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Biomecanica_da_Coluna_Vertebral

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A N D R É A L B U Q U E R Q U E
LIVE-BOOK
BIOMECÂNICA DA COLUNA VERTEBRAL:
Dicas de fortalecimento seguro e tratamento dessa articulação
WWW.ANDREALBUQUERQUEOFICIAL.COM.BR
http://www.andrealbuquerqueoficial.com.br/
Mestre em Educação F ís ica
(B iomecânica ) pe la Univers idade
Federa l do Paraná, Coordenador
nac ional de Pós Graduações . 
Docente de cursos em mais de
40 c idades pe lo Bras i l e
exter ior . Mais de 3 .200 a lunos
formados. Personal Tra iner há
mais de 12 anos .
+ 120 mi l seguidores no
Instagram
https://www.instagram.com/andrealbuquerque_biomekhane/
https://www.instagram.com/andrealbuquerque_biomekhane/
http://www.andrealbuquerqueoficial.com.br/
https://www.youtube.com/channel/UCjnOtsmVOZZJz1OqM5TBbPA
http://www.andrealbuquerqueoficial.com.br/
https://www.youtube.com/channel/UCjnOtsmVOZZJz1OqM5TBbPA
ESTRUTURA FUNCIONAL DA
COLUNA VERTEBRAL
Nossa coluna possui uma estrutura que
permite sua estabilização enquanto a força é
transmitida para membros superiores e
inferiores, mas também possui características
que permitem sua mobilização em todos os
três planos do espaço. Ambas possibilidades
são fundamentais para gerar segurança ou
movimento da coluna em atividades funcionais
para nosso dia a dia
03
S E E O U R S I T E F O R M O R E F A C T S
04
Flexão lateral para a direita e para a esquerda
Como o movimento entre vértebras adjacentes é pequeno,
os movimentos feitos pela coluna quase sempre envolvem
vários segmentos. Esses movimentos são restringidos pela
força dos músculos do Core ou das estruturas anatômicas
que variam ao longo das regiões lombar, torácica e cervical
da coluna vertebral. 
Durante a prática de exercícios físicos, um detalhe
primordial que deve ser levado em consideração é que os
discos intervertebrais possuem características que
promovem melhor absorção das cargas impostas quando a
estrutura óssea (vértebras) está em posição neutra ou
respeitando as curvaturas fisiológicas naturais da coluna
como na imagem ao lado.
0505
Isso quer dizer que quando ela está fletida, estendida ou
rodada é interessante evitar qualquer tipo de exercício
que promova sobrecarga intensa ou repetitiva na
estrutura da coluna. 
Nessa situação, é comum receber a pergunta: mas qual é
a intensidade que devo evitar? Os parâmetros de intenso
ou de números de repetições para cada indivíduo são
extremamente difíceis de serem determinados, pois são
inúmeras as variáveis que aumentam ou diminuem o risco
de uma futura lesão como a genética, atividade laboral,
lesões anteriores, etc. Entretanto, sabemos que
movimentos repetidos muitas vezes e com baixa
sobrecarga foram suficientes para promover 60% de
hérnia de disco entre vértebras estudadas (Marshall e
McGill, 2010).
06
http://www.biomekhane.com.br/marshall-et-al-2010-the-role-of-axial-torque-in-disc-herniation/
Considerando isso, a consciência e responsabilidade do
profissional da saúde em relação à correção e proteção da
estrutura da coluna do seu cliente deve ser habitual e em
todos os exercícios. A impossibilidade de visualizar
constantemente a real situação das vértebras e discos
intervertebrais dos alunos nos faz muitas vezes
negligenciar alguns cuidados no treinamento. Entender que
os discos não possuem inervação na sua ampla estrutura e,
portanto, não poderão alertar os seus desgastes contínuos
ao longo do tempo ou por exercícios inapropriados fará
com que o profissional seja mais prudente e cuidadoso na
orientação dos exercícios físicos. 
07
Se os discos intervertebrais não podem alertar através da
sensação de dor que estão se degenerando com as
posturas ou exercícios inadequados que estamos
realizando, quando a dor aparecer significará que já há
um dano maior na estrutura que muitas vezes é
irreversível devido a dificuldade de regeneração desses
tecidos cartilaginosos.
08
12
C o m o f o r t a l e c i m e n t o d o s m ú s c u l o s d o C o r e , s o m o s c a p a z e s d e g e r a r
e s t a b i l i d a d e e m o b i l i d a d e s a u d á v e l p a r a a a r t i c u l a ç ã o d a c o l u n a . A
e s t a b i l i z a ç ã o é i m p o r t a n t e q u a n d o s o b r e c a r g a s c o m p r e s s i v a s , t e n s i v a s ,
r o t a c i o n a i s o u d e c i s a l h a m e n t o s ã o i m p o s t a s a e s t r u t u r a d a c o l u n a e o s
m ú s c u l o s q u e a e s t a b i l i z a m t ê m o p a p e l d e s u p o r t a r e s s a s c a r g a s
m a n t e n d o a e s t r u t u r a e m s e g u r a n ç a .  
09
FUNÇÕES DO CORE:
Estabilização e mobilização
Para isso a manutenção da postura neutra da coluna é
fundamental, pois os discos intervertebrais suportam
mais carga sem serem danificados quando a coluna está
com suas curvaturas fisiológicas preservadas e com
baixa carga axial (WIKE et al., 1999). No vídeo abaixo o Dr.
Stuart McGill, professor de Biomecânica da Coluna na
Universidade de Waterloo e autor de muitos artigos
sobre a saúde dessa articulação, apresenta 4 exercícios
que considera muito bons em relação a preservação da
coluna e fortalecimento do Core. 
10
http://www.biomekhane.com.br/wilke-et-al-1999-new-in-vivo-measurements-of-pressures-in-the-intervertebral-disc-in-daily-life/
https://www.youtube.com/watch?v=zEvy5CCvNLA
04. CONDROMALÁCIA
E SÍNDROME DA DOR
PATELOFEMORAL
Muitas vezes esses dois termos são
associados e confundidos entre os
profissionais, porém vamos esclarecer
quais são as diferenças. 
1411
P a r a m a n t e r a e s t a b i l i d a d e d a
c o l u n a , p r i n c i p a l e m t n e e m
e x e r c í c i o s i n t e n s o s , u m a “ c a i x a
d e c o n t e n ç ã o ” d e v e s e r c r i a d a
a p a r t i r d o s m ú s c u l o s q u e
e n v o l v e m e s s a e s t r u t u r a . M u i t a s
t é c n i c a s p o d e m s e r u t i l i z a d a s e
e m e s p e c i a l u m a t é c n i c a
c h a m a d a B r a c i n g t e m s e
d e s t a c a d o ( V e r a - G a r c i a e t a l . ,
2 0 0 7 ) . O B r a c i n g é u m a t é c n i c a
p a r a c o n t r a ç ã o d e v á r i o s
m ú s c u l o s a o r e d o r d o C o r e e
c o n s e q u e n t e e s t a b i l i z a ç ã o d a
c o l u n a  
http://www.biomekhane.com.br/vera-garcia-2007-effects-of-abdominal-stabilization-among-bracing-and-hollowing/
Essa contração, apesar de gerar uma leve
carga compressiva na coluna (Vera-
Garcia et al., 2006) é capaz de gerar uma
co-contração nos músculos da região
lombar, aumentar a estabilidade do
tronco e reduzir o deslocamento da
coluna lombar em situações de rápida
contração/perturbação, como em um
empurrão por exemplo.
É importante destacarmos os principais
músculos que fazem essa estabilização e
quais são as dicas que o profissional da
saúde pode oferecer aos clientes para
solicitar a manobra de Bracing. 
12
http://www.biomekhane.com.br/vera-garcia-2006-effects-of-different-levels-of-torso-coactivation-on-trunk-muscular-and-kinematic-responses-to-po/
COMUMENTE, PROFISSIONAIS SOLICITAM AOS SEUS
ALUNOS PARA “CONTRAÍREM O ABDÔMEN” , MAS SERÁ
QUE ESSA FRASE É SUFICIENTE PARA GARANTIR UM BOM
BRACING ABDOMINAL E CONSEQUENTEMENTE UM
AUMENTO DA SEGURANÇA PARA A COLUNA? QUAL SÃO
OS MÚSCULOS QUE SEU CLIENTE CONTRAI QUANDO É
SOLICITADO APENAS PARA ELE “CONTRAIR O
ABDÔMEN”?
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PERGUNTAS DE DIFÍCIL RESPOSTA, POIS ESSA É UMA SOLICITAÇÃO MUITO
ABRANGENTE E DE DIFÍCIL ENTENDIMENTO PARA A MAIOR PARTE DOS
NOSSOS CLIENTES. COMO EXISTEM MUITOS MÚSCULOS NA REGIÃO DO
ABDÔMEN, VÁRIOS PODEM SER OS MOVIMENTOS APÓS O COMANDO DE
CONTRAÇÃO DESSA REGIÃO. ASSIM, VAMOS IDENTIFICAR OS PRINCIPAIS
MÚSCULOS E COMANDOS QUE O PROFISSIONAL PODERÁ OFERECER AOS
ALUNOS PARA GARANTIR UMA BOA MANOBRA DE BRACING ABDOMINAL E
GARANTIR A SAÚDE DA COLUNA.
14
27
L e m b r e - s e q u e o B r a c i n g
A b d o m i n a l é u m a t é c n i c a p a r a
c o n t r a ç ã o d e v á r i o s m ú s c u l o s a o
r e d o r d o C o r e ec o n s e q u e n t e
e s t a b i l i z a ç ã o d a c o l u n a e ,
p o r t a n t o , d u r a n t e a u t i l i z a ç ã o
d e s s a t é c n i c a a c o l u n a d e v e
p e r m a n e c e r n e u t r a e s e m
m o v i m e n t o . A s d i c a s e “ i m a g e n s ”
d a d a s a b a i x o p a r a c a d a g r u p o
m u s c u l a r s ã o ó t i m a s p a r a a
f a c i l i t a ç ã o d o a p r e n d i z a d o e
e n t e n d i m e n t o d o s m ú s c u l o s a
s e r e m c o n t r a í d o s .  
15
BRACING
ABDOMINAL 
FORTALECIMENTO
SEGURO DURANTE OS
EXERCÍCIOS
28
C o m o s u a o r i g e m e i n s e r ç ã o e s t á n o p ú b i s e
c a r t i l a g e n s c o s t a i s / p r o c e s s o x i f ó i d e
r e s p e c t i v a m e n t e , a i n t e n ç ã o d e c o n t r a ç ã o d o
r e t o a b d o m i n a l , q u a n d o o c o r p o e s t i v e r e m
d e c ú b i t o d o r s a l o u e m p é , s e r á d e f l e x ã o d a
c o l u n a . D e s s a f o r m a , s o l i c i t a r a o c l i e n t e q u e
e l e i n t e n c i o n e a p r o x i m a r a s c o s t e l a s d o p ú b i s
o u t e n t e “ d e r r e t e r ” o u “ m u r c h a r ” a s c o s t e l a s
p a r a a r e g i ã o a b d o m i n a l o e s t i m u l a r á p a r a
u m a c o n t r a ç ã o e f i c i e n t e d e s s e m ú s c u l o .
L e m b r e - s e , e s t a m o s f a l a n d o d e u m a i n t e n ç ã o
d e c o n t r a ç ã o e , p o r t a n t o , n ã o é p a r a o n o s s o
c l i e n t e f l e t i r a c o l u n a e s i m c o n t r a i r o r e t o d o
a b d ô m e n , g e r a n d o t e n s ã o n e s s e m ú s c u l o s e m
m o v i m e n t o n a a r t i c u l a ç ã o v e r t e b r a l .  
C o m u m e n t e , n ó s v i s u a l i z a m o s a s ú l t i m a s
c o s t e l a s s a l i e n t e s d e a l g u n s c l i e n t e s e m
m o v i m e n t o s c o m o a g a c h a m e n t o , p r a n c h a
a b d o m i n a l , e t c . e e s s a d i c a f a r á c o m q u e a s
c o s t e l a s f i q u e m m e n o s p r o e m i n e n t e s n a
r e g i ã o d o a b d ô m e n . 16
RETO DO
ABDÔMEN 
A d i r e ç ã o d a s f i b r a s d o s o b l í q u o s i n t e r n o e
e x t e r n o s ã o , n a s u a m a i o r i a , d i a g o n a i s e m
r e l a ç ã o a o e i x o l o n g i t u d i n a l d o c o r p o e s e
p r e n d e m n a s c o s t e l a s e c r i s t a i l í a c a . E s s a
d i r e ç ã o d e f i b r a s p e r m i t e u m a r o t a ç ã o d a
c o l u n a , f l e x ã o e f l e x ã o l a t e r a l . U m a b o a d i c a
p a r a c o n t r a ç ã o d o s o b l í q u o s , m a s
p e r m a n e c e n d o c o m a c o l u n a n e u t r a é a d e
“ f e c h a r a s c o s t e l a s ” c o m o s e o a l u n o q u i s e s s e
r e d u z i r o t a m a n h o / l a r g u r a d a c a i x a t o r á c i c a .
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OBLÍQUOS 
O c o n j u n t o d e m ú s c u l o s q u e c o m p õ e m o s
e r e t o r e s d a c o l u n a n ã o p e r m i t e m q u e e l a s e j a
f l e t i d a q u a n d o o s m ú s c u l o s r e t o a b d o m i n a l e
o b l í q u o s s ã o a t i v a d o s . D e m a n e i r a i s o m é t r i c a
o s e r e t o r e s s e c o n t r a e m n o m o m e n t o q u e o s
a b d o m i n a i s t r a c i o n a m a s c o s t e l a s e m d i r e ç ã o
a p e l v e , p o i s f o r m a m o g r u p o d e m ú s c u l o s
a n t a g o n i s t a s a o m o v i m e n t o . N e s s e i n s t a n t e
e s t a r e m o s f o r m a n d o u m a p a r e d e r í g i d a d e
m ú s c u l o s p o s t e r i o r à c o l u n a e , a s s i m , j á
t e r e m o s f o r m a d o u m a c a m a d a a n t e r i o r e
p o s t e r i o r p a r a a e s t a b i l i z a ç ã o .
18
 ERETORES
DA COLUNA
ÍLIO-COSTAL
LONGUÍSSIMO
ESPINHAL
C o m o s e u p r ó p r i o n o m e d i z , o
t r a n s v e r s o d o a b d ô m e n t e m d i r e ç ã o
t r a n s v e r s a a o e i x o l o n g i t u d i n a l d o c o r p o .
C o m o s u a i n s e r ç ã o e s t á n a l i n h a a l b a , o
q u e m a i s f a c i l m e n t e é v i s u a l i z a d o n o
c o r p o d u r a n t e s u a c o n t r a ç ã o é a
a p r o x i m a ç ã o d o u m b i g o à c o l u n a .
P o r t a n t o , a m e l h o r d i c a p a r a q u e o
c l i e n t e r e a l i z e a c o n t r a ç ã o d o
t r a n s v e r s o é a s o l i c i t a ç ã o q u e s e u
u m b i g o s e j a “ p u x a d o ” p a r a d e n t r o d o
a b d ô m e n .  
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TRANSVERSO
DO ABDÔMEN 
A direção transversal desse músculo no abdômen pode ser
comparada a um outro acessório bastante uti l izado em salas de
musculação e no levantamento de peso olímpico, o chamado
cinturão ou cinto de musculação. Assim como esses cintos
recobrem a região lombar e abdominal, o músculo transverso
também possui a mesma característ ica o que mostra sua
importância para a estabil ização dessa região. Um bom
fortalecimento desse músculo permite que as atividades da
vida diária e os exercícios sejam feitos com muito mais
segurança para a região lombar e possibil ita que o cinto de
musculação seja usado remotamente, apenas em atividades
esportivas de maior r isco ou de testes de 1RM por exemplo.
20
É muito comum quando solicitamos aos nossos cl ientes a contração do abdômen que eles
realizem apenas a contração do transverso do abdômen puxando o umbigo em direção a
coluna. Essa manobra que está cada vez mais comum é interessante de ser realizada para
consciência corporal e vários outros benefícios relacionados a saúde, entretanto para a
estabil ização da coluna durante exercícios de força essa manobra deverá ser uti l izada em
conjunto com as outras contrações mencionadas anteriormente, de reto abdominal e
oblíquos. Nesse caso o umbigo não se aproxima tanto da coluna porque o músculo reto do
abdômen estará contraído, porém a associação das forças desses grupos musculares é a
que promove a maior segurança e estabil ização para a coluna vertebral .
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MEAlém do Bracing Abdominal para manutenção da coluna neutra durante os exercícios de
fortalecimento e estabil idade ( isométricos), outra maneira estudada e validada para
tratamento de dores crônicas nas costas é a sua mobil ização a partir das extensões
controladas (Lam et. al . , 2018) .
O tratamento para a coluna deve ser baseado inicialmente na mobil ização da mesma, pois
a recuperação inicial dessa art iculação consiste na mobil ização orientada e controlada.
Assim, f ica evidente a importância do profissional da saúde nesse trabalho pois, sem a
devida orientação, a mobil ização pode se tornar um risco para a piora do quadro cl ínico.
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HIPEREXTENSÕES CONTROLADAS DA COLUNA –
MOBILIZANDO COM QUALIDADE
http://www.biomekhane.com.br/lam-2018-effectiveness-of-the-mckenzie-method-of-mechanical-diagnosis-and-therapy-for-treating-low-back-pain-litera/
ME
Abaixo l istaremos alguns cuidados para a realização da hiperextensão controlada como
forma de compensação dos movimentos em flexão que adotamos em grande parte do
nosso dia a dia e como tratamento para dores lombares.
23
24
HIPEREXTENSÃO
EM DECÚBITO
VENTRAL 
1 . O a l u n o f a z u m a i n t e n ç ã o d e a p r o x i m a r a s p e r n a s ( a d u ç ã o ) c o m o f o r m a d e a t i v a r
i s o m e t r i c a m e n t e o s a n t a g o n i s t a s ( g l ú t e o m é d i o ) .
2 . T a m b é m p a r a e s t a b i l i z a r a p e l v e n o s o l o , o a l u n o é i n s t r u í d o a c o n t r a i r g l ú t e o
m á x i m o c o m a i n t e n ç ã o d e “ e s t r e i t a r ” o q u a d r i l e e m p u r r a r a s c r i s t a s i l í a c a s p a r a b a i x o
c o n t r a o s o l o .
3 . I n i c i a - s e o m o v i m e n t o d e e x t e n s ã o d a c o l u n a c o m a s m ã o s a p o i a d a s n o s o l o e
a u x i l i a n d o o m o v i m e n t o q u e d e ve r á s e r f e i t o m u i t o l e n t a m e n t e ( c e r c a d e 1 0 s n a f a s e
e x c ê n t r i c a ) .
4 . É c o m u m o a l u n o a p r o x i m a r o s o m b r o s d a s o r e l h a s e m a l p o s i c i o n a r a c e r v i c a l . O
p r o f i s s i o n a l d e v e r á i n s t r u i r p a r a q u e a s e s c á p u l a s d e s l i z e m p a r a b a i x o e q u e e x i s t a a
i n t e n ç ã o d e a l o n g a r o p e s c o ç o c o m o s e a c a b e ç a e s t i v e s s e s e n d o t r a c i o n a d a p a r a
c i m a , s e m p e r d e r a n e u t r a l i d a d e d a c e r v i c a l .
5 . O o b j e t i v o d o a l u n o é r e a l i z a r o m o v i m e n t o d e m á x i m a e x t e n s ã o d a c o l u n a , v é r t e b r a
p o r v é r t e b r a , c o m o s e e l e q u i s e s s e e n c o s t a r a c a b e ç a n a p a r t e p o s t e r i o r d a c o x a s e m
t i r a r a s c r i s t a s i l í a c a s d o c h ã o .
6 . C o m o o m o v i m e n t o é l e n t o e n e c e s s i t a d e v á r i a s o r i e n t a ç õ e s , r e a l i z á - l o e m b l o c o s
d e 6 r e p e t i ç õ e s a n t e s o u a p ó s o t r e i n o p o d e a l i v i a r b a s t a n t e o s s i n t o m a s d e d o r e s n a s
c o s t a s .
25
26
PATOLOGIAS
COMUNS NA
COLUNA
Q u a n d o o n ú c l e o p u l p o s o d o d i s c o
i n t e r v e r t e b r a l é p r e s s i o n a d o p a r a a l g u m a
e x t r e m i d a d e d o a n e l f i b r o s o , e l e p o d e
i n c e n t i v a r a d i s t e n s ã o d e s s a r e g i ã o g e r a n d o
u m a p r o t r u s ã o d i s c a l . N a p r o t r u s ã o , n ã o
o c o r r e o r o m p i m e n t o d o a n e l f i b r o s o d o d i s c o ,
m a s o a b a u l a m e n t o d e s s a e s t r u t u r a p o d e
p r e s s i o n a r a r a i z n e r v o s a o u a m e d u l a
e s p i n h a l p r o v o c a n d o d o r e s e s i n t o m a s
c a r a c t e r í s t i c o s d e c o m p r e s s ã o d e n e r v o s . O s
s i n t o m a s m a i s c o m u n s s ã o a p e r d a d e
m o v i m e n t o e / o u s e n s i b i l i d a d e , a s s o c i a d o s e
r e l a t a d o s n o s p a c i e n t e s c o m o d o r m ê n c i a ,
f r a q u e z a o u f o r m i g a m e n t o .
E v o l u t i v a m e n t e , a p r o t r u s ã o d i s c a l é u m
e s t á g i o q u e p r e c e d e a h é r n i a d e d i s c o n o
p r o c e s s o d e d e g e n e r a ç ã o d o d i s c o
i n t e r v e r t e b r a l ( f i g u r a n a p á g i n a s e g u i n t e ) .
27
 PROTUSÃO
DISCAL 
1128
P o d e m o s t e r v á r i o s t i p o s d e h é r n i a s n o c o r p o
h u m a n o , a f i n a l a p a l a v r a “ h é r n i a ” s i g n i f i c a
p r o j e ç ã o o u s a í d a d e u m ó r g ã o , p o r u m
o r i f í c i o , d a c a v i d a d e o n d e n o r m a l m e n t e e l e s e
e n c o n t r a . N o c a s o d a h é r n i a d e d i s c o ,
t r a t a m o s d a s a í d a d o n ú c l e o p u l p o s o a t r a v é s
d e u m a r u p t u r a n o â n u l o f i b r o s o , q u e s e
e s t e n d e p a r a a l é m d e s s e a n e l d e c o n t e n ç ã o .
O s l o c a i s m a i s c o m u n s o n d e o c o r r e e s s e t i p o
d e l e s ã o e s t ã o e n t r e a s v é r t e b r a s C 5 - C 6 e C 6 -
C 7 , e e n t r e a s v é r t e b r a s L 4 - L 5 e L 5 - S 1
( K E L S E Y e t a l . , 1 9 8 4 ; K E L S E Y e t a l . , 1 9 8 4
s e g u n d o a r t i g o ) . C o m o a r e g i ã o d a c o l u n a
t o r á c i c a p o s s u i m e n o r e s m o v i m e n t o s d e
f l e x ã o e e x t e n s ã o , d e v i d o e n t r e o u t r o s f a t o r e s
a e s t a b i l i d a d e g e r a d a p e l a s c o s t e l a s , e s s a é
u m a r e g i ã o q u e é m e n o r a c o m e t i d a p e l a s
h é r n i a s d e d i s c o .
29
 HÉRNIA DE
DISCO 
A p e s a r d o i n t e r i o r d o s d i s c o s n ã o s e r i n e r v a d o e , p o r t a n t o , i n c a p a z d e
p r o d u z i r a s e n s a ç ã o d e d o r , a l g u n s n e r v o s s e n s i t i v o s s e c o n e c t a m e m s u a s
e x t r e m i d a d e s e e m e s t r u t u r a s m u i t o p r ó x i m a s a e l e s , c o m o o s c o r p o s
v e r t e b r a i s , c a r t i l a g e m d a s a r t i c u l a ç õ e s z i g a p o f i z á r i a s e l i g a m e n t o s
l o n g i t u d i n a i s a n t e r i o r e p o s t e r i o r . A s s i m , s e a h é r n i a p r e s s i o n a u m a o u
m a i s d e s s a s e s t r u t u r a s o u t a m b é m c o n t r a a m e d u l a e s p i n a l o u r a i z
n e r v o s a , p o d e o c o r r e r f o r t e s d o r e s o u s e n s a ç ã o d e d o r m ê n c i a i r r a d i a d a
( H A L L 2 0 1 3 ) .
F r e q u e n t e m e n t e , i n d i v í d u o s c o m h é r n i a d e d i s c o n ã o p o s s u e m n e n h u m
s i n t o m a . É c o m u m t a m b é m o r e l a t o d e a l g u n s c l i e n t e s q u e “ t r a v a r a m a s
c o s t a s ” a p ó s f a z e r a l g u m t i p o d e e s f o r ç o , n a m a i o r i a d a s v e z e s
e n v o l v e n d o f l e x ã o a s s o c i a d o a r o t a ç ã o d a c o l u n a . N o r m a l m e n t e , e s s a d o r
n ã o o c o r r e u p o r u m ú n i c o m o v i m e n t o , m a s é a c o n s e q u ê n c i a d e m ú l t i p l o s
f a t o r e s i n c l u i n d o o d e s g a s t e e d e s i d r a t a ç ã o d o s d i s c o s p o r l o n g o s
p e r í o d o s s e m d o r .
30
 
Os exercícios indicados para pessoas com esse tipo de
patologia incluem manobras de tração da coluna com a
intenção de reduzir a compressão nos discos
intervertebrais, associados ao fortalecimento de todo o
conjunto do Core e muitas orientações para as posturas
adotadas nas atividades diárias. Algumas técnicas
sugerem exercícios de extensão extremamente
controlada da coluna como forma de compensação as
posturas em flexão que são mais frequentes no dia-a-dia
(como a hiperextensão orientada anteriormente).
31
A e s t e n o s e é o e s t r e i t a m e n t o d o c a n a l
v e r t e b r a l q u e p o d e s e r r e s u l t a n t e d e f a t o r e s
g e n é t i c o s o u d o e n v e l h e c i m e n t o a t r a v é s d a
a s s o c i a ç ã o d o d e s g a s t e p r o g r e s s i v o d a s
e s t r u t u r a s d a c o l u n a e p e q u e n o s t r a u m a s
r e p e t i d o s d u r a n t e a v i d a . N o r m a l m e n t e
a c o m e t e a r e g i ã o l o m b a r o u c e r v i c a l l e v a n d o
à c o m p r e s s ã o m e c â n i c a . 
 M u i t o s s ã o o s p r o c e s s o s d e g e n e r a t i v o s q u e
l e v a m a u m a e s t e n o s e c o m o o d e s g a s t e d a
s u p e r f í c i e a r t i c u l a r , d o s l i g a m e n t o s ,
d i m i n u i ç ã o d a a l t u r a d o i n t e r v a l o e n t r e o s
c o r p o s v e r t e b r a i s p r o m o v e n d o u m a
c o m p r e s s ã o n o c a n a l c e n t r a l d a c o l u n a e / o u
d o s f o r a m e s d e c o n j u g a ç ã o o q u e p o d e
c o m p r o m e t e r t a n t o a s r a í z e s n e r v o s a s c o m o a
m e d u l a e s p i n h a l , g e r a n d o s e n s a ç ã o d e d o r ,
p e r d a d e f o r ç a , d o r m ê n c i a e f o r m i g a m e n t o .
33
ESTENOSE
DO CANAL
VERTEBRAL 
N o s s a c o l u n a é i n c r i v e l m e n t e c a p a z d e s e
a d a p t a r a v á r i a s p o s t u r a s , t r a u m a s e
i n s t a b i l i d a d e s c r i a d o s s o b r e e l a . A p a r t i r d e
v á r i a s s i t u a ç õ e s c o m o m á p o s t u r a , p r é -
d i s p o s i ç ã o g e n é t i c a , s o b r e c a r g a a r t i c u l a r
( c o m o e m p e s s o a s c o m s o b r e p e so o u q u e
p o s s u e m a t i v i d a d e l a b o r a l q u e s o b r e c a r r e g u e
e s s a r e g i ã o ) , a l g u m p r o b l e m a a r t i c u l a r p r é v i o
e o p r ó p r i o d e s g a s t e d a a r t i c u l a ç ã o v e r t e b r a l
d e c o r r e n t e d o e n v e l h e c i m e n t o , n o s s a c o l u n a
t o r n a - s e m e n o s e s t á v e l . N e s s a s i t u a ç ã o , a
f e r r a m e n t a d a c o l u n a p a r a a d a p t a ç ã o a e s s a
i n s t a b i l i d a d e é c r i a r “ b i c o s ” ó s s e o s n a s b o r d a s
a r t i c u l a r e s c o m a i n t e n ç ã o d e e s t a b i l i z a r a
e s t r u t u r a e e v i t a r f u t u r a s l e s õ e s .
34
 OSTEOFITOSE
(BICO DE
PAPAGAIO) 
P o r s e r u m a a d a p t a ç ã o ó s s e a , a p e n a s u m a c i r u r g i a é c a p a z d e r e d u z i r
e s s e s o s t e ó f i t o s . E n t r e t a n t o , e x e r c í c i o s p r e v e n t i v o s p a r a q u e n ã o h a j a
a g r a v a m e n t o d e s s a s i t u a ç ã o e e x e r c í c i o s d e m o b i l i d a d e d e n t r o d a s
a m p l i t u d e s q u e n ã o g e r e m d o r s ã o m u i t o i m p o r t a n t e s p a r a o t r a t a m e n t o
d e s s a p a t o l o g i a .
35
Pelo fato da nossa coluna vertebral envolver múltiplas art iculações, músculos,
l igamentos, etc. a sugestão de exercícios para a saúde dessa estrutura está
intimamente relacionada a condição f ísica de cada cl iente. Observar l imitações,
ouvir queixas e investigar lesões anteriores são importantes para a orientação
adequada de cada cliente.
Habitualmente, nossa coluna permite no nosso dia a dia certa mobil idade para
facil itar movimentos e deslocamentos, contudo possibil ita também a estabil idade
necessária para movimentos que exi jam principalmente grande produção de força.
Esse entendimento sobre a condição f ísica e objetivo do cl iente somado ao estudo
da função e mecanismos de lesão da coluna vertebral se unem e se direcionam para
a nossa recomendação de exercícios f ísicos específ icos para cada aluno. 
36
Quando falamos que o exercício é específico para cada cliente isso não significa que
ele deva ser atendido individualmente, mas que dentro das possibilidades e
compromisso com a saúde, nós profissionais nos comprometeremos a dar
orientações respeitando as individualidades e objetivos pessoais de cada um. A
importância e valorização do profissional da saúde, incluindo os professores de
educação física e fisioterapeutas, dependem intimamente dessas orientações, visto
que qualquer um pode sugerir para outra pessoa fazer, por exemplo, um exercício
abdominal, mas somente os detalhes da orientação de um profissional da saúde
capacitado poderá reduzir os riscos e aumentar os benefícios dos exercícios
realizados. 
37
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REFERÊNCIAS
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in the intervertebral disc in daily l ife. Spine 24:755–762, 1999. 
 
Vera-Garcia, F.J . , Elvira, J .L. , Brown, S.H., and McGill , S.M. Effects of abdominal stabil ization
maneuvers on the con- trol of spine motion and stabil ity against sudden trunk perturba- tions. J .
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Vera-Garcia FJ , Brown SHM, Gray JR, McGill SM. Effects of different levels of torso coactivation on
trunk muscular and kinematic responses to posteriorly applied sudden loads. Clin Biomech 2006;
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Lam OT, Strenger DM, Chan-Fee M, Pham PT, Preuss RA, Robbins SM. Effectiveness of the McKenzie
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KELSEY JL et al: Acute prolapsed lumbar intervertebraldisc: and epidemiological study with special
reference to driving automibiles and cigarette smoking, Spine 9:608, 1984.
 
KELSEY JL et al: An epidemiological study of acute prolapsed cervical intervertebral disc, J Bone
Joint Surg 66A:907, 1984.
HALL, Susan J. Biomecânica Básica. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2013.
38
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