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Músculos do membro superior

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Músculos do 
membro superior 
Anatomia 
Músculos Toracoapendiculares: 
• Anteriores (peitorais): 
• Movem o cíngulo do membro superior (clavícula 
+ escápula). São 4: peitoral maior; peitoral 
menor; serrátil anterior; subclávio 
• O peitoral maior é grande cobre a parte 
superior do tórax e compreende as partes 
clavicular e esternocostal (fixação proximal); a 
fixação distal é no sulco intertubercular do 
úmero 
• Ele junto com o músculo deltoide adjacente 
formam o estreito sulco deltopeitoral, no qual 
segue a veia cefálica. E esses dois junto com a 
clavícula formam o trígono clavipeitoral 
• As suas 2 partes realizam adução e rotação 
medial do braço juntas, mas podem agir 
separados: a parte clavicular flete (dobra) o 
úmero, e a parte esternocostal estende-o a 
partir da posição fletida 
• O peitoral menor fica na parede anterior da axila. 
Ele tem formato triangular: a base é formada 
por alças carnosas fixadas às extremidades 
anteriores das costelas (fixação proximal); o 
ápice está situado no processo coracoide da 
escápula (fixação distal) 
• Ele estabiliza a escápula e é usado ao estender 
o membro superior para frente para tocar 
objetos fora de alcance. Ajuda a elevar costelas 
para inspiração profunda 
• O subclávio é pequeno e redondo, e se localiza 
inferiormente à clavícula, garantindo alguma 
proteção aos vasos subclávios e para o tronco 
superior do plexo braquial se houver fratura da 
clavícula 
• Ele fixa e deprime a clavícula (fixação distal) 
estabilizando-a durante movimentos do membro 
superior. Também ajuda a resistir a tendência de 
luxação da clavícula na articulação 
esternoclavicular 
• Sua fixação proximal é na junção da 1ª costela e 
sua cartilagem costal 
• O serrátil anterior fica sobre a parte lateral do 
tórax e forma a parede medial da axila. É usado 
ao socar ou estender o braço anteriormente 
• Fixação proximal: partes laterais das 1ª-8ª 
costelas/ Fixação distal: face anterior da margem 
medial da escápula 
• Ele é um dos mais poderosos músculos do 
cíngulo do membro superior, “músculo do 
boxeador” 
• A parte inferior roda a escápula, elevando a 
cavidade glenoidal, permitindo que o braço 
levante acima do ombro 
• Fixa a escápula na parede torácica, permitindo 
que outros músculos usem-na como osso fixo 
para movimentos do úmero 
• Posteriores: 
• Fixam o esqueleto apendicular superior (do 
membro superior) ao esqueleto axial (no tronco) 
1. Posteriores superficiais (extrínsecos do 
ombro): 
• Trapézio: Cobre a face posterior do pescoço e 
a metade superior do tronco. Ele fixa os 
ombros, puxando escápulas posteriormente e 
superiormente 
• Ele fixa o cíngulo do membro superior ao crânio 
e à coluna vertebral e ajuda a suspender o 
membro superior 
• Suas fibras são divididas em 3 partes, e tem 
ações diferentes na articulação escapulotorácica 
fisiológica: fibras descendentes (superiores) 
elevam a escápula (ex: aprumar ombros); fibras 
médias retraem escápula (puxam-na 
posteriormente); fibras ascendentes (inferiores) 
deprimem escápula e abaixam o ombro 
• As fibras descendentes e ascendentes atuam na 
rotação da escápula sobre a parede torácica 
• Latíssimo do dorso: segue do tronco até o 
úmero 
• Ele estende, retrai e roda o úmero medialmente 
(ex: coçar pele sobre escápula oposta ou fletir 
braços atrás das costas) 
• Junto com o peitoral maior é um adutor do 
úmero, e atua na rotação da escápula para 
baixo em associação com tal movimento; além 
disso esses 2 músculos elevam o tronco até o 
braço (o que ocorre em exercícios de barra) 
• Ele reconduz o membro superior à posição 
normal após abdução superior ao ombro 
(escalada) 
• Esses movimentos são usados para nadar, 
remar em uma canoa, cortar lenha por ex. 
2. Posteriores profundos (extrínsecos do 
ombro) 
• Levantador da escápula: As fibras seguem 
desde os processos transversos das vértebras 
cervicais superiores (C1-C4) até margem medial 
da escápula (superior a raiz da espinha) 
• Situa-se profundamente aos músculos trapézio 
e esternocleidomastóideo 
• Atua elevando ou fixando a escápula (resiste a 
forças que a deprimiram, como carregar peso) 
• Roda a escápula em conjunto com os músculos 
romboides e peitoral menor, deprimindo 
cavidade glenoidal (inclinando-a inferiormente) 
• A ação bilateral dos levantadores com músculo 
trapézio estende o pescoço; ação unilateral 
flexiona pescoço lateralmente 
• Romboides: Seguem das vértebras até margem 
medial da escápula; se situam profundamente ao 
músculo trapézio 
• O romboide maior é fino e plano e mais largo 
que o menor, mais espesso e superior 
• Eles retraem e giram a escápula, deprimindo sua 
cavidade glenoidal 
• Ajudam serrátil anterior a manter escápula 
contra parede torácica e fixá-la durante 
movimentos do membro superior 
• São usados ao forçar o abaixamento de 
membros superiores elevados 
 
Músculos escapuloumerais (intrínsecos ao ombro) 
• São 6 que vão da escápula até o úmero e 
atuam sobre a articulação do ombro 
• Deltoide: Cobre o ombro e forma seu contorno 
arredondado, e é dividido em 3 partes: 
semipeniformes anterior e posterior e parte 
média multipeniforme 
• A contração das 3 partes abduz o braço, e as 
partes posterior e anterior estabilizam o braço 
durante esse movimento 
• Ao levantar e carregar malas, por exemplo, o 
deltoide atua como músculo direcional, 
impedindo que a cabeça do úmero seja 
deslocada para baixo e saia da cavidade glenoidal, 
pois a linha de tração desse músculo coincide 
com o eixo do úmero, tornando a abdução 
inviável pois o osso é puxado para cima 
• Partes anterior (ajuda peitoral maior a fletir o 
braço) e posterior (ajuda latíssimo do dorso a 
estender o braço) dos deltoides são usadas para 
balançar membros na marcha 
• O deltoide ajuda a estabilizar a articulação do 
ombro 
• Redondo maior: Segue lateralmente a partir do 
terço inferolateral da escápula 
• Ele efetua a adução e rotação medial do braço. 
Também estabiliza cabeça do úmero na 
cavidade glenoidal 
• Os 4 restantes fazem parte do manguito rotator 
(SIRS), pois formam músculo rotador 
músculotendíneo ao redor da articulação do 
ombro 
• O manguito rotator protege e estabiliza 
articulação do ombro a partir da fusão dos 
tendões de seus músculos, que reforçam lâmina 
fibrosa da cápsula articular 
• Todos com exceção do supraespinal são 
rotadores do úmero; o supraespinal inicia e 
auxilia deltoide no início da abdução do braço 
• Ocupa fossa supraespinal da escápula 
• Infraespinal: ocupa fossa infraespinal da escápula; 
é parcialmente coberto pelos deltoide e 
trapézio; é um poderoso rotador lateral do 
úmero 
• Redondo menor: oculto pelo músculo deltoide; 
atua com infraespinal para efetuar rotação lateral 
do braço e ajudar em sua adução; é suprido 
pelo nervo axilar e o infraespinal é suprido pelo 
nervo supraescapular 
• Subescapular: situado na face costal da escápula 
e forma parte da parede posterior da axila 
• É o principal rotador do braço e também o 
aduz 
• Cruza face anterior da articulação 
escapuloumeral em seu trajeto até o úmero 
 
Casos Clínicos nas regiões peitoral, escapular e deltoidea: 
• Ausência de músculos peitorais: Na síndrome de 
Poland tanto o músculo peitoral maior quanto o 
menor estão ausentes, também se observa 
hipoplasia da mama e ausência de 2-4 
segmentos costais 
• Paralisia do músculo serrátil anterior: Quando há 
paralisia do músculo serrátil anterior por conta 
de lesão do nervo torácico longo, a margem 
medial e o ângulo inferior da escápula afastam-
se da parede torácica (quando o braço é 
levantado) = escápula alada.. Além disso, o 
membro superior não abduz acima da posição 
horizontal, pois o serrátil é incapaz de girar a 
cavidade glenoidal superiormente 
• O nervo torácico longo inerva o serrátil 
seguindo sobre a face superficial desse músculo. 
Logo, quando os membros estão elevados, o 
nervo fica vulnerável 
• Trígono de ausculta: A margem horizontal 
superiordo latíssimo do dorso, margem medial 
da escápula e a margem inferolateral do 
trapézio formam um trígono de ausculta. Essa 
abertura na musculatura espessa do dorso é um 
bom lugar para examinar segmentos posteriores 
do pulmão com um estetoscópio. Quando 
escápulas são deslocadas anteriormente, 
cruzando braços sobre tórax, o trígono aumenta 
• Lesão do nervo acessório (NC XI): A paralisia no 
nervo acessório causa acentuada fraqueza 
ipsolateral quando os ombros são elevados 
contra resistência 
• Lesão do nervo toracodorsal: A cirurgia na 
parte inferior da axila coloca em risco o nervo 
toracodorsal, que supre o m. latíssimo do dorso. 
Ele segue inferiormente ao longo da parede 
posterior da axila e entra na superfície medial do 
latíssimo do dorso 
• Esse nervo também é vulnerável a lesão em 
mastectomias quando o processo axilar da 
mama é removido; e durante cirurgia nos 
linfonodos escapulares pois sua parte terminal 
situa-se anteriormente a eles e à artéria 
subescapular 
• O latíssimo do dorso e a parte inferior do 
peitoral maior formam uma alça muscular 
anteroposterior entre o tronco e o braço. Na 
paralisia do latíssimo do dorso, a pessoa é 
incapaz de levantar tronco com membros 
superiores, como na escalada. E a pessoa não 
pode usar muleta axilar pois empurra ombro 
para cima (atividades que requerem depressão 
ativa da escápula) 
• Lesão do nervo dorsal da escápula: a lesão 
deles, o nervo para os romboides, afeta as 
ações desses músculos. Quando ocorre paralisia 
unilateral do romboide, a escápula fica mais 
distante da linha mediana do que no lado normal 
• Lesão do nervo axilar: Quando há lesão grave 
do nervo axilar o deltoide atrofia (contorno 
arredondado do ombro fica achatado) O nervo 
passa inferiormente à cabeça do úmero e 
espirala-se ao redor do colo cirúrgico, logo, 
geralmente se lesa quando há fratura nessa 
região. 
• Também pode ser lesado por compressão pelo 
uso errado de muletas e; durante luxação da 
articulação do ombro 
• Pode haver perda da sensibilidade na face lateral 
da parte proximal do braço, área suprida pelo 
nervo cutâneo lateral superior do braço, ramo 
cutâneo do nervo axilar 
• O músculo deltoide é um local comum de 
injeção intramuscular de medicamentos 
• Fratura-luxação da epífise proximal do úmero: 
Um golpe direto ou lesão indireta do ombro de 
uma criança ou adolescente pode causar isso, 
pois a cápsula articular do ombro, reforçada pelo 
manguito rotador, é mais forte do que a lâmina 
epifisial. Em fraturas graves há deslocamento 
acentuado do corpo do úmero, mas a cabeça 
continua ligada a cavidade glenoidal 
• Lesões do manguito rotador: Danos nesse 
manguito provocam instabilidade das articulações 
do ombro. O trauma pode lacerar ou romper 1 
ou mais tendões dos músculos SIRS (o do 
supraespinal rompe-se com mais frequência) 
• A tendinite degenerativa do manguito rotador é 
comum em pessoas idosas 
 
 
Axila 
• Fica inferior à articulação do ombro e superior à 
fáscia axilar na junção entre o braço e o tórax. É a 
passagem ou “centro de distribuição” das estruturas 
neurovasculares que servem ao membro superior. A 
partir desse centro, as estruturas seguem: 
• Superiormente, através do canal cervicoaxilar 
até/partindo a/da raiz do pescoço; anteriormente, 
através do trígono clavipeitoral até a região peitoral; 
inferior e lateralmente, até o próprio membro; 
posteriormente, através do espaço quadrangular, até 
região escapular; inferior e medialmente, ao longo da 
parede torácica, até o latíssimo do dorso e serrátil 
anterior 
• O ápice da axila é o canal cervicoaxilar, passagem 
entre pescoço e axila, limitada pela 1ª costela, clavícula 
e margem superior da escápula. Artérias, veias, 
nervos e vasos linfáticos passam por essa abertura 
para entrar/sair do braço 
• A base da axila consiste em pele côncava, tecido 
subcutâneo e fáscia da axila (muscular) e se estende 
do braço até a parede torácica (aprox.. nível da 4ª 
costela) e forma a fossa axilar. Ela é limitada pelas 
pregas axilares anterior e posterior, parede torácica 
e face média do braço 
• A parede anterior da axila tem 2 camadas, formadas 
pelos músculos peitoral maior e menor, e pela fáscia 
peitoral e clavipeitoral associada a eles. A prega axilar 
anterior é a parte inferior da parede anterior; é 
formada pelo m. peitoral maior e o tegumento 
sobrejacente 
• A parede posterior da axila é formada pela escápula 
e pelo músculo subescapular em sua face anterior e 
inferiormente pelos m. redondo maior e latíssimo do 
dorso. A prega axilar posterior é a parte inferior da 
parede posterior, estende-se inferiormente à parede 
anterior e é formada pelo m. redondo maior e 
latíssimo do dorso e tegumento sobrejacente 
• A parede medial da axila é formada pela parede 
torácica (1ª-4ª costelas e m. intercostais) e m. serrátil 
anterior sobrejacente 
• A parede lateral da axila é óssea, estreita, formada 
pelo sulco intertubercular no úmero 
• A axila contém vasos sanguíneos axilares, vasos 
linfáticos e linfonodos axilares envolvidos por uma 
matriz de gordura axilar; também contém nervos 
que formam fascículos e ramos do plexo braquial. Na 
região proximal essas estruturas neurovasculares são 
envolvidas por uma extensão da fáscia cervical, a 
bainha axilar 
❖ Anastomoses arteriais ao redor da escápula: Vasos se 
unem para formar redes nas superfícies da escápula: 
artérias dorsal da escápula, supraescapular e 
subescalpular A circulação colateral propiciada por 
essas anastomoses torna-se aparente quando é 
necessário ligar uma artéria subclávia ou axilar 
lacerada. Ex: pode ser necessário ligar a artéria axilar 
a subescapular ou estenose vascular (estreitamento 
vascular) da artéria axilar pode resultar de uma lesão 
aterosclerótica que reduz o fluxo sanguíneo. Nos 2 
casos a direção do fluxo sanguíneo na artéria 
subescapular é invertida, permitindo que o sangue 
chegue a artéria axilar 
• A artéria subescapular recebe sangue de várias 
anastomoses com a art. supraescapular, dorsal 
da escápula e intercostais 
• A lenta oclusão da artéria permite 
desenvolvimento de circulação colateral, 
evitando isquemia; a oclusão súbita não da 
tempo; sendo assim, a vascularização para o 
braço, antebraço e mão é inadequada 
❖ Compressão da artéria axilar: Pode ser necessário 
comprimir a terceira parte dessa artéria em caso de 
hemorragia (ex: punhal na axila). Caso seja 
necessário, comprimir em um lugar mais proximal, 
pode-se comprimir em sua origem (quando artéria 
subclávia cruza 1ª costela) 
❖ Aneurisma da artéria axilar: A primeira parte da 
artéria axilar pode dilatar-se (aneurisma) e comprimir 
os troncos do plexo braquial, causando dor e perda 
de sensibilidade nas áreas de pele supridas pelos 
nervos afetados. Ex: pode ocorrer em jogadores de 
beisebol por conta dos movimentos rápidos e 
forçados com o braço 
❖ Lesões da veia axilar: Feridas na axila podem afetar 
essa veia por ela ser grande e vulnerável.. Durante 
abdução completa do braço essa veia superpõe-se à 
artéria axilar anteriormente. A ferida na parte 
proximal dessa veia é muito perigosa, pois além de 
causar grande hemorragia há o risco de entrada de 
ar e surgimento de êmbolos gasosos (bolhas de ar) 
no sangue 
❖ Papel da veia axilar na punção da veia subclávia: A 
veia axilar passa a ser chamada de veia subclávia 
quando cruza a 1ª costela.. O ponto de entrada da 
agulha em uma “punção de veia subclávia” é a parte 
terminal da veia axilar; a extremidade da agulha, 
porém, prossegue quase imediatamente até a luz da 
veia subclávia. Assim, no pov clínico, é importante 
que a veia axilar situe-se anterior e inferiormente à 
artéria axilar e às partes do plexo braquial que 
circundam a artéria nesse ponto 
❖ Aumento dos linfonodos axilares: Linfangite é um 
distúrbio caracterizado pela inflamação dos vasos 
linfáticos do membro superior podendo causar o 
aumento dos linfonodos axilares (se tornam 
dolorosos e inflamados).O grupo umeral de 
linfonodos é o 1º a ser acometido. Estrias quentes, 
vermelhas e dolorosas surgem na pele do membro. 
Infecções na região peitoral e mama também 
podem causar aumento dos linfonodos axilares. 
• No câncer metástico do grupo apical, muitas 
vezes linfonodos aderem à veia axilar, o que 
pode requerer excisão de parte desse vaso 
• O aumento dos linfonodos apicais pode obstruir 
a veia cefálica superiormente ao músculo 
peitoral menor 
❖ Dissecção dos linfonodos axilares: Muitas vezes tal 
ação é necessária para estadiamento e 
determinação do tratamento apropriado de um 
câncer. Os linfonodos estão organizados e recebem 
linfa (e, portanto, células metásticas) é preciso retirá-
los e examiná-los na ordem em que se encontram 
para determinar o grau de desenvolvimento do 
câncer e a probabilidade de metástase. Após a 
retirada, a drenagem linfática pode ser impedida, 
resultando em linfedema, secundário ao acúmulo de 
linfa, sobretudo no tecido subcutâneo. 
• Durante essa dissecação há o risco de lesão de 
2 nervos: torácico longo e toracodorsal (se 
linfonodos estiverem acometidos por tumor 
maligno é preciso sacrificá-lo ao ressecar os 
linfonodos para aumentar probabilidade de 
retirada completa de células malignas) 
 
Plexo Braquial 
• A maioria dos nervos no membro superior se origina 
no plexo braquial, uma rede nervosa que supre o 
membro superior; começa no pescoço e estende-se 
até a axila 
• Ele é formado pela união dos ramos anteriores dos 
4 últimos nervos cervicais (C5-C8) e o primeiro 
nervo torácico (T1) que constituem as raízes do 
plexo braquial 
• As raízes atravessam a abertura entre os m. 
escalenos anterior e médio com a artéria subclávia 
• As raízes se unem, na parte inferior do pescoço, 
para formar 3 troncos: tronco superior (C5 + C6); 
tronco médio (continuação da raíz C7); tronco 
inferior (C8 + T1) 
• Cada tronco ramifica-se em divisões anteriores e 
posteriores quando o plexo atravessa o canal 
cervicoaxilar posteriormente à clavícula. As divisões 
anteriores suprem os compartimentos anteriores 
(flexores) do membro superior e as divisões 
posteriores suprem os compartimentos posteriores 
(extensores) 
• Essas divisões formam 3 fascículos: fascículo lateral 
(FL) (div. anteriores dos troncos superior e médio); 
fascículo medial (FM) (div. anterior do tronco inferior); 
fascículo posterior (FP) (div. posteriores dos 3 
troncos) 
• O fascículo lateral situa-se lateralmente à artéria axilar 
• O plexo é dividido em partes supraclavicular e 
infraclavicular pela clavícula 
• 4 ramos da parte supraclavicular originam-se das 
raízes e troncos do plexo (nervo dorsal da escápula, 
nervo torácico longo, nervo para o músculo 
subclávio e nervo supraescapular) e pode-se ter 
acesso a eles através do pescoço 
• Os ramos musculares originam-se das raízes do 
plexo e suprem os m. escaleno e longo do pescoço 
• Os ramos da parte infraclavicular originam-se dos 
fascículos e pode-se ter acesso a eles através da 
axila: nervo musculocutâneo (ramo terminal do FL, 
recebendo fibras de C5-C7); nervo mediano (raiz 
lateral do nervo mediano é um ramo terminal do FL; 
raiz mediana do nervo mediano é um ramo terminal 
do FM; nervo ulnar (maior ramo terminal do FM, 
recebendo fibras de C7, C8, T1); nervo axilar (ramo 
terminal do FP, recebendo fibras de C5, C6); nervo 
radial (maior ramo terminal do FP, recebendo fibras 
de C5-T1; maior ramo do plexo) 
 
❖ Variações do plexo braquial: Quando a raiz superior é 
C4 e a inferior C8, há um plexo braquial prefixado; 
quando a raiz superior é C6 e a inferior é T2, há um 
plexo braquial pós-fixado 
• No último tipo, o tronco inferior do plexo pode 
ser comprimido pela 1ª costela, produzindo 
sintomas neurovasculares no membro superior 
• Também pode haver variações na formação 
dos troncos, divisões e fascículos; na origem 
e/ou associação de ramos; e na relação com a 
artéria axilar e músculos escalenos. Em certas 
pessoas, divisões do tronco ou formações de 
fascículos podem estar ausentes, porém a 
constituição de ramos terminais fica inalterada. 
Ex: o nervo mediano pode ter 2 raízes mediais 
em vez de 1 
❖ Lesões do plexo braquial: Doença, estiramento e 
feridas na região lateral do pescoço ou na axila 
podem lesionar o plexo braquial, que ocasionam 
paralisia e anestesia 
• Na paralisia completa não há movimento 
detectável; na incompleta nem todos os 
músculos estão paralisados, movimentos são 
fracos em comparação com lado normal 
• Lesões das partes superiores do plexo (C5 e 
C6) geralmente resultam de um aumento 
excessivo no ângulo entre o pescoço e ombro 
• Quando a pessoa é arremessada o ombro pode 
bater em algo, e para, mas a cabeça e o tronco 
continuam a se mover. Isso causa distensão ou 
ruptura das partes superiores do plexo ou 
avulsiona (arranca) raízes do plexo da medula 
espinal 
• A lesão do tronco superior do plexo é notada 
pela “posição da mão de gorjeta do garçom”, na 
qual o membro fica em rotação medial ao lado 
do corpo. Essas lesões superiores também 
podem ocorrer em recém-nascidos quando há 
estiramento excessivo do pescoço durante o 
parto 
• Como resultado das lesões das partes 
superiores do plexo (paralisia de Erb-Duchenne), 
há paralisia dos músculos supridos pelos nervos 
espinais C5/C6: deltoide, bíceps braquial e 
braquial.. Há perda da capacidade de adução do 
ombro, rotação medial do braço e extensão do 
cotovelo, e perda parcial da sensibilidade do 
antebraço; essa lesão também pode causar 
espasmos musculares e incapacidade grave em 
trilheiros (paralisia por mochila) que carregam 
mochilas pesadas por longos períodos 
• A neurite aguda do plexo é um distúrbio 
neurológico de causa desconhecida, 
caracterizado pelo início súbito de dor intensa, 
geralmente na região do ombro. Quase sempre 
a dor surge a noite junto com fraqueza 
muscular e às vezes atrofia muscular (amiotrofia 
neurológica) 
• A inflamação do plexo braquial (neurite braquial) 
é precedida por algum evento (infecção 
respiratória alta, vacinação ou trauma) 
• A compressão dos fascículos do plexo pode ser 
causada pela hiperabdução prolongada do braço 
durante a realização de tarefas manuais acima 
da cabeça; eles são invadidos/comprimidos entre 
o tendão do peitoral menor e o processo 
coracóide da escápula; sintomas neurológicos 
comuns são dor que se irradia pelo braço, 
formigamento (parestesia), dormência, eritema 
(vermelhidão da pele causada por dilatação 
capilar) e fraqueza das mãos. 
• Compressão da artéria e veia axilar causa 
isquemia do membro superior e dilatação das 
veias superficiais 
• Lesões das partes inferiores do plexo (C8 e T1) 
(paralisia de Klumpke) são menos comuns; 
podem ocorrer quando o membro superior é 
subitamente puxado para cima ou quando o 
membro superior de um bebê é tracionado 
excessivamente durante o parto; esses eventos 
podem arrancar raízes dos nervos espinais; 
músculos curtos das mãos são afetados, 
resultando em mão de garra 
 
❖ Bloqueio do plexo braquial: A injeção de solução 
anestésica na bainha axilar ou ao seu redor, 
interrompe condução de impulsos dos nervos 
periféricos e provoca anestesia de estruturas 
supridas pelos ramos dos fascículos do plexo. 
• A sensibilidade é bloqueada nas estruturas 
profundas do membro superior e pele distal ao 
braço. 
• Esse procedimento permite que cirurgiões 
operem nos membros superiores sem anestesia 
geral. Bloqueios interescalênico, supraclavicular e 
axilar são técnicas de anestesia do plexo 
 
Braço: 
• Estende-se do ombro até o cotovelo; a articulação 
do cotovelo, entre o braço e o antebraço, faz 
flexão-extensão e pronação-supinação. Os músculos 
responsáveis por esses movimentos são divididos 
em posterior e anterior 
• Compartimento anterior (flexor): bíceps braquial, 
braquial e coracobraquial, supridos pelo nervo 
musculocutâneo; são mais fortes que m. extensores 
• Compartimento posterior (extensor): tríceps braquial, 
supridopelo nervo radial; músculo ancôneo, auxiliar 
do tríceps braquial 
➢ Bíceps braquial: As suas duas cabeças originam-
se na região proximal por fixações tendíneas 
aos processos da escápula., e seus ventres 
carnosos unem-se distais à parte média do 
antebraço; o músculo não se fixa ao úmero 
• É um “músculo triarticular”, que cruza e é capaz 
de realizar movimentos nas articulações do 
ombro, cotovelo e radiulnar 
• Quando o antebraço está em supinação, o 
bíceps é mais eficiente na flexão; quando o 
antebraço está em pronação, o bíceps é o mais 
forte supinador do antebraço. Ex: retirar rolha de 
vinho; a cabeça curta resiste à luxação do 
ombro 
• O tendão arredondado da cabeça longa do 
bíceps, que se origina do tubérculo 
supraglenoidal da escápula e cruza a cabeça do 
úmero dentro da cavidade da articulação do 
ombro, é circundado pela membrana sinovial 
enquanto desce no sulco intertubercular do 
úmero. O ligamento transverso do úmero 
(segue do tubérculo menor até o maior do 
úmero) converte o sulco intertubercular em um 
canal, mantendo o tendão mencionado no sulco 
• Na parte distal, a principal fixação do m. bíceps b. 
é a tuberosidade do rádio, através do tendão 
desse músculo 
• A aponeurose do m. bíceps b., parte do tendão 
do m. bíceps b., atravessa a fossa cubital e 
funde-se à fáscia do antebraço (muscular), 
cobrindo músculos flexores na parte medial do 
antebraço 
• A aponeurose protege essa e outras estruturas 
na fossa cubital; ajuda a reduzir a pressão do 
tendão do m. bíceps b. sobre a tuberosidade do 
rádio durante pronação e supinação do 
antebraço 
➢ Braquial: É achatado e está localizado posterior 
ao m. bíceps b. A fixação distal cobre a parte 
anterior da articulação do cotovelo 
• É o principal flexor do antebraço; flete o 
antebraço em todas as posições, não sendo 
afetado pela pronação/supinação, durante 
movimentos lentos e rápidos, e na presença ou 
ausência de resistência 
• Quando o antebraço é estendido lentamente, o 
músculo braquial estabiliza o movimento por 
meio de relaxamento lento (contração 
excêntrica) (pegar/deixar xícara com cuidado) 
• O m. braquial se contrai quando o cotovelo é 
fletido e é o principal responsável pela 
manutenção da posição fletida 
➢ Coracobraquial: Músculo alongado na parte 
superomedial do braço; é perfurado pelo nervo 
musculocutâneo; sua fixação distal é o forame 
nutrício do úmero 
• Ajuda a fletir e aduzir o braço e a estabilizar a 
articulação do ombro 
• Com o m. deltoide e a cabeça longa do m. 
tríceps b., atua como músculo direcional, 
resistindo à luxação da cabeça do úmero para 
baixo (ao carregar mala pesada) 
• O nervo mediano e/ou a artéria braquial podem 
seguir profundamente ao m. coracobraquial e 
serem comprimidos por ele 
➢ Tríceps braquial: fica no compartimento 
posterior do braço; tem 3 cabeças: longa, lateral 
e medial; é o principal extensor do antebraço 
• A cabeça longa cruza a articulação do ombro, 
que é estabilizada pelo m. tríceps b., que serve 
como músculo direcional e resiste ao 
deslocamento inferior da cabeça do úmero 
• A cabeça medial é o carro-chefe da extensão 
do braço 
• A cabeça lateral atua na atividade contra 
resistência. 
• Próximo a fixação distal do m. tríceps b. há uma 
bolsa subtendínea do m. tríceps b., redutora de 
atrito, entre o tendão do m. tríceps b. e o 
olecrano 
➢ Ancôneo: É um músculo pequeno localizado na 
face posterolateral do cotovelo; está 
parcialmente fundido ao m. tríceps b. 
• Ajuda o m. tríceps b. a estender o antebraço e 
tensiona a cápsula da articulação do cotovelo, 
evitando que seja pinçada durante a extensão; 
também abduz a ulna durante pronação do 
antebraço 
 
➢ Artéria braquial: É a continuação da artéria axilar 
e é responsável pelo suprimento arterial 
principal do braço.; começa na margem inferior 
do m. redondo maior e termina na fossa cubital, 
onde, sob o revestimento da aponeurose no m. 
bíceps b. divide-se nas artérias radial e ulnar 
• Situa-se anteriormente aos m. tríceps b. e 
braquial. Pulsações são palpáveis no sulco 
bicipital medial 
• A artéria braquial dá origem a muitos ramos 
musculares e à artéria nutrícia do úmero 
• Ramos originados de sua face medial: artéria 
braquial profunda e artérias colaterais ulnares 
superior e inferior; essas colaterais ajudam a 
formar as anastomoses arteriais periarticulares 
da região do cotovelo 
 
➢ Veias do braço: As veias superficiais ficam na 
tela subcutânea e as profundas acompanham as 
artérias; vávulas são mais numerosas nas 
profundas 
• Veias superficiais: 2 principais – veias cefálica e 
basílica 
• Veias profundas: Veias profundas pareadas, que 
juntas formam a veia braquial, formam uma rede 
anastomótica em uma bainha vascular. As 
pulsações da artéria braquial ajudam a deslocar o 
sangue através dessa rede venosa 
• A veia braquial começa no cotovelo pela união 
das veias acompanhantes das artérias ulnar e 
radial e termina se fundindo com veia basílica, 
formando a veia axilar 
➢ Nervos do braço: 
• Nervo musculocutâneo 
• Nervo radial 
• Nervo mediano 
• Nervo ulnar 
 
 
Fossa do cotovelo (cubital): 
• É uma depressão na face anterior do cotovelo. 
Os 3 limites são: 
• Superiormente: linha imaginária que une 
epicôndilos medial e lateral 
• Medialmente: massa de músculos flexores do 
antebraço, mais especificamente, o m. pronador 
redondo 
• Lateralmente: massa de músculos extensores 
do antebraço, mais especificamente, o m. 
braquiorradial 
• O assoalho da fossa cubital é formado pelos m. 
braquial e supinador, do braço e antebraço, 
respectivamente 
• O teto da fossa cubital é formado pela 
continuidade das fáscias do braço e do 
antebraço (muscular) reforçadas pela 
aponeurose do m. bíceps b., tela subcutânea e 
pele 
• O conteúdo da fossa consiste em: parte 
terminal da artéria braquial (entre nervo 
mediano e tendão do m bíceps braquial) e seus 
ramos (artérias radial e ulnar); veias 
acompanhantes das artérias; tendão do m. 
bíceps b.; nervo mediano; nervo radial (situado 
profundamente entre braquiorradial e braquial) 
• Na tela subcutânea sobre a fossa estão a veia 
intermédia do cotovelo, anterior à artéria 
braquial, e os nervos cutâneos medial e lateral 
do antebraço, relacionados às veias basílica e 
cefálica 
 
Casos clínicos de braço e fossa cubital: 
❖ Reflexo miotático bicipital: O membro relaxado é 
avaliado em pronação e extensão parcial do 
cotovelo. O examinador posiciona o polegar no 
tendão do m. bíceps b. e com o martelo de reflexo, 
golpeia o polegar. A resposta normal (positiva) é a 
contração involuntária do m. bíceps b.; respostas 
excessivas, diminuídas ou prolongadas podem indicar 
doença do SNC ou SNP, ou distúrbios metabólicos 
❖ Tendinite do músculo bíceps braquial: O tendão da 
cabeça longa do m. bíceps braquial é revestido por 
uma bainha sinovial e movimenta-se no sulco 
intertubercular do úmero. A inflamação do tendão 
(tendinite bicipital), geralmente causada por 
microtraumas repetidos (esportes com raquete ou 
arremesso). Um sulco estreito e/ou áspero pode 
causar inflamação do tendão, provocando dor à 
palpação e crepitação (ruído) 
❖ Luxação do tendão da cabeça longa do m. bíceps b.: O 
tendão da cabeça longa do m. bíceps b. pode sofrer 
deslocamento parcial/total do sulco intertubercular no 
úmero; pode ocorrer em jovens durante separação 
traumática da epífise proximal do úmero e/ou em 
idosos com história de tendinite bicipital 
❖ Ruptura do tendão da cabeça longa do m. bíceps b.: 
Resulta do desgaste de um tendão inflamado que se 
movimenta no sulco intertubercular do úmero; o 
tendão é arrancado de sua fixação ao tubérculo 
supraglenoidal da escápula. O ventre do músculo 
separado forma uma bola na parte distal anterior do 
braço (deformidade de Popeye). Tal ruptura pode 
resultar da flexão forçada do braço (ex: levantadores 
de peso) ou de tendinite prolongada ou de 
movimentos repetidos acima da cabeça (ex: 
nadadores)❖ Interrupção do fluxo sanguíneo na artéria braquial: 
A interrupção do sangramento sob controle 
cirúrgico ou manual é denominada hemostasia. O 
melhor lugar para se comprimir é medialmente ao 
úmero, perto da porção média do braço. Como as 
anastomoses arteriais ao redor do cotovelo 
propiciam uma circulação colateral, a artéria braquial 
pode ser separada de sua origem sem causar danos 
teciduais (casos de oclusão gradual temporária e 
parcial); em casos de oclusão completa súbita ou a 
laceração da artéria braquial, é uma emergência 
cirúrgica pois a isquemia do cotovelo e antebraço 
acarreta em paralisia dos músculos em poucas horas. 
• Nervos e músculos toleram até 6 horas de 
isquemia; após isso, o tecido necrótico é 
substituído por tecido cicatricial fibroso e causa 
encurtamento permanente dos músculos 
acometidos = deformidade em flexão, a 
síndrome de compartimento isquêmica 
(contratura de Volkmann). Contração do dedo e 
punho causa perda da força na mão por conta 
de necrose irreversível de músculos flexores do 
antebraço 
❖ Fratura do corpo do úmero: Quando ocorre na 
região média pode lesar o nervo radial; o tríceps 
não deve ficar paralisado por conta da origem 
alta dos nervos para 2 de suas 3 cabeças. A 
fratura da parte distal do úmero, perto das 
cristas supraepicondilares = fratura 
supraepicondilar. Os músculos bíceps e tríceps 
tendem a tracionar o fragmento distal sobre o 
proximal, encurtando o membro. Nervos ou 
ramos dos vasos braquiais relacionados ao 
úmero podem ser lesados por um fragmento 
ósseo deslocado 
❖ Lesão do nervo musculocutâneo: Resulta em 
paralisia dos músculos coracobraquial, bíceps 
braquial e braquial. A flexão na articulação no 
ombro pode ser fraca. Há enfraquecimento 
acentuado da flexão da articulação do cotovelo 
e da supinação do antebraço, mas ainda é 
possível realizar esses movimentos a partir dos 
m. braquiorradial e supinador, respectivamente, 
ambos supridos pelo nervo radial. Pode haver 
perda da sensibilidade na face lateral do 
antebraço suprida pelo nervo cutâneo lateral do 
antebraço (continuação do n. musculucutâneo) 
❖ Lesão do nervo radial no braço: Tal lesão acima 
da origem de seus ramos para o m. tríceps b. 
causa paralisia dos m. tríceps, braquiorradial, 
supinador e m. extensores do punho e dos 
dedos; quando é lesado no sulco radial, há 
apenas enfraquecimento do tríceps pois apenas 
a cabeça medial é afetada. O sinal clínico 
característico de tal lesão é a queda de punho 
(incapacidade de estender punho e dedos nas 
articulações metacarpofalângicas) 
❖ Punção venosa na fossa cubital: A fossa cubital 
é o local comum de coleta de amostra e 
transfusão de sangue e de injeções intravenosas 
por conta da acessibilidade das veias. Coloca-se 
um torniquete na região média do braço para 
distende-las. Quando a veia for puncionada, o 
torniquete é removido para que quando a 
agulha for retirada não haja sangramento 
excessivo. A veia intermédia do cotovelo 
geralmente é a selecionada. Ela também é um 
local de introdução de cateteres cardíacos para 
obter amostras de sangue dos grandes vasos e 
das câmaras do coração. Elas também podem 
ser usadas na angiografia coronariana. 
❖ Variação das veias na fossa cubital: Em cerca de 
20% das pessoas, a veia intermédia do 
antebraço divide-se em veia intermédia basílica 
(une-se à veia basílica) e veia intermédia cefálica 
(une-se à veia cefálica). Nesses casos, as veias 
cubitais produzem formação em M 
• A veia intermédia do cotovelo ou veia 
intermédia basílica, qualquer que seja o padrão, 
cruza superficialmente à artéria braquial, da qual 
é separada pela aponeurose do m. bíceps b 
Essas veias são boas para colher sangue, porém 
não para injetar drogas, pois há o risco de 
injetar na artéria braquial. 
 
Antebraço: 
• Segmento do membro superior distal ao braço 
• Entre o braço e o punho (mão) 
• Composto por 2 ossos: rádio (lateral) e ulna 
(medial) 
• Supinação- rádio e ulna paralelos 
• Pronação- rádio cruza sobre a ulna 
• O papel do movimento do antebraço, que 
ocorre nas articulações do cotovelo e radiulnar, 
é ajudar o ombro a aplicar força e a controlar a 
posição da mão no espaço 
• Os compartimentos fasciais dos membros 
geralmente terminam nas articulações; portanto, 
líquidos e infecções nos compartimentos são 
contidos e não podem se disseminar facilmente 
para outros compartimentos 
Músculos: 
• Compartimento flexor-pronador: está localizado 
anteriormente ao rádio, a ulna e a membrana 
interóssea 
• A origem dos músculos flexores-pronadores é 
no epicôndilo medial do úmero e na crista 
supraepicondilar (anteromedialmente) 
• Compartimento extensor-supinador: está 
localizado posteriormente aos ossos e a 
membrana interóssea (posterolateralmente) 
Compartimento anterior: 
• Camada superficial: pronador redondo, flexor radial 
do carpo, palmar longo, flexor ulnar do carpo 
• Camada intermediária: flexor superficial dos dedos 
• Camada profunda: flexor profundo dos dedos, flexor 
longo do polegar, pronador quadrado 
• Estrutura que segura tendões na transição do 
antebraço para a mão: ligamento carpal transverso 
ou retináculo dos músculos flexores- espessamento 
da fáscia (tecido conjuntivo que envolve músculos do 
antebraço) 
• Quase todos os músculos do são inervados pelo 
nervo mediano 
 
➢ Camada superficial: 
• Pronador redondo: realiza a pronação do 
antebraço; tem como inervação o nervo 
mediano; é o limite medial da fossa do cotovelo 
• Flexor radial do carpo: origem próxima ao 
epicôndilo medial; tem sua direção em sentido 
mais lateral; faz flexão da mão e realiza abdução 
da mão; inervado pelo nervo mediano 
• Palmar longo: ventre pequeno; quando contrai 
tensiona aponeurose palmar pata evitar que pele 
da mão se enrugue; é inervado pelo nervo 
mediano 
• Flexor ulnar do carpo: mais medial do 
compartimento anterior da camada superficial; 
vai em direção ao carpo (punho) em sentindo 
mais medial; realiza flexão da mão e adução da 
mão; é inervado pelo nervo ulnar 
 
➢ Camada intermediária: 
• Flexor superficial dos dedos: se origina próximo 
ao epicôndilo medial do úmero; se fixa nas 
falanges médias dos 4 dedos mediais, realizando 
flexão das falanges médias dos 4 dedos; é 
inervado pelo nervo mediano 
 
➢ Camada profunda: 
• Flexor profundo dos dedos: origem próximo a 
membrana interóssea, a ulna; se fixa na falange 
distal; faz flexão das falanges distais; consegue 
cerrar a mão; dupla inervação: metade lateral 
inervada pelo nervo interósseo anterior (ramo 
do nervo mediano) (passa anteriormente a 
membrana interóssea) e sua metade medial é 
inervada pelo nervo ulnar 
• Flexor longo do polegar: realiza a flexão do 
polegar (as duas falanges); origem próximo a 
membrana interóssea, próximo ao rádio e se 
insere no polegar; inervado pelo nervo 
interósseo anterior (ramo do nervo mediano) 
• Pronador quadrado: é o mais profundo dos 
músculos; ajuda a fixar o rádio na ulna, a 
membrana interóssea é fortalecida por esse 
músculo; realiza a pronação; tem fixação 
proximal na ulna e no rádio e puxa o rádio pra 
cruzar sobre a ulna; inversão pelo nervo 
interósseo anterior (ramo do nervo mediano) 
Compartimento Posterior: 
• Alguns músculos realizam extensão e outros 
supinação 
• Músculos tem origem próximo ao epicôndilo lateral 
do úmero, próximo a crista supracondilar 
• Espessamento posterior da fáscia do antebraço = 
retináculo dos músculos extensores - tem a função 
de evitar o efeito de “corda em arco”, ou seja, de 
aproximar tendões do antebraço 
• Todos são inervados pelo nervo radial 
• Camada superficial: braquiorradial, extensor radial 
longo do carpo, extensor radial curto do carpo, 
extensor dos dedos, extensor do dedo mínimo, 
extensor ulnar do carpo 
• Camada profunda: supinador, extensor do indicador, 
abdutor longo do polegar (@), extensor longo do 
polegar (@), extensor curto do polegar (@) 
• (@) - são músculossalientes da camada profunda, 
seus tendões se salientam e formam limite da região 
denominada tabaqueira anatômica 
 
➢ Camada superficial: 
• Braquiorradial: se volta anteriormente; realiza 
flexão do antebraço, principalmente quando o 
antebraço está em pronação media; exceção à 
regra; inervado pelo nervo radial; forma o limite 
lateral da fossa do cotovelo 
• Extensor radial longo do carpo: se fixa 
lateralmente no punho; faz extensão e abdução 
da mão; inervado pelo nervo radial 
• Extensor radial curto do carpo: tem como 
função extensão e abdução da mão; inervado 
pelo ramo profundo do nervo radial 
• Extensor dos dedos: faz extensão dos dedos na 
articulação entre o metacarpo e a falange 
(articulação metacarpo-falangiana) e realiza 
extensão nas articulações interfalângicas; se fixa 
na falange proximal (4 dedos mediais); ele possui 
expansões extensoras e acaba se fixando nas 
falanges distais também; inervado pelo ramo 
profundo do nervo radial 
• Extensor do dedo mínimo: vai fazer extensão 
do dedo mínimo; inervado pelo ramo profundo 
do nervo radial 
• Extensor ulnar do carpo: realiza extensão da 
mão; quando se fixa mais medialmente faz 
adução da mão; inervado pelo ramo profundo 
do nervo radial 
• Flexor radial do carpo + extensor radial longo do 
carpo + extensor radical curto do carpo = 
abdução da mão 
• Extensor ulnar do carpo + flexor ulnar do carpo 
= ação conjunta: adução da mão 
 
➢ Camada Profunda: 
• Supinador: realiza supinação do antebraço que 
envolve parte proximal do rádio; invernado pelo 
ramo profundo do nervo radial 
• Extensor do dedo indicador: extensão do dedo 
indicador; inervado pelo nervo interósseo 
posterior (ramo do ramo profundo do nervo 
radial) 
• Abdutor longo do polegar: abdução do polegar 
(@) 
• Extensor longo do polegar: extensão do polegar 
(2 falanges) (@) 
• Extensor curto do polegar: extensão da falange 
proximal do polegar (@) 
• (@) - inervados pelo nervo interósseo posterior 
(ramo do nervo radial) 
 
• O tendão do músculo extensor longo do 
polegar, o tendão do músculo extensor curto do 
polegar e o tendão do músculo abdutor longo 
do polegar delimitam a tabaqueira anatômica; o 
tendão do extensor longo delimita 
posteriormente, e os outros 2 delimitam 
anteriormente (o abdutor longo é o mais 
anterior) 
• Assoalho da tabaqueira: (interior da tabaqueira 
anatômica) há a artéria radial; há o osso 
escafóide e o osso trapézio 
 
Feixes neurovasculares do antebraço: 
• Há 3 feixes grandes (radial, mediano e ulnar) e 2 
pequenos (interósseos anterior e posterior) 
profundamente à fáscia do antebraço 
• O feixe neurovascular radial (artéria radial + nervos 
acompanhantes + nervo radial superficial) definem a 
margem entre os compartimentos anterior e 
posterior e segue ao longo dela, profundamente ao 
m. braquiorradial 
• Os feixes médio (nervo mediano + artéria e veias 
intermediárias) e ulnar (nervo ulnar + artéria ulnar + 
veias acompanhantes) seguem em um plano fascial 
entre m. flexores intermediários e profundos 
• Os m. flexores do compartimento anterior tem mais 
força e volume que os extensores do 
compartimento posterior; isso, aliada ao fato de que 
a face flexora do membro é a mais protegida, 
explica porque as principais estruturas 
neurovasculares situam-se no compartimento 
anterior, estando no posterior apenas o nervo e 
vasos interósseos posteriores, que são relativamente 
pequenos 
Correlações clínicas: 
❖ Dedo em martelo ou dedo do jogador de beisebol: A 
tensão súbita e forte de um tendão do m. extensor 
longo pode provocar a avulsão de parte de sua 
fixação à falange; tal deformidade resulta da 
hiperflexão da articulação interfalângica distal quando, 
por exemplo, se pega erroneamente uma bola de 
beisebol. Essas ações causam a avulsão da fixação do 
tendão à base da falange distal; a pessoa não 
consegue estender a articulação interfalângica distal 
❖ Fratura do olecrano: Queda sobre o cotovelo 
associada à forte contração súbita do m. tríceps 
braquial causam a lesão; o olecrano fraturado é 
arrancado pela contração do m. tríceps b., e em face 
dessa tração costuma ser necessário o uso de pinos; 
a cicatrização é lenta 
❖ Cisto sinovial do punho: Às vezes surge uma 
tumefação cística indolor na mão, na maioria das 
vezes no dorso. O cisto contém líquido mucoso 
transparente; a causa é desconhecida, mas pode 
resultar de degeneração mucoide; a flexão do punho 
faz o cisto aumentar e pode ser dolorosa; esses 
cistos estão próximos e muitas vezes se comunicam 
com as bainhas sinoviais no dorso do punho; uma 
tumefação cística da bainha sinovial comum dos m. 
flexores na face anterior do punho pode causar 
compressão do nervo mediano mediante 
estreitamento do túnel do carpo (síndrome do túnel 
do carpo) 
❖ Divisão alta da artéria braquial: Às vezes a artéria 
braquial divide-se em um nível mais proximal que o 
habitual. As artérias ulnar e radial começam na parte 
superior/média do braço e o nervo mediano passa 
entre elas. Os nervos mediano e musculocutâneo se 
comunicam 
❖ Artéria ulnar superficial: Em 3% das pessoas, a 
artéria ulnar desce superficialmente aos músculos 
flexores. Essa variação deve ser lembrada ao realizar 
dissecções venosas para coleta de sangue ou 
injeção intravenosa. A tomada da artéria ulnar 
berrante por uma veia pode provocar sua lesão e 
hemorragia. A injeção de determinados 
medicamentos nela pode ser fatal 
❖ Medida de frequência do pulso: O local comum é 
aquele em que a artéria radial está na face anterior 
da extremidade distal do rádio. Nessa área, ela é 
coberta apenas por fáscia e pele; não se deve usar 
o polegar para palpar o pulso, pois ele tem seu 
próprio pulso; o pulso radial também pode ser 
palpado por meio de leve compressão da tabaqueira 
anatômica 
❖ Variações na origem da artéria radial: Sua origem 
pode ser mais proximal do que o habitual; pode ser 
um ramo da artéria braquial ou axilar; às vezes situa-
se superficialmente à fáscia muscular, e não 
profundamente a ela. O vaso aberrante é vulnerável 
a laceração 
❖ Lesão do nervo mediano: Quando tal nervo é 
seccionado na região do cotovelo, há perda da 
flexão das articulações interfalângicas proximais do 1º-
3º dedos e das art. inter. distais do 2º-3º dedos, e 
enfraquecimento da flexão do 4º-5º dedos. A flexão 
nesses últimos não é afetada pois a parte medial do 
FPD, que produz esses movimentos, é suprida pelo 
nervo ulnar; a capacidade de fletir as art. 
metacarpofalângicas do 2º-3º dedo é afetada. 
Quando a pessoa tenta cerrar o punho o 2º-3º dedo 
permanecem parcialmente estendidos (mão de 
benção); também há perda da função do m. tenar 
(função dos m. na base do polegar) 
• Quando há lesão do nervo interósseo anterior, 
músculos tênares não são afetados mas há paresia 
dos m. FPD e FLP. Quando a pessoa tenta opor o 
polegar e o indicador para formar um círculo, é 
formado uma pinça, por conta da ausência de flexão 
da art. interfalângica distal do indicador (síndrome do 
nervo interósseo anterior) 
❖ Síndrome do pronador: É causada por compressão 
do nervo mediano perto do cotovelo Ele pode ser 
comprimido entre as cabeças do m. pronador 
redondo em razão de traumatismo, hipertrofia 
muscular ou faixas fibrosas; portadores apresentam 
dor e dor à palpação na parte proximal e anterior do 
antebraço e hipoestesia da palma. Os sintomas 
sucedem atividades associadas a pronação repetitiva 
❖ Comunicações entre os nervos mediano e ulnar: Às 
vezes esses ramos se comunicam, e são 
importantes clinicamente, pois mesmo com a lesão 
completa do nervo mediano, alguns m. podem não 
ser paralisados, o que leva a conclusão errônea de 
que não foi lesado 
❖ Lesão do nervo ulnar no cotovelo e no antebraço: 
Essas lesões costumam ocorrer: posteriormente ao 
epicôndilo medial do úmero, no túnel cubital formado 
pelo arco tendíneo que une as cabeças umeral e 
ulnar do FUC, no punho, na mão; na primeira região 
(úmero)a lesão decorre do trauma da parte medial 
do cotovelo contra uma superfície dura, com fratura 
do epicôndilo medial; a lesão do nervo ulnar causa 
parestesia na parte medial da palma, no dedo mínimo 
e na metade medial do dedo anular; compressão 
grave também pode causar dor no cotovelo com 
irradiação distal; a lesão desse nervo pode resultar 
em perda motora e sensitiva da mão, sua lesão na 
parte distal do antebraço desnerva maioria dos m. 
intrínsecos da mão. A força de adução do punho é 
comprometida; após lesão dele a pessoa tem 
dificuldade de cerrar o punho pois art. 
metacarpofalângicas são hiperestendidas e não 
conseguem fletir 4º-5º dedos nas articulações 
interfalângicas distais. Além disso, a pessoa não 
consegue estender as art. interfalângicas quando 
tenta retificar os dedos (mão em garra). A 
deformidade resulta da atrofia dos m. interósseos da 
mão supridos pelo nervo ulnar. A garra é produzida 
pela ação sem oposição dos extensores e FPD 
❖ Síndrome do túnel cubital: O nervo ulnar pode ser 
comprimido no túnel cubital. Os sinais e sintomas são 
iguais de uma lesão do nervo ulnar no sulco do 
nervo ulnar na face posterior do epicôndilo medial do 
úmero 
❖ Lesão do nervo radial no antebraço (ramos 
superficiais ou profundos): A lesão no braço por 
fratura no corpo do úmero é proximal aos ramos 
motores do nervo radial para os m. extensores 
longos e curtos do punho e, portanto, provoca a 
“queda do punho”; a lesão do ramo profundo pode 
ocorrer quando lesões da face posterior do 
antebraço são profundas. Tal secção ocasiona 
incapacidade de estender polegar e art. 
metacarpofalângicas dos outros dedos. Não há perda 
de sensibilidade porque esse ramo tem distribuição 
muscular e articular somente. O m. extensor dos 
dedos é paralisado; a secção do ramo superficial, um 
nervo cutâneo, causa perda sensitiva mínima. Na 
maioria das vezes há uma área de anestesia distal às 
bases do 1º-2º metacarpais. A área de perda da 
sensibilidade é menor que o esperado por conta da 
superposição de ramos cutâneos dos nervos 
mediano e ulnar 
❖ Tendinite do cotovelo ou Epicondilite lateral: é um 
distúrbio musculoesquelético doloroso causado pelo 
uso repetitivo dos m. extensores superficiais do 
antebraço. Gera dor sobre o epicôndilo lateral, que 
se irradia para baixo no antebraço; tenistas podem 
desenvolver essa doença; as pessoas costumam 
sentir dor quando abrem uma porta/janela; a flexão 
e extensão forçadas repetidas do punho 
sobrecarregam a fixação do tendão comum dos m. 
extensores, causando inflamação do periósteo do 
epicôndilo lateral 
❖ Síndrome do túnel do carpo: algumas estruturas do 
compartimento anterior do antebraço passam por 
um túnel = túnel do carpo; o acometimento de uma 
estrutura desse túnel que leva a dor/dormência da 
mão; o túnel do carpo é segurado pelo retináculo 
dos musculos flexores; 9 tendões passam nesse 
túnel: 4 tendões do flexor superficial dos dedos, 4 
tendões do flexor profundo dos dedos, 1 tendão do 
flexor longo do polegar; o nervo mediano passa 
junto com esses 9 tendões; se o paciente faz muito 
esforço repetido com esses tendões pode ocorrer 
uma inflamação deles (telosclovite); tendões 
inflamados aumentam de tamanho, logo, comprimem 
o nervo mediano = dormência (parestesia) no início 
na região mais lateral da mão, e se compressão 
persistir o paciente pode ter déficit motor (ex: não 
conseguir movimentar polegar direito, tipo não 
conseguir abotoar camisa); anti-inflamatório resolve 
caso seja tratado no momento inicial; pode ser 
necessário fazer incisão cirúrgica no retináculo dos 
extensores para aliviar a pressão e melhorar a 
sintomatologia do paciente 
❖ Tendinite de Quervain: inflamação dos tendões que 
delimitam a tabaqueira anatômica anteriormente; 
acomete muito pessoas que fazem muitos 
movimentos manuais; tratamento inicial com anti-
inflamatórios, repouso, mas se persistir e incomodar 
pode haver necessidade de fazer cirurgia no 
retináculo dos músculos extensores para aliviar 
pressão 
 
1- Quais são os músculos e sua respectiva inervação da 
camada profunda do compartimento anterior do 
antebraço?? 
2- Qual é o único músculo do compartimento posterior 
do antebraço que realiza flexão do antebraço?? 
3- Quais os tendões e sua posição nos limites da 
tabaqueira anatômica??

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