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Resenha Crítica

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Resenha Crítica: ALUNOS: Yago Lorran e Luan
 Os textos que nos foram apresentados tratam de críticas e complementações ao que ficou conhecido como “Consenso de Washington”, que tentou propor soluções para o desenvolvimento da América Latina e países pobres de maneira geral. O início da crítica deve se basear ao fato de ser um “consenso”, homogeneizando populações, estruturas de sociedade e culturas completamente diferentes. Analisando o fato grotesco, se faz preciso uma analogia histórica com Sócrates, ao dizer que “Só sei que nada sei” demonstra que a todo momento é preciso partir do princípio que você não sabe alguma coisa para adquirir o verdadeiro conhecimento, pois ao partir do que já se sabe, nos privamos de novas sabedorias ainda não exploradas. Podemos dizer que a sociedade atual (e junto com ela a Economia) se perdeu deste pensamento que foi a gênesis de todo o pensamento científico, de modo que atualmente as pessoas, as mídias e a sociedade de maneira geral perdeu a aptidão para duvidar de tudo e construir um conhecimento científico mais amplo e que traga prosperidade a todos. Cada vez mais as pessoas e as sociedade ocidentais se acham os donos do conhecimento e da razão, tendo “certeza demais” (como podemos dizer sobre o fato do tal “Consenso de Washington”), desestimulando a obtenção de conhecimento que havia em tempos antigos, sobretudo na era grega, onde o correto era duvidar de tudo para chegar a cada vez um conhecimento mais aprofundado.
 Conforme explicitado no primeiro paragrafo, a Economia de maneira geral também sofre deste tipo de mal, as pessoas cada vez mais os mesmos querem ter razão a todo custo e isso aliado ao comportamento Dualista ocidental é uma das chaves para o fracasso como o econômico e social. No mundo ocidental tudo é preto no branco, vilão e herói, bom e mau, se esquecendo que a sociedade de maneira geral é composta por pessoas, que ao invés do preto no branco tradicional são “tons de cinza”. A economia, assim como a sociedade, é composta por pessoas e, consequentemente, não se pode acreditar que exista uma solução mágica universal para o desenvolvimento econômico, cabendo a cada sociedade olhar para si e analisar suas particularidades, sejam culturais, sociais ou mesmo de comportamento das pessoas, como podemos citar um exemplo clássico da Argentina, cuja população tende a não acreditar muito nas instituições financeiras do país, o que causa diversos problemas internos proveniente do entesouramento da moeda que ocorre fortemente lá. Esse é apenas um exemplo de particularidade, mas o mesmo ocorre em qualquer lugar, cabendo a cada sociedade fazer um exercício de autoanálise e chegar a um modelo que se encaixe nas particularidades locais. 
 Tudo parece simples, até que surge o elemento político no jogo e termina de complicar tudo. Um político para ser eleito precisa prometer coisas, precisa de um norte para o país e, consequentemente, precisa adotar uma narrativa que convença e leve a nação a um processo de desenvolvimento contínuo. Mas como foi demonstrado, não podemos simplesmente escolher um lado e seguir, se fazem preciso análises mais aprofundadas de cada local para chegar a conclusões que se encaixe aquele lugar. Em sistemas democráticos, como um político vai ser eleito ao admitir a verdade que não se tem ideia de como será feito para obter o desenvolvimento? Simples, ele não ganha, mas sim quem tem soluções boas, mesmo que estas não sejam factíveis para o país em questão. Com isso, perpetuam incompetentes no poder, não ocorrem análises individualizadas de cada local e a sociedade não se desenvolve como um todo, levando ás pessoas desses lugares a viverem ciclos de bonança e caos, mas perpetuando o capital político.
 Essa é uma realidade que engloba a américa latina como um todo, uma crença infundada numa espécie de Presidencialismo de Coalisão, moldado para beneficiar a corrupção e os grupos de poder, além de perpetuar a pobreza e o não desenvolvimento econômico. O mundo é cheio de fórmulas milagrosas para diversos fins, como o enriquecimento pessoal rápido, emagrecimento rápido, enfim, tudo fórmulas que prometem milagres e não cumprem, porque a Economia seria diferente? Nem a crença irrestrita que é forjada nas escolas de que a democracia é sempre o melhor caminho para o desenvolvimento é uma resposta universal, visto que atualmente China e Emirados Árabes Unidos, não sendo democracias, se desenvolveram. O que precisa ser feito então? Eu não sei, e é justamente daí que precisa partir o pensamento, chega de generalizações, viva a realidade local.

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