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Leucemia Linfocitica Cronica (LLC)

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Hematologia Flavia Kaori 1 
Leucemia linflocítica crônica - LLC 
Definição e fisiopatologia 
• Neoplasia com curso bem lento (indolente) 
• Neoplasia hematológica indolente cujo a célula neoplásica é um linfócito B maduro 
o Indolente quer dizer que não é de cara que a pessoa tem algum agravo e recebe p tratamento, 
mts vezes a pessoa tem LLC por anos e não precisar tratar 
o Tem que identificar que a célula é um linfócito B clonal, não é um linfócito B normal, via 
imunofenotipagem 
• O linfócito B dessa leucemia tem mecanismo de escape de apoptose (ele não morre) e bloqueio de 
maturação final, ou seja, não vira plasmocito 
o Nessa leucemia o mecanismo que mais tem força é o de escape da apoptose, assim as cels não 
morrem por morte celular programada 
• Como identificar que é um linfócito B? 
o Para identificar usamos a técnica de imunofenotipagem (colhe o material da medula, pega esse 
material e coloca dentro dele anticorpos com radioisótopo fluorescente e esse radioisótopo vai 
ligar em marcadores específicos, depois colocamos no citometro de fluxo e pela técnica de 
imunofenotipagem conseguimos visualizar o que a célula que estamos estudando marcam) 
o Além dos marcadores clássicos de linfócito B (CD19, CD20, entre outros) possuem o CD5 em 
sua superfície 
§ No citometro conseguimos visualizar CD19 e CD20 – então e um linfócito B. Porem, ela 
também localiza um CD5 (CD5 é marcador de linfócito T). Então, essa célula, que tem 
aspecto morfológico de linfócito maduro, tem marcadores de membrana de linfócitos 
maduros, mas tem positividade para CD5 (que é marcador de linfócito T), é definida 
como a célula clonal da LLC 
• Na LLC também temos hiperativação de uma via tirosina quinase, a via da tirosino quinase de Bruton (BTK) 
o Essa via é hiperexpressa na LLC o 
que causa aumento da proliferação 
celular e principalmente escape do 
mecanismo de apoptose 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Há uma mutação do linfócito B e essa faz com que tenha maior escape do mecanismo de apoptose, e vai 
se acumulando esse tipo de célula. 
Epidemiologia 
• Doença predominantemente de idosos (64-70 anos) 
Mutação do linfócito B 
Permissão para 
escape do 
mecanismo de 
apoptose 
Acúmulo de 
linfócitos B 
maduros 
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o Difícil ter LLC em jovens e quase impossível ter em crianças mt pequenas 
• É a de melhor sobrevida dentre as leucemias 
• Incidência em indivíduos > 65 anos em torno de 20,6 casos/100,000 
 
Clínica 
• Geralmente é assintomático ao diagnostico 
• Linfonodomegalia difusa 
• Esplenomegalia (em geral, não é de grande monta) 
• Anemia 
o Síndrome anêmica por dois motivos: 
• Pela progressão da doença (na LLC acumula linfocito e ele vai ocupando a 
medula, ou seja, menos espaço para produzir células vermelhas) 
o Tem muito mecanismo auto imune (AHAI secundaria a LLC) 
• Apresenta leucocitose, as custas de linfocitose (numero absoluto de linfócitos maior que 4000) 
o A linfocitose pode estar presente em LLC, outras doenças linfoproliferativas, doenças virais e 
mononucleose infecciosa. 
• Pode causar fenômenos autoimunes 
o AHAI 
o PTI 
Esfregaço de sangue periférico 
• Macha de Gumprecht: linfócito que foi estourado 
• 
• Linfócitos B maduros com nucleo em aspecto de chão ressecado 
Diagnóstico 
• Clinica compatível (maioria é assintomático) 
o Idoso com hemograma alterado com linfocitose mantida por 3 meses acima de 5000 ou com 
uma linfocitose importante 
• Imunofenotipagem por citometria de fluxo do sangue periférico que faz o diagnostico mesmo 
o NÃO colher da medula pq é doença do linfócito MADURO 
• Além dos marcadores clássicos de linfócitos B (CD19, CD20), também possuem o CD5 em sua superfície. 
(esse seria um marcador de linfócito T, sendo um marcador anômalo) 
• Também pode fazer a citogenetica quando disponível (implicações terapêuticas e de prognostico) 
Classificação Rai e Binet 
• Estadiamento para saber se precisa tratar ou não 
• Não precisa saber decorado 
• Rai 0/1 e Binet A jamais vai precisar tratar 
• Atenção: a maioria das LLC não precisa ser tratada imediatamente. A maioria JAMAIS vai precisar tratar!!!! 
• Classifica de acordo com linfocitose, anemia e linfoadenomegalia 
Hematologia Flavia Kaori 3 
 
• RAI -0 Binet –A: não tratar estratégia “watch and wait” 
• RAI 1 ou II Binet- A: em geral não trata, pode ser considerado 
• RAI III ou IV- Binet B ou C: Tratar 
Tratamento 
• Nem toda LLC precisa ser tratada imediatamente 
• Algumas jamais vão precisar 
• Plaqueta abaixo de 100.000, anemia abaixo de 10 ou múltiplas áreas de linfonodos que estão crescendo e 
comprimindo algumas estruturas. Esses são os critérios usados para o tratamento, quando esses estão 
presentes, tratar 
• O tratamento é como quimioterapia + anticorpos monoclonais 
• Usa anticorpo monoclonal (rituximabe): induz a apoptose, se ligando ao linfócito B 
• Tem uma nova terapia oral que inibe a hiperexpressao da tirosina quinase de Bruton 
o Evita os efeitos colaterais. 
o O problema que esse é caro 
LLC resumido 
• Epidemiologia: idosos 
• Fisiopatologia: proliferação clonal de linfócitos B com mecanismo de escape de apoptose e bloqueio no último 
estagio de maturação (não vira plasmocito). 
• Clínica: 
o Maioria assintomática e idosos 
o Sintomas: Anemia, plaquetopenia e linfadenopatia 
o Fenômenos autoimunes 
• Diagnóstico: 
o Imunofenotipagem de sangue periférico CD5+ 
• Tratamento: 
o Importância do Estadiamento de Rai e Binet 
o Maioria não trata 
o Rituximab + quimioterapia OU Ibrutinibe

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