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Psicologia da Aprendizagem I SEAD/UEPB 155 VIII UNIDADE As Inteligências Múltiplas de Howard Gardner 156 EAD/UEPB I Psicologia da Aprendizagem Apresentação Nas unidades anteriores, já vimos que a visão constru- tivista considera o aluno como sujeito protagonista no pro- cesso de construção do seu saber. Compartilhando com esse ponto de vista, o norte ameri- cano, Howard Gardner observou que até mesmo os grandes expoentes desta corrente teórica, como Vygotsky e Piaget, privilegiaram exclusivamente, os conhecimentos linguísticos e lógico-matemáticos nos seus estudos. No início da déca- da de 1980, Gardner defendeu a idéia de que as pessoas possuem “diferentes inteligências” que são relativamente in- dependentes; possuem origem e limites genéticos próprios e substratos neuroanatômicos específicos e têm processos cognitivos próprios. De acordo com ele, as pessoas possuem graus variados de cada uma das inteligências e combina- ções entre elas diferentes, que se organizam para resolverem problemas e criarem produtos. Gardner destaca que em- bora essas competências intelectuais sejam independentes entre si, elas raramente atuam isoladamente. Atualmente, a denominada ”teoria de inteligências múltiplas” está em ex- pansão, e seu precursor, Gardner, leciona na Universidade de Harvard e na Boston School of Medicine e é integrante do grupo de pesquisa Good Work Project, que defende o com- portamento ético. Esta teoria tem conquistado milhares de adeptos e passou a ser adotada como prática pedagógica em escolas em todo o mundo. Convido você para adentrarmos nesse estudo a partir de agora. Psicologia da Aprendizagem I SEAD/UEPB 157 Objetivos Ao final desta unidade, esperamos que você tenha condições de: • Reconhecer as capacidades humanas diferenciadas que são uti- lizadas para resolver os problemas do dia a dia; • Definir “inteligência” de acordo com a Teoria de Gardner; • Reconhecer as especificidades das Inteligências Múltiplas; • Refletir sobre as implicações da Teoria das Inteligências Múlti- plas para a Educação. 158 EAD/UEPB I Psicologia da Aprendizagem Para refletir Marcelo é um excelente professor de Geografia Na aula sobre Pantanal até excedeu-se Falou com entusiasmo, relatou com detalhes, descreveu com precisão. Preencheu a lousa com critério, soube fazer com que os alunos descobrissem na inter- pretação do texto do livro a magia dessa região quase selvagem. Exibiu um vídeo, congelou senas e enriqueceu-as com detalhes, com fatos experimentados, acontecimento do dia a dia de cada um. Em sua prova, é evidente, não deu outra: uma redação sobre o terma e questões operatórias que envolviam o Pantanal. Seus rios, suas aves, sua vegetação... a planície imensa. Os alunos acharam fácil. Apanharam sua folhas e começaram a trazer, palavra por pa- lavra, suas imagens para o papel. As canetas corriam soltas e as linhas transformavam-se em parágrafos. Marcelo sabia o quanto teria que corrigir, mas vibrava... sentia que os alunos aprendiam. Descobria o interesse que sua ciência despertava. Não pode conter uma emoção diferente quando Heleninha, sua aluna predileta, foi até sua mesa e arfante solicitou: -Posso pegar mais uma folha em branco? Único ponto de discórdia, o único sentimento opaco que abor- recia Marcelo, era o Luizinho, aquele da segunda fila. – Puxa vida! – pensava – Luizinho assistira a todas as suas aulas, arregalaram os olhos com as explicações e agora, na prova, silêncio absoluto, imo- bilidade total... nem sequer uma linha. Sentiu ímpetos de esganar Luizinho. Mas, tudo bem, não queria se irritar. Luizinho pagaria seu preço, iria certamente para recuperação. Se duvidassem poderiam, até mesmo levá-lo à retenção. Seria até possível arrancar um ano inteirinho de sua vida... Minutos depois, avisou que o tempo estava terminando. Que entregassem sua folha. Viu então que, rapidamente, Luizinho de- senhou, na primeira página das folhas de prova, o Pantanal. Rico, minucioso, preciso. Marcelo emociono-se ao ver aquele quadro, de irretocável perfeição, nas mãos de Luizinho que coloria as últimas sobras. Entusiasmado indagou: - E ai, Luiz? Você já esteve no Pantanal? Não. Luizinho já mais saíra de sua cidade. Construiu sua ima- gem a partir das aulas ouvidas. Marcelo sentiu-se um gigante e, de repente, descobriu-se o próprio Piaget. Havia com suas palavras Psicologia da Aprendizagem I SEAD/UEPB 159 construído uma imagem completa, correta e absoluta na mente de seu aluno. Mas, deu zero pela redação. É claro. Naquela escola não era permitido que se rabiscassem as folhas de prova. A história de Luizi- nho repeti-se em muitas escolas. Sua inteligência pictórica é imen- sa. Colossal, lúcida, clara e contrasta visivelmente com as limita- ções de sua competência verbal. Expressou o que sabia da maneira como conseguia. Mas não são todos os professores que se encontram treinados para ouvir linguagens diferentes das que a escola instituiu como única e universal. ANTUNES, C. 2000, apud ANTUNES, C. 2012, p.42 Biografia Figura 1 O norteamericano Howard Gardner nasceu em Scranton, no estado da Pensilvânia, em 1943; oriundo de uma família de judeus alemães refugiados do nazismo. Em 1961, ingressou na Universidade Harvard com o objetivo de estudar história e direito, mas a sua aproximação com o psicanalista Erik Erikson (1902-1994) influenciou muito a mu- dança na carreira acadêmica para a área combinada de psicologia e educação. Na pós-graduação, sob orientação do célebre educador Jerome Bruner, seu interesse de pesquisa foi o desenvolvimento dos sis- temas simbólicos pela inteligência humana. A partir de então, Gardner passou a fazer parte do Harvard Project Zero, destinado inicialmente às pesquisas sobre educação artística. Desde 1971, assumiu a co-di- reção do projeto, cargo mantido atualmente. Já nessa época, iniciou as pesquisas sobre as inteligências múltiplas, que foram publicadas, em 1983, em seu sétimo livro, Frames of Mind, que o projetou de modo repentino nos Estados Unidos. Posteriormente, aprofundou o assunto em outro campeão de vendas, Inteligências Múltiplas: Teoria na Prática, publicado em 1993. A seguir, seus escritos sobre educação passaram a enfatizar a importância de trabalhar a formação ética simultanea- mente ao desenvolvimento das inteligências. Atualmente, ele leciona Disponível em: http://www.google.com.br/search?q=f otos+de+experimentos+de+Howard+Gardner:&hl =pt-BR&prmd=imvnso&tbm=isch&tbo=u&source= univ&sa=X&ei=eRk9UL_kIYiOrAHX_IGoAQ&sqi=2 &ved=0CCEQsAQ&biw=1137&bih=725 160 EAD/UEPB I Psicologia da Aprendizagem as disciplinas de cognição e pedagogia e de psicologia, na escola de medicina da Universidade de Boston e na Universidade de Harvard. Ultimamente, Nos últimos anos, pesquisa e escreve sobre criadores e líderes exemplares, tema de livros como Mentes Extraordinárias. Foi eleito, em 1995, um dos 100 intelectuais mais influentes do mundo pelas revistas Foreign Policy e Prospect. Como surgiu a Teoria? Figura 2 Gardner constatou que a avaliação da inteligência ainda era reali- zada através dos Testes de Inteligência - os testes de QI (Quoeficiente de Inteligência) que mediam, basicamente, a capacidade de dominar o raciocínio que hoje se conhece como lógico- matemático, criados nos primeiros anos do século 20 pelo psicólogo francês Alfred Binet (1857- 1911).Estes testes foram criados para atender a demanda dos pais parisienses para saber se seus filhos teriam chance de sucesso ou se iriam fracassar nas series primárias das escolas. Posteriormente, foram adotados pelo Ministério da Educação da França, como teste padrão para aferir se as crianças correspondiam ao desempenho escolar es- perado para a idade delas. O teste do QI chegou aos EUA e quando começou a Primeira Guerra Mundial, foi utilizado para selecionar mais de um milhão de recrutas americanos e, a partir daí, foi notadamente reconhecido e passou a ser o instrumento “oficial”de medida de inteli- gência do meio científico. Esse entusiasmo em relação ao QI se deu pelo fato dele tornar a inteligência quantificável. Surgia então, uma dimensão de capacidade mental através da qual as pessoas seriam ordenadas de acordo com o resultado obtido. Com a proposta de refinar o teste de QI, outras versões apareceram como o Teste de Aptidão Escolar (Scholastic Aptitude Test – SAT) que acrescenta os resultados verbais e matemáticos da pessoa e faz a clas- sificação numa única dimensão intelectual. Por exemplo, os programas para os superdotados, geralmente utilizam esse tipo de medida: QI superior a 130 considera-se a pessoa superdotada. Disponível em: http:// api.ning.com/files/ W5D1cvJMsk71V- fzJBMw0atRO-bB3xOf775 L1dRsHHeTUDeac8OX1X sfB2*bjA*-qWzVZm6V4U9 aHwX*UBYrmhm90O/ multiplasinteligencias.jpg Psicologia da Aprendizagem I SEAD/UEPB 161 Entretanto, se por um lado, havia uma certa hegemonia em relação a esse conceito de inteligência, por outro lado, começaram a surgir algumas críticas. E Gardner foi um dos poucos, que não se limitou a criticar, propondo uma outra visão da inteligência. Ele passou a estudar a forma como o pensamento se organiza e revolucionou as bases da Educação quando, em 1984, defendeu que a inteligência não pode ser medida só pelo raciocínio lógico-matemático, como geralmente se faz na maioria das escolas. Ele destacou que os testes deveriam ser abandonados e que as fontes de informações mais naturais a respeito de como as pessoas desenvolvem capacidades importantes para o seu modo de vida deveriam ser observadas. Desta forma, Gardner passou a observar conjuntamente diferen- tes fontes de informações, desde as já conhecidas capacidades de de- senvolvimento nas crianças “normais”, passando pela investigação do modo de como estas capacidades falham sob condições de dano cere- bral - no caso de colapsos no cérebro, os quais ele deu uma atenção especial, quando observou que ao sofrer qualquer tipo de dano cere- bral, “várias capacidades podem ser destruídas, ou poupadas, isolada- mente, em relação a outras capacidades” (1995, p. 14). O grupo de pesquisa de Gardner também observou outras popu- lações que apresentavam perfis cognitivos muito irregulares, principal- mente os que são difíceis de explicar, considerando-se a tradicional visão unitária de inteligência: prodígios, idiotas sábios, autistas, crian- ças com dificuldades de aprendizagem e, a partir de então, reuniu uma grande quantidade de dados. Para organizá-los Gardner elaborou a “Teoria das Inteligências Múltiplas”. Para que a gente possa entender melhor a teoria, é necessário que primeiro façamos algumas definições dos termos. Inteligência ou Inteligências? Antes de responder a essa pergunta vamos voltar ao exemplo do menino Luizinho, citado no início deste módulo. Será que toda aquela facilidade de expressão da linguagem pictória ou pictográfica, que ele exprime os seus conhecimentos e destaca pontos de aprendizagem, não corresponde a um tipo de inteligência? Sim. De acordo com Gardner (1995, p. 13), devemos considerar as distintas facetas da cognição, que cada pessoa possui; ” as forças cog- nitivas diferenciadas e estilos cognitivos contrastantes”. Desta forma, a escola deveria considerar a visão ”multifacetada de inteligência”, que tem como base a ciência cognitiva (1) e a neurociência(2). Na visão unidimensional tradicional de avaliar as mentes das pes- soas, os melhores alunos, geralmente aqueles com QI mais altos fazem cursos em que precisam utilizar leitura crítica, cálculo e habilidades de pensamentos e são avaliados regularmente na variedade de testes de QI ou SAT, através de instrumentos como papéis e lápis. Gardner considera que este tipo de avaliação leva os melhores e mais brilhantes alunos para as melhores universidades, mas que dentre esses, poucos serão também bem sucedidos nos outros aspectos da vida. Conside- rando que, esse sistema de medida e seleção é meritocrático, não há 162 EAD/UEPB I Psicologia da Aprendizagem dúvida de que funciona para certas pessoas, servindo aos interesses de alguns. Mas e os outros? Os que ficam à margem dos coeficientes deseja- dos nos testes? Ao propor que observemos, ao invés de resultados de testes, situa- ções naturais de capacidades úteis para a vida, Gardner cita o exemplo dos marinheiros dos mares do sul que encontram seu caminho em tor- no de tantas ilhas, através da observação das constelações de estrelas no céu, de como eles sentem a passagem do barco sobre as águas e observando alguns marcos dispersos. A palavra que define inteligência para a o grupo dos marinheiros, provavelmente não pode deixar de se referir a esse tipo de habilidade para navegar. Assim como, os demais papéis como os cirurgiões e engenheiros, atletas e treinadores de atle- tas, dançarinos e coreógrafos, chefes e feiticeiros de tribos. Trazendo para nossa realidade, um exemplo palpitante, são as crianças que estão fora da escola porque não atingem a média, mas tem habilidades para ganhar a vida nos sinais, passando o troco das balas que vendem,demonstrando que elas possuem a inteligência lógi- co matemática, mas a escola não sabe explorar, ou fazendo malaba- rismo com bolas de meia ou limões- inteligência cinestésico corporal, desprezada pela escola. De acordo com Gardner, todos esses papéis devem ser considera- dos ao se definir ”a inteligência”, ou seja, “a capacidade de resolver problemas ou de elaborar produtos que sejam valorizados em um ou mais ambientes culturais”. De forma que, ao invés de considerar a inte- ligência como uma capacidade geral, presente nas pessoas, em graus variáveis, que pode ser medida através de testes de Q.I padronizados, ele propõe que se pluralize o termo e se refira a competência cognitiva humana como “inteligências”, por se tratar de “um conjunto de capaci- dades, talentos ou habilidades mentais”. (1995, p. 14). Segundo Gardner (1995) reconhecer e estimular todas as variadas inteligências humanas e as possíveis combinações entre elas é primor- dial e de uma necessidade urgente. Ele considera que as diferenças individuais existem por conta das combinações de inteligências e o reconhecimento disso, traz, no mínimo uma chance de lidar melhor com os muitos problemas deste mundo. Destarte, o reconhecimento da diversidade de inteligências fará com que as pessoas se sintam me- lhor e mais competentes em relação a si mesmas, como também, mais comprometidas e mais capazes para trabalhar pelo bem comum. Ele ressalta que a mobilização de todas as variedades de inteligências hu- manas e a conciliação a um sentido ético, possivelmente maximizará a potencialidade da sobrevivência e a prosperidade humana. Psicologia da Aprendizagem I SEAD/UEPB 163 Como identificar uma inteligência? Para identificar as inteligências com raízes na biologia e que sejam valorizadas em um ou mais ambientes culturais, Gardner (1995) des- tacou os seguintes itens: o conhecimento do desenvolvimento normal e em indivíduos talentosos; as informações sobre o colapso das ca- pacidades cognitivas nas condições de dano cerebral,que o ajudou a formular hipóteses sobre a relação entre as habilidades individuais e determinadas regiões do órgão; os estudos sobre pessoas com necessi- dades especiais, principalmente os prodígios, idiotas sábios e crianças autistas; os dados sobre a evolução da cognição; as considerações culturais cruzadas sobre a cognição; os estudos psicométricos; e os estudos de treinamento psicológico, principalmente a transferência e a generalização de tarefas. Mas, além de considerar as exigências acima, Gardner considera que cada inteligência deve ter uma operação nuclear ou um conjunto de operações identificáveis. Ele compara a um sistema computacional com base neural, de forma que cada inteligência é desencadeada por determinadas informações apresentadas, citando como exemplo, que um dos núcleos da inteligência musical é a sensibilidade aos aspectosfonológicos. Outro ponto considerado é que a inteligência também deve ser capaz de ser codificada num sistema de símbolos, ou seja, um sistema de significados culturalmente instituído que apreende e propaga formas importantes de informação. Para exemplificar, Gardner cita a pintura, a linguagem e a matemática como três sistemas de símbolos, quase universais, necessários a sobrevivência e produtividade humana. Para serem selecionadas as inteligências candidatas tinham que atender todos, ou a maioria, dos critérios acima descritos.Agora, após conhecermos esses critérios, vamos apreciar de forma breve, cada uma das inteligências consideradas por Gardner. As Inteligências Múltiplas O eminente pesquisador utilizou o mapeamento encefálico de téc- nicas surgidas nas décadas recentes e suas conclusões, como a maioria das que se referem ao funcionamento do cérebro, são eminentemente empíricas. O próprio Gardner identificou, a princípio, sete inteligências: 1. Lógico-matemática é a habilidade para realizar operações nu- méricas e de fazer deduções a pessoa tem a capacidade de lidar com séries de raciocínios, para reconhecer problemas e resolvê-los. Gardner considera que os componentes centrais desta inteligência são uma sensibilidade para padrões, ordem e sistematização. Podemos identificar sem dificuldades, na his- tória da humanidade exemplos como: Einstein, Euclídes e Pitá- 164 EAD/UEPB I Psicologia da Aprendizagem goras. Os estímulos para o seu desenvolvimento favorecem no indivíduo novas maneiras de pensar e uma percepção apurada dos elementos de grandeza, peso, distância, tempo e outros que requerem ação do homem sobre o ambiente. Localização no cérebro: O Lobo Parietal Esquerdo, mais especificamente para algumas funções matemáticas, pontos no Hemisfério Di- reito. Figura 3 2. Linguística/Verbal é a capacidade para aprender idiomas e de usar a fala e a escrita para atingir objetivos; possui como componentes centrais: uma sensibilidade para os sons , rit- mos e significados das palavras, e ainda uma especial per- cepção das diferentes funções da linguagem. Identificável nos poetas,escritores, atores, advogados e outros oradores que fa- zem muito bem o uso da palavra. Exemplo:J. K. Rowling, uma escritora britânica de ficção, autora dos sete livros da famosa e premiada série Harry Potter, e de três outros pequenos livros re- lacionados a Harry Potter. Seus livros, traduzidos para sessenta e quatro línguas, venderam mais de 400 milhões de cópias pelo mundo todo, e renderam à autora por volta de 576 milhões de libras, mais ou menos 1 bilhão de dólares, segundo estimativa da Forbes em fevereiro de 2004, tornando-a a primeira pessoa a tornar-se bilionária (em dólares) escrevendo livros. Um exem- plo similar é o do escritor brasileiro de renome nacional Paulo Coelho. Poderíamos acrescentar tantos outros, como o poeta Carlos Drumond de Andrade e a poetisa Cecília Meireles. Os estímulos para o desenvolvimento dessa habilidade provocam uma melhor expressão no discurso, com maior coerência e cla- reza. Localização no cérebro: Lobo Frontal e Temporal Esquer- do, como as áreas de Broca e de Wernicke. Figura 4 Disponível em: http://www. suapesquisa.com/biografias/ einstein/ Disponível em: http://g1.globo.com/pop-arte/ noticia/2012/08/jk-rowling-apresentara-novo- livro-para-adultos-em-nova-york.html Psicologia da Aprendizagem I SEAD/UEPB 165 3. Espacial é a disposição para reconhecer e manipular situações que envolvam apreensões visuais; a pessoa tem muita criativi- dade e a facilidade de concepção, no plano espacial, de sólidos geométricos. Notável em arquitetos, publicitários e inventores relaciona-se também a compreensão do espaço como um todo e à orientação da pessoa em seus limites. Um nome brasileiro de reconhecimento internacional nesta área é Oscar Niemayer. Estímulos direcionados a essa competência cerebral levam a pessoa para uma compreensão mais ampla do espaço físico e temporal e sensibiliza para a identificação de suas referências de beleza e de fantasia. Localização no cérebro: Regiões Pos- teriores do Hemisfério Direito. Figura 5 4. Físico-cinestésica/ Cinestésico- corporal é o potencial para usar o corpo com o fim de resolver problemas ou fabricar produtos. Destaca a capacidade de comunicação de pessoas como mími- cos, mágicos, bailarinos ou atletas. Relaciona-se à capacidade de controlar os movimentos do corpo e a manipular objetos com facilidade. No futebol brasileiro não é difícil identificarmos figuras desde a geração de Garrincha, Pelé, Ronaldo, Ronaldi- nho e, atualmente, Neymar. O estímulo a esse sistema neuronal desenvolve dois campos que se complementam: a sensibilidade ampla, relacionada a força, equilíbrio, destreza e outras ma- nifestações do corpo como um todo, ou a sensibilidade fina relacionada ao tato, paladar, olfato visão, atenção e outros. Localização no cérebro: O cerebelo, Ganglios Basais e o Cór- tex Motor. Disponível em: http://www.google.com.br/search?q=fotos+de+oscar+niemeyer&hl=pt-BR&prmd=i mvnso&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=oB09ULSNCMOrqQGOsYGwDA&sqi=2&ved= 0CCEQsAQ&biw=1137&bih=725#hl=pt-BR&tbm=isch&sa=1&q=f 166 EAD/UEPB I Psicologia da Aprendizagem Figura 6 5. Interpessoal é a capacidade de entender as intenções e os de- sejos dos outros e conseqüentemente de se relacionar bem em sociedade. Os estímulos para seu desenvolvimento estruturam na pessoa a empatia e a capacidade de responder adequada- mente às necessidades dos outros. Marcante em pessoas como Nelson Mandela, Martin Luther King e o sociólogo brasileiro Herbet de Souza –Betinho. Localização no cérebro: Lobos Fron- tais e Temporais, especialmente do hemisfério direito, e o Siste- ma Límbico. 6. Intrapessoal é a inclinação para se conhecer; diz respeito ao conhecimento dos aspectos internos de uma pessoa: o pene- trar no sentimento da própria vida; ter uma idéia mais precisa sobre suas emoções, saber discriminá-las, rotulá-las e utilizá- -las como um meio de entender e orientar o próprio comporta- mento. Gardner enfatiza que como se trata de uma inteligência particular, ela se evidencia a partir da linguagem, da música ou de alguma outra forma de expressão de inteligência para que o observador a perceba funcionando. Presente em figuras geniais como: Mahatma Gandhi, o Dalai Lama, Dom Helder Câmara entre outras. Localização no cérebro: Lobos Frontais Parietais e Sistema Límbico. Figura 7 Psicologia da Aprendizagem I SEAD/UEPB 167 7. Musical/Sonora é a aptidão para tocar, apreciar e compor padrões musicais. O som é percebido por sua unidade e lin- guagem. Mozart, Haendel, Beethoven são exemplos da música clássica, mas podemos citar noutras categorias de música as estrelas internacionais Elvis Presley e Michel Jackson ,os bra- sileiros Luiz Gonzaga, Chico Buarque e tantos outros fenôme- nos musicais que temos em nosso meio. Os estímulos para o desenvolvimento dessa habilidade provocam a capacidade de produzir e apreciar ritmos, tons, timbres e identificar distintas maneiras de expressividade na música ou no som. Localização no cérebro; Lobo Temporal Direito. Figura 8 Posteriormente, com o desenrolar das pesquisas, Gardner acres- centou à lista as inteligências naturalista- como a capacidade de reco- nhecer e classificar espécies da natureza, e a existencial – o potencial para refletir sobre questões fundamentais da existência humana. Por outro lado, ele sugeriu o agrupamento da interpessoal e da intrapesso- al numa única classificação, que são as “inteligências pessoais”. Uma outra inteligência foi classificada, não por Gardner, mas por um discípulo dele, Nilson José Machado, da Universidade de São Pau- lo – Brasil, é a “Inteligência Pictórica ou Pictográfica”. Trata-se da co- municação através de imagens. Envolve tanto o conceito de imagem adquirida como a gerada pelo ser humano, em muitas formas, seja na criação pela arte, ou como registro foto-mecânico, na pintura,no desenho, na gravura, em qualquer forma visual de expressão da idéia. São exemplos clássicos extraordinários: Van Gogh, Da Vinci, Anita Malfati,Cândido Portinari, Tarsila do Amaral, dentre outros. O caso fictício apresentado no início desta unidade, ilustra bem este tipo de inteligência. Luizinho representa milhares de alunos que estão em nossas escolas, sem a menor valorização, sem estímulos ade- quados para desenvolver este sistema neuronal. Antunes (2012) observa que o número dessa relação, de oito ou nove inteligências, ainda não é um paradigma fechado, uma vez que Disponível em: http://www.google.com.br/search?q=fotos+de+experi mentos+de+Howard+Gardner:&hl=pt-BR&prmd=imvnso&tbm=isc h&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=eRk9UL_kIYiOrAHX_IGoAQ&sqi= 2&ved=0CCEQsAQ&biw=1137&bih=725 168 EAD/UEPB I Psicologia da Aprendizagem a Teoria das Inteligências Múltiplas está em plena expansão, e novos estudos abrem perspectiva para ampliação desse limite. O Desenvolvimento Natural das Inteligências Segundo Gardner todas as inteligências são herdadas genetica- mente, e cada inteligência se manifesta universalmente num certo ní- vel básico independentemente da educação. Assim, todas as pessoas “normais” tem algumas capacidades básicas em todas as inteligências. Para ele, as inteligências possuem uma trajetória desenvolvimental que se inicia no primeiro ano de vida quando, com a capacidade pura de padronizar. Por exemplo, o bebê é capaz de identificar as diferenças nos tons musicais. Na fase posterior, a inteligência é marcada pelo sis- tema simbólico como a linguagem que é encontrada através das frases e histórias. Posteriormente, cada inteligência e seu sistema simbólico correspondente são representados num sistema notacional: na leitura e na notação musical os traçados no papel representam os símbolos. Os sistemas notacionais imperam num ambiente formal de educação. Na adolescência e na vida adulta, as expressões das inteligências se dão através das atividades informais e de passatempo. Exemplifican- do: a inteligência espacial progride dos mapas mentais do bebê para as operações simbólicas dos desenhos e nos sistemas notacionais dos mapas e para o papel adulto de jogador de xadrez. Outras Especificidades da Teoria Gardner (1995) levanta algumas características específicas da Teo- ria de Inteligências Múltiplas salientando que começou as investigações a partir do levantamento dos problemas que as pessoas resolvem no dia a dia, de acordo com o seu potencial e com sua cultura. Depois deste estudo, ele explorou as inteligências que deveriam ser responsá- veis por isso. Os resultados da pesquisa em relação ao cérebro, ao desenvolvi- mento humano, da evolução e das comparações entre as culturas fo- ram exploradas na busca das inteligências humanas mais acentuadas: uma candidata era incluída quando apontava, entre esses diferentes pontos, evidências que justificassem a sua inclusão. Este é um outro comportamento marcante distinto do tradicional: considerando que nem toda faculdade candidata é necessariamente uma inteligência, a escolha poderia ser aleatória. Bastante distante da tradicional aborda- gem à “inteligência”, que não adota uma decisão empírica. Psicologia da Aprendizagem I SEAD/UEPB 169 Um outro ponto considerado é que as inteligências são independen- tes em um grau significativo. Através do estudo de adultos com dano cerebral Gardner chegou a conclusão que determinadas faculdades podem ser perdidas, enquanto outras são poupadas.Isso significa que uma pessoa que tenha um alto grau de uma determinada inteligência, por exemplo lingüística, tenha um nível alto também em outra inteligên- cia, como a espacial. Essa constatação é discordante das tradicionais medidas de Q.I., que defendem altas correlações entre os resultados dos testes. Gardner (1995) considera que as habituais correlações en- tre os testes de QI ocorrem porque todos eles se restringem a capaci- dade de responder rapidamente a itens de tipo lógico- matemático ou lingüístico, ao invés de serem examinadas de maneira contextualmente adequada. Por último, Gardner (1995) contesta a afirmação de que os papéis adultos dependem do desenvolvimento de uma única inteligência. Ele considera que cada papel cultural requer uma combinação de inteli- gências. Por exemplo: para ser um bom músico é necessário não só a inteligência musical, mas também habilidade corporal sinestésica, as capacidades interpessoais de relacionar-se com o público e de outro modo, de escolher um empresário, e também não deixa de exigir a capacidade intrapessoal. Destarte, ”como quase todos os papeis cul- turais exigem várias inteligências, é fundamental que se considere as pessoas como uma coleção de aptidões, e não como tendo uma única faculdade de solucionar problemas. Por exemplo, a inteligência musical de Jackson do Pandeiro era proeminente diante das demais, mas era evidente também a sua destreza para compor as letras das músicas, o que evidencia uma inteligência lingüística, bem como, todo um molejo do corpo para lidar com seu pandeiro, transparecendo a inteligência sinestésica corporal. Fazendo uma menção a teoria da Gestalt, Gardner afirma que, de fato, “o todo é mais do que a soma das partes”, de forma que uma pessoa pode até não ser notadamente destacada em uma determinada inteligência, e consiga ocupar uma posição de evidência na área, por conta da combinação ou mistura das capacidades. Por isso, ele salienta a importância de avaliar a combinação particular de capacidades que pode levar a pessoa para uma determinada posição vocacional ou ocupação. Atividade I Qual a definição de Inteligência (s) de acordo com a Teoria de Inteligência Múltiplas? dica. utilize o bloco de anotações para responder as atividades! 170 EAD/UEPB I Psicologia da Aprendizagem Atividade II Discorra sobre a educação personalizada de acordo com a Teoria de Gardner Concluindo nossos estudos! Imagine o que é para uma criança que desenha excepcionalmente bem, mas que tem dificuldade em matemática, ter uma escola que reconheça o valor da inteligência pictórica e se proponha a trabalhar adequadamente as dificuldades dela. Da mesma forma, se for um exí- mio jogador de futebol -inteligência cinestésica, ou um desses compo- sitores e cantores de hip rock ou rap rock que cantam e compõem as letras das músicas de forma crítica, propondo transformações da reali- dade- inteligência musical. Todos sabemos que na maioria das escolas, crianças que apresentam essas características, não são tidas como “in- teligentes”, pois a escola só valoriza as inteligências lógico matemática e no máximo, a inteligência lingüística. Pois bem, a Teoria das Inteligências Múltiplas, com sua visão plura- lista de capacidades de resolver problemas, contribui para que tiremos milhões de alunos e alunas da margem, e não só valorize o que eles e elas tem para dar, mas trabalhe as limitações delas para que possam render mais. É pra isso que serve a avaliação de acordo com essa te- oria. Diferentemente, do uso de testes que se utilizam do uso de papel e lápis para indicar um único índice de inteligência ou classificação dentro da população, os resultados são apontados como parte do perfil de inclinações intelectuais da pessoa. Reconhecer as potencialidades e dificuldades abre caminhos para a futura aprendizagem. Gardner considera que esse tipo de avaliação é importantíssimo para sugerir aos pais, o tipo de atividades que poderiam ser realizados em casa, na escola ou na comunidade mais ampla. Usufruir dos resul- tados da avaliação é compensar seu conjunto particular de fraquezas intelectuais ou combinar suas forças intelectuais de forma que a pessoa venha a viver melhor com uma maior autoestima, profissionalmente e socialmente. dica. utilize o bloco de anotações para responder as atividades! Psicologia da Aprendizagem I SEAD/UEPB 171 Além de destacar a importância da avaliação e das diferentesin- teligências, Gardner considera ainda de um valor específico para a educação: os estágios de desenvolvimento das várias inteligências e a relação entre esses estágios, as formas de aquisição de conhecimento e a cultura. Além de se considerar as necessidades das especificidades do desenvolvimento do aluno, a escola deveria voltar-se mais para a indi- vidualização da criança, garantindo que cada aluno tivesse a educação que favorecesse o seu potencial individual, considerando também que nos dias atuais, o saber universal como se buscava na Idade Média é impossível. Educar para a vida vai s devem motivar para que os alunos utili- zem os conhecimentos básicos para resolver os problemas e desen- volver tarefas que estejam relacionadas com a vida na comunidade que elas estão inseridas, e, ainda, que a partir da avaliação intelectu- al individual favoreçam o desenvolvimento das combinações intelec- tuais de cada um. Atividade III O que o professor deve fazer para evitar a esteriotipação do aluno como, por exemplo, enfatizar o aluno que tem uma inteligência lógico matemática mais desenvolvida? Atividade IV De que forma a Teoria de Inteligência Múltiplas favorece para que o aluno com dificuldades não se sinta um “estranho no ninho” dica. utilize o bloco de anotações para responder as atividades! 172 EAD/UEPB I Psicologia da Aprendizagem Leituras Recomendadas ANTUNES, C. Na Sala de Aula. Rio de Janeiro: 2012. 725p. Este livro é uma coletânea de textos dos vinte fascículos da Coleção na Sala de Aula que foram reunidos pelo autor, considerando que eles se completam e são essenciais para prática no dia-a-dia da atividade escolar do professor. São sugestões, práticas, princípios, estratégias e exemplos para o educador desenvolver em sala de aula. Especificamente o capítulo 3 trata de cada uma das inteligências múltiplas e faz sugestões de como desenvolver conteúdos escolares re- lacionados a cada uma delas. Já o capítulo 4 apresenta as caracterís- ticas das diferentes inteligências fornecendo dicas de como o professor identificar em si mesmo e nos alunos as inteligências múltiplas. GARDNER, H. Inteligências Múltiplas: A Teoria na Prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. 257p. Este livro é a apresentação das idéias fundamentais do trabalho do psicólogo Howard Gardner, professor na Escola de Pós-Graduação da Universidade de Harvard, que provocaram um grande impacto na área educacional na década de 1980 com a criação da Teoria das Inteligências Múltiplas. Esse trabalho, que deu a ele projeção interna- cional, várias aptidões, como a facilidade de desenhar ou jogar estão além do raciocínio lógico-matemático. É uma referência necessária para educadores que atuam em qualquer nível de ensino. Psicologia da Aprendizagem I SEAD/UEPB 173 Indicações de filmes Filme o Homem que calculava http://www.youtube.com/watch?v=-tTD8XU2s2I É um desenho animado que traz um dos contos do livro “O Homem que Calculava: aventuras de um singular calculista persa. Trata-se de um material adequado para a primeira fase do Ensino Fundamental com uma boa qualidade. Filhos de Francisco - a história de Zezé di Camargo e Luciano Breno Silveira, Brasil, 20052h 11mn ano 2005 É um drama no qual um pai autoritário, ao perceber a habilidade musical de seus filhos, embora bem intencionado, pressiona obsessi- vamente seus filhos Zezé e Luciano para ser super astros da música sertaneja. A família não possui nenhum recurso financeiro e as crianças não tem nem oportunidade de freqüentar a escola formal, mas o pai , obs- tinado em abrir o caminho para os filhos sai com eles para a grande metrópole para torná-los conhecidos. Depois de persistir muito, conse- gue um empresário e após gravar o primeiro disco, a dupla envereda para o sucesso. É uma história que traz muitos subsídios para discutir as inteligên- cias múltiplas, especificamente a Inteligência Sonora ou Musical. http://www.youtube.com/watch?v=kVsGySxLWHo Pelé o Rei do Futebol Filme Homenagem Narração Locutor Naldo Pinheiro Pelé o rei do futebol. Pelé eterno. Pelé rei. O rei Pelé. Pelé na sele- ção brasileira, Os melhores gols do Pelé. Vai ser difícil achar um melhor que Pelé. Ele é o eterno rei da bola. Este vídeo retrata a vida do craque do futebol mundial e traz ótimas contribuições para a discussão sobre a Inteligência Cinestésico- corpo- ral. http://www.youtube.com/watch?v=7GRgIUVWalM&feature=related Billy Elliot Billy Elliot (Jamie Bell) é um garoto de 11 anos que vive numa pe- quena cidade da Inglaterra, onde o principal meio de sustento são as minas da cidade.Ao ver no filho uma perspectiva diferente para sua vida , o pai dele o obriga a treinar boxe. Mas Billy ,na mesma academia 174 EAD/UEPB I Psicologia da Aprendizagem onde pratica boxe, tem contato com o balé, pelo qual fica fascinado com a magia desta dança clássica. Incentivado pela professora de balé (Julie Walters), que vê em Billy um talento nato para a dança, ele resolve então pendurar as luvas de boxe e se dedicar de corpo e alma dança, mesmo tendo que enfrentar a contrariedade de seu irmão e seu pai sua nova atividade. Traz contribuições para reflexões sobre a Inteligência Cinestésica- -corporal. Resumo Iniciamos a unidade com a apresentação de um caso que evidencia as falhas na visão de uma única inteligência e a conveniência de se re- conhecer as múltiplas inteligências utilizadas pelos seres humanos para resolverem seus problemas no dia a dia. Vimos que a partir de tal cons- tatação a Teoria das Inteligências Múltiplas foi desenvolvida e Gardner considera a existência de, no mínimo, oito inteligências e que esse nú- mero ainda não está fechado devido ao estado de ebulição pesquisas e estudos em que a teoria se encontra. Vimos também que segundo Gardner(1995) reconhecer e estimular todas as variadas inteligências humanas e as possíveis combinações entre elas, é primordial e de uma necessidade urgente. o reconhecimento disso, traz, no mínimo, uma chance de lidar melhor com os muitos problemas deste mundo e fará com que as pessoas se sintam melhor e mais competentes em relação a si mesmas, como também, mais comprometidas e mais capazes para trabalhar pelo bem comum.Ele ressalta que a mobilização de todas as variedades de inteligências humanas e a conciliação a um sentido ético, possivelmente maximizará a potencialidade da sobrevivência e a prosperidade humana. Concluimos nossos estudos com as contribui- ções específicas desta teoria para a educação. Psicologia da Aprendizagem I SEAD/UEPB 175 Autoavaliação Fundamentando-se na Teoria de Inteligências Múltiplas de a sua opinião sobre a (s) contribuição (ões) desta para educação: (min 12 e max 15 linhas) Referências ANTUNES, C. Na Sala de Aula. Rio de Janeiro: 2012. 725p. GARDNER, H. Inteligências Múltiplas: A Teoria na Prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. 257p. GAMA, M. C. S. S. A Teoria das Inteligências Múltiplas e suas Implicações para Educação – Disponível em: http://www.homemdemello.com.br/ psicologia/intelmult.html. Acesso em 2808/2012 SMOLE, K. C. S. Howard Gardner - Coleção Grandes Educadores - PAULUS – São Paulo -2006 DVD 40 min. TRAVASSOS L. C. P. Inteligência Múltiplas. Disponível em: http://eduep. uepb.edu.br/rbct/sumarios/pdf/inteligencias_multiplas.pdf. Acesso em 28/08/2012. FERRARI M. Howard Gardner Disponível em: http://educarparacrescer. abril.com.br/aprendizagem/howard-gardner-307909.shtml. Acesso em 28/08/2012. GALVEAS, E. C. Inteligências Múltiplas e Prática Escolar Disponível em http://pt.scribd.com/doc/259315/Inteligencias-Multiplas-e-Pratica- Escolar. Acesso em 28/08/2012. dica. utilize o bloco de anotações para responder as atividades!
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