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4 febre amarela pdf

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ASPECTOS GERAIS: 
• A doença é de notificação compulsória e imediata 
• Doença infecciosa febril aguda. 
• Doença de regiões tropicais. 
• Grande número de mortes entre século XVIII e início 
século XX. 
• Partículas virais instáveis no meio ambiente → muitas 
vezes mesmo tendo a doença circulante, pode ter 
mais ou menos casos devido as condições ambientais 
• Provável origem da África. 
• Tem dois ciclos: ciclo urbano (que não tem no Brasil - 
felizmente) e ciclo silvestre (endêmica no brasil) → 
homem adentra a mata na qual tem o vetor infectado, 
que pica o homem e transmite a doença 
• Manutenção da doença: transmissão entre primatas 
não humanos e mosquitos silvestres arbóreos 
• Morte dos primatas: “evento sentinela” → é a morte 
dos macacos (primatas não humanos), pois no meio 
silvestre o macaco é o grande reservatório do vírus da 
FA → pode ser que naquela região tenha surto e 
propagação da doença → se a morte dos macacos for 
ocasionada por FA, a região tem que ser monitorada 
→ é um ponto de alarme para a vigilância 
• Período de incubação: média 3 a 6 dias (até 10 a 15 
dias). 
• Transmissibilidade: 24 - 48h antes até 3 - 5 dias após 
início dos sintomas → depende do mosquito infectado 
6 - 8 semanas 
EPIDEMIOLOGIA: 
• 200.000 casos anuais (OMS) – 90% África. 
• Estimativa de que em torno de 840.000 a 1.700.000 se 
infectem anualmente na África (isso não quer dizer 
que vão desenvolver a doença); Dentre esses, só 
170.000 vão desenvolver a doença; 29.000 a 60.000 
óbitos. 
• Brasil: ↑ casos de Janeiro à Março (meses chuvosos, 
primeiros meses do ano), devido a maior proliferação 
do vetor. 
 
São Paulo:2018: 504 casos confirmados / 176 óbitos (36% 
letalidade) → observe as semanas epidemiológicas e como o 
número é maior nos meses chuvosos 
 
2019 (janeiro a 15/03/2019): 215 notificações; com 
letalidade de 19,3%; → apesar de oscilar um pouco, a 
letalidade da FA é extremamente alta 
EPIDEMIOLOGIA ( JULHO 2019 – JANEIRO 2020) 
• 327 casos humanos suspeitos e 1 óbito (Pará). 
• Sudeste: 188 casos suspeitos (São Paulo 144 casos e 
descartados 117). 
 
Lista de municípios afetados durante o monitoramento 
2019/2020, Brasil → a imensa maioria dos casos são oriundas 
do estado de são paulo. Atibaia, itupeva e serra negra (regiões 
que mais tiveram casos de FA, devido ao fato de serem regiões 
com alto número de primatas não humanos) 
ETIOLOGIA 
• Vírus de RNA 
• Gênero: Flavivirus 
• Família: Flaviviridae 
• Arbovírus do grupo B 
VETORES 
 
Aedes aegypti
haemagogus 
janthinomys sabethes sp.
• Aedes aegypti: vetor no ciclo urbano → mas no brasil 
isso não ocorre 
• O haemogogus e o sabethes → ciclo silvestre → são os 
principais 
 
PATOGENIA 
Penetração do vírus através da pele pela picada do 
moscquito infectado → replicação local → nodulos 
linfáticos regionais → corrente sanguínea → fígado, rins, 
medula óssea, coração, SNC, pâncreas, baço e linfonodos 
→ replicação no orgão alvo com posterior necrose 
(observe que existe um comprometimento sistêmico 
geral, na qual as manifestações clínicas serão de acordo 
com a gravidade da doença) 
ASPECTOS CLÍNICOS 
• Quadro espectral → espectro grande de sinais e 
sintomas 
• Icterícia + doença febril aguda → ficar atento 
• ˃ 90% oligossintomáticos 
• Maior gravidade → crianças e idosos (até 50%). 
QUADRO CLÁSSICO: 1ª FASE VIREMIA (20 – 30%) 
= febre alta, cefaleia intensa, inapetência, 
náuseas, mialgia, vômitos, prostração, “sinal de 
Faget” (quando temos febre no organismo, temos 
taquicardia reflexa, no sinal de faget – que não é 
patognomônico – o paciente tem hipertermia 
com bradicardia – chamada de dissociação 
pulsotemperatura) 
• 2ª FASE (2 a 3 dias) → melhora dos sintomas com 
resolução OU 
• 3ª FASE (15 - 60%) piora dos sintomas com icterícia, 
hemorragias e letargia (↓ viremia / ↑ anticorpos) → 
choque, miocardite viral e IRA. 
• Óbito: normalmente de 7 a 10 dias após a icterícia 
(20-50%). 
 
 
• Forma leve: viremia apenas, com pequenas alterações 
laboratoriais 
• Forma grave: tem todos os sintomas + manifestações 
clínicas indicativas de gravidade (icterícia intensa, 
manifestações hemorrágicas, oligúria e até 
diminuição da consciência) 
• Maligna: todos os sintomas clássicos da forma grave 
intensifcados, casos em que você não consegue 
segurar o paciente com tratamento e suporte clínico, 
o paciente evolui discrasias sanguíneas, em especial, 
evoluindo com CIVD (coagulação intravascular 
disseminada) 
SINAIS DE ALERTA 
 
*Importante, predomínio da TGO sobre a TGP → o que 
difere das hepatites padrões, pois normalmente a TGP se 
sobrepõe aos valores da TGO 
*Creatinina elevada traduzindo disfunção renal 
*Coagulograma alterado já nos dá um sinal de alerta para 
esse paciente não desenvolver CIVD 
 
 
 
90% dos pacientes ou tem sintomas muito brandos (nem 
procurando atendimento) ou são ologiossintomáticos. 
CASO SUSPEITO: 
• Indivíduo proveniente de áreas endêmicas ou rurais e 
silvestres. 
• Até 7 dias de febre aferida ou referida. 
• 2 ou + sintomas: cefaleia supraorbital intensa, mialgia, 
mal estar geral, calafrios, náuseas ou vômitos, icterícia 
com ou sem manifestações hemorrágicas. 
• Sem comprovação de vacinação ou vacinação a 
menos de 30 dias 
*Mesmo você tendo um caso de icterícia e febre súbita de 
até 7 dias, deve sempre suspeitar de FA, independente do 
estado de situação vacinal! 
*Normalmente na dengue não tem a icterícia (pode ter, 
mas normalmente não tem), na FA o que chama atenção 
é o quadro febril agudo de até 7 dias associado a icterícia 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
• Hepatites viais 
• Leptospirose 
• Septicemias 
• Dengue hemorrágica (hoje se fala dengue grave) 
• Febres hemorrágicas virais 
• Febre tifóide 
• Malária (P. falciparum) 
• Febre amarela 
*Normalmente a FA é muito alta e sempre presente; atentar 
para a coloração dos olhos com icterícia (que é raro em dengue 
e chikungunya) 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ESPECÍFICO: 
 
*HMG, função hepática, função renal, função pancreática... ou 
seja, faço um exame completo. Mas para diagnóstico específico 
temos: isolamento viral (mas geralmente os pacientes procuram 
atendimento na 2ª ou 3ª fase da doença), além disso, podemos 
fazer PCR e sorologia. Na prática clínica o que fazemos é a 
sorologia (coletar sempre amostras pareadas, a primeira após 
5º dia e a segunda após 14ª dia, na qual vou tentar detectar o 
IgM). Também podemos realizar a imuno-histoquímica, que 
detecta a presença de partículas dos antíngenos nos tecidos 
*Uma característica da FA é que o IgM pode perdurar por até 3 
meses 
*Na imunihistoquímica geralmente usa-se o fígado para análise 
TRATAMENTO: 
• Sintomáticos. 
• Hidratação: 
 
➔ ORAL (leves e moderados) = 60 mL/Kg/dia, podendo 
ser apenas com solução salina ou 1/3 inicial com 
solução salina e os 2/3 restantes com líquidos caseiros 
(água, sucos, chá etc.) – sempre ficar em observação 
➔ PARENTERAL (oliguria, taquicardia, taquipneia, 
↓consciência, vômitos persistentes, pulso filiforme , 
PA convergente) = 20 ml/Kg (manter diurese 
0,5ml/Kg/h) na primeira hora e reavaliação intensiva 
de PA, FC e diurese. Avaliar necessidade de alterar o 
volume de acordo com esses parâmetros – 
internamos esse paciente e se necessário, colocamos 
até em UTI – a reavalição desse paciente deve ser 
frequênte 
*Basicamente esses pacientes que chegam com quadro 
graves de febre amarela, você não consegue excluir a 
possibilidade de septicemia, então na prática, geralmente 
já faz 30 mg/kg na primeira hora (claro que você vai 
observar se esse paciente tolera volume) 
*Tentamos corrigir desidratação e evitar disfunção de 
orgãos
*Observe que o paciente que 
tem suspeita clínica de FA: 
não devemos nos basear se 
tem vacinação ou não 
(porque as vezes pode fugir 
da regra). Lógica que a 
eficácia da vacinaé alta, 
mas pode ter casos que são 
excessões e fogem da regra! 
Tem quadro febril agudo, 
tem vacinação ou não, febre 
de início de até 7 dias, que 
vêm de área endêmica ou 
não, com ou sem 
manifestações 
hemorrágicas → você 
suspeita! 
 
PROFILAXIA: 
• Imunização: a partir 9 meses, vírus atenuado 
• Dose única, imunidade 95% 7-10 dias e 99% 30 dias → 
por isso que quem vai viajar para áreas endêmicas 
tem que se vacinar 30 dias antes 
• Contra indicações: relativa ˂ 60 anos 
• Contra indicações absolutas: ˂ 6 meses, gestantes, 
alérgicos a ovo, imunossuprimidos. 
• Controle de vetores. 
• Identificação de surtos. 
Apesar da vacina ser extremamente eficaz, é uma das 
vacinas com maior potencial de efeitos colaterais. Por isso 
que tem restrição! Existe chance do paciente fazer febre 
amarela por reação vacinal

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