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Lab. Pré-Clínico de Prótese Odontologia - Amanda Costa Sistema Estomatognático Três funções primordiais: Deglutição, mastigação e fala Três funções secundárias: Respiração e expressão de emoções. Mastigação Utiliza praticamente todos os músculos do sistema estomatognático: lábios, glândulas salivares e língua. O contato dentário ocorre no fim da mastigação (antes da deglutição) Movimentos • Deslizamento: Ocorre o cruzamento das cúspides e movimento de trituração do alimento. • Mastigação Simples: Ocorre em Máxima Intercuspidação Habitual/Dentária (MIH) MIH= Posicionamento mandibular, que a musculatura está mais habituada a realizar e obrigatoriamente nessa posição os dentes se tocam. Não necessariamente é uma posição correta. Ex: Paciente com hábito de chupar dedo, a musculatura se acostuma com aquela posição, mas está incorreto. Pacientes desdentados perdem essa posição. Mastigação recebe auxílio de tecidos moles: - Língua: Auxilia na movimentação do bolo alimentar, empurra o alimento para as superfícies oclusais. - Bochechas: Contém o alimento dentro da boca. Deglutição: Consiste numa atividade voluntária, involuntária e reflexiva (reflexo muscular). Movimentos • Selamento dos lábios, onde ocorre o máximo contato dentário (MIH) É o correto, mas pacientes com má oclusão, dolicocefalicos, tem esse selamento dificultado. - Pacientes nesse estado colocam mais força para deglutir, causando dores cervicais e cefaleia, dentre outras condições. • A deglutição estabiliza a mandíbula à sua posição de origem: Posição de relação Centrica (PRC): Posição articular, onde o côndilo se posiciona na região mais anterior e superior da fossa articular. • Utilizada como ponto de referência para confecção de Próteses totais. Oclusão em Relação Centrica (ORC)= MIH e PRC coincidem. Deglutição infantil - Interposição lingual: durante amamentação, não causa prejuízo, pelo contrário, estabiliza os arcos desdentados. Com o Amadurecimento da deglutição: - A língua deve realizar a retrusão (Se posicionar na região de pre-maxila) durante alimentação e fala. Mordida aberta anterior X Mordida cruzada posterior Mordida aberta anterior: Paciente ao encostar os dentes, os anteriores não se tocam. Mordida cruzada posterior: Os dentes posteriores inferiores ultrapassam vestibularmente os superiores, onde o correto seria o contrário. Ocorre devido: • Interposição lingual durante a alimentação (deglutição atípica) ou a fala o paciente não realiza a retrusão da língua. • Uso de bico e chupeta, desencadeia uma atrésia maxilar. A pressão da sucção segura a maxila e não permite o crescimento, a mandíbula ultrapassa o tamanho da maxila. Musculatura do sistema estomatognático Músculos da mastigação A musculatura depressora da mandíbula tem papel orientador, sendo os músculos levantadores os que mais “trabalham”. Músculo Masseter Músculo elevador da mandíbula - Apresenta grande importância para a mastigação - Quando o paciente tem distúrbio de bruxismo, esse m. é afetado e dói. Dividido em duas porções: Porção superficial: Auxilia na protusão mandibular (levar mandíbula para frente) Porção profunda: Auxilia na estabilização dos côndilos dentro cavidade articular. Músculo Temporal Músculo elevador da mandíbula • Reveste a face lateral do crânio Dividido em três porções: 1- Porção anterior (Fibras verticais): Elevação vertical da mandíbula. 2- Porção média (Fibras oblíquas): Elevação e retrusão mandibular (para trás) 3- Porção posterior (Fibras horizontais): Elevação e discreta retrusão mandibular. Músculo Pterigóideo Medial Músculo elevador da mandíbula - Se une à porção profunda do masseter em região interna do ângulo da mandíbula - Responsável por estabilização, elevação e protusão mandibular. TEMPORAL MASSETER PTERIGÓIDEO M. Músculo Pterigoideo Lateral Músculo Pterigoideo lateral superior • Auxilia na elevação mandibular – Estabilização do disco - Potencializa a força de mordida - Tem relação direta com a articulação temporomandibular - Inserido no disco articular Músculo pterigoideo lateral inferior • Auxilia no abaixamento da mandíbula - Auxilia o côndilo a baixar e percorrer a eminência articular no movimento de abertura bucal - Músculos que auxiliam na abertura e protusão mandibular - Prende-se ao colo do côndilo Músculo Digástrico Músculo depressor da mandíbula Auxilia na retrusão da mandíbula - Músculo elevador do osso hióide - Auxilia na deglutição Anatomia da Articulação Têmporo Mandibular ATM: Articulação Ginglimo artroidal - Ginglemoidal: movimento de dobradiça - rotação - Artroidal: movimento de deslize - translação • Articulação Composta - Participação de no mínimo 3 ossos: Temporal, Côndilo mandibular e Disco articular (mas na realidade o DA não é osso.) • Cavidade articular • Cabeça da mandíbula • M. pterigoideo lateral • Disco articular • Eminência articular • Cápsula articular (membrana que protege a articulação) Ossos - Côndilo mandibular e fossa temporal Disco Articular - Tecido conjuntivo denso fibroso - Não apresenta vascularização sanguínea e inervação Dor, é osso com osso e não o disco. • Zona intermediária (Área central) mais estreita. • Borda posterior mais estreita do que a borda anterior. • Inserido posteriormente ao tecido retro discal. Tecido retro discal: plexo venoso, altamente inervado que enche de sangue durante o movimento de abertura bucal (Cochim retro discal) • Inserido anteriormente à cápsula articular. Cavidade Articular Dividida pelo disco articular: Cavidade superior: delimitada pelas fossas articulares e parte superior do disco articular. Cavidade inferior: delimitada pela região superior do côndilo mandibular e pela parte inferior do disco articular. - A cavidade é revestida internamente por células endoteliais, que tem como principal função produzir o líquido sinovial. Inervação e Vascularização • Inervado por ramos oriundos do N. Mandibular • Principal inervação - N. Auriculotemporal Vascularizado por: - A. temporal superficial, A. meníngea média, A. maxilar interna. Ligamentos participantes São constituídos por tecido conjuntivo colagenoso não elástico. - Função estabilizadora limitadora dos movimentos • Ligamento colateral ou ligamento discal - Liga o disco articular ao côndilo mandibular: Restringem o movimento do disco durante o movimento de abertura bucal • Ligamento Capsular: Liga a cápsula articular ao redor da articulação - Restringem os movimentos laterais da articulação - Função protetora da articulação contra meio externo • Ligamento temporomandibular (principal) - Liga a eminência articular à região do colo da cabeça da mandíbula - Limita a extensão de abertura bucal - Interrompe o movimento de rotação do côndico; induz o movimento de translação da mandíbula para baixo e para frente. Cápsula Articular Ligamento temporomandibular Ligamento estilomandibular Ligamentos Acessórios Participantes • Ligamento esfenomandibular - Ação de estabilização do movimento de abertura bucal • Ligamento estilomandibular - Limita o movimento de protusão mandibular excessiva Biomecânica - Movimentos condilares Movimento de rotação Quando o paciente começa a abrir a boca - Rotação do côndilo mandibular dentro da cavidade articular - A anatomia bicôncava do disco auxilia a rotação do côndilo - Há o estiramentototal do lig. Temporomandibular. Movimento de translação Quando o paciente abre a boca de fato - Ocorre o deslocamento da mandíbula para frente - Ocorre o deslizamento da face superior do côndilo na superfície posterior da eminência articular e o deslocamento anterior do disco. Se o côndilo passar desse ponto, ocorre a luxação. Deslocamento anterior do disco Teorias 1º Disco vai para frente porque na hora que o paciente vai abrir a boca, o coxim retro discal enche de sangue e empurra o disco para frente. 2º Redução do espaço da cavidade articular, pelo aumento da pressão na cavidade articular → Escape do disco para região anterior. Na hora do movimento de rotação o côndilo comprime o disco, empurrando para cima, como o disco é fibroso ele “escapa” para frente. Anotações extras: ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ Posições e movimentos mandibulares básicos Fatores determinantes para o posicionamento dentário Musculatura circundante • Região Vestibular: Lábios e bochechas • Região Lingual: Língua - Deve haver um equilíbrio entre as forças vestíbulo-lingual (lábios e língua) e buco- lingual (bochechas e língua) → Posicionamento dentário no arco em uma zona neutra. Pacientes dolicocefalicos costumam ter um desequilíbrio das forças vestíbulo – lingual, permitindo o dente ir para frente. Ausência de espaço no arco dentário • Erupção dentária em posicionamento desfavorável (vestibular ou lingual) • Forças musculares circundantes insuficientes Contato Proximal entre dentes adjacentes • Há uma força chamada de remodelação óssea que tende a tracionar os dentes para a linha média → contato proximal, auxilia no posicionamento dentário alinhado. O ponto de contato impede que o alimento passe direto para a gengiva quando o paciente morde É prejudicial os dentes se encostarem por meio de uma face proximal completa A Força de remodelação óssea continua a mesializar quando um dente é perdido, interferindo no ponto de contato. A consequência são traumas dentários, mobilidade e dor. Contato oclusal • Impede a extrusão e a supererupção dentária • Contato oclusal constante → Reforça a posicionamento dentário através das fibras nociceptivas do ligamento periodontal. De extrema importância o dente antagonista As fibras nociceptivas, são responsáveis pela detecção de contatos (Ex: Paciente consegue sentir que tem casca de pipoca entre os dentes). Quando não a um dente antagonista, o dente não toca em nada, então ele desce/sobe em busca de contato oclusal, para estimular essas fibras. Resultado da falta desses fatores: Mesialização dentária mesmo com a perda do dente, perda de contato, extrusão dentária, cáries proximais. Plano oclusal e suas curvaturas Delimitação • Posterior: Ponta de cúspide vestibular de molares de um lado até o lado oposto. • Anterior: Faces incisais de incisivos e caninos. Esse plano oclusal, na verdade não é “plano”, ele possui curvaturas que permitem uma melhor trituração dos alimentos e um encaixe dentário que não cause traumas oclusais. Curvaturas oclusais Curva de Spee • Curvatura vista por uma visão lateral (paciente de perfil, puxa a bochecha do pac.) • Linha que passa pelas pontas de cúspides de molares e pré-molares • Sentido Mésio-distal • Arco Superior: Curva convexa Arco Inferior: Curva côncava Curva de Wilson • Curvatura vista por uma visão frontal • Linha que passa pelas pontas de cúspides vestibulares linguais até a hemi-arcada oposta. • Sentido vestíbulo-lingual • Arcada superior: Inclinação dos dentes posteriores para vestibular • Arcada inferior: Inclinação dos dentes posteriores para lingual Importante para o transpasse dentário. Anatomia Oclusal Mesa oclusal • Região de face oclusal • Delimitação: Bordas de cúspides vestibulares e linguais e cristas marginais • Área de maior concentração de força oclusal 1. MESA OCLUSAL 2. VERTENTES INTERNAS 3. FOSSA CENTRAL 4. VERTENTES EXTERNAS Alinhamento dentário normal entre as arcadas • Largura da arcada superior > largura da arcada inferior • Os dentes superiores ocluem mais vestibularizados nos dentes inferiores. “abraçando os dentes inf.” • Cúspides vestibulares inferiores ocluem em fossa central dos dentes superiores • Auxilia na proteção da mucosa julgal e da língua, evitando mordiscamentos. ● Cúspides cêntricas/triturantes: Vestibulares inferiores Palatinas superiores • São responsáveis pela manutenção da altura entre a maxila e a mandíbula (Dimensão Vertical de Oclusão) • Cúspides não-cêntricas (Guias) Linguais inferiores - Vestibulares superiores • Guia o reposicionamento da mandíbula após a abertura bucal • Auxilia no direcionamento e apoio do alimento para região de mesa oclusal Quando as cúspides guias não são refeitas corretamente o paciente reclama de não conseguir morder direito, alimento não fica na fossa central. Dimensão Vertical de Oclusão (DVO) Altura estabelecida entre a base do nariz e região inferior do mento. • Os dentes devem estar em Máxima Intercuspidação Habitual (MIH), mordendo. Pacientes que sofrem com bruxismo ou que não tem um plano oclusal correto (VIPS mal relacionadas) perdem DVO. Dimensão Vertical de Repouso (DVR) Altura estabelecida entre a base do nariz e região inferior do mento • Mandíbula em posição habitual de repouso, sem encostar os dentes. - Entre as arcadas sup. e inf. tem de 2 a 4mm Formação do espaço funcional livre (EFL) EFL é um espaço fonético, que permite o escape de ar quando o paciente fala alguns fonemas com F, S. Além disso, se o paciente fica ocluindo direto, a musculatura fica contraída ocasionando dor. Daí vem a importância do DVR na hora de confeccionar uma prótese, os dentes não devem se encostar permanentemente, caso contrário paciente voltará com muita dor, por estar forçando a musculatura. Métodos de obtenção da DVR Método de Lytle modificado por Tamaki Deglutição com fonema “M” 1- Pede para o paciente deglutir 2- Pede para ele falar várias vezes o “M” e manda ele parar 3- Repetir 3x, fazer uma média dos 3 resultados. Manter o paciente relaxado, manter contato e conversar. VIPS Método de Pleasure 1- Explica o que queremos medir 2- Pede para ele não encostar um dente do outro 3- Faz a mensuração do vértice nasal à base do mento Método de Willis 1- Faz a mensuração da base do nariz a basedo mento 2- Faz a mensuração da altura do canto externo do olho ao ângulo da boca 3- Compara os dois resultados, devem ser iguais. Esse método deve ser feito após ou outros métodos citados a cima, como método verificação final. Métodos de obtenção da DVO Método Estético - É um Método de verificação final /checagem - Verificar as rugas ao redor dos lábios Método Fonético - Método de verificação final/checagem Deve ser realizada após a colocação das próteses - Possibilita a verificação do espaço funcional de pronúncia. - Realizado através da pronúncia dos fonemas: S, F, V e P, 61 a 69, Massapê... • Paciente não deve assobiar ao falar. Cálculo para obter a DVO DVO= DVR – EFL DVO= DVR – 3mm Após a colocação das próteses, deve ser feito a mensuração do DVO novamente e o resultado deve coincidir com o primeiro. Consequência da Diminuição da DVO: - Mudança na aparência facial - Queilite angular - Alteração fonética - Alteração dentro das articulações temporomandibulares - Diminuindo função mastigatória Aspectos faciais: - Intrusão dos lábios - Queda do nariz. - Mandíbula para frente, maxila para trás Alteração de EFL Posicionamento Inter-Oclusal Posicionamento Inter-oclusal normal • Relação um-dente-para-dois-dentes - Cada dente oclui com dois dentes da arcada oposta Exceção: Incisivos centrais inferiores e terceiros molares superiores • Permite melhor distribuição de forças oclusais • Mantém a integridade da arcada quando há perda dentária Classificação de Angle Relação oclusal posterior Classe I 1 Cúspide MV do 1MI oclui entre MS e 2Pré- MS 2 Cúspide MV do 1MS em sulco vestibular de 1MI 3 Cúspide MP do 1MS em fossa central de 1 MI Classe II 1 Cúspide MV do 1ºMI oclui em fossa central de 1ºMS 2 Cúspide MV do 1ºMI está alinhada com sulco vestibular de 1ºMS 3 Cúspide DV/L de 1ºMS oclui em fossa central de 1ºMI Classe III 1 Cúspide DV do 1ºMI oclui entre 2ºPMS e 1MS 2 Cúspide MV do 1ºMS oclui entre 1ºMI e 2ºMI 3 Cúspide MV do 1ºMI oclui entre 1º e 2º PMS Obs: o posicionamento posterior pode interferir no posicionamento anterior e vice versa, mas, não obrigatoriamente. Relação oclusal anterior Relação oclusal anterior normal Função: Os incisivos superiores ultrapassam anteriormente os incisivos inferiores e cobrem verticalmente de 3 a 5mm. • Possibilita a realização de Guias laterais mandibulares: Guia Anterior - contato de incisivos sup. e inf. Mandíbula vai para frente. • Não interferem na Dimensão Vertical de Oclusão (DVO) • Ausência de contato ou contatos leves em posição de MHI. Relação Vestíbulo-lingual anterior Overjet • Distância horizontal entre bordas incisais de incisivos superiores e inferiores • Sobreposição horizonta de 1 a 2 mm Overjet Positivo Normal Overjet excessivo Protusão maxilar (Classe II de Angle) Overjet Negativo Mordida cruzada anterior Protusão mandibular (Classe III de Angle). Topo a topo = Overjet posição 0 Overbite • Distância vertical entre as bordas incisais dos incisivos superiores e inferiores • Sobreposição vertical normal: 3 a 5 mm de transpasse Overbite excessivo Overbite negativo. Mordida aberta anterior Quando for possível visualizar as bordas dos sup. e inf. = Overbite posição 0 Movimentos Excêntricos da Mandíbula Movimentos mandibulares Protusivo Movimento da mandíbula para frente até chegar em relação de topo • O movimento é guiado pela Face vestibular de incisivos inferiores contactando as faces palatinas dos incisivos superiores Contatos: - Presença de contatos anteriores - Ausência de contatos posteriores Guia Anterior O côndilo somente translada Não ocorre a rotação Laterotrusivo Movimento da mandíbula para lateral • Movimento é guiado pela Face vestibular de caninos inferiores contactando com faces linguais de caninos superiores Lado do movimento: Lado de trabalho Ex: “Fulano coloque a sua mandíbula para o lado esquerdo” Esquerdo= lado de trabalho Direito= lado de balanceio Guia Canino toque dos caninos sup. e inf. O côndilo do lado de trabalho rotaciona O côndilo do lado de balanceio translada Contatos: - Presença de contato apenas no canino da arcada de trabalho - No lado de balanceio não deve ter contato de nenhum dente Contato danoso: quando os primeiros molares inf. e sup. do lado de balanceio se tocam, acarretando fraturas, mobilidade, dor... são os mais graves. Guia Função de grupo 2 ou 3 dentes posteriores sup. e inf. se tocam, auxiliando a guia. • O canino não participa dessa guia Retrusivo Movimento da mandíbula para região posterior • Caracteriza-se como um movimento curto de 1 a 2 mm • Movimento guiado pelas Vertentes mesiais de fossas centrais e cristas marginais mesiais opostas Anotações extras: ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ O que é um articulador? “Dispositivo que permite a reprodução dos movimentos bordejantes excêntricos e cêntricas da mandíbula para fora da boca do paciente.” Uso para diagnóstico Observar a complexa inter-relação das estruturas do sistema estomatognático Quando se suspeita que a oclusão é a causa de alguma desordem oral Analisar a necessidade de terapia oclusal (próteses, levantamento de DVO) Visualização estética e funcional entre as arcadas Verificação dos movimentos mandibulares Os modelos devem ser montados em Relação Centrica Relação Centrica • Uma posição condilar • Não há relação com posicionamento dentário (e sim do côndilo) • Posição músculo-esqueletal mais estável - Côndilo em posição mais anterossuperior na cavidade articular - Contato entre a região anterior do côndilo com vertente posterior da eminência articular - Disco articular devidamente interposto Uso para tratamento Planejamento dos passos operatórios antes de executá-los Traçar as etapas lógicas do tratamento Obter uma previsibilidade do resultado final do tratamento Realizar ajuste oclusal Enceramento diagnóstico Quando o paciente chega no estado que visualmente o diagnóstico é inviável, você monta em articulador e depois planeja o tratamento. Planejar as próteses totais por exemplo, passar referência fidedigna para o protético. Tipos de Articuladores • Não-ajustável • Semi-ajustável • Totalmente ajustável Articulador não-ajustável • Não possibilita ajustes para reprodução dos movimentos mandibulares • Só permite movimentos cêntricas - Abertura e fechamento • Só possibilita montagem em MIH • Não permite análises diagnósticas - Não realiza guias Indicação: Confecção de aparelhos protéticos, um dente, anteriores... • Vantagens: - Baixo custo e Menor tempo de montagem • Desvantagem: - Não possibilita a reprodução de movimentos excêntricos - Maior tempo deajuste oclusal em boca Articulador semi-ajustável Maior disponibilidade de reprodução de movimentos condilares - Contatos oclusais - MIH - Movimentos excêntricos (Guias) - Protusão e Lateralidade Ajustes: “Transferência da anatomia e angulações da máxima e mandíbula do paciente para o articulador.” São 3: Inclinação condilar É o ângulo entre o côndilo e a eminência articular no movimento de translação • Ângulo formado no movimento de translação Interfere na altura das cúspides dos dentes posteriores Interfere na profundidade das fossas oclusais Padronizada para brasileiros como 30 graus. Ângulo de Bennett Movimento de balanceio É o ângulo formado quando o côndilo faz um movimento para dentro da cavidade articular • Ângulo formado no movimento de lateralidade Interfere na largura da fossa central dos dentes posteriores Padronizado para brasileiros como 15 graus. Distância intercondilar Distância entre os centros rotacionais dos côndilos mandibulares – Entre um côndilo e outro Interfere nos movimentos mediais e laterais das cúspides triturantes de molares (Curvatura de Wilson), na oclusão. Pode ser P, M e G, depende da estrutura anatômica do paciente Arco facial Transfere as medidas craniofaciais do paciente para o componente maxilar do articulador Montagem adequada do modelo superior no articulador. • Tem como referência: - 2 eixos posteriores: eixos rotacionais condilares - 1 ponto anterior: glabela Garfo de mordida • Responsável pelo registo do plano oclusal maxilar • Necessário para montagem de modelo superior em articulador - Cabo deve ser centralizado com a linha média facial - Registo oclusal de um ponto incisal e dois pontos posteriores (direito e esquerdo) - Evitar que o dente perfure o material de registro. Registro interoclusal Registra a relação entre o arco inferior e superior • Necessário para a montagem de modelo inferior no articulador • Tomada da posição mandibular - Relação Centrica (diagnóstico de desvios mandibulares) - MIH (registro da posição mandibular habitual) - Copiar nitidamente a edentação oclusal - Ser o mais fino possível, evitando interferências oclusais - Ausência de básculas (estabilidade) - Registrar o máximo de contatos oclusais possíveis - Ser perfurado em região de pontas de cúspides e fundo de fossas. Outra forma de registro: • Vantagens do ASA: - Possibilita a execução de alguns movimentos condilares - Possibilita o diagnóstico de alterações na oclusão habitual - Possibilita a montagem de modelos em RC - Reduz o tempo clínico de ajustes oclusais • Desvantagens do ASA: - Tempo de transferência das informações do paciente para o articulador (um atendimento só para a montagem) - Alto custo Articulador totalmente ajustável Articulador mais moderno da odontologia Reproduz precisamente todos os movimentos condilares na articulação Inclinação condilar Ângulo de Bennet Distância intercondilar Movimento de rotação condilar - Reproduz a movimentação do côndilo do lado de trabalho durante os movimentos laterotrusivos • Vantagens: - Possibilita total capacidade de reprodução de movimentos mandibulares - Mínima necessidade de ajuste oclusais de peças protéticas - Possibilita um relacionamento oclusal estável e confortável • Desvantagens: - Alto custo > ASA - Maior tempo gasto para transferência de informações Indicação: para caso de reabilitações extensas. Como selecionar um articulador? Critérios de seleção: • Identificar as características oclusais do paciente – Paciente estável ou não? Se sim, o não ajustável. • Avaliar a extensão do tratamento reabilitador • Conhecer o articulador • Habilidade clínica • Restabelecimento de guias posteriores (pequena interferência condilar, somente movimentos centricos): - Articulador não ajustável. • Restabelecimento de guias anteriores (grande interferência condilar, guia canino, movimento excêntricos): - Articuladores mais sofisticados Anotações extras: __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ "A parte da terapêutica cirúrgica que tem por objetivo recolocar, mediante uma preparação artificial, um órgão perdido totalmente ou em parte, ou ocultar uma deformidade” 1. Prótese unitária 2. Prótese parcial fixa 3. Prótese parcial removível 4. Prótese total 5. Prótese bucomaxilofacial Protese unitária A Prótese unitária tem finalidade de restaurar um ou mais destruídos por cárie ou traumatismo, que resultam na perda parcial ou total da porção coronária. O que a difere da prótese fixa é porque na prótese unitária o elemento dentário em questão possui raiz, sendo restaurado apenas a coroa. Podem ser: Intra e Extra coronárias. Extra coronárias restaurações das faces de um dente Podendo ser classificadas em: Inlay: Sem envolvimento de cúspides Onlay: Com envolvimento de cúspides Crown: Coroa total. Intra coronárias Quando a destruição coronária for total, mas ainda restar a raiz. Necessária a colocação de Núcleos de preenchimento, que reforçam a estrutura dentária remanescente; Protese Parcial Fixa - PPF Introdução a prótese dentária Tem sua base na prótese unitária, mas necessita de retentores que apoiem sua fixação; • Recurso mais generalizado para a confecção de PPFs é através do uso de coroas artificiais; • Atualidade: coroas e elementos suspensos (pônticos). Protese Parcial Removível - PPR Idealizadas para recompor espaços, de dentes, e de fibromucosa gengival, quando se torna impraticável a construção de PPF; Objetivo: melhorar e estabilizar a boca, de maneira que o complexo vivo, biológico, forme com a estrutura metálica, uma unidade funcional estável, garantindo um equilíbrio duradouro. Protese total – PT Substitui arcos dentários perdidos, osso alveolar e fibromucosa gengival, recompondo o sistema estomatognático, o bem-estar psíquico e social. Está intimamente ligada aos problemas de saúde geral do corpo humano. Fatores que influenciam na estética: distribuição dos dentes, postura labial, forma do rosto, sorriso, idade, sexo. Protese Bucomaxilofacial Responsável pela reabilitação protética de perdas e/ou malformações faciais, intra e extra orais ocasionadas por trauma, patologias ou distúrbios de desenvolvimento. A PBMF pode ser dividida em áreas de atuação: • tratamento de malformações faciais, principalmente fissuras labiopalatinas; • tratamento de perdas maxilares e mandibulares; • perdasoculares, perdas faciais (oculopalpebrais, nasais e auriculares); • acompanhamento e auxílio no tratamento de pacientes oncológicos; • em algumas disfunções da articulação temporomandibular (DTMs), além do acompanhamento e auxílio no tratamento e prevenção de pacientes atletas. Anotações extras: __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ Exame do paciente edentado • Coleta de informações que vão orientar na determinação do plano de tratamento; • Questionários sobre o estado de saúde do paciente; • Exames clínicos intra e extraorais; • Exames complementares. Avaliar: 1. O paciente já usa prótese? Está insatisfeito com sua P.T atual? 2. O paciente compreendeu as possíveis limitações estéticas e funcionais do seu caso? 3. O paciente está informado dos custos do tratamento? 4. O paciente sabe que serão necessários ajustes subsequentes à instalação da prótese? 5. O sucesso da reabilitação depende da manutenção após a instalação da prótese!!! Importância da Anamnese Exame extra oral • Dimensão vertical; • Suporte labial; • Linha do sorriso; • Altura incisal; • Grau de higiene com as próteses antigas; • Características estéticas; • Desgaste acentuado das próteses; • Relações intermaxilares. • Avaliação da musculatura e da ATM; • Sensibilidade a palpação= problemas intra- articulares ou alterações na tonicidade muscular. Exame intra oral • Mucosa, lingua, rebordos; • Hipertrofias ou atrofias do rebordo; • Tecidos moles hiperplásicos, pontos sensíveis a palpação. Patologias associadas ao uso de prótese Reabsorção do rebordo residual: Diminuição dos rebordos que dificulta a obtenção de PT funcionais. • Tamanho do rebordo residual se reduz mais rapidamente nos primeiros 6 meses e sofre remodelação óssea continua por toda a vida, diminuindo seu tamanho e por consequência dificultando a retenção. A maxila perde de 2 a 4 mm de osso no primeiro ano e 0,1 mm por ano nos anos subsequentes, enquanto a mandíbula perde de 4 a 6 mm e a média anual é de 0,4 mm. Candidíase eritematosa ou candidíase atrófica crônica Resposta inflamatória na mucosa relativa à área de suporte na prótese; • Pode se apresentar com a superfície lisa ou papilomatosa. Fatores que predispõem à candidíase 1. Presença da prótese que diminui a ação antimicrobiana da saliva na mucosa; 2. Má higienização; 3. Uso contínuo da prótese- uso a noite para dormir. • Irregularidades ou porosidades na base da prótese podem dar início as lesões; • Hipersensibilidade a resina acrílica podem desencadear lesões. Tratamento para candidíase- condicionamento tecidual: 1. Adaptar, regularizar e polir a superfície interna da prótese; 2. Orientar o paciente em relação a higienização; 3. Orientar a não dormir com a prótese; 4. Uso tópico de substâncias antimicrobianas (nistatina ou clorexidina a 0,12% em forma de gel ou bochecho); 5. Casos graves ou persistentes: medicação sistêmica. Em casos de persistência, pode ser realizado a remoção de forma cirúrgica das lesões papilomatosas. Queilite angular Candidíase nas comissuras labiais, em pacientes com a DVO reduzida. Hiperplasia fibrosa inflamatória Resposta da mucosa à permanência de uma irritação crônica. • Prótese mal adaptada Tratamento: Remoção cirúrgica da porção sobreestendida da base da prótese. • Prótese com câmara de sucção Tratamento: Preencher a porção vazia na prótese com resina em duas sessões, enquanto isso paciente usa Corega para a prótese não ficar solta. Geralmente a lesão regride sem necessidade cirúrgica. “Síndrome da combinação” Ocasionada em pacientes que usam PT superior e PPR inferior extremo livre, se acostumam em colocar a força mastigatória nos dentes anteriores. Ocasionando: 1. Perda de suporte ósseo sob a base da PPR; - Pacientes com diabetes e osteoporose tem aumento no grau de reabsorção óssea; 2. Reposicionamento espacial da mandíbula anterior; - Essa região é a parte da arcada que apresenta menos resistência às tensões; 3. Reabsorção óssea na porção anterior da maxila; 4. Hiperplasia inflamatória no palato duro; - Pelo deslocamento da PT para frente e para cima; 5. Crescimento das tuberosidades maxilares; - Devido à pressão negativa da base da prótese; 6. Alterações periodontais - Pelo aumento das tensões impostas aos dentes, que gera espessamento dos ligamentos periodontais. Avaliação do espaço protético Pode ocorrer diminuição do espaço em razão das mudanças que ocorrem após a extração dos dentes: Deve-se avaliar a possível necessidade de correção cirúrgica: redução da tuberosidade da maxila; Radiografia periapical Para avaliação do estado dos elementos dentários; Imagem com mais detalhes; Avalia-se o suporte periodontal. Radiografia oclusal: úteis no exame inicial e diagnóstico de patologias para ambas as arcadas; Radiografia panorâmica: avalia condições gerais de dentes presentes e diagnostica possíveis alterações patológicas; Analisa seios maxilares, canal do nervo alveolar inferior, forâmen mentoniano... Anatomia Protética Área basal: Base da prótese onde se adapta a prótese total, e compõe-se osso alveolar, recoberto por membrana, mucosa e submucosa. Na arcada sup. inclui o palato. Osso maxilar: suporte para a prótese total superior; Os dois processos palatinos e a lâmina horizontal do osso palatino formam a base do palato duro, suporte para a PT; Maxila: reabsorção óssea alveolar é processada às expensas da tábua óssea externa; • A forma e o tamanho mudam à medida que se perdem os dentes; • A reabsorção é rápida no início, com o tempo ela se torna mais lenta, mas, continua durante toda a vida. Osso mandibular: principal componente do aparelho mastigatório, corpo sólido, resistente e móvel; Possui o Nervo alveolar inferior: da língula da mandíbula até o forame mentoniano. Na medida que ocorre a reabsorção do rebordo alveolar inferior, o forame tende a se aproximar da crista do rebordo. Caso não seja aliviado essa região, pode além de causar desconforto, a parestesia. Após a reabsorção óssea decorrente de exodontias, pode ser formado espiculas ósseas na mandíbula, causando dor no paciente. Zonas de Suporte da maxila Zona principal de suporte: do rebordo residual posterior, cobrindo todo o lado visto por vestibular, direito e esquerdo. Zona secundária de suporte: abóbada palatina Zona de vedamento periférico: deve estar recoberta pela prótese, para uma melhor retenção, mas não serve de suporte. Zona de alívio: é necessário aliviar essa região para não comprimir as estruturas anatômicas. Zonas de Suporte da mandíbula Zona principal de suporte: rebordo residual posterior direito e esquerdo, limita-se por lingual a linha oblíqua interna ou linha milo-hióidea, e por vestibular a borda anterior do músculo masséter; Zona secundária de suporte: rebordo anterior, entre ambos os freios laterais direito e esquerdo; Zona de vedamento periférico: depende da extensão da área basal, e de como se consegue prolongar a borda da prótese, para trás, na região da fossa retromolar; Zona de alívio: toda a crista do rebordo alveolar;Músculos: desempenham função importante na retenção e estética da prótese. A prótese total mandibular deve terminar no limite posterior da papila retromolar. Porque quando o músculo temporal se contrai, ao paciente abrir a boca, as fibras do feixe profundo sofrem uma distensão, e pode desestabilizar a prótese. Fatores Físicos de retenção e estabilidade para PT Retenção: ato ou efeito de manter firme, é a resistência oposta pela prótese ao desprendimento de sua base. Meio pelo qual a prótese se mantém na boca, resistindo as forças de gravidade e adesividade dos alimentos. Estabilidade: qualidade da prótese de voltar à sua posição de equilíbrio quando forças lhe são aplicadas. Resistência a movimentos e forças horizontais que tendem a alterar a relação entre a base protética e seu apoio de suporte em direção horizontal ou rotatória. Ex: durante a alimentação, quando se mastiga de um lado, não deve desestabilizar o outro. *Fator: pressão atmosférica* Para que tenha seu valor físico, como fator de retenção, são necessários outros fatores: 1. A pressão atmosférica: Influi diretamente na retenção das dentaduras completas. Ela somente atuará em momentos de trabalho. Há necessidade de movimentação da prótese para que se crie uma câmara de pressão reduzida no seu interior, possibilitando a atuação da pressão externa. 2. Adesão: atração física de moléculas diferentes (saliva, mucosa e material resinoso da prótese) entre si. Atua quando a saliva molha e se adere à superfície da área basal da prótese e a mucosa. Depende da adaptação da base protética aos tecidos de suporte e à fluidez da saliva. Prótese deve estar próxima da mucosa possível. 3. Coesão: A atração física de moléculas iguais (saliva) de uma mesma substância. Relacionada com a força retentiva representada pela película de saliva entre a base protética e a mucosa; - Mucosa de sustentação + base resinosa da dentadura + saliva = Adesão → Retenção; 4. Tensão superficial do fluido salivar: Forma uma Lâmina interfacial, película de saliva que existe entre a prótese e a mucosa, que impede a entrada de ar, e faz com que a pressão atmosférica atue fortemente para manter a retenção; Ex: gota de água entre duas placas de vidro. Quanto mais “grossa” for a saliva, menor sua adesão. Quanto maior área de mucosa, melhor sua adesão. Fatores Físicos de estabilidade 1. Ação dos músculos sobre os dentes e superfícies das próteses totais: A inclinação por vestibular dos incisivos sofre a ação dos lábios, no sentido de desalojar as próteses, quando muito pronunciadas; A posição do músculo orbicular dos lábios atuará com menos força contra a superfície labial dos dentes anteriores, se eles estiverem numa posição natural, quanto à inclinação lábio lingual; 2. Ângulo de abertura formado pelas superfícies de oclusão: Quanto mais paralelas forem as superfícies oclusais superior e inferior, melhor será a estabilidade; Planos oclusais divergentes forçam as próteses a se deslocarem no sentido anteroposterior; 3. Compressibilidade do suporte: O tecido de suporte não é rígido, nem compressível de modo uniforme. Para controlar as forças de alavanca: regularizar a área basal, e propiciar maior extensão da área basal das próteses, aproveitando um melhor apoio ósseo e melhor suporte para a pressão mastigatória; 4. Magnitude das forças mastigatórias: Indivíduos com dentes naturais tem 70 kg de força mastigatória, em próteses totais, a força mastigatória oscila entre 2,3 kg e 23 kg, ou seja, menor, e por isso dentes de resina acrílica sofrem desgastes quando ocluem com dentes naturais e, mais ainda, com dentes de porcelana. Importância da saliva Auxilia na retenção da PT à mucosa; Saliva mais fluida: gera uma película mais fina, que aumenta o efeito de capilaridade (retenção e adesão da PT); Redução no fluxo salivar: perda de retenção da PT, formação de ulcerações traumáticas; Desequilíbrios hormonais e uso de medicamentos (antidepressivos, anti- hipertensivos, sedativos) podem causar diminuição do fluxo salivar em idosos; Saliva artificial pode ser usada em alguns casos; Moldagem preliminar para PT Moldagem É o conjunto de atos clínicos que visa a reprodução das formas bucais utilizando materiais e moldeiras apropriadas, sem promover grandes deformações, com o fim de obter um molde que represente o negativo das estruturas de interesse. A partir da moldagem se obtém o modelo de estudo sobre o qual será confeccionada a moldeira individual. Material: Alginato 1:1 Molde É a reprodução negativa dos tecidos da área chapeável em uma dada posição, registrada no momento da reação final do material moldador. O molde deve estar brilhante e sem imperfeições (bolhas de ar). Material para reproduzir modelo: Gesso pedra 100g:30ml Modelo É a reprodução positiva obtida a partir de um molde. Por sua vez, são copias das formas bucais com todos os seus relevos, obtidos pelo preenchimento do molde com material adequado. Requisitos do material de moldagem • Ser fluido bastante para adaptar aos tecidos bucais e ao mesmo tempo ter viscosidade suficiente para ficar contido na moldeira que o leva à boca; • Na boca, transformar-se em borrachóide em tempo não muito longo, 7 minutos seria o tempo total de presa; • Não deve distorcer ou rasgar quando removido, mantendo-se estável. Resumo: Moldagem funcional/preliminar, com moldeiras de estoque -> molde -> vaza o molde -> o resultado é o modelo de estudo -> moldeira individual -> moldagem anatômica. Materiais EPI’s; 02 cubetas limpas e secas; Pacote de alginato; Dosadores de pó e líquido para alginato; Espátula flexível para alginato; Cera 7; Jogo de Moldeiras de estoque; Desinfetante para alginato (hipoclorito de sódio 1%); Babador odontológico. Posições ergonômicas Maxila: Paciente sentado perpendicular ao solo (90º), dentista atrás com as mãos segurando a moldeira na boca do paciente. Mandíbula: Paciente levemente inclinado para trás, dentista a frente do paciente, segurando a moldeira os dedos indicadores. Seleção da moldeira de estoque - Bacia mais rasa para desdentados - Cabo biangulado para conseguir moldar corretamente os incisivos. Considerar o tamanho, especificamente a largura, como principal critério de seleção da moldeira. Na hora de colocar a moldeira carregada com o alginato: Lave a boca do paciente, depois seque com algodão em cima acople a moldeira na boca. Assentamento da moldeira superior, da posterior para anterior; Assentamento da moldeira inferior, da anterior para posterior; Centralizar a moldeira no meio da arcada, se baseando no meio do ápice do nariz. Estique os lábios do paciente, lábio superior para baixo e inferior para cima. Após o material tomar presa: Maxila: Pede para o paciente falar a letra “A” e nesse momento puxa para cima a moldeira, criando um vácuo, depois retira. Mandíbula: Aplique um jato de ar e retire. O ideal é retirar de uma puxada só, para não causar deformações. Instruções extras • Medida do alginato: sempre 1 de pó para 1 de água, geralmente maxila necessidade de 3:3 e mandíbula 2:2; • Coloque o pó na água e não a água sobre o pó; • Realize espatulação mais rápida e uniforme que conseguir nos primeiros 45s, afim de formar uma massa lisa e cremosa que não solte facilmente da espátula. • Na boca do paciente, espere 3min, tempo em média para o material pegar presa. • Retire a moldeira firmemente, em apenas um sentido e puxada. • Lave com água corrente • Realize a desinfecção com hipoclorito: umidificar papel toalha ou algodão com hipoclorito e deixesobre o molde por 10min. Manejo para acalmar o paciente: Peça para ele se concentrar nas pernas, e levantar uma depois a outra, isso fará ele ficar mais calmo, pois estará concentrado em outra coisa. Se por algum motivo, você não conseguir vazar com gesso dentro do prazo de tempo que a(a) professor(a) indicar (geralmente 12min) cubra todo o molde com algodão úmido, coloque a cuba em cima e vaze o mais rápido possível. Mas esse truque é para casos extremos, não é indicado porque pode alterar a conformação do molde, o alginato sofre contrações e quando vazado o seu modelo não será fidedigno a anatomia do paciente. (Xiii, esse é um segredo só nosso. ) Utilizando água gelada o material demora mais para tomar presa. Retirar o modelo de gesso da moldeira com no mínimo 30min (para não correr o risco de quebrar) e no máximo 1h (para não contrair). Após todo o processo, deve ser realizado uma lavagem com água corrente e aplicar hipoclorito de sódio por 5 a 10min, de preferência em um local onde o ar condicionado não seja muito forte. Moldeira individual para PT É aquela que se confecciona especialmente para o paciente em tratamento. O objetivo principal é acondicionar o material de moldagem visando reproduzir a área chapeável e determinar os seus limites, com base na fisiologia dos elementos anatômicos presentes. Dessa forma, obtém-se um vedamento em toda a periferia da base da prótese, que promove o confinamento de uma película de saliva, gerando a retenção da prótese à mucosa por ação das forças de coesão, adesão e pressão atmosférica. Individualiza-se a moldeira, devido à variedade de tamanhos e formas dos rebordos desdentados e as várias anomalias encontradas. Delimitações da área chapeável (área que ficará coberta pela prótese): Regiões marcadas com lápis devem ser aliviadas, com a aplicação de cera. Maxila - Freio mediano - Freios laterais - Inserção do bucinador - Sulco hamular ou pterigopalatino - Limite entre palato duro e mol - Contorno da musculatura periférica. Mandíbula - Freio mediano - Freios laterais - Linha oblíqua externa - Triângulo retromolar - Linha milohídea - Freio lingual - Contorno musculatura periférica Materiais - Modelos anatômicos com a área chapeável previamente delimitada e aliviada; - Resina acrílica autopolimerizável incolor polímero e monômero); - Dosadores e conta gotas; - Pincel fibert ou de tamanho médio; - 02 placas de vidro lisas; - Lixa de granulação fina; - Ponta montada em forma de chama – para acabamento e polimento da resina acrílica; - Brocas de tungstênio do tipo maxicut formato de pêra, cone invertido e agulha; - Pote dappen; - Espátula nº 36; - Espátula Le Cron; - Espátula nº 31; - Cera 07; - Vaselina sólida. No Brasil, utiliza-se mais a Resina Acrílica Ativada Quimicamente (RAAQ) incolor por ser uma técnica de fácil execução, barata, boa estabilidade dimensional, transparência que facilita a localização e o ajuste clínico, noção da extensão da fibromucosa e visualização das interferências das inserções. Confecção da moldeira individual superior 1. Modelo 2. Alívio nas áreas retentivas com cera 07 Colocar a cera na espátula e aquecer antes de aplicar no modelo ajuda a não deixar ela muito alta 3. Aplicar o isolante para resina acrílica com o auxílio do pincel 4. Aplicar vaselina nas duas placas de vidros, somente um dos lados. 5. Posicione um pouco de cera em cada extremidade de uma das placas de vidro. Isso servirá como “stop”. 6. Manipulação da resina quimicamente ativada. 7. Condicione a manipulação no pote paladon com a espátula nº 24 e fechar. Retirar na fase plástica 8. Faz-se uma bola com o material e posiciona no meio de uma placa, depois coloca a outra por cima e pressiona. 9. Adaptação da lâmina sobre o modelo 10. Retire os excessos com auxílio da espátula le cron embebida com monômero, respeitando a delimitação já realizada. 11. Fazer uma segunda linha 2mm abaixo da primeira delimitação. 12. Retire os excessos se baseando na segunda linha, com as brocas. 13. Confecção do cabo da moldeira Posicionar na parte anterior da moldeira Deve ser inclinada aproximadamente 60º 14. Avaliação da moldeira após a presa 15. Acabamento e polimento. * Broca de carboneto de tungstênico Moldeira Superior Moldeira Inferior Importante na moldeira Tamanho: ter a mesma dimensão do modelo anatômico Extensão: recobrir toda a área chapeável Bordas: 2 a 3mm aquém do sulco gengival vestibular; no limite entre o palato duro e o mole. Moldagem individual para PT A moldagem funcional consiste em duas etapas: Selado periférico e selado palatino posterior. 1º Selamento Periférico: Moldagem das regiões de borda na vestibular e região de palato (fundo de sulco, limite entre palato mole e palato duro). A moldagem periférica é usada para dar extensão e espessura às vertentes e obter retenção por meio do selado periférico que corresponde ao contato das bordas da dentadura com os tecidos subjacentes para evitar a passagem de ar e outras substâncias. Material mais utilizado: Godiva de baixa fusão em bastão Propriedades da Godiva de baixa fusão: • Fluidez adequada para exercer mínima pressão sobre os tecidos; • Boa adesividade a moldeira; • Rigidez adequada após resfriamento; • Boa estabilidade dimensional; • Facilidade na realização de acréscimo ou remoção do material; • Resistência suficiente, que permite ser posicionada e removida perante rebordos retentivos em mucosa; • Baixo tempo dispendido durante a moldagem. A Godiva tem como vantagem, a capacidade de afastar a musculatura inserida no rebordo. Entretanto, tende a comprimir e deformar mais os tecidos que outros materiais. Ela precisa ter um aquecimento adequado, pois tem como característica possuir uma condutibilidade térmica relativamente baixa. Portanto, a godiva deve estar quente para ter um adequado escoamento e assim fazer uma moldagem periférica perfeita. Características de moldagem Moldagem adequada: • Espessura adequada. • Contorno arredondado. • Superfície fosca. • Ausência de dobras e rugosidades. Moldagem incorreta: • Aspecto afilado da godiva (material foi insuficiente para moldar). • Deslocamento da maior parte da godiva para parte externa ou interna da moldeira, deixando uma pequena espessura de material sobre a borda da moldeira (moldeira sobrestendida). Técnicas de moldagem de borda Movimentação muscular: Os movimentos funcionais relacionam-se à movimentação da musculatura paraprotética realizada pelo próprio paciente, segundo instruções do cirurgião dentista. Tracionamento tecidual: O tracionamento tecidual é realizado pelo profissional, estando o paciente com a musculatura relaxada, enquanto a moldeira é mantida em posição por meio do cabo. Objetivo: favorecer o contato dos tecidos com o material de moldagem por meio da movimentação muscular (sucção). Ao fazer sucção, os músculos do feixe periférico pressionam a mucosa que os recobrem contra a godiva no estado plastificado, moldando-a com certo grau de deformação. Mesmo aqueles pacientes que não conseguem fazer o efetivo movimento de sucção, o cirurgião dentista deverá tracionar a musculatura facial afim de que o material registre a posição dos tecidos, registrando, assim, a musculatura em função. A godiva na região do fecho periférico deve estender-se de 2 a 3 mm para dentro da moldeiraindividual, deve cobrir completamente a borda periférica e deve estender-se para a superfície externa da moldeira. A godiva deve ser plastificada completamente e uniformemente com a lamparina à chama (Hanau), de maneira que ela possa escoar livremente quando colocada na boca A moldeira deve sempre estar centralizada sobre o rebordo alveolar residual, usando o freio labial como guia, exercendo uma pressão firme e constante até que o operador sinta a moldeira corretamente posicionada; Após o tempo de escoamento da godiva (4 a 5 segundos), a moldeira deve ser removida da boca e o molde inspecionado. O procedimento deve ser repetido até que a godiva apresente aspecto liso com bordas periféricas arredondadas. Normalmente, isto é alcançado após 2 ou 3 repetições; Ela deve estar percorrendo toda a linha demarcatória externa (superfície externa) e ligeiramente para dentro (superfície interna), e ainda deve preencher completamente o sulco. Arco superior 1º Flanco bucal esquerdo; 2º Flanco bucal direito; 3º Flanco labial esquerdo; 4º Flanco labial direito; 5° Borda posterior. Moldagem do flanco bucal 1. A godiva é plastificada com lamparina à álcool e colocada na borda da moldeira individual do lado esquerdo, partindo do sulco hamular até a inserção muscular mais próxima (mais ou menos na região de prémolares). Flancos direito e esquerdo 2. Em seguida, a godiva é flambada com lamparina e introduzida com a moldeira na boca do paciente, tendo o cuidado com os lábios e bochechas. Estando a moldeira assentada, pedir ao paciente que succione o cabo da moldeira, sendo que neste momento, o profissional deve segurar firmemente a moldeira em posição. Terminada a moldagem do flanco bucal esquerdo, o direito é moldado da mesma maneira. Moldagem do flanco labial A godiva é plastificada e colocada em toda a região anterior, passando o freio labial e chegando às duas inserções musculares laterais. Neste ponto, é importante obter uniformidade da godiva, indicando que as inserções musculares laterais foram corretamente registradas. Moldagem da borda posterior constitui um dos aspectos mais importantes, por ser uma zona que se movimenta em vários graus. Sua deficiência causa perda de retenção. Colocar a godiva na borda posterior com aproximadamente 5 mm de largura e 1 mm de espessura, estendendo-se de um sulco hamular de um lado ao outro. Manter a godiva fora da fossa tubercular. Plastificar a godiva e posicionar a moldeira firmemente em posição na boca, fazendo ligeira pressão, na região central do palato. Moldagem da superfície de apoio ou moldagem funcional Materiais utilizados: pastas à base de óxido de zinco e eugenol, elastômeros, poliéster ou polissulfeto. Pasta zincoenólica é a mais utilizada por possuir ótimo escoamento, boa estabilidade dimensional, rigidez após a presa - simulando a rigidez da prótese (resina acrílica) - e possuir baixo custo. • Vantagem: poder ser corrigida (reembasamento) usando uma cera de alta fluência. • Dificuldades: no que se refere à manipulação e à limpeza do instrumental e do próprio paciente. Devido a sua rigidez, não deve ser utilizada em rebordos muito retentivos. Passo a passo 1. Após a moldagem das bordas, lavar e secar bem a moldeira; 2. Retirar o alívio de cera colocado na região de rugosidades palatinas, forame incisivo e rafe mediana; 3. Preparar a pasta para a mistura em uma placa de vidro grossa. * Medida 1:1 4. Começar a mistura pegando a pasta base com uma espátula grande nº 36 e ir incorporando-a à pasta catalisadora, espatular de acordo com as instruções do fabricante, obtendo uma massa homogênea em aproximadamente 45 segundos ou menos; 5. Carrega-se a moldeira. espalhando o material por toda a região do palato e bordas da moldeira individual; 6. Recomenda-se antes, untar com vaselina os lábios do paciente a fim de evitar a adesão da pasta aos tecidos moles. 7. Centralizar a moldeira na boca e assentar primeiro a parte posterior. Enquanto a parte anterior está sendo assentada, elevar os lábios sobre os flancos da moldeira; 8. Em seguida, assentar a moldeira em direção para cima e para trás. Deve-se realizar pressão uniforme e contínua; 9. Centralizar a moldeira na boca e assentar primeiro a parte posterior. Enquanto a parte anterior está sendo assentada, elevar os lábios sobre os flancos da moldeira; 10. Em seguida, assentar a moldeira em direção para cima e para trás. Deve-se realizar pressão uniforme e contínua. OBS: A pressão deve ser suficiente para o assentamento completo da moldeira, mas não exercer uma força excessiva. 11. Colocar o dedo indicador no centro do palato e depois segurar pelo cabo exercendo leve pressão positiva em uma direção para cima e para trás. Esta pressão deve ser mantida por aproximadamente 10 segundos enquanto o paciente succiona o cabo. 12. Após liberação da pressão, a moldagem deve ser mantida em posição até a presa final do material. 13. Após a presa final, remover o molde quebrando o vedamento periférico por meio do levantamento da bochecha do paciente e permitindo dessa forma a entrada de ar entre a base e a fibromucosa, facilitando a remoção do molde da boca do paciente. * Se necessário, jogar um jato de ar e com uma leve pressão para baixo, retirar a moldeira da boca do paciente. Lavar em água corrente por 30 segundos para remover qualquer resíduo de saliva. 14. Removido o molde da boca do paciente, o mesmo é lavado em água corrente e seco. Avaliação da moldagem final Avaliar se a moldeira foi assentada adequadamente. Examinar a superfície com relação aos detalhes teciduais. Procurar por áreas de distorções teciduais; O material de moldagem deve apresentar uma camada fina e uniforme por toda a superfície de moldagem. A ausência de material em determinas áreas (aparecendo a moldeira) evidencia uma compressão exagerada que poderá, conforme a região e sua extensão, inutilizar o molde; Examinar as bordas com relação a espessura, altura e contorno. Bolhas nas bordas indicam que a moldeira não foi adequadamente assentada ou que a borda original estava subestendida. O contorno das bordas deve ser similar aquele conseguido na moldagem com godiva; Testes de retenção, suporte e estabilidade. • A retenção é testada exercendo tração no cabo da moldeira para baixo e para as laterais. O conjunto (molde- moldeira) não deve se deslocar. • O suporte é observado, aplicando-se uma força no molde com o dedo indicador ou médio, contra a apófise alveolar de um lado observando se o mesmo não se desloca do outro lado; Checar a estabilidade. Segurando o cabo da moldeira e movendo-a lateralmente, para frente e para trás, no sentido horizontal para ter uma ideia da quantidade de movimento que deve ser esperado para a base terminada da prótese. Marcação da localização do selado palatino posterior O selado palatino, como definição, é o "selado na borda posterior de uma dentadura". A zona de selado palatino corresponde à área de tecido mole ao longo da união do palato duro com o palato mole, sobre a qual a pressão fisiológica pode ser aplicada para favorecer a retenção. Finalidades do selado palatino posterior a) Colaborar e completar o selado periférico; b) Ajudar a compensar as alterações dimensionais da resina na polimerização; c) Impedir a penetração de alimentos; d) O contato firme reduz tendência à náusea; e) A zona espessada fornece maior resistência; f) A pressão aplicada aos tecidos torna a borda distal menos percebida pela língua 1. Gotejar cera 7 rosa,4 mm anteriormente à linha vibratória do “AH!”, em uma espessura de aproximadamente 2 mm. 2. Aquecer a espátula nº7, passar suavemente sobre a cera, levar a moldeira na boca do paciente e fazer pressão no centro do palato. 3. Retirar da boca e recortar os excessos com lâmina de bisturi. Encaixamento do molde É um procedimento laboratorial realizado após a obtenção dos moldes finais e previamente à obtenção do modelo final. Objetivos: - Manutenção dos detalhes das bordas ou flancos obtidos no ato da moldagem final; - Controle do tamanho e da forma dos modelos; - Obtenção de modelos compactos por meio da vibração do gesso; - Contenção do gesso durante a vibração. Procedimentos laboratoriais - Lavar e desinfetar o molde com hipoclorito de sódio a 1% por 10 minutos; - Secar perfeitamente * Água pode da bolha Encaixamento do Molde superior: 1. Recortar uma tira de cera utilidade com 1,5 cm de largura e adaptá-la na parte externa e posterior do molde, de tal modo que esta cera ultrapasse em 1 cm a borda posterior do molde (limite palato duro-palato mole). 2. Fixar com espátula 7 aquecida. b. Adaptar e fixar uma tira de cera utilidade de aproximadamente 0,8 cm de largura, a 3mm abaixo da borda externa do molde em todo o seu contorno 3. Recortar os excessos e arredondar os ângulos. 4. Com a cera utilidade, confeccionar dois "stops" e fixá-los externamente, na região das tuberosidades, com a finalidade de manter a região posterior do molde na mesma altura da região anterior. 5. Contornar toda a extensão do molde com cartolina, prendê-la com fita adesiva e uni-la à cera com espátula 7 aquecida. 6. Com a cera utilidade, confeccionar dois "stops" e fixá-los na parte posterior e externa do molde, com a finalidade de manter a região posterior do molde na mesma altura da região anterior. - Vazar o gesso, conforme as instruções do fabricante - Aguardar a presa do gesso por 1 hora. Remover a cartolina e a cera e sacar cuidadosamente o molde do modelo. Arco inferior 1º Flanco sublingual; 2º Flanco lingual direito; 3º Flanco lingual esquerdo; 4º Flanco bucal direito; 5º Flanco bucal esquerdo; 6º Flanco labial. Todos os registros musculares são conseguidos unicamente com movimentos realizados pelo próprio paciente, isto é, através de sucção e movimentação da língua. Moldagem do flanco sublingual: 1. Aquece-se a godiva da região de segundo pré-molar a segundo pre molar e insere-se a moldeira na boca. 2. Estando a moldeira assentada e o profissional mantendo-a em posição, instruir o paciente a movimentar a língua nas seguintes posições: para fora da boca (projeção), limpar os lábios (superior e inferior) de uma comissura a outra e elevá-la em direção ao palato. 3. Remover a moldeira e fazer a inspeção da moldagem; 4. Este procedimento deve ser repetido até que se consiga uma boa moldagem. • Se houver pontas, significa que há uma sobrextensão. Se houver bolhas, há subextensão. Moldagem dos flancos bucais 1. A godiva plastificada é colocada no flanco lingual direito, da região da papila piriforme (exceto na região posterior) até a união com a godiva do flanco sublingual. 2. Plastificada novamente com lamparina Hanau e a moldeira é levada à boca do paciente. 3. Assentar a moldeira e pedir para o paciente colocar a língua na bochecha do lado oposto. • Enquanto isso, segurar a moldeira em posição. 4. Remover a moldeira da boca e inspecionar o molde; 5. Repetir este procedimento até que se consiga uma moldagem ideal; 6. Repetir o mesmo procedimento para o outro lado. Moldagem do flanco labial 1. A godiva é plastificada e colocada no flanco labial. 2. Aquecer a godiva com lamparina e inserir a moldeira rapidamente na boca; 3. Moldar esta borda instruindo o paciente para que succione o cabo; 4. Como regra geral, a borda periférica do flanco labial não deve ser muito espessa para evitar a distorção do lábio inferior e o sulco lábio-mental, o que comprometerá os resultados estéticos. • Se isto ocorrer, deve-se recortá-lo com faca até a espessura desejada e repetir o procedimento. Moldagem da superfície de apoio 1. Iniciar a mistura incorporando o acelerador na base; 2. Carregar a moldeira com uma camada uniforme de material, colocar material suficiente de maneira que exista um ligeiro excesso. 3. O material de moldagem deve cobrir completamente as bordas periféricas e estender-se em direção à superfície externa dos flancos 4. Levar a moldeira à boca, centralizar em relação ao rebordo residual anterior e assentar a moldeira 5. Com a moldeira em posição, solicitar ao paciente que realize os movimentos linguais (limpar os lábios superior e inferior, lateralidade direita e esquerda e palato) por aproximadamente 10 segundos. 6. Deve-se ter cuidado para não exercer pressão excessiva para não sobrextender a moldagem; 7. Em seguida, solicitar ao paciente que succione o cabo. • Deve-se manter esta posição até que o material tome presa. Procedimentos laboratoriais - Lavar e desinfetar o molde com hipoclorito de sódio a 1% por 10 minutos; - Encaixamento do Molde Inferior: 1. Adaptar e fixar uma lâmina de cera 7 no espaço entre os flancos linguais e sublingual do molde, a 3mm abaixo da borda destes, com a função de formar o assoalho do modelo. 2. Adaptar uma lâmina de cera utilidade de 5x2cm na parte mais posterior do molde, em ambos os lados, indo de encontro à lâmina de cera 7, protegendo a região da papila piriforme e evitando que o assoalho do modelo levante nesta região. 3. Adaptar e fundir uma tira de cera utilidade de 0,8cm de largura a 3mm abaixo da borda externa do molde em todo o seu contorno. 4. Recortar os excessos e arredondar os ângulos. 5. Com a cera utilidade, confeccionar dois "stops" e fixá-los na parte posterior e externa do molde, com a finalidade de manter a região posterior do molde na mesma altura da região anterior. 6. Contornar toda a extensão do molde com cartolina, prendê-la com fita adesiva e uni- la à cera com espátula 7 aquecida. - Vazar o gesso, conforme as instruções do fabricante - Aguardar a presa do gesso por 1 hora. - Remover a cartolina e a cera e sacar cuidadosamente o molde do modelo. Anotações extras: __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ ____________________________________________________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ Placas Bases e Roletes de cera É a base provisória da Prótese Total, preparado sob o modelo funcional. É uma base provisória, que antecede minha prótese final. • Vantagens: - Observar a correta moldagem da área chapeada - Identificar desadaptações entre base da prótese e o rebordo edentulo - Corrigir possíveis distorções durante a moldagem funcional - Estabilidade sobre os rebordos desdentados - Possibilita o registro interarcadas - Possibilita devolução da DVO - Possibilita a marcação de linhas de referências estéticas 1º Etapa – A obtenção do modelo de trabalho O modelo de estudo não tem a anatomia de fundo de vestíbulo, junção entre lábio e rebordo. 2º Etapa - Delimitação da área chapeável Onde a minha prótese vai se relacionar com o rebordo, é o limite da minha prótese. Entre a gengiva inserida e mucosa alveolar denominamos uma linha de Neutra ou Ranhura gengival. A prótese vai um pouco a cima da Ranhura gengival, cerca de 2 a 3mm. Vedamento Periférico é formado para formar um vácuo e ser possível a prótese ficar “presa”. Não pode passar da região móvel, caso contrário a prótese ficará instável e pode soltar, por isso a base da prótese não pode exceder nem a cima e nem muito a baixo, caso contrário não ocorrerá o vedamento periférico. - Contornando freios e bridas. Superior: Delimitação vestibular: Engloba túber da maxila, contorna arco zigomático, contorna inserção lateral. Sempre driblando as pregas e inserções musculares. Delimitação anterior: Contorna bridas anteriores e freio do lábio superior. A falta desse contorno pode ferir o freio labial. Delimitação posterior: União dos dois sulcos hamulares, 3mm das fóveas palatinas. Não pode passar do palato mole, porque é uma área inervada e sensível. Paciente pode ter ânsia de vômito. Inferior: Delimitação vestibular: Contorna inserção lateral Contorno do sulco gengivo-labial. Delimitação Posterior: Contorna papila piriforme – trigono retromolar. Contorna linha oblíqua – Ultrapassa 2 a 3mm da linha neutra. Contorna a inserção lateral e sulco. Delimitação Lingual: Contorna a inserção lateral e sulco gengivo- labial. Segue a linha do rebordo, distando 3mm do soalho lingual, contornando o freio lingual, para evitar traumas. 3º Etapa: Alívio das áreas de retenção ZONA DE SUPORTE ZONA DE SUPORTE SECUNDÁRIO ZONA DE SELADO PERIFÉRICO ZONA DE TRAVAMENTO POSTERIOR ZONA DE ALÍVIO Alívio do modelo superior: papila incisiva, hafi palatina, ranhura palatina. - Se deve preencher esse espaço com cera para avílio. - Não pode ser comprimido para evitar dor e trauma na região. A espessura da cêra é bem fina. Alívio do modelo inferior: Reabsorção do rebordo em região vestibular. Zonas de defeitos ósseos e zonas de retenção do rebordo devem ser aliviados também. 4º Etapa – Confecção da placa bases A resina é moldada como um lençol, e após isolar com vaselina o modelo, cobre o modelo com resina, espera tomar presa, depois polimento somente na parte externa. • As placas bases devem ser recortadas na linha funcional. Resina acrílica, autopolimerizável. Fases de presa: Fase 1: Arenosa Fase 2: Fibrilar, puxa e a resina forma uns fios, parece cola. Fase 3: Plástica, fase para trabalhar, permite moldagem. Fase 4: Borrachóide. Não consegue mais mexer. Irreversível. Fase 5: Rígida. 5º Etapa: Confecção dos roletes de cera 1. Esquentar a cera 2. Dobrar até formar um bastão e aquecida deixa ela moldado estilo ferradura. 3. Delimitar na placa base o centro do rebordo e o centro do rolete é posicionado. Superior Região Anterior: O rolete fica um pouco a frente a frente da borda anterior da placa base, cerca de 2mm. Isso resulta na devolução do suporte labial. Região Posterior: A cera é posicionada no centro e o que sobrar de espaço na região vestibular, deve ser preenchido de cera, para devolver corredor bucal e espaço de bochecha. Inferior - Região Posterior: Até o centro da papila piriforme Rolete em rampa, terminando em 0, bem no centro. Por que não precisa colocar a cera 2mm a frente como na superior? Caso isso ocorra o movimento de overjet será impossibilitado. 6º Etapa - Individualização do plano de orientação superior Objetivo: - Devolução do plano oclusal - Devolução das curvaturas de Spee e Wilson - Devolução da sustentação dos tecidos Verificar: Suporte labial Lábios para frente, muito rolete, derreter cera. Lábios para dentro, pouco rolete, acrescentar mais cera. Corredor bucal Triangulo preto no ângulo da boca formado quando o paciente sorri, deve ser respeitado. Corredor bucal muito cheio, derreter ou retirar um pouco de cera. Corredor bucal com um triangulo grande, adicionar mais cera. Altura da borda incisal Paciente com lábios relaxados a cera deve ser mostrado 2mm. Essa etapa determina a altura do dente. Linha do Sorriso X Linha alta do Sorriso Quando paciente sorri, pode ser observado duas linhas: Linha do sorriso: é a linha incisa formada pela borda incisal dos dentes superiores. Linha alta do sorriso: é a linha delimitada pela porção inferior do lábio superior. Linha alta do sorriso é o limite da região cervical do paciente e deve ser marcada para o protético saber como a prótese deve ser delimitada. Planos Faciais Plano de camper: Deve estar paralelo ao solo. Se não estiver, derreter até ficar paralelo. Curva de Spee Plano Inter pupilar: Deve estar paralelo. Linhas da face Linha média: Com fio dental, marcar no meio no filtro labial ou freio labial. Linha canino: Marcar na região de comissura labial 7º Etapa: Individualização do plano inferior - O plano oclusal inferior deve ter contato oclusal correto. (Devolver a DVO) - Deve estar estabelecido conforme o overjet normal. - Restabelecimento do posicionamento mandibular (PRC). - Define a DVO, sem rolete na boca. Devolução da DVO: Relaxado, sem rolete: Tamaki (paciente falando “M”) DVO= DVR – ELF (3mm) EXEMPLO: Minha DVO deu 60 milímetros - Coloca os dois roletes na boca do paciente e faz medição.
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