucan boa sensibilidade, mas com baixa especificidade – é uma proteína da parede celular do fungo que fecha o diagnóstico. Não é comum ser pedido; Na vida real é achado clínico e laboratorial, seria achado de hipóxia e LDH aumentado. → Clínico + achados laboratoriais – é possível encontrar presente no escarro, porém não é comum. O paciente tem clínica, e imunossupressão + achados laboratoriais, é suficiente para o diagnóstico. Achados laboratoriais: o RX (normal em 25% dos pacientes);o TC de tórax: alta sensibilidade e especificidade infiltrados em vidro fosco, regional, difuso ou com distribuição nodular; o Diagnóstico: • Obs.: Existe uma estratégia para evitar que o paciente desenvolva Pneumocistose que é feita no paciente já diagnosticado com HIV e o CD4 é menor que 200. A profilaxia primária é fazer o uso de uma medicação para evitar que ele desenvolva o quadro de pneumocistose (ele não teve). Imagem mostrando que RX de tórax pode ser normal. Página 8 de INFECTO regional, difuso ou com distribuição nodular; Patógeno não pode ser cultivado Pesquisa direta através do exame de escarro (s= 55-90%), LBA (90-100%) ou aspirado traqueal (s=90%); o PCR (sensibilidade e especificidade > 90%): não distingue colonização de infecção.o foram formados de forma disseminada e com infiltrado intersticial de vidro fosco. A grande complicação desses cistos, principalmente os subpleurais é o pneumotórax. 2. Qual o tratamento? SMX-TMP 15-20mg de TMP/kg/d 6/6 ou 8/8hs por 21 dias.• 1ª linha: - Clindamicina + Primaquina;• Dapsona + Trimetoprim.• Alternativas: pacientes com quadro de hipersensibilidade- Prednisona 40mg de 12/12hs nos primeiros 5 dias, com redução progressiva (40mg de 24/24h do 6°-10° dia e depois 20mg 24/24h do 11°-21° dia) • Corticóide: recomendado para doença moderada a grave e pO2 <70mmHg. Recomendado para pacientes hipoxêmicos graves - TARV pode e deve ser iniciada após 2 semanas de tratamento. Isso porque os pacientes podem apresentar uma síndrome de reconstituição imune, que é o aquele paciente com CD4 muito baixo, então o paciente pode piorar se inicia a TARV junto com o tratamento da pneumocistose. - RX com hipotransparência normal Tomografia com os achados de vidro fosco. Lembrar que na TC o ar fica preto. Vidro fosco é diferente de consolidação, sendo um achado típico de acometimento intersticial. A inflamação que significa o vidro fosco. Imagens de um paciente com pneumocistose mais avançada, mais grave. A RX de tórax já apresenta alterações importante, enquanto que a TC já é possível ver os cistos que Página 9 de INFECTO pneumocistose. Obs.: pneumocistose é mais raro de causar síndrome de reconstituição imune, sendo mais comum em tuberculose e Criptococose. 3. Existe profilaxia? • CD4 < 200 ou doença definidora de AIDS – não teve ainda o quadro de pneumocistose. Nesse caso (CD4<200) é recomendado o uso de 2 comprimidos de Bactrim por dia. Nessa fase de profilaxia primária também se faz proteção cruzada para Toxoplasmose. - Profilaxia primária: - • História prévia de PCP feito por 3 a 6 meses após os 21 dias de tratamento, fazendo uso de 2 comprimidos de Bactrim por dia. Profilaxia secundária: paciente teve um episódio de Pneumocistose HIV quadro respiratório: • Quadro clínico clássico; • Leucocitose com desvio (ou não se atípico); • PCR aumentado (ou nem tanto se atípico); • Consolidação ou infiltrado intersticial, com ou sem derrame. - PNM: muito frequente. • Dispneia progressiva, tosse seca, febre baixa; • Sem leucocitose, linfopenia (CD4< 200 = Global de linfócitos < 1000); • PCR pouco aumentado; • Hipoxemia; • LDH bem aumentado; • Tratamento com sulfametoxazol + trimetoprim. - Pneumocistose: • Quadro clínico clássico; • Nem sempre cavitado (se CD4 baixo não cavita). - Tuberculose: quadro respiratório tem que afastar TB independente do CD4 Caso clínico 3: • Masculino, 55 anos, negro, natural de Carandaí. Viúvo, com 6 filhos. Trabalhava como caminhoneiro, há 5 anos vive de um pequeno comércio em sua cidade. - IDENTIFICAÇÃO: - QUEIXA PRINCIPAL: "Perda do jogo na perna direita." • Paciente foi levado ao pronto socorro de sua cidade com déficit neurológico súbito (hemipareia em membro inferior direito). Sem alteração do nível de consciência – descarta meningite. Atendido e suspeitado inicialmente de um AVEi, internado na sua cidade, iniciado AAS, estatina e anti-hipertensivo. Não foi feita TC de crânio por não ter em sua cidade. Contudo durante internação evoluiu com piora neurológica e rebaixamento do sensório. Passada SNE (sonda nasoentérica) e solicitada transferência para serviço que pudesse realizar TC de crânio e avaliação neurológica. - HMA: - REVISÃO DE SISTEMAS: A filha relatou que nas últimas semanas o pai vinha queixando de cefaleia discreta e persistente e ela mesma já havia percebido que ela estava deambulando com dificuldade (já estava com dificuldade de manter a marcha). HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: Página 10 de INFECTO • Tabagismo e etilismo desde 15 anos de idade. Hipertenso, obeso e dislipidêmico sem tratamento adequado – pacote completo favorecendoquadro tromboembólico. Nenhuma cirurgia prévia. - HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: • Regular estado geral, sonolento, com Glasgow 10/15 (AO=02 RV=03 RM=05). TA: 36,0C. FC: 88bpm PA150/90mmHg FR: 28mrpm. Estável do ponto de vista hemodinâmico; Saturação periférica de oxigênio = 98%; AP: roncos difusos bilaterais; ACV: BNF, 2T, RR, Sem sopro; • Abdome: Ruídos hidroaéreos presentes, flácido, depressível, indolor, sem massas palpáveis. Após internação no hospital de referência fez TCC e foi avaliado pelo residente da neurologia que identificou lesão expansiva com captação anelar de contraste em região de núcleos da base à esquerda – toxoplasmose, neoplasia primária do SNC ou linfoma. Conversou a filha do paciente que estava o acompanhando e disse que a principal suspeita era um tumor do sistema nervoso central e que ele iria discutir com o neurocirurgião a possibilidade de uma abordagem cirúrgica. - EXAME FÍSICO: Discussão: Poderia ser solicitado: (1) sorologia – para toxoplasmose. Se o paciente não tiver IgG para toxoplasmose significa que ele nunca teve contato, ou seja, aquela lesão não é toxoplasmose. Se o teste é positivo não quer dizer nada, pode ser toxoplasmose, assim como também pode não ser. (2) Líquor – porém, se tem uma lesão expansiva cerebral tem que ter muita atenção se o paciente apresenta alguns sinais que pode ter herniação: edema cerebral e desvio de linha média. (3) sorologia de HIV, que se positivo pode iniciar o tratamento para toxoplasmose. (4) biópsia estereotáctica – pode achar o toxoplasma. 1. Você teria outra(s) hipótese(s) diagnóstica(s)? - Abcesso cerebral? Paracococcidiodomicose?? Nocardiose?? Criptococoma?? Tuberculoma??? Toxoplasmose? • Agente: Toxoplasma gondii; • Infecção ocorre quase que exclusivamente por reativação de infecção latente – por isso IgG é muito importante; • Soroprevalência nos EUA: 11% X América Latina e África 50-80%; • Mais comum quando CD4 < 100 cel/mm3, mas pode acontecer quando CD4 > 200 céls/mm3; • ○ Cefaleia, confusão, fraqueza motora (importante porque a toxoplasmose tem predileção pelos núcleos da base), febre; ○ Exame físico: déficits focais; ○ Se não tratada: evoluiu progressivamente com rebaixamento do sensório convulsões, estupor e evoluir para coma. Manifestações Clínicas: • TC de crânio e RNM são exames padrão ouro no diagnóstico: lesões em substância cinzenta ou gânglios da base, com captação anelar de contraste. - Neurotoxoplasmose: Na ressonância é mais fácil observar a lesão do que na tomografia. Ressonância da imagem é bem figura de livro: apresenta lesão Página 11 de INFECTO Lembrar então que, exame de imagem é muito importante nesses casos. • ○ Quadro clínico + Exame de imagem sugestivo; ○ Sorologia (IgG) para toxoplasma (ajudam pouco, pode estar negativo na imunodepressão avançada – paciente com menos de 50 de CD4) – 95% dos casos se a sorologia para toxoplasmose for negativa exclui do diagnóstico; ○ LCR (pleocitose mononuclear moderada, elevação de proteínas e glicorraquia normal ou diminuida). Sorologia para toxoplasmose no LCR ou PCR no LCR (muito específico, porém pouco sensível) – a realidade não é essa, a realidade é fazer o exame de imagem e o tratamento empírico; ○ Fundo de olho coriorretinite em 50% dos pacientes. Diagnóstico: • ○ Linfoma do SNC, LEMP, tuberculoma, criptococoma, abscesso cerebral. Diagnóstico diferencial: Obs.: 3 indicações do tratamento de toxoplasmose no imunossuprimido: HIV, gestante e toxoplasmose ocular. 2. Qual seria o tratamento? • Sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico (para diminuir a mielotoxicidade da pirimetamina) por 6 a 8 semanas com controle clínico e radiológico. - Primeira escolha: Clindamicina + pirimetamina + ácido folínico; - Alternativas: Na ressonância é mais fácil observar a lesão do que na tomografia. Ressonância da imagem é bem figura de livro: apresenta lesão expansiva cerebral, circunscrita, com captação anelar de contraste. Pode ter outra doença oportunista, e, para fazer o líquor tem que avaliar se tem desvio de linha média, se tem edema cerebral. Na TC é importante ter um olhar mais aguçado, pois a lesão pode aparecer apenas borrada, sem contraste vê mais edema do que tudo, podendo confundir com um caso de AVC. Porém, quando faz o contraste é possível ver a captação anelar. Lesão com captação de contraste anelar, porém nesse caso tem a presença de edema cerebral importante com acometimento de linha média. Página 12 de INFECTO • Clindamicina + pirimetamina + ácido folínico; • SMT+TMP. 3. Existe profilaxia medicamentosa? • CD4 < 100 céls/mm3 e IgG positivo para toxoplasmose – profilaxia feita com o Bactrim que o paciente já está usando quando o CD4 menor que 100 para pneumocistose; • SMT+TMP (400/80mg): 2CP/dia. - Profilaxia primária: • História prévia de NTX; • Sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico (em doses menores); • Até CD4> 200 céls/mm3 por mais de 6 meses e sem novos sintomas. - Profilaxia secundária: Obs.: Quanto menor o CD4 maior a chance de doenças oportunistas, então a profilaxia é feita pensando nisso. HIV quadro neurológico: • Déficit neurológico focal (geralmente lesão de núcleo da base = deficit motor); • Pode ter febre, mas não é comum; • Pode ter rebaixamento de sensório – paciente não tratado; • Pode ter convulsão – paciente não tratado; • TCC: lesões expansivas com edema perilesional, múltiplas, com capitação de contraste perilesional (anelar, ovo); • Sulfadiazina + pirimetamina + ácido folinico. - Neurotoxoplasmose: • Cefaleia intensa, rebaixamento do sensório, Sinais meníngeos; • Quadro de meningite fúngica (sub aguda) – pode fazer a imagem e ter TC e RM normal, sendo necessário fazer o líquor e medir a pressão de abertura que vai ter de 80/50 (Pressão de abertura muito alta) Síndrome de Hipertensão Intracraniana. SHIC com meningite em um contexto de imunossupressão até que prove o contrário é neurocriptococose que é uma doença extremamente grave, com tratamento tóxico e demorado. É realizada drenagem diária em punção lombar; • Faz profilaxia primária com CD4 menor que 100, mas precisa saber se o paciente tem contato com a Criptococose. - Criptococose (meningite criptococcica): - Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva (LEMP): acometimento da substância branca, tem uma desmielinização. Paciente tem um quadro semelhante a esclerose múltipla com demência e déficit neurológico e motor. Não tem tratamento, o tratamento aqui é apenas terapia antirretroviral (TARV). Obs.: lembrar que no HIV a tuberculose ganglionar é a principal manifestação extrapulmonar. Obs.: Micobacteriose Atípica - Também é uma microbactéria muito frequente no contexto de CD4 < 50 (imunossuprimido grave). Tem como manifestação mais comum a diarreia, anemia e alteração das transaminases. Doença pelo Citomegalovírus (CMV): É uma doença de acometimento importante no paciente imunossuprimido, principalmente: encefalite, enterite com manifestações de úlcera no TGI e retinite (hemorragia em ketchup é patognomônica de CMV). Paciente pode ficar muito tempo indo no oftalmologista que observa hemorragia na retina, mas não faz o diagnóstico. Nesse Página 13 de INFECTO indo no oftalmologista que observa hemorragia na retina, mas não faz o diagnóstico. Nesse caso é importante fazer o diagnóstico de CMV e pesquisar HIV. • Citomegalovírus, vírus DNA, da família do herpes vírus. - Agente: - Maioria dos casos ocorre por reativação em pessoas previamente expostas ao vírus (soropositivas, 40-100% da população é +); - Se apresenta principalmente por acometimento da retina e/ou TGI, SNC. Atenção para o paciente que tem déficit neurológico e cognitivo, com rebaixamento de sensório. E, nesse caso, a única forma de diagnóstico é fazendo a punção do líquor. Encefalite e retinite são acometimentos muito graves no CMV; - Antes do uso de TARV, 30% dos pacientescom SIDA desenvolviam retinite por CMV - Manifestações Clínicas: • Manifestação mais comum (60-70% nos pacientes com CD4< 50 células); • 2/3 dos casos é unilateral; • 15% podem ser assintomáticos; • Escotomas, redução da acuidade visual, perda súbita da visão; • Sem tratamento lesão evolui progressivamente para cegueira; ○ Clínico; ○ Exame oftalmológico – não precisa de exame sorológico. Hemorragia em Katchupe • Diagnóstico: 1. Retinite: ○ 5-10% dos casos; ○ Perda de peso, anorexia, dor abdominal, diarreia, hemorragia, perfuração. • Colite: ○ Odinofagia, desconforto e dor retroesternal, náuseas, febre; ○ Acometimento do esôfago distal. • Esôfago: ○ Clínico; ○ EDA /Colonoscopia: ulcerações; ○ Anátomo-Patológico: células com corpos de inclusão intra-nuclear). • Diagnóstico 2. Doença no aparelho digestivo: Pode manifestar com sangramento no TGI, como por exemplo apresentar melena. Paciente pode também apresentar emagrecimento. - Acometimento do SNC - Diagnóstico diferencial: Página 14 de INFECTO Lembrar que a própria infecção pelo HIV pode causar lesão no SNC, podendo causar uma encefalopatia e o que ajuda é a TARV. TB pode dar em qualquer lugar, paciente pode ter muita inflamação na base do crânio, diagnóstico muito auxiliado com o líquor que tem glicose muito baixa e proteína elevada. • Ganciclovir 5mg/kg de 12/12h por 14-21 dias – é um tipo de herpes vírus e esse é o único medicamento que trata. - Tratamento: - • Profilaxia primária: Não! ○ Até CD4> 100 por pelo menos 3- 6 meses; ○ Ganciclovir 5mg/kg/dia ou Foscarnet 90mg/kg/dia • Profilaxia secundária: para retinite e encefalite, para enterite não Profilaxia: Paciente com HIV, a principal manifestação clínica de imunossupressão é a diarreia. É o paciente que chega com episódios de 3 a 4 vezes, persistente por uns 5 meses, que já fez tratamento para parasitose que não melhorou, fez tratamento para diarreia bacteriana e também não melhorou. Muitas vezes são parasitas que não são os frequentes, podendo ser: Criptosporidiose; Microsporidiose; Isosporidiose; MAC; CMV. Nesse caso a doença que causa mais essa manifestação sindrômica é a diarreia do imunossuprimido, sendo o criptosporidium o principal causador. Criptosporidiose: • Cryptosporidium hominis, Cryptosporidium parvum, Cryptosporidium meleagridis. - Agentes: - Causa importante de diarreia crônica em pacientes com SIDA; • Ocorre pela ingestão de oocistos ou por contato pessoa-pessoa (HSH) – principalmente sexo anal. - Infecção: • Diarreia aquosa (poucos a vários episódios) associada a náuseas, vômitos, dor abdominal. Lembrar de fazer o DF com HIV paciente que tem diarreia crônica; Febre e síndrome de má absorção em casos graves; - Manifestações clínicas: Página 15 de INFECTO • Febre e síndrome de má absorção em casos graves; • Colangite e pancreatite por invasão do protozoário. Obs.: EPF (com pesquisa de Isospora, Criptosporidium e Mycrosporidium) nem sempre vai achar o causador. • Nitazoxanida 500-1000mg 12/12h por 15 dias - Muitas vezes o tratamento vai ser empírico, tem um quadro de diarreia, fez o teste e deu HIV, tem que tratar criptosporidiase tratando com annita; • Suporte clínico: hidratação, correção DHE (distúrbio hidroeletrolítico); • Antirretrovirais. - Tratamento: - • Prevenção: Uso de TARV; • Profilaxia secundária: Não há! Profilaxia: Página 16 de INFECTO
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