Prévia do material em texto
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS PLANO DE ESTUDO TUTORADO COMPONENTE CURRICULAR: FUNDAMENTOS PSICOSSOCIAIS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL MÊS/ANO DE ESCOLARIDADE: Agosto/2020 NOME DA ESCOLA: ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR ESTEVÃO ARAÚJO PROFESSORA: PATRICIA EVANGELISTA FIGUEIREDO NOME : TURMA: CURSO NORMAL 1º PERÍODO TURNO: NOTURNO TOTAL DE SEMANAS: 04 NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: 02 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 08 DICA PARA O ALUNO Caro aluno, Parabéns! Concluímos nossos estudos referentes ao Plano de Estudos Tutorado Vol 2. Dessa forma, daremos continuidade aos nossos estudos! Para tanto, você: 1. receberá o Plano de Estudos Tutorado Vol 3 de cada um dos componentes curriculares; 2. terá acesso aos conceitos básicos da aula; 3. realizará algumas atividades; 4. precisará buscar informações em diferentes fontes e 5. deverá organizar o seu tempo e local para estudar, tendo em vista o desenvolvimento de competências e habilidades previstas no plano de ensino e no planejamento dessa disciplina.. QUER SABER MAIS? DICAS PARA APRENDER A GOSTAR DE LER! Nestes dias que você está em casa, a leitura pode ser uma importante aliada para ajudar a passar o tempo. Experimente! Reserve um tempo diário para leitura; Comece por livros finos; Comece por um livro ou tema que você goste muito; Determine a quantidade de páginas para ler por dia; Escolha um lugar tranquilo e aconchegante. 35 36 Socialização, família e escola É na família onde exercitamos as primeiras trocas sociais e posteriormente na escola com os colegas e com figuras de autoridade, como por exemplo, o professor. A criança que entra na fase escolar com uma segurança básica diante de suas capacidades estará mais habilitada a se lançar em novos vínculos, novas trocas podendo assumir sua individualidade no grupo. A escola é o local que propicia o início da identificação da criança com alguns colegas, percebendo as semelhanças e diferenças entre as pessoas. Exercitará sua capacidade de se expressar com os amigos e ao mesmo tempo respeitá-los em sua individualidade. Dificuldades de ajustamento social podem aparecer desde muito cedo, uma criança que tem todas as suas vontades atendidas de imediato em casa terá dificuldade de tolerar frustrações, respeitar os desejos dos outros, não saberá esperar sua vez e provavelmente vivenciará momentos de sofrimento e inadequação. Por outro lado, uma criança insegura poderá fazer tudo para agradar os colegas e ser aceita, aquelas que não tem limites não aceitarão regras dos outros e podem tentar ser sempre o líder da turma , mesmo que seja usando a força e não a empatia. Em nossa sociedade, escola e família são as duas principais instituições responsáveis pela formação do ser humano. A Educação informal (não sistematizada ou não intencional), também chamada de socialização primária, é proporcionada pela família e começa quando nós nascemos, no âmbito privado. Nela, a criança aprende a diferenciar o certo do errado, de acordo com o núcleo em que está inserida. Já a formal ou secundária é oferecida na escola, na esfera pública. SEMANA 1 EIXO PROGRAMÁTICO: FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL DISCIPLINA: Fundamentos Psicossociais do Desenvolvimento Infantil CONTEÚDO: Socialização, família e escola HABILIDADE(S): . Promover o conhecimento e compreensão da importância da integração família e escola no desenvolvimento da criança Utilizar o conhecimento da importância da socialização no desenvolvimento infantil para enriquecimento da prática pedagógica na Educação Infantil. TEXTO 37 Porém, algumas características fazem com que as duas possuam funções e objetivos distintos. Em casa, as relações são assimétricas, ou seja, os pais têm mais autoridade e poder do que os filhos. Além disso, mesmo que o filho brigue ou desobedeça, a mãe e o pai nunca deixarão de ser mãe e pai, e a criança o filho. Isso quer dizer que os papéis se conservam. O mesmo não acontece na instituição de ensino, em que a manutenção das relações depende muito das atitudes. O espaço não é mais de intimidade, é público. Ocorrem mais provocações e brigas entre irmãos do que entre amigos, por exemplo, porque esse primeiro tipo de relação é estável. Na escola, como aluno, se faz a passagem da vida privada para a coletiva. Meninos e meninas deixam de ocupar um lugar privilegiado no seio familiar e tornam-se mais um entre os demais. É dado início a uma nova aprendizagem, em que eles experimentam a igualdade como quando percebem que as regras valem para todos e aprendem a lidar com a diversidade presente, por exemplo, ao conviver com pessoas que possuem outras religiões. No âmbito escolar, a socialização é diferente da familiar, consistindo no ensino de conhecimentos e no desenvolvimento de valores sociais ou coletivos. A criança tem a oportunidade de aprender a viver em uma sociedade democrática. Isso envolve reconhecer os sentimentos do outro, coordenar pontos de vista distintos, lidar com os conflitos de forma não violenta, estabelecer relações e perceber a necessidade de regras para se viver bem. Dessa forma, valores presentes em algumas famílias, como o preconceito, devem ser debatidos e transformados em algo que seja socialmente desejável, como o respeito às diferenças. Não se pode pensar na estruturação escolar apartada da familiar, contudo, é preciso modificar a crença na impotência da escola perante a família. Como sintetiza o filósofo espanhol Fernando Fernández-Savater Martín, da Universidade do País Basco: "Eu não desprezo a Educação paterna e materna, mas tampouco vamos pensar que todos os pais têm ideias que devem ser perpetuadas. Se os pais ensinam coisas boas é ótimo, senão, a sociedade tem que ensinar, porque os valores que devem ser transmitidos não são apenas valores familiares, são valores sociais". Diversos estudos indicam que as instituições escolares influenciam de maneira expressiva na formação moral das crianças e dos adolescentes, quer queiram ou não, e confirmam que o desenvolvimento da moralidade está relacionado à qualidade das relações que se apresentam nos ambientes sociais nos quais o indivíduo interage se mais cooperativos ou autoritários. Evidentemente, essas interações não ocorrem apenas no lar. Além disso, para uma criança que vive em um núcleo familiar disfuncional, a escola pode ser a única estrutura estável. Por fim, independentemente de a família desempenhar seu papel, a escola necessita educar seus alunos para a vivência em uma sociedade democrática e contemporânea, atuando na socialização secundária. A parceria entre família e escola é um dos principais elementos para o sucesso da educação. É comum acreditar que cada um deve cumprir seu papel separadamente. No entanto, os pais e a instituição de ensino devem estar em constante sintonia, tendo como objetivo final o pleno desenvolvimento infantil. Diferentes motivos levam a essa separação. Os pais deixam de se envolver no ambiente escolar e nas atividades e estratégias pedagógicas que envolvem a sua participação. Por outro lado, a família não sente que as suas demandas são acolhidas pelos gestores escolares. 38 Uma das formas para reverter esse cenário é compreender que a educação não é responsabilidade restrita da escola, assim como não está confinada aos muros da instituição. A sociedade como um todo, a escola, a família e outros ambientes estão envolvidos no desenvolvimento humano. Também é importante que a família permita ao aluno resolver questões relacionadas a socialização com outros colegas no ambiente escolar, sem interferir de maneira direta. Já a escola deve possuir uma gestão democrática, capaz de incentivar a participação constante dos pais no ambiente escolar. Essa relação deve ir além dos encontros para discussão de questões burocrática,como reclamações, boletins, reuniões, etc. É importante estar à disposição em horários mais acessíveis e demonstrar que a escola está aberta para o diálogo e novas sugestões. Benefícios da parceria família e escola A sintonia entre família e escola possibilita que o desenvolvimento da criança e o processo de aprendizagem sejam ampliados. Dessa forma, o aluno tem a oportunidade de vivenciar experiências educativas na escola e no convívio familiar. Além disso, também são benefícios da parceria família e escola: Aumento do rendimento escolar Maior envolvimento familiar na escola Acompanhamento constante da criança Desenvolvimento cognitivo e social do aluno, entre outros. Ao visitar uma escola, a família deve verificar se a proposta pedagógica inclui práticas que incluam a participação da família no processo escolar. Dessa forma, fica mais fácil garantir uma educação de excelência para as crianças. Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/8553/o-papel-da-escola-e-da-familia-na- formacao-das-criancas acessado em 18/06/2020 http://plenamente.com.br/artigo.php?FhIdArtigo=116 acessado em 18/06/2020 1- Considerando o texto, responda: Você concorda que a integração família x escola e o processo de socialização são essenciais para o desenvolvimento da criança? Justifique sua resposta. 2- ENUMERE 5 PONTOS QUE VOCÊ JULGA IMPORTSNTE NA RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA. ATIVIDADES http://plenamente.com.br/artigo.php?FhIdArtigo=116 39 O Desenho Infantil O desenho é uma das formas de expressão da criança. O desenho é uma representação gráfica de um objeto real ou de uma idéia abstrata. O desenho é uma das formas de expressão mais antigas da humanidade. Utiliza-se o desenho como uma forma de comunicação desde a pré-história, quando os primeiros homens, por meio de pequenas figuras desenhadas nas rochas e nas paredes das cavernas, manifestavam suas idéias e pensamentos entre si. O desenho e suas etapas A princípio usavam os desenhos para comunicar-se, expressar opiniões, já que todo o mundo era praticamente iletrado. Os desenhos funcionavam como escrita. Com o tempo, o desenho foi ganhando novas formas, novos traços, e foi-se aperfeiçoando até a realidade atual. O desenho é, portanto, uma representação gráfica de um objeto real ou de uma idéia abstrata. O desenho é quase sempre, a primeira grande obra das crianças. Representa seu primeiro tesouro expressivo, já que através dos desenhos dizem muitas coisas de si mesmas. Pode ser que esta seja a razão pela qual muitos pais estão cada dia mais interessados pelos desenhos que fazem seus filhos. O desenho pode-se converter, em alguns casos, no termômetro do estado de ânimo da criança, já que traduz o que a criança sente, pensa, deseja, o que a deixa inquieta, alegre ou triste. Cada criança é um mundo, e isso se vê em seus desenhos. Se você pede a um grupo de crianças que desenhe uma casinha de campo, todos os desenhos sairão diferentes. Podem parecer-se em algo, mas jamais serão iguais. SEMANA 2 EIXO PROGRAMÁTICO: FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL DISCIPLINA: Fundamentos Psicossociais do Desenvolvimento Infantil CONTEÚDO: O desenho infantil HABILIDADE(S): . Promover o conhecimento e compreensão do desenvolvimento do desenho infantil Utilizar o conhecimento do processo de desenvolvimento do desenho infantil para enriquecimento da prática pedagógica na Educação Infantil TEXTO 40 Os 5 estágios de Piaget Em Uma Análise Piagetiana, temos: 1 – Garatuja Faz parte da fase sensório motora ( 0 a 2 anos) e parte da fase pré-operacional (2 a 7 anos). A criança demonstra extremo prazer nesta fase. A figura humana é inexistente ou pode aparecer da maneira imaginária. A cor tem um papel secundário, aparecendo o interesse pelo contraste, mas não há intenção consciente. Pode ser dividida em: Desordenada: movimentos amplos e desordenados. Com relação a expressão, vemos a imitação “eu imito, porém não represento”. Ainda é um exercício. Ordenada: movimentos longitudinais e circulares; coordenação visomotora. A figura humana pode aparecer de maneira imaginária, pois aqui existe a exploração do traçado; interesse pelas formas (Diagrama). Aqui a expressão é o jogo simbólico: “eu represento sozinho”. O símbolo já existe. Identificada: mudança de movimentos; formas irreconhecíveis com significado; atribui nomes, conta histórias. A figura humana pode aparecer de maneira imaginária, aparecem sóis, radiais e mandalas. A expressão também é o jogo simbólico. 2 – Pré-Esquematismo Dentro da fase pré-operatória, aparece a descoberta da relação entre desenho, pensamento e realidade. Quanto ao espaço, os desenhos são dispersos inicialmente, não relaciona entre si. Então aparecem as primeiras relações espaciais, surgindo devido à vínculos emocionais. A figura humana, torna-se uma procura de um conceito que depende do seu conhecimento ativo, inicia a mudança de símbolos. Quanto a utilização das cores, pode usar, mas não há relação ainda com a realidade, dependerá do interesse emocional. Dentro da expressão, o jogo simbólico aparece como: “nós representamos juntos”. 3 – Esquematismo Faz parte da fase das operações concretas (7 a 10 anos).Esquemas representativos, afirmação de si mediante repetição flexível do esquema; experiências novas são expressas pelo desvio do esquema. Quanto ao espaço, é o primeiro conceito definido de espaço: linha de base. Já tem um conceito definido quanto a figura humana, porém aparecem desvios do esquema como: exagero, negligência, omissão ou mudança de símbolo. Aqui existe a descoberta das relações quanto a cor; cor-objeto, podendo haver um desvio do esquema de cor expressa por experiência emocional. Aparece na expressão o jogo simbólico coletivo ou jogo dramático e a regra. 4 – Realismo Também faz parte da fase das operações concretas, mas já no final desta fase. Existe uma consciência maior do sexo e autocrítica pronunciada. No espaço é descoberto o plano e a superposição. Abandona a linha de base. Na figura humana aparece o abandono das linhas. As formas geométricas aparecem. Maior rigidez e formalismo. Acentuação das roupas diferenciando os sexos. Aqui acontece o abandono do esquema de cor, a acentuação será de enfoque emocional. Tanto no Esquematismo como no Realismo, o jogo simbólico é coletivo, jogo dramático e regras existiram. 41 5 – Pseudo Naturalismo Estamos na fase das operações abstratas (10 anos em diante). É o fim da arte como atividade expontânea. Inicia a investigação de sua própria personalidade. Aparecem aqui dois tipos de tendência: visual (realismo, objetividade); háptico (expressão subjetividade). No espaço já apresenta a profundidade ou a preocupação com experiências emocionais (espaço subjetivo). Na figura humana as características sexuais são exageradas, presença das articulações e proporções. A consciência visual (realismo) ou acentuação da expressão, também fazem parte deste período. Uma maior conscientização no uso da cor, podendo ser objetiva ou subjetiva. A expressão aparece como: “eu represento e você vê” Aqui estão presentes o exercício, símbolo e a regra. Alguns psicólogos e pedagogos, em uma linguagem mais coloquial, utilizam as seguintes referencias: De 1 a 3 anos É a idade das famosas garatujas: simples riscos ainda desprovidos de controle motor, a criança ignora os limites do papel e mexa todo o corpo para desenhar, avançando os traçados pelas paredes e chão. As primeiras garatujas são linhas longitudinais que, com o tempo, vão se tornando circulares e, por fim, se fecham em formas independentes, que ficam soltas na página. No final dessa fase, é possível que surjam os primeiros indícios de figuras humanas, como cabeças com olhos. De 3 a 4 anos Já conquistou a forma e seus desenhos têm a intenção de reproduzir algo. Ela também respeita melhor oslimites do papel. Mas o grande salto é ser capaz de desenhar um ser humano reconhecível, com pernas, braços, pescoço e tronco. De 4 a 5 anos É uma fase de temas clássicos do desenho infantil, como paisagens, casinhas, flores, super-heróis, veículos e animais, varia no uso das cores, buscando um certo realismo. Suas figuras humanas já dispõem de novos detalhes, como cabelos, pés e mãos, e a distribuição dos desenhos no papel obedecem a uma certa lógica, do tipo céu no alto da folha. Aparece ainda a tendência à antropomorfização, ou seja, a emprestar características humanas a elementos da natureza, como o famoso sol com olhos e boca. Esta tendência deve se estender até 7 ou 8 anos. De 5 a 6 anos Os desenhos sempre se baseiam em roteiros com começo, meio e fim. As figuras humanas aparecem vestidas e a criança dá grande atenção a detalhes como as cores. Os temas variam e o fato de não terem nada a ver com a vida dela são um indício de desprendimento e capacidade de contar histórias sobre o mundo. De 7 a 8 anos O realismo é a marca desta fase, em que surge também a noção de perspectiva. Ou seja, os desenhos da criança já dão uma impressão de profundidade e distância. Quando são extremamente exigentes, muitas deixam de desenhar se acham que seus trabalhos não ficam bonitos. Como podemos perceber, a linha de evolução é similar mudando com maior ênfase o enfoque em alguns aspectos. O importante é respeitar os ritmos de cada criança e permitir que ela possa desenhar livremente, sem intervenção direta, explorando diversos materiais, suportes e situações. Para tentarmos entender melhor o universo infantil muitas vezes buscamos interpretar os seus desenhos; devemos, porém, lembrar que a interpretação de um desenho isolada do contexto em que foi elaborado não faz sentido. É aconselhável, ao professor, que ofereça às crianças o 42 contato com diferentes tipos de desenhos e obras de artes, que elas façam a leitura de suas produções e escutem a de outros e também que sugira a criança desenhar a partir de observações diversas (cenas, objetos, pessoas) para que possamos ajudá-la a nutrisse de informações e enriquecer o seu grafismo. Assim elas poderão reformular suas idéias e construir novos conhecimentos. Enfim, o desenho infantil é um universo cheio de mundos a serem explorados. Psicomotricidade e o desenho da criança O desenho é uma atividade espontânea e como tal, deve-se respeitá-la e considerá-la como a grande obra das crianças. Se a criança tem vontade de desenhar, anime-a sempre que o faça. O ideal seria que todas as crianças pudessem ter, desde cedo, algum contato com o lápis e o papel. Começarão com rabiscos e logo estarão desenhando formas mais reconhecíveis. Quanto mais a criança desenhar, mais ela se aperfeiçoará e mais benefícios serão notados no seu desenvolvimento. O desenho facilita e faz evoluir a criança em vários aspectos, tais como: na psicomotricidade fina (relaciona-se com os movimentos que exigem maior precisão: coordenação olho-mão e destreza para manipular um objeto. É a maneira como usamos os nossos braços, mãos e dedos de forma precisa, de acordo com a exigência da atividade) na escrita e na leitura na confiança em si mesma na comunicação com os demais na elaboração de seus sentimentos e pensamentos na exteriorização de suas emoções, sentimentos e sensações na criatividade na formação da sua personalidade em sua maturidade psicológica Saiba mais sobre o grafismo infantil: Com 1 ano e meio a criança ainda não tem coordenação motora o suficiente, mas já consegue pegar lápis e fazer traços livres, pelo simples prazer de movimentar. Por isso, prefira os lápis de cera, que não possuem pontas e oferecem menores riscos. Fique atento para a criança não colocar os lápis na boca; Aos 2 anos, aumenta o controle dos movimentos, a noção de espaço do papel e o uso de cores variadas nos rabiscos. Com traços mais firmes, aos 3 anos seu filho começa a desenhar pessoas próximas, casas, paisagens. Com 5 anos, aumenta a quantidade de detalhes nos desenhos, como casas com telhado e chaminé. 7 anos é a idade da organização do espaço no papel, com linhas de base delimitando chão e céu, por exemplo. A identificação do horizonte nos desenhos geralmente se dá por volta dos 9 anos. Com 11 anos a criança amplia a noção de tridimensionalidade e a compreensão consciente do que vê. Aos 13 anos, começam normalmente os desenhos em perspectiva, arquitetônicos e decorativos. 43 Se quiser saber mais, leia: O Desenho Cultivado da Criança: Práticas e Formação de Educadores, Rosa Iavelberg, 112 págs., Ed. Zouk, tel. (51) 3024-7554, 23 reais Tratado de Psicologia Experimental, vol. 8, Paul Fraisse e Jean Piaget, 313 págs., Ed. Forense, tel. (11) 4062-5152 (edição esgotada) Fontes: https://novaescola.org.br/conteudo/121/o-desenho-e-o-desenvolvimento-das- criancas acessado em 18/06/2020 https://mundoemcores.com/quais-sao-as-fases-do-desenho-infantil/ acessado em 18/06/2020 https://br.guiainfantil.com/desenho-infantil/209-desenho-infantil.html acessado em 1- Desenhar é tudo de bom, não é mesmo? Além disso, é uma das primeiras formas que encontramos para exercitar a imaginação. Mas, além de ser uma atividade prazerosa para as crianças, desenhar ajuda as crianças se comunicarem. Os desenhos das crianças também indicam fases do desenvolvimento motor. Pesquise as fases do desenho infantil e ilustre cada fase. 20/06/2020 https://pedagogiaaopedaletra.com/fases-do-desenho-infantil/ 20/06/2020 acessado em ATIVIDADES 44 A teoria das inteligências múltiplas No início dos anos oitenta, na Universidade de Harvard, Estados Unidos, o psicólogo Howard Gardner concluiu, através de suas pesquisas, que a inteligência humana é como um quebra-cabeça composto por peças, todas de mesmo valor e importância. Segundo Gardner, são características que classificam que tipo de inteligência cada pessoa possui, bem como quais as facilidades que essas trazem para nossa vida. Antes dessa descoberta, a principal teoria que tratava da inteligência era a de Alfred Binet, que criou um teste de inteligência que media o QI (quociente de inteligência), mas sua área de atuação se limitava apenas à matemática e linguagem. A palavra inteligência tem sua origem na junção de duas outras palavras latinas, a palavra inter (entre) e a palavra legere (eleger ou escolher), ou seja, é a capacidade de fazer a escolha melhor entre duas ou mais situações. As inteligências levantadas na pesquisa de Gardner saem dessas duas áreas e passam a ter uma área bem mais abrangente, sendo elas: linguística, lógico- matemática, espacial, pictória, musical, corporal-sinestésica, naturalista, interpessoal e intrapessoal, existentes no cérebro de todos os seres humanos, sendo que cada um tem as que são mais e menos desenvolvidas. Proposta por Howard Gardner em 1983, a teoria das inteligências múltiplas revolucionou a forma como entendemos a inteligência. Sua base está no fato de que uma abordagem única para a educação sempre prejudicará alguns alunos. Gardner crê que os testes de QI têm uma relevância limitada para a vida real e, segundo ele, pode haver até oito tipos diferentes de inteligência, que se aplicam em diversas áreas. As afirmações de Gardner são muito semelhantes às feitas sobre a inteligência emocional, outro tipo especial de inteligência que pode ser até mais importante para o sucesso na vida do que a inteligência acadêmica tradicional. SEMANA 3 EIXO PROGRAMÁTICO: FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL DISCIPLINA: Fundamentos Psicossociais do Desenvolvimento Infantil CONTEÚDO: Inteligências Múltiplas: a Teoria; as Inteligências HABILIDADE(S): . Promover o conhecimento e compreensão da teoria das Inteligências Múltiplas Utilizar o conhecimento da teoria das inteligências múltiplas parao exercício de um olhar observador das diversas habilidades da criança TEXTO 45 As inteligências de Howard Gardner Gardner diz que existem vários tipos de inteligência humana, cada uma representando diferentes formas de processamento de informações. Depois de muitos anos de pesquisas com a inteligência humana, o psicólogo Howard Gardner, o professor de Harvard que originalmente propôs a teoria, concluiu que o cérebro do homem possui “tipos” de inteligência. Porém, a maioria das pessoas possui uma ou duas inteligências desenvolvidas. Isto explica porque um indivíduo é muito bom com cálculos matemáticos, porém não tem muita habilidade com expressão artística. De acordo com Gardner, são raríssimos os casos em que uma pessoa possui diversas inteligências desenvolvidas. Podemos citar Leonardo da Vinci como um destes casos raros de genialidade. Ele foi um excelente pintor, botânico, matemático, anatomista e inventor. Por outro lado, o psicólogo afirma que são raros também os casos em que uma pessoa não possui nenhuma inteligência. Gardner ainda afirma que estas inteligências apresentam-se de duas formas. Algumas pessoas já nascem com determinadas inteligências, ou seja, a genética contribui. Porém, as experiências vividas também contribuem para o desenvolvimento de determinadas inteligências. Os estímulos e o ambiente social são importantes no desenvolvimento de determinadas inteligências. Se uma pessoa, por exemplo, nasce com uma inteligência musical, porém as condições ambientais (escola, família, região onde mora) não oferecem estímulos para o desenvolvimento das capacidades musicais, dificilmente este indivíduo será um músico. As Inteligências múltiplas Inteligência lógico-matemática: Esse tipo de inteligência é mais voltado para conclusões baseadas na razão, e descreve a capacidade de resolver equações e provas, de ter pensamento lógico, detectar padrões, fazer cálculos e resolver problemas abstratos. Por muito tempo esse foi o principal tipo utilizado para medir a inteligência de uma pessoa, através do teste de QI. O estilo de aprendizagem que mais se encaixa nesse perfil é aquele focado nos números e na lógica. E as profissões que se destacam nesse tipo de inteligência são as de engenheiro, cientista, contador, estatístico e analista. Inteligência espacial-visual: Essa inteligência está ligada à percepção visual e espacial, à interpretação e criação de imagens visuais e à imaginação pictórica. Ela permite que as pessoas compreendam melhor informações gráficas, como mapas. O estilo de aprendizado está mais relacionado a imagens, gravuras, formas e espaço tridimensional. Artista, arquiteto, fotógrafo, designer e escultor são profissões mais ligadas a esse tipo de inteligência. Inteligência verbo-linguística: refere-se não apenas à capacidade oral, mas também a outras formas de expressão, como a escrita ou mesmo o gestual. A inteligência verbo-linguística refere-se à capacidade de um indivíduo de se expressar, seja por meio da linguagem ou de gestos. Assim como a forma de analisar e interpretar ideias e informações, e produzir trabalhos envolvendo linguagem oral e escrita. 46 Pessoas com esse tipo de inteligência mais desenvolvido costumam ser ótimos comunicadores e oradores, e aprendem idiomas com certa facilidade. O estilo de aprendizagem está relacionado à linguagem e às palavras. As profissões que mais se encaixam com esse tipo de inteligência são: escritor, advogado, poeta, jornalista, redator e relações públicas. Inteligência interpessoal: reflete a capacidade de reconhecer e entender os sentimentos, motivações, desejos e intenções de outras pessoas. Diz respeito à capacidade de se relacionar com os outros, e o estilo de aprendizado ligado a esse tipo de inteligência envolve contato humano, trabalho em equipe e comunicação. Profissões como terapeuta, professore, psicólogo, médico, profissional de RH e político são mais relacionadas com esse tipo de inteligência. Inteligência intrapessoal: refere-se à capacidade das pessoas de reconhecerem a si mesmos, percebendo seus sentimentos, motivações e desejos. Está ligada à capacidade de identificar seus hábitos inconscientes, transformar suas atitudes, controlar vícios e emoções. A principal forma de aprendizado está ligada à autorreflexão. Essa inteligência pode ser aplicada a qualquer profissão, pois diz respeito a conhecer a si mesmo. Inteligência naturalista: refere-se à capacidade de compreender o mundo natural, identificando e distinguindo entre diferentes tipos de plantas, animais e formações climáticas. O tipo de aprendizagem relacionado com essa inteligência é aquele que se dá por meio do contato com a natureza, e as profissões relacionadas são as de biólogo, geólogo, engenheiro climático, jardineiro e meteorologista. Apesar desse tipo de inteligência não fazer parte do estudo original de Gardner, ele decidiu inclui-lo em 1995, por ser uma inteligência essencial para a sobrevivência no futuro. Inteligência corporal-cinestésica: implica o uso do próprio corpo para resolver problemas. Diz respeito à capacidade de controlar os movimentos corporais, ao equilíbrio, à coordenação e à expressão por meio do corpo. As profissões mais ligadas a esse tipo de inteligência são: dançarino, ator, esportista, mergulhador, bombeiro e motorista. O tipo de aprendizado é geralmente relacionado com a experiência física e movimento, sensações e toque. Inteligência musical: permite aos indivíduos produzir, compreender e identificar os diferentes tipos de som, reconhecendo padrões tonais e rítmicos. O tipo de aprendizado é relacionado com músicas, ritmos e sons, e as profissões mais ligadas a esse tipo de inteligência são: músico, compositor, DJ, cantor, produtor musical e engenheiro acústico. Inteligência Pictórica: está ligada a pessoas com facilidade em se expressar através dos desenhos, pinturas e esculturas e que criam imagens mentais. Os pintores, escultores e artistas plásticos possuem essa inteligência mais desenvolvida. 47 A diferença entre inteligências múltiplas e estilos de aprendizagem Um equívoco comum sobre essa teoria é a ideia de que as inteligências múltiplas significam o mesmo que aprender novas habilidades. As inteligências múltiplas representam diferentes capacidades intelectuais. Os estilos de aprendizagem, de acordo com Howard Gardner, são as formas pelas quais um indivíduo aborda uma série de tarefas. Segundo Gardner, todas as pessoas têm todos os tipos de inteligência listadas acima, em diferentes níveis de aptidão. E as experiências de aprendizagem não precisam necessariamente se relacionar com a área de inteligência mais forte de uma pessoa. Por exemplo, se alguém é habilidoso em aprender novos idiomas, isso não significa necessariamente que essa pessoa prefere aprender através de palestras. Alguém com alta inteligência visual, como um designer, pode se beneficiar do uso de imagens para se lembrar de informações. Trajetória da teoria Gardner iniciou a formulação da ideia de "inteligências múltiplas" com a publicação da obra "The ShatteredMind" (1975). Mais tarde, conceituou a inteligência como "um potencial biopsicológico para processar informações que pode ser ativado num cenário cultural para solucionar problemas ou criar produtos que sejam valorizados numa cultura". Somente em um processo mais recente de revisão de sua teoria, Gardner acrescentou a "Inteligência Naturalista" à lista original. O mesmo não ocorreu com a chamada "Inteligência Existencial" ou "Inteligência Espiritual". Embora o autor se sinta interessado por este nono tipo, conclui que "o fenômeno é suficientemente desconcertante e a distância das outras inteligências suficientemente grande para ditar prudência - pelo menos por ora" – concluiu na sua obra "Inteligência: um conceito reformulado" (2001). Gardner sustenta que as inteligênciasnão são objetos que possam ser quantificados, e sim, potenciais que poderão ser ou não ativados, dependendo dos valores de uma cultura específica, das oportunidades disponíveis nessa cultura e das decisões pessoais tomadas por indivíduos e/ou suas famílias, seus professores e outros. Testando as Inteligências Múltiplas Embora seja comum no meio acadêmico desejar quantificar a inteligência (os testes de Q.I. são um exemplo), Gardner desaprova tais ideias e não propõe nenhum método para quantificar as inteligências múltiplas. Isto, porém, não impede outros teóricos de formularem testes. O que a Teoria das Inteligências Múltiplas pode nos ensinar Embora ainda seja necessária uma pesquisa adicional para determinar as melhores medidas para se avaliar a inteligência das pessoas, essa teoria proporcionou a ampliação das definições que temos atualmente. É importante que comecemos a pensar sobre as diferentes maneiras pelas quais a informação pode ser apresentada e aprendida. Existem alguns testes que podem te ajudar a ver quais tipos de inteligência são mais relacionados contigo. Eles são uma maneira interessante de aprender sobre como alguns de nossos gostos e interesses podem influenciar na forma como percebemos as informações. 48 Porém, esses resultados não são destinados a rotular as pessoas como portadoras de certo tipo de inteligência e que por isso sua forma de aprendizado deverá ser sempre relacionada a ela. Essa rotulagem cria limites e, quando se trata de aprender, devemos evitar restringir a forma como definimos nosso potencial. As pessoas têm muitas inteligências diferentes, e a força em uma área não significa fraqueza em outra. Fonte: https://educador.brasilescola.uol.com.br/orientacoes/inteligencias-multiplasnovo- conceito-educacao.htm acessado em 19/06/2020 https://www.hipercultura.com/inteligencia-multipla-conheca-os-varios-tipos-de- inteligencia-e-descubra-a-sua/ acessado em 19/06/2020 1- Em alguma ocasião você já avaliou as suas habilidades? Você percebe que certas atividades a levam a pensar de um modo diferente e que algumas despertam em você maior entusiasmo? Qual (quais) é (são) o(s) tipo(s) de inteligência que, em sua opinião, são mais relacionados com você? Justifique sua resposta. 2- Em que aspecto(s), em sua opinião, as pesquisas de Garner são importantes para a Educação Infantil? ATIVIDADES http://www.hipercultura.com/inteligencia-multipla-conheca-os-varios-tipos-de- 49 O desenvolvimento das inteligências A Inteligência tem por definição a capacidade mental de raciocinar, planejar, resolver problemas, ter ideias, bem como aprender e compreender linguagens diferentes. Estudiosos, filósofos e pesquisadores buscam entender melhor e mensurar o que, também, pode ser chamado de habilidade cognitiva. Em 1900 o psicólogo francês, Alfred Binet, foi requisitado para mensurar o grau de inteligência de crianças nas escolas, surgindo após a 1ª guerra mundial o teste de Q.I. (Quociente Intelectual). Tal teste tinha por finalidade geral diferenciar crianças com déficit mental e crianças com o intelectual “dentro da média”, nos mais diferentes graus. Posteriormente, o professor e psicólogo norte-americano Howard Gardner desenvolveu a teoria da inteligência múltipla. Segundo ele, a inteligência não podia ser considerada como estagnada e passível de ser medida quantitativamente. A teoria de Gadner também salientava que a inteligência não se resumia apenas a habilidade de solucionar problemas ou agir conforme testes de quociente intelectual; a inteligência teria diferentes facetas, sendo dividida em: Inteligência Lógico-Matemática; Inteligência Linguística; Inteligência Pictórica; Inteligência Espacial; Inteligência Corporal Sinestésica; Inteligência Musical; Inteligência Naturalista; Inteligência Interpessoal; Inteligência Intrapessoal. A Inteligência Múltipla rompe com o pensamento antigo de que a inteligência humana era única e fechada, que poderia ser medida apenas por meio do QI que, geralmente, mede o raciocínio lógico do indivíduo, porém, Gardner mostrou que outras habilidades também entram na categoria de inteligência e que funcionam como várias peças que podem ser desenvolvidas de uma maneira geral ou separadamente. Por exemplo, quando uma pessoa tem problemas para resolver cálculos, porém tem uma habilidade absurda para compreender os cenários ao seu redor e transformá-los em objetos, como no caso dos artistas plásticos. Isso não SEMANA 4 EIXO PROGRAMÁTICO: FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL DISCIPLINA: Fundamentos Psicossociais do Desenvolvimento Infantil CONTEÚDO: O desenvolvimento das inteligências; Teoria das inteligências múltiplas e a educação HABILIDADE(S): . Promover o conhecimento e compreensão da teoria das Inteligências Múltiplas Utilizar o conhecimento da teoria das inteligências múltiplas para o exercício de um olhar observador das diversas habilidades da criança TEXTO 50 significa que ela seja mais ou menos inteligente do que a pessoa com habilidades matemáticas, e sim que possui uma inteligência específica mais desenvolvida. As crianças podem adquirir um desenvolvimento em suas inteligências quando ocupam seu tempo fazendo atividades diversas que possam lhes despertar e aperfeiçoar conhecimentos dos quais elas ainda não sabem que têm habilidades (como aulas de idiomas, esportes etc). Os seres humanos têm a habilidade de dominar um ou mais tipos de inteligências, porém, principalmente nos últimos anos, as pessoas procuram desenvolver todas elas. Ao incentivar as pessoas a desenvolverem talentos e aptidões desde pequenas, a probabilidade é de que, na vida adulta, elas sejam mais capazes de resolver problemas de todas as naturezas e tenham múltiplas habilidades, o que seria um diferencial para elas no futuro, se tratando de mercado de trabalho. As crianças que são incentivadas a curiosidade e exploração desde cedo, adquirem mais capacidade e habilidades na escola e conseguem se relacionar melhor com seus colegas. Desse modo, a tendência é que, no futuro, sejam profissionais mais qualificados e dedicados, com facilidades para desenvolver novas habilidades e ao mesmo tempo serem mais sociáveis. Teoria das inteligências múltiplas e a educação: As Inteligências Múltiplas apontam para uma educação mais personalizada De maneira geral a inteligência sempre foi entendida como uma característica essencialmente humana. Já hoje sabemos que existem teorias apontando para indícios de inteligência animal. Ainda assim, não restam dúvidas de que a espécie Homo Sapiens se sobressai a todas as outras nesse sentido. Mas o que é exatamente Inteligência e de que forma ela se estrutura ou mesmo evolui? Diretamente ligada a uma capacidade de processamento cerebral, a inteligência costuma ser lida como a faculdade de entender e pensar em diferentes níveis. E esses níveis definiriam o que seria uma pessoa mais ou menos inteligente. Estudiosos desenvolveram até mesmo uma maneira de medi-la através de testes como o famoso teste de QI (quoeficiente de inteligência). Porém, com o tempo surgiram novas abordagens e o que muitos entendem como Inteligência, na verdade diz respeito apenas à cognição. Ou seja, a capacidade mental ou cerebral de interpretar informações e responder à elas. É a inteligência cognitiva medida em testes como o QI e que representa o intelecto. Hoje sabemos que ela não é a única. Especialmente a partir da década de 90, após o lançamento do livro “Inteligência Emocional” de Daniel Goleman. O autor foi responsável por popularizar o termo que entra cada vez mais em debate no setor educacional. Segundo ele e diversos outros estudiosos que surgiram tanto antes quanto depois de seu livro, a Inteligência emocional, apesar de muito relevante, tem sido amplamente desconsiderada. Um outro fator desconsideradoe apontado até mesmo um pouco antes do campo emocional, durante a década de 80, é a possibilidade de que a Inteligência não seria homogênea e aplicável a qualquer área. Essa é a base da teoria das Inteligências Múltiplas, de Howard Gardner. As Inteligências Múltiplas e a aprendizagem As Múltiplas Inteligências ajudam os educadores a entender o quanto cada ser humano é único e dessa forma reconhecer potenciais e desafios coerentes à realidade de cada um. Vale lembrar que quando dividimos a Inteligência em dois grandes grupos: (cognitiva e emocional), essas Inteligências Múltiplas estão presentes entre elas. Diante das habilidades interpessoais e intrapessoais, por exemplo, estamos lidando mais fortemente com o campo da Inteligência Emocional. Ainda assim, não significa que todas as outras são puramente cognitivas. Isso porque a Inteligência Emocional permeia todas as áreas. Quando falamos de uma pessoa que tem tendência naturalista por exemplo, é nítida a habilidade da empatia. Afinal, pensar no planeta para além de suas questões pessoais, é pensar no todo. E a empatia é uma habilidade socioemocional. É claro que a todo momento, a Inteligência Emocional, ainda que não seja o fator dominante de todas essas categorias estruturadas por Gardner, é capaz de potencializar ou diminuir seus efeitos. Uma pessoa que possua inteligência linguística mas não tanta inteligência interpessoal, pode bloquear a sua capacidade de comunicação diante dos outros. Assim como um aluno que escreve excelentes textos mas diante de uma apresentação para a sala se sente nervoso e trava. Também há de se considerar que uma pessoa não possui apenas um tipo de Inteligência e sim uma mistura de todas em diferentes níveis. Só é importante reconhecer quais são aquelas que se destacam ou se distanciam de cada aluno. Sendo assim, os educadores precisam estar atentos não apenas para identificá-las, mas também desenvolvê-las. Desse modo, são respeitadas certas limitações, enquanto outros potenciais poderão ser explorados mais a fundo. Fonte: https://educador360.com/gestao/inteligencias-multiplas-educacao/ acessado em 20/06/2020 1- Você está disposta a desenvolver esse olhar e ensinar de maneira mais adequada considerando a individualidade de seus alunos? Justifique sua resposta. 2- Defina inteligência linguística. 3- O que são inteligências múltiplas? ATIVIDADES 51 SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS Socialização, família e escola A escola é o local que propicia o início da identificação da criança com alguns colegas, percebendo as semelhanças e diferenças entre as pessoas. Exercitará sua capacidade de se expressar com os amigos e ao mesmo tempo respeitá-los em sua individualid... A teoria das inteligências múltiplas O desenvolvimento das inteligências