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SEW-EURODRIVE – Solução em Movimento
Índice
Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 3
1 Introdução.......................................................................................................... 6
2 Acionamentos trifásicos com rotações fixas................................................. 9
3 Acionamentos trifásicos com conversores de freqüência ......................... 26
4 Servoacionamentos ........................................................................................ 34
5 Acionamentos trifásicos com variadores mecânicos ................................. 40
6 Redutores ........................................................................................................ 47
7 Fórmulas da tecnologia de acionamentos ................................................... 57
8 Exemplo de cálculo - acionamento de sistema de translação..... .............. 66
9 Exemplo de cálculo para acionamento de sistema de elevação... ............. 93
10 Ex. de cálculo - transportador corrente com conversor de freq. ..... ....... 104
11 Ex. de cálculo - transportador de rolos com conversor de freq. ............. 108
12 Ex. de cálculo - acionamento mesa giratória com conversor de freq. ...... 113
13 Exemplo de cálculo - correia transportadora............................................. 118
14 Exemplo de cálculo - acionamento de sistema biela-manivela................ 123
15 Exemplo de cálculo - acionamento de fuso ............................................... 127
16 Exemplo de cálculo - pórtico com servoacionamentos ............................ 132
17 Apêndice e legenda ...................................................................................... 149
18 Glossário........................................................................................................ 154
4 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1
Índice
1 Introdução.......................................................................................................... 6
2 Acionamentos trifásicos com rotações fixas................................................. 9
2.1 Funcionamento dos motores assíncronos trifásicos com rotor de gaiola . 9
2.2 Dados nominais do motor assíncrono trifásico com rotor de gaiola ....... 11
2.3 Regimes de serviço conforme NBR 7094............................................... 14
2.4 Rendimento η, fator de potência cos ϕ e classe de isolação ................. 15
2.5 Grau de proteção .................................................................................... 17
2.6 Proteção do motor ................................................................................. 18
2.7 Dimensionamento do motor.................................................................... 19
2.8 Partida e comutação suaves................................................................... 20
2.9 Motores com freio ................................................................................... 23
3 Acionamentos trifásicos com conversores de freqüência ......................... 26
3.1 Conversores de freqüência..................................................................... 27
3.2 Motores e motofreios MOVIMOT® com conversor de freq. integrado .... 28
3.3 Operação de motor com conversor de freqüência.................................. 29
3.4 Elaboração de projetos com conversores de freqüência SEW............... 31
4 Servoacionamentos ........................................................................................ 34
4.1 Servomotores.......................................................................................... 35
4.2 Conversores para acionamentos MOVIDRIVE® B ................................. 37
4.3 Fluxograma para a elaboração de projetos ............................................ 39
5 Acionamentos trifásicos com variadores mecânicos ................................. 40
5.1 Características ........................................................................................ 40
5.2 Dimensionamento do motovariador ........................................................ 41
6 Redutores ........................................................................................................ 47
6.1 Redutores padrão para motoredutores................................................... 47
6.2 Dimensionamento de redutores padrão com fator de serviço ................ 50
6.3 Redutores para servoacionamentos ....................................................... 53
6.4 Forças radiais, forças axiais ................................................................... 55
7 Fórmulas da tecnologia de acionamentos ................................................... 57
7.1 Movimentos básicos ............................................................................... 57
7.2 Momento de inércia ................................................................................ 59
7.3 Potência estática ou dinâmica ................................................................ 61
7.4 Forças de resistência.............................................................................. 62
7.5 Torques................................................................................................... 63
7.6 Potências ................................................................................................ 63
7.7 Rendimentos........................................................................................... 63
7.8 Cálculo de fusos ..................................................................................... 64
7.9 Fórmulas especiais ................................................................................. 65
 
Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 5
Índice
8 Exemplo de cálculo - acionamento de sistema de translação ................... 66
8.1 Cálculo de motor..................................................................................... 67
8.2 Dimensionamento do redutor.................................................................. 74
8.3 Acionamento para sistema de translação com 2 velocidades ................ 76
8.4 Acionamento para sistema de translação com conversor de freqüência 82
9 Exemplo de cálculo para acionamento de sistema de elevação................ 93
9.1 Motor com pólos comutáveis .................................................................. 94
9.2 Motor com conversor de freqüência ....................................................... 98
10 Ex. de cálculo - transportador corrente com conversor de freqüência... 104
10.1 Cálculo do motor................................................................................... 105
10.2 Dimensionamento do redutor................................................................ 107
11 Ex. de cálculo - transportador de rolos com conversor de freqüência ... 108
11.1 Cálculo do motor................................................................................... 109
12 Ex. de cálculo - acionamento de mesa giratória com conversor freq. .... 113
12.1 Cálculo do motor................................................................................... 114
12.2 Dimensionamento do redutor................................................................ 117
13 Exemplo de cálculo - correia transportadora............................................. 118
13.1 Cálculo do motor................................................................................... 120
13.2 Dimensionamento do redutor e do variador.......................................... 122
14 Exemplo de cálculo - acionamento de sistema biela-manivela................ 123
14.1 Cálculo do motor................................................................................... 125
15 Exemplo de cálculo - acionamento de fuso ............................................... 127
15.1 Cálculo .................................................................................................. 128
15.2 Verificação do cálculo ...........................................................................129
16 Exemplo de cálculo - pórtico com servoacionamentos ............................ 132
16.1 Otimização dos diagramas velocidade/tempo ...................................... 133
16.2 Cálculo de potência .............................................................................. 135
16.3 Dimensionamento do redutor................................................................ 137
16.4 Escolha do motor .................................................................................. 140
16.5 Escolha da unidade eletrônica para acionamentos .............................. 144
17 Apêndice e legenda ...................................................................................... 149
17.1 Apêndice ............................................................................................... 149
17.2 Legenda ................................................................................................ 151
18 Glossário........................................................................................................ 154
Ref.: Seleção de acionamentos - Manual
Edição 09/2005 (1052 3801/BP)
1
6 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1
Introdução
1 Introdução
Introdução A SEW-EURODRIVE é a empresa líder mundial em acionamentos elétricos. A presen-
ça mundial da SEW-EURODRIVE, a extensa faixa de produtos e o amplo espectro de
serviços significa que a SEW é parceira ideal para os fabricantes de máquinas e plantas
novas, com sistemas para acionamento das aplicações mais exigentes.
A SEW-EURODRIVE possui muitos anos de experiência na área de engenharia de aci-
onamentos, fornecendo soluções para todas as aplicações, graças a um versátil siste-
ma modular composto de redutores, variadores, motores, assim como conversores de
freqüência e servomotores.
A matriz do grupo está localizada em Bruchsal, Alemanha. Os componentes para o sis-
tema modular de acionamento da SEW-EURODRIVE são fabricados com os mais altos
padrões de qualidade nas fábricas da Alemanha, França, Finlândia, EUA, Brasil e Chi-
na. Estes componentes são utilizados nas montadoras em mais de 30 países industri-
alizados em todo o mundo. As montadoras oferecem proximidade aos clientes e parti-
cularmente curtos prazos de entrega em acionamentos individuais com um alto padrão
de qualidade. Os serviços de vendas, consultoria técnica, assistência técnica e peças
de reposição da SEW-EURODRIVE são encontrados em mais de 50 países em todo o
mundo.
A linha de 
produtos
• Motoredutores, redutores e motores
–Redutores/motoredutores de engrenagens helicoidais
–Redutores/motoredutores de eixos paralelos
–Redutores/motoredutores de engrenagens cônicas
–Redutores/motoredutores de rosca sem fim
– Motoredutores angulares Spiroplan®
–Motoredutores Planetários
–Redutores Industriais
–Redutores/motoredutores com baixa folga angular
–Motores de alto rendimento
–Motores com freio
–Acionamentos para monovias eletrificadas (trolley)
–Motoredutores com motores giromagneto
–Motoredutores com motores de dupla polaridade
–Motoredutores assépticos
• Acionamentos controlados eletronicamente
– Conversores de freqüência MOVITRAC®
– Conversores de freqüência MOVIDRIVE®
–Opcionais tecnológicos e de comunicação para os conversores
–Motores assíncronos CA e motoredutores CA
–Servomotores assíncronos e síncronos e servomotoredutores
–Motores com freio e motoredutores
–Motores lineares assíncronos e síncronos
• Componentes para instalação descentralizada
– Motoredutores MOVIMOT® com conversor de freqüência integrado
– Motoredutores MOVI-SWITCH® com dispositivo de comutação e proteção inte-
grados
–Distribuidores de campo, interfaces fieldbus
Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 7
1Introdução
• Variadores mecânicos de velocidade
– VARIBLOC® motoredutor com variador de velocidade por correia "V"
– VARIFRIC® motoredutor com variador de velocidade por disco de fricção
• Acionamentos à prova de explosão
• Serviços
–Consultoria Técnica
–Desenvolvimento de programas de aplicação
–Seminários e treinamentos
–Ampla documentação técnica
–Serviço ao cliente
Rotação fixa 
ou variável
Se forem exigidas uma ou duas rotações, poderá ser aplicado um motoredutor trifásico
de velocidade constante ou de pólos comutáveis, ligado à rede. Para mais de dois está-
gios de rotação ou para variação contínua da rotação, são aplicados acionamentos con-
trolados eletronicamente com MOVITRAC® LT, MOVITRAC® B, MOVIDRIVE® ou MO-
VIMOT®. Para pequenas faixas de variação até 1:8 também são utilizados variadores
mecânicos VARIBLOC® ou VARIFRIC®.
1
8 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1
Introdução
Controle Os acionamentos podem ser conectados em circuito de controle eletrônico. As vanta-
gens desses acionamentos são por exemplo, alto torque de partida, um desempenho
especial de aceleração e desaceleração, proteção contra sobrecarga por limitação de
torque e de corrente, operação em um ou quatro quadrantes, etc. Além disso, os acio-
namentos controlados eletronicamente com MOVITRAC® ou MOVIDRIVE® podem fun-
cionar em operação sincronizada, posicionamento ou também ser incluídos através da
comunicação fieldbus e controle de fluxo integrado em sistemas de automação.
Condições 
de trabalho
Motores assíncronos trifásicos e servomotores com ou sem redutor, devido ao seu de-
sign simples e robusto e ao seu alto grau de proteção, são acionamentos seguros, com
confiabilidade de serviço, mesmo sob as mais severas condições de operação. Em to-
dos os casos, o perfeito conhecimento e a observação das condições de serviço são
decisivos para o sucesso.
Manutenção Os motores assíncronos trifásicos e os servomotores podem trabalhar por anos em per-
feitas condições de funcionamento, sem necessidade de manutenção. A manutenção
dos redutores se limita a uma verificação regular do nível e da condição do óleo, assim
como às trocas do óleo, conforme especificação. Deve ser observado o tipo de óleo
aprovado pela SEW e o volume de abastecimento correto. Peças de desgaste e de re-
posição para acionamentos SEW estão disponíveis para pronta entrega, na maioria dos
países.
Elaboração 
de projetos
Com a grande variedade de seqüências de movimentos, aparentemente todos os casos
de acionamento são distintos. Entretanto, os casos de acionamento podem ser reduzi-
dos a três soluções padrão:
– movimento linear na horizontal
– movimento linear na vertical 
– movimento rotativo
Primeiramente são anotados dados de carga como massas, momentos de inércia das
massas, velocidades, forças, número de partidas, períodos de trabalho, geometria das
rodas e dos eixos. Com esses dados é calculada a potência exigida sob consideração
dos rendimentos e é determinada a rotação de saída. Com esses resultados é deter-
minado o motoredutor do respectivo catálogo SEW, sob observação das condições in-
dividuais de operação. Para a escolha do tipo do motoredutor valem os critérios abaixo
relacionados. Uma vez que as características operacionais dos diversos motoredutores
divergem entre si, nos próximos capítulos essas características serão apresentadas
distintamente.
É feita a seguinte sub-divisão:
– Acionamentos trifásicos com uma ou mais rotações fixas
– Acionamentos trifásicos com conversor de freqüência
– Servoacionamentos
– Acionamentos trifásicos com variadores mecânicos
– Tipos de redutores
Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 9
2Acionamentos trifásicos com rotações fixas
2 Acionamentos trifásicos com rotações fixas
Informações detalhadas sobre motores assíncronos trifásicos com rotor de gaiola DR/
DZ/DX são encontradas no catálogo de "Motoredutores".
2.1 Funcionamento dos motores assíncronos trifásicos com rotor de gaiola
Devido ao seu design simples, alta confiabilidade de serviço, manutenção reduzida e
preço vantajoso, o motor assíncrono trifásico com rotor de gaiola é o motor elétrico mais
utilizado atualmente nas indústrias.
Desempenho 
na aceleração
O desempenho na aceleração é descritopela curva característica torque x rotação. De-
vido à resistência rotórica em função da rotação no motor assíncrono trifásico com rotor
de gaiola, apresentam valores para o torque durante a aceleração, em função da rota-
ção (escorregamento).
Motores com pólos 
comutáveis
Na Fig. 2 são mostradas as curvas características de torque x rotação de um motor com
pólos comutáveis, com as características típicas. Motoredutores com pólos comutáveis
são acionamentos com rotação variável mais econômicos, aplicados frequentemente
em sistemas de translação ou elevação. Com isso, a alta rotação serve como comuta-
ção rápida, enquanto a baixa rotação é utilizada para posicionamento.
00624AXX
Fig. 1: Motor assíncrono trifásico com rotor de gaiola
Tabela 1: Motores com pólos comutáveis frequentemente aplicados
Número de pólos Rotação síncrona (rpm a 60 Hz) Ligação
4/2 1800/3600 ∆ / �� (Dahlander)
8/2 900/3600 � / � (bobinagem independente)
6/4 1200/1800 � / � (bobinagem independente)
8/4 900/1800 ∆ / �� (Dahlander)
2
10 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1
Acionamentos trifásicos com rotações fixas
Ponto
operacional
O motor segue a cada aceleração essa curva característica de torque até o seu ponto
operacional estável, onde se cruzam as curvas características da carga e do motor, res-
pectivamente. O ponto operacional estável é atingido, quando o momento de carga é
inferior ao torque de partida ou ao torque mínimo.
Torque de comu-
tação nos moto-
res com pólos 
comutáveis
Na comutação do motor da bobinagem de 2 pólos para 8 pólos, o motor funciona tem-
porariamente como gerador, devido à rotação supersíncrona. Pela transformação da
energia cinética em energia elétrica, a desaceleração da alta para a baixa rotação, é
realizada com poucas perdas e sem desgaste. O torque médio de comutação dis-
ponível para a desaceleração é:
O torque médio de comutação MU é a diferença média entre as curvas características
para operação com 2 pólos e com 8 pólos respectivamente, na faixa entre a rotação no-
minal com 8 pólos e com 2 pólos, respectivamente (faixa sombreada).
Unidades para 
comutação suave
Para a redução do torque médio de comutação estão disponíveis unidades eletrônicas
para comutação suave, série WPU.
MU = Torque médio de comutação
MA1 = Torque médio de partida para o enrolamento na baixa rotação
,
00625BXX
Fig. 2: Curvas características para motor trifásico com 
pólos comutáveis
MA1 = Torque de partida com 8 pólos
MA2 = Torque de partida com 2 pólos
MS = Torque mínimo
MK = Torque máximo
MN = Torque nominal
ML = Momento de carga
[1] = Operação do motor
[2] = Operação com frenagens regenerativas
[3] = Ponto operacional estável
2P = com 2 pólos
8P = com 8 pólos
1
2
rpm
Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 11
2Acionamentos trifásicos com rotações fixas
2.2 Dados nominais do motor assíncrono trifásico com rotor de gaiola
Os dados específicos de um motor assíncrono trifásico com rotor de gaiola são:
• Tamanho construtivo
• Potência nominal
• Regime de serviço
• Rotação nominal
• Corrente nominal
• Tensão nominal
• cos ϕ
• Rendimento η %
• Grau de proteção
• Classe de isolação
Esses dados, eventualmente mais alguns, constam na plaqueta do motor. Essas indi-
cações de plaqueta, conforme NBR 7094 / ABNT, se referem a uma temperatura am-
biente de 40 °C e a uma altitude do local de instalação de no máximo 1000 m acima do
nível do mar.
Número de pólos Os motoredutores assíncronos trifásicos com rotor de gaiola com uma rotação fixa, ge-
ralmente são executados com 4 pólos, uma vez que motores com 2 pólos favorecem a
formação de elevados ruídos e também reduzem a vida útil do redutor. Os motores com
maior número de pólos da mesma potência (6 pólos, 8 pólos, etc.) exigem uma carcaça
maior e são menos econômicos, devido ao rendimento menor e cos ϕ menos favorável,
além de serem mais caros. 
Na tabela abaixo podem ser obtidas as rotações síncronas a diversas polaridades a 
50 Hz e a 60 Hz.
03214AXX
Fig. 3: Plaqueta do motor
Tabela 2: Rotações síncronas nS a 50 Hz e a 60 Hz
Número de pólos 2 4 6 8 12 16 24
nS (rpm a 50 Hz) 3000 1500 1000 750 500 375 250
nS (rpm a 60 Hz) 3600 1800 1200 900 600 450 300
2
12 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1
Acionamentos trifásicos com rotações fixas
Escorregamento A rotação nominal do motor nN à potência nominal na operação motora é sempre infe-
rior à rotação síncrona nS. A diferença entre a rotação síncrona e a rotação efetiva é o
escorregamento, definido como:
Para pequenos acionamentos, por exemplo, potência nominal de 0,25 kW, o escorre-
gamento é de aproximadamente 10 %, e para acionamentos maiores, por exemplo,
potência nominal de 15 kW, o escorregamento é de aproximadamente 3 %.
Redução da 
potência
A potência nominal PN de um motor depende da temperatura ambiente e da altitude do
local de instalação. A potência nominal indicada na plaqueta vale para uma temperatura
ambiente de até 40 °C e para uma altitude máxima do local de instalação de 1000 m
acima do nível do mar. Caso a temperatura ou a altitude sejam superiores a estes va-
lores, a potência nominal deverá ser reduzida de acordo com a seguinte fórmula:
S = Escorregamento [%]
nS = Rotação síncrona [rpm]
nN = Rotação nominal [rpm]
PN1= Potência nominal reduzida [kW]
PN = Potência nominal [kW]
fT = Fator para redução devido a temperatura ambiente
fH = Fator para redução devido a altitude do local de instalação
00627CXX
Fig. 4: Redução da potência em função da temperatura ambiente [1] e da altitude [2]
30 40 50 60 °C 1000 2000 3000 4000 m
0.7
0.8
0.9
1.0
fT
0.7
0.8
0.9
1.0
fH
[1] [2]
Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 13
2Acionamentos trifásicos com rotações fixas
Tolerâncias Conforme norma ABNT NBR 7094 edição 2000 para motores elétricos, são admissíveis
as seguintes tolerâncias para a tensão nominal. Essas tolerâncias são válidas também,
se em vez de um valor definido para a tensão nominal estiver indicada uma faixa de
tensão nominal.
Tolerância A A tolerância A descreve a faixa admissível, na qual a freqüência e a tensão podem des-
viar do respectivo ponto nominal. O gráfico a seguir descreve esta faixa. O centro das
coordenadas designado com "0" marca sempre o ponto para freqüência e tensão nomi-
nais, respectivamente.
Subtensão / Subdi-
mensionamento
Os valores de catálogo como potência, torque e rotação, não podem ser observados,
quando submetidos à subtensão ou subdimensionamento dos cabos de alimentação
dos motores. Isso vale particularmente na operação de partida do motor, onde a cor-
rente de partida equivale a um múltiplo da corrente nominal.
Tensão e freqüência Tolerância A
Rendimento η ≤ 0,851
η > 0,851
-0,15 • (1-η)
-0,20 • (1-η)
Fator de potência cosϕ
Escorregamento PN < 1 kW
 PN ≥ 1 kW
±30%
±20%
Corrente de partida IP (com rotor bloqueado) +20%
Torque de partida CP (com rotor bloqueado) -15%
Torque máximo CK -10%
Momento de inércia Jmot ±10%
-
1 - cos
6
ϕ
03210AXX
Fig. 5: Faixa da Tolerância A
∆f [%]
∆V [%]
0 +2-2
+5
+3
-3
-5
A
2
14 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1
Acionamentos trifásicos com rotações fixas
2.3 Regimes de serviço conforme NBR 7094
A potência nominal está sempre relacionada a um regime de funcionamento e a um fa-
tor de duração do ciclo.
S1 Funcionamento à carga constante, com duração suficiente para que o equilíbrio térmico
seja atingido.
S2 Funcionamento à carga constante durante um tempo determinado, inferior ao neces-
sário para atingir o equilíbrio térmico, seguido por um período de repouso de duração
suficiente para o motor ter recuperado a temperatura ambiente.
S3 Seqüência de ciclos de regime idênticos, cada qual incluindo um período de funciona-
mento à carga constante e um período de repouso. Neste regime o ciclo é tal que a cor-
rente de partida não afeta significativamente a elevação de temperatura.
S4 Seqüência de ciclos de regime idênticos,cada qual incluindo um período de partida sig-
nificativo, um período de funcionamento à carga constante e um período de repouso.
S5 - S10 Seqüência de ciclos de regime idênticos, cada qual incluindo um período de partida, um
período de funcionamento à carga constante, um período de frenagem elétrica rápida
e um período de repouso.
03135AXX
Fig. 6: Regimes de serviço S1 / S2 / S3
Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 15
2Acionamentos trifásicos com rotações fixas
Regime de 
serviço
Para um motor projetado para S1 com 100 % ED, se for exigido um período de ciclo
menor, a potência poderá ser aumentada conforme tabela a seguir.
Fator de duração 
do ciclo ED
Relação entre tempo em carga e duração do ciclo (duração do ciclo = soma dos tempos
em carga e dos tempos em repouso). A duração máxima do ciclo é de 10 minutos.
2.4 Rendimento η, fator de potência cos ϕ e classe de isolação
Na plaqueta do motor é indicada a potência de saída como potência nominal PN, ou seja
a potência mecânica disponível no eixo, conforme a NBR 7094. Em grandes motores o
rendimento η e o fator de potência cos ϕ são mais vantajosos do que em pequenos mo-
tores. O rendimento e o fator de potência também se alteram com o grau de utilização
do motor, ou seja, com carga parcial eles se tornam menos vantajosos.
Tabela 3: Fator de aumento da potência K
Regime de serviço Fator de aumento da 
potência K
S2 Tempo de operação 60 min
30 min
10 min
1,1
1,2
1,4
S3 Fator de duração do ciclo 
ED
60 %
40 %
25 %
15 %
1,1
1,15
1,3
1,4
S4 - S10 Para a determinação da potência nominal e do regime de 
serviço, devem ser indicados o número e o tipo de partidas 
por hora, tempo de partida, tempo de carga, tipo de desace-
leração, tempo de desaceleração, tempo de marcha em 
vazio, duração do ciclo, tempo de parada e potência exi-
gida.
Sob consulta
 ED = Fator de duração do ciclo [%]
 Σ te = Soma dos tempos em carga [s]
 tS = Duração do ciclo [s]
Potência aparente
Potência ativa
Potência nominal
U1 = Tensão de rede [V]
IP = Corrente por fase [A]
2
16 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1
Acionamentos trifásicos com rotações fixas
Classes de isola-
ção conforme 
NBR 7094 / ABNT
Todos os motores SEW são executados de série em classe de isolação F. Na tabela a
seguir, constam as elevações de temperatura conforme NBR 7094 / ABNT.
Medição da 
temperatura da 
bobinagem
O aumento da temperatura de um motor com bobinagem de cobre pode ser medido
com um ohmímetro, pelo aumento do valor da resistência.
ta = constante A influência da temperatura ambiente ta1 e ta2 pode ser desprezada se a temperatura
ambiente não se alterar durante a medição. Disso resulta a fórmula simplificada:
Pressupondo-se também que a temperatura da bobinagem no estado de frio é igual a
temperatura ambiente, o aumento da temperatura é determinado, conforme segue:
Tabela 4: Classes de isolação
Classe de isolação Limite da elevação de tempera-
tura, referente à temperatura 
do ar de refrigeração de 40 °C
Temperatura limite para desligamento 
pelos termistores
B 80 °C 130 °C
F 105 °C 150 °C
H 125 °C 170 °C
 t1 = Temperatura da bobinagem no estado de frio em °C
 t2 = Temperatura da bobinagem em °C no fim do ensaio
 ta1 = Temperatura do agente refrigerante em °C no começo do ensaio
 ta2 = Temperatura do agente refrigerante em °C no fim do ensaio
 R1 = Resistência da bobinagem no estado de frio (t1) em Ω
 R2 = Resistência no fim do ensaio (t2) em Ω
t t t t t
t t t
t t t
t t
Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 17
2Acionamentos trifásicos com rotações fixas
2.5 Grau de proteção
Em função das condições ambientais – alto índice de umidade do ar, meios agressivos,
respingos ou jatos de água, pó etc. – os motores e motoredutores trifásicos com ou sem
freio são fornecidos nos graus de proteção IP54, IP55, IP56 e IP65 conforme NBR
9884. Caso não seja informado no pedido, os motores assíncronos trifásicos serão
fornecidos com grau de proteção padrão IP55.
Proteção aumentada contra corrosão para partes de metal e impregnação adicional da
bobinagem (proteção contra umidade e ácidos), também são possíveis como o forneci-
mento de motores sem ou com freio à prova de explosão conforme ATEX 100a.
IP1)
1) IP = International Protection
1º. Numeral característico 2º. Numeral característico
Proteção contra corpos estranhos Proteção contra água
0 Não protegido Não protegido
1 Protegido contra corpos estranhos sólidos com 
∅ 50 mm e maior
Protegido contra gotejamento de água
2 Protegido contra corpos estranhos sólidos com 
∅ 12 mm e maior
Protegido contra gotejamento de água, com a 
carcaça inclinada em até 15° em relação à vertical
3 Protegido contra corpos estranhos sólidos com 
∅ 2,5 mm e maior
Protegido contra chuvisco
4 Protegido contra corpos estranhos sólidos com 
∅ 1 mm e maior
Protegido contra respingos de água
5 Protegido contra acúmulo de pó Protegido contra jatos de água fracos
6 À prova de pó Protegido contra jatos de água fortes
7 - Protegido contra submersão temporária em água
8 - Protegido contra submersão permanente em 
água
2
18 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1
Acionamentos trifásicos com rotações fixas
2.6 Proteção do motor 
Proteção em fun-
ção da corrente ou 
da temperatura
A escolha do equipamento de proteção correto determina substancialmente a confiabi-
lidade de serviço do motor. Diferencia-se entre equipamento de proteção em função da
corrente e em função da temperatura do motor. Equipamentos de proteção em função
da corrente, por exemplo são fusíveis e relés bimetálicos. Equipamentos de proteção
em função da temperatura, por exemplo são termistores PTC ou sensores bimetálicos
(termostatos) na bobinagem.
Equipamentos 
de proteção em 
função da 
temperatura
Três termistores sensores de temperatura TF são ligados em série no motor e conecta-
dos a partir da caixa de ligação a um relé no painel elétrico. Três1 sensores bimetálicos
TH - também ligados em série no motor - são inseridos da caixa de ligação diretamente
no circuito de monitoração do motor. Termistores PTC ou sensores bimetálicos respon-
dem à temperatura máxima admissível na bobinagem. Eles têm a vantagem de as tem-
peraturas serem medidas onde elas ocorrem.
Fusíveis Os fusíveis não protegem o motor contra sobrecargas. Eles servem exclusivamente
para a proteção das redes elétricas, contra curto circuito.
Relés bimetálicos Os relés bimetálicos são equipamentos de proteção adequados contra sobrecarga para
serviço normal com baixo número de partidas, curtas partidas e correntes de partida
não exageradas. Para serviço intermitente com maior número de partidas (> 60 c/h) e
para operação com alta inércia, relés bimetálicos não são adequados. Se as constantes
de tempo térmicas do motor e do relé não coincidirem, um ajuste da corrente nominal
do motor, poderá levar a um disparo precoce desnecessário, ou o não reconhecimento
da sobrecarga.
Qualificação do 
equipamento de 
proteção
Na tabela a seguir é apresentada a qualificação dos diversos equipamentos de pro-
teção para causas de disparo distintas.
1. Para motores com pólos comutáveis e com bobinagem independente são aplicados seis sensores 
bimetálicos. 
Tabela 5: Qualificação dos equipamentos de proteção
A = proteção ampla
B = proteção limitada 
C = sem proteção 
Equipamento de proteção
em função da corrente
Equipamento de proteção
em função da temperatura
fusível relés 
bimetálicos
termistor (TF) sensor 
bimetálico (TH)
Sobrecorrentes até 200 % IN C A A A
Alta inércia, reversão C B A B
Serviço intermitente até 60 c/h2) C B A A
Bloqueio C B B B
Falta de fase C B A A
Desvio da tensão C A A A
Desvio da freqüência C A A A
Refrigeração do motor insuficiente C C A A
Defeito de rolamento C C A A
Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 19
2Acionamentos trifásicos com rotações fixas
2.7 Dimensionamento do motor
Regime S1 O momento de cargaé o fator determinante no regime S1.
Cada motor é dimensionado conforme a sua utilização térmica. Freqüentemente ocorre
o caso de aplicação do motor a ser ligado uma vez (S1 = regime contínuo = 100 % ED).
A potência exigida calculada do momento de carga da máquina é igual à potência no-
minal do motor.
Regime S3/S4 O momento de inércia e um alto número de partidas são os fatores determinantes
nos regimes S3 e S4.
O caso de acionamento com alto número de partidas e baixo torque resistente, como
por exemplo o acionamento de sistema de translação, é amplamente aplicado. Neste
caso, de modo algum a potência exigida é determinante para o dimensionamento do
motor, mas sim o número de partidas do motor. Devido às freqüentes ligações, e con-
sequentemente à circulação de altas correntes de partida, o motor é submetido a um
aquecimento elevado. Se o calor absorvido for superior ao calor dissipado pela ventila-
ção do motor, haverá um aquecimento inadmissível da bobinagem. Com a escolha da
classe de isolação adequada ou por ventilação forçada, pode ser aumentada a capaci-
dade de carga térmica do motor.
Número de parti-
das em vazio
Com o número de partidas em vazio Z0, o fabricante indica o número de partidas ad-
missíveis do motor a 50 % ED, sem momento resistente e massa externa. Isto significa,
quantas vezes por hora o motor pode acelerar o momento de inércia de seu rotor até a
rotação máxima, sem momento resistente a 50 % ED. 
Número de parti-
das admissíveis
Caso deva ser acelerado um momento de inércia adicional ou se um momento de carga
adicional ocorrer, aumentará o tempo de aceleração do motor. Uma vez que durante
esse tempo de aceleração circula uma corrente elevada, o motor sofrerá um aumento
da carga térmica e, por conseguinte, se reduz o número de partidas admissíveis.
Os números de partidas admissíveis dos motores podem ser calculados por aproxima-
ção:
Z = Número de partidas admissíveis
Z0 = Número de partidas em vazio do motor a 50 % ED
KJ = f (JX, JZ, JM) Fator para cálculo: momento de inércia adicional
KM = f (ML, MH) Fator para cálculo: momento resistente na aceleração
KP = f (PX, PN, ED) Fator para cálculo: potência estática e fator de duração do ciclo ED
2
20 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1
Acionamentos trifásicos com rotações fixas
Os fatores KJ, KM e KP podem ser calculados para a respectiva aplicação, com base
nos diagramas abaixo.
2.8 Partida e comutação suaves
Conexão
estrela-triângulo
O torque de um motor assíncrono trifásico com rotor de gaiola pode ser influenciado
pelo circuito externo com auto-transformador e resistência ou reatores em série, ou por
diminuição da tensão. A forma mais simples é a denominada conexão � / ∆. Se a bo-
binagem do motor for projetada com conexão em triângulo, por exemplo para tensão de
rede de 380 V e o motor na fase de partida, conectado em estrela a rede de 380 V, re-
sultará um torque de somente 1/3 do torque na conexão em triângulo. As correntes, in-
clusive a corrente de partida, também alcançam somente 1/3 do valor em relação a co-
nexão em triângulo.
Ventilador pesado Para determinadas aplicações, a redução da aceleração na partida e da desaceleração
na parada e, por conseguinte, uma aceleração suave e uma desaceleração suave, po-
dem ser obtidas pelo momento de inércia adicional de um ventilador de ferro fundido
cinzento. Neste caso, deve ser verificado o número de partidas.
Alternativas para 
a comutação 
estrela-triângulo
Por meio de um transformador de partida, bobinas de reatância ou resistores adequa-
dos é alcançado um efeito comparável com a conexão em estrela-triângulo, com o
torque podendo ser variado de acordo com a grandeza das bobinas e dos resistores
aplicados.
em função do momento 
de inércia adicional
em função do momento 
resistente na aceleração
em função da potência 
estática e do fator de 
duração do ciclo ED
JX = Soma de todos os momentos de inércia externos, referido ao eixo do motor
JZ = Momento de inércia do ventilador pesado
JM = Momento de inércia do motor
ML = Momento resistente durante a aceleração
MH = Torque médio de partida
PS = Potência exigida após a aceleração (potência estática)
PN = Potência nominal do motor
Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 21
2Acionamentos trifásicos com rotações fixas
Redução de torque 
em motores com 
pólos comutáveis
Na comutação da rotação alta para rotação baixa em motores com pólos comutáveis,
eventualmente poderá ser necessário efetuar respectivas reduções do torque, uma vez
que os torques de comutação são maiores do que os torques de partida. Neste caso, à
parte da bobina e resistor, pode ser utilizada como solução econômica uma comutação
bifásica. Isso significa, que o motor durante a comutação é operado por um determina-
do tempo (ajustável com um relé temporizador) só com duas fases na bobinagem para
a baixa rotação. Com isso, o campo magnético rotativo simétrico é distorcido e o motor
recebe um torque de comutação menor.
ou
MU2ph = torque de comutação médio com 2 fases
MU = torque de comutação médio com 3 fases
MA1 = torque de partida na baixa rotação
,
Para sistemas de elevação, por razões de segurança, não deve ser utilizada a comu-
tação de 2 fases!
00629CXX
Fig. 7: Comutação de pólos
1 Contatores para sentido de rotação
2 Contatores para velocidade
3 Retificador do freio
4 Freio
n1 Baixa rotação
n2 Alta rotação
5 Redução do torque na comutação por
A Bobina para comutação
B Resistor para partida suave com curto-
circuito (Kusa)
C Comutação de 2 fases
A) B) C)
L1
L2
L3
M
1
3
4
2
5
n1 n2
2
22 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1
Acionamentos trifásicos com rotações fixas
Ainda mais vantajosa é a aplicação da unidade eletrônica para comutação suave WPU,
a qual, na comutação, interrompe eletronicamente a 3ª fase e a religa precisamente no
tempo certo.
As unidades eletrônicas para comutação suave WPU são inseridas em duas fases e
conectadas em função do tipo de bobinagem e do tipo de conexão.
1812193
Fig. 8: Unidade eletrônica para comutação suave WPU
Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 23
2Acionamentos trifásicos com rotações fixas
2.9 Motores com freio
Informações detalhadas sobre características de frenagem em relação com diversos re-
tificadores de freios e unidades de controle encontram-se nos catálogos SEW e no ma-
nual de freios.
Aplicação e 
funcionamento
Para muitos casos de aplicação, nos quais é necessário um posicionamento relativa-
mente preciso, o motor deve ter um freio mecânico. À parte dessas aplicações onde o
freio mecânico é utilizado como freio de serviço, motores com freio também são aplica-
dos onde se exige segurança. Por exemplo, em sistemas de elevação, nos quais o mo-
tor é parado eletricamente em uma determinada posição, atua o "Freio", para a fixação
segura da posição. Exigências de segurança semelhantes valem para a irregularidade
operacional "Interrupção da tensão de rede". Neste caso, os freios mecânicos nos mo-
tores garantem as paradas de emergência.
• com a ligação da tensão os freios aliviam eletromagneticamente
• com o desligamento da tensão eles atuam automaticamente por efeito de mola
Tempos de res-
posta dos freios
Os freios dos motores SEW, devido ao seu sistema com duas bobinas controlado ele-
tronicamente, são aliviados com tempo de resposta particularmente curto. 
O tempo de atuação do freio é geralmente muito longo, porque o retificador de freio lo-
calizado na caixa de ligação do motor é alimentado diretamente a partir da placa de bor-
nes do motor. Quando o motor é desligado, enquanto está em rotação, ele gera uma
tensão (de remanência) regenerativa, que retarda a atuação do freio. Assim, o desliga-
mento da tensão do freio exclusivamente no lado CA tem como conseqüência retarda-
mentos consideráveis, devido à auto indução da bobina de freio. Neste caso, a única
possibilidade é o desligamento simultâneo dos lados CA e CC, no circuito da bobina de
freio.00630BXX
Fig. 9: Motor trifásico com freio e freio a disco
2
24 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1
Acionamentos trifásicos com rotações fixas
Torques de 
frenagem
Os freios a disco SEW têm o seu torque ajustável por variação de molas. Para a solici-
tação do motor, o torque de frenagem deve ser selecionado dos dados de catálogo,
conforme a necessidade. Para sistemas de elevação por exemplo, por razões de segu-
rança, o torque de frenagem deve ser dimensionado com o dobro do valor do torque
nominal do motor necessário. Se na solicitação não tiver indicação, o motor será forne-
cido com o torque de frenagem máximo.
Carga limite No dimensionamento do freio, particularmente para frenagens de emergência, observar
que o trabalho máximo admissível do freio por frenagem não deve ser excedido. Os res-
pectivos diagramas que mostram esses valores em função do número de partidas e da
rotação do motor, se encontram nos catálogos SEW e no manual dos freios.
Distância de fre-
nagem e pre-
cisão de posicio-
namento
O tempo de desaceleração se compõe de dois tempos individuais:
• Tempo de atuação do freio t2
• Tempo de frenagem mecânica tB
Durante o tempo de frenagem mecânica, a rotação do motor é reduzida. Durante o tem-
po de atuação do freio a rotação normalmente permanece constante. Em casos espe-
ciais por exemplo, em acionamentos de sistemas de elevação na operação de descida,
quando o motor já está desligado e o freio ainda não atuou, o tempo de frenagem po-
derá até aumentar.
A tolerância para a distância de frenagem sob condições secundárias inalteradas é de
± 12 %. Com tempos de desaceleração bem curtos, a influência do controle elétrico
(tempos de resposta de relés ou de contatores) poderá prolongar a distância até a pa-
rada. Com controles programáveis poderão apresentar-se retardamentos adicionais
por tempos de operação dos programas e por priorização de sinais de saída.
Alívio mecânico 
do freio
Adicionalmente o freio poderá ser aliviado mecanicamente. Para o alívio mecânico, o
fornecimento inclui uma alavanca de alívio (com retorno automático) ou um parafuso de
alívio (sem retorno automático).
Aquecimento
do freio
Para condições ambientais especiais como por exemplo operação ao ar livre com fortes
variações da temperatura, ou na faixa de baixas temperaturas (frigorífico) é necessário
proteger o freio contra congelamento. Isso requer uma unidade de controle especial (in-
clusa no programa de fornecimento SEW).
Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 25
2Acionamentos trifásicos com rotações fixas
Contatores
de freio
Em conseqüência à alta carga de impulsos de corrente e à tensão contínua a ser ligada
em carga indutiva, os dispositivos de comando para a tensão do freio e para o desliga-
mento no lado CC devem ser ou contatores de CC especiais, ou contatores de CA 
adaptados com contatos da categoria de utilização AC3 conforme a EN 60947-4-1.
A escolha do contator de freio para ligação a rede é bem simples:
Para as tensões padrão de 220 VCA e 380 VCA é escolhido um contator de potência com
uma potência nominal de 2,2 kW ou 4 kW para operação AC3.
Para 24 VCC o contator é dimensionado para operação DC3.
Frenagem por 
contracorrente 
e por CC
Frenagens por contracorrente ou operação reversível, ou seja, inversão das fases de
alimentação do motor à rotação máxima, sujeitam o motor a uma alta carga mecânica
e térmica. Essa alta carga mecânica também é transmitida aos redutores e ele-
mentos de transmissão do sistema. Neste caso, consultar sempre o fabricante
dos acionamentos.
Com frenagem CC, motores sem freio podem ser freados mais, ou menos rapidamente,
em função da intensidade da CC. Uma vez que esse tipo de frenagem causa um
aquecimento adicional do motor trifásico, aqui também deverá ser consultado o fabri-
cante.
3
26 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1
Acionamentos trifásicos com conversores de freqüência
3 Acionamentos trifásicos com conversores de freqüência
Informações detalhadas sobre acionamentos trifásicos com conversores de freqüência,
são encontradas nos catálogos dos conversores de freqüência MOVITRAC® LT, MO-
VITRAC® B e MOVIDRIVE®, no catálogo MOVIMOT®, no manual de sistemas "Siste-
mas de acionamentos para instalação descentralizada".
Motores e motoredutores trifásicos são controlados eletronicamente por conversores
de freqüência, com variação da rotação sem escalonamento. O conversor de freqüên-
cia fornece uma freqüência de saída ajustável, com a tensão de saída se alterando pro-
porcionalmente.
Para aplicações com instalação descentralizada também são utilizados motores e mo-
tofreios MOVIMOT® com conversor de freqüência integrado.
04077AXX
Fig. 10: Conversores de freqüência SEW MOVITRAC® LT, MOVITRAC® B e MOVIDRIVE®
04791AXX
Fig. 11: Motores e motofreios MOVIMOT® com conversor de freqüência integrado
Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 27
3Acionamentos trifásicos com conversores de freqüência
3.1 Conversores de freqüência
 O acionamento perfeito para o controle e comando eletrônico de motores elétricos as-
síncronos trifásicos e servomotores. A SEW possui exatamente o que é necessário
para a aplicação, desde acionamentos para variação de velocidade até controles pre-
cisos e confiáveis em aplicações que exigem elevada dinâmica e precisão.
MOVITRAC® LT A linha de conversores de freqüência MOVITRAC® LT consiste de uma série de produ-
tos em dois tamanhos físicos, projetados para fornecer acionamentos com alto rendi-
mento e fácil utilização para motores de indução trifásicos, na faixa de potência 0,37 kW
até 160 kW.
O MOVITRAC® LT utiliza controle de tensão e freqüência ou vetorial em malha aberta
para regular a velocidade do motor. O controle digital é combinado com a tecnologia de
ponta do semicondutor de potência IGBT para fornecer solução compacta nas aplica-
ções em geral. O produto é projetado com a facilidade de utilização e de instalação, jun-
to com a programação e a colocação em operação simples, deste modo, minimizando
o custo total aplicado na solução de um acionamento.
MOVITRAC® B O MOVITRAC® B é uma família de conversores de freqüência vetorial, compactos na
potência de 0,25 até 2,2 kW, com tensão de alimentação de 220 VCA para redes mo-
nofásicas e na potência de 0,25 até 75,0 kW, com tensão de alimentação de 380...500
VCA para redes trifásicas. Estas unidades podem ser equipadas com um controle ma-
nual opcional para simples colocação em funcionamento.
MOVIDRIVE® B Os conversores de freqüência MOVIDRIVE® B com uma faixa de potência de até 132
kW, atendem às mais altas exigências de dinâmica e precisão de controle. 
Esses conversores com controle vetorial são previstos para a instalação em painéis
elétricos. Eles podem ser instalados em série, são compactos e otimizados para ins-
talação em espaço reduzido.
VFC As execuções com VFC (Controle de fluxo por tensão) com ou sem realimentação da
rotação, permitem uma alta precisão de controle de acionamentos assíncronos.
CFC MOVIDRIVE® com CFC (Controle de fluxo por corrente) atende às mais altas exigên-
cias de precisão e dinâmica. Acionamentos assíncronos com MOVIDRIVE® e CFC ad-
quirem características de "Servo".
3
28 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1
Acionamentos trifásicos com conversores de freqüência
3.2 Motores e motofreios MOVIMOT® com conversor de freqüência integrado
O MOVIMOT® representa o novo conceito de descentralização de sistemas, sendo um
conversor de freqüência instalado dentro da caixa de ligação do motor. Pode ser forne-
cido na faixa de potência de 0,37 até 3 kW.
Tensão de alimentação: 3 x 380...500 VCA, 3 x 200...240 VCA, 50/60 Hz
Rotações nominais: 1400, 1700 e 2900 rpm.
Suas principais características são:
• Pequeno volume da unidade
• Versatilidade na aplicação
• Integração de todas as conexões elétricas entre o conversor e o motor imune a ruí-
dos
• Projetado com dispositivos de proteção integrados
•Ventilação do conversor, independente da velocidade do motor
• Economia de espaço no painel elétrico e não necessita de cabos blindados no motor
• Ajustes padrão dos parâmetros otimizados para a maioria das aplicações comuns
• Alta capacidade de sobrecarga de 1,5 CN
• Compatibilidade com os padrões EMC EN 50081 (nível A) e EN 50082
• Fácil instalação, colocação em operação, manutenção, adaptação em aplicações já
existentes e troca
O MOVIMOT® é uma ótima alternativa eletrônica aos motores de dupla polaridade ou
motovariadores mecânicos.
O MOVIMOT® está disponível em todas as execuções e formas construtivas padrão,
como motoredutor de engrenagens helicoidais, cônicas ou de rosca sem-fim, de eixos
paralelos, tipo Spiroplan®, ou planetário.
Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 29
3Acionamentos trifásicos com conversores de freqüência
3.3 Operação de motor com conversor de freqüência
Curvas características de funcionamento
Torque
constante até a 
freqüência 
de rede
Pela variação da freqüência e da tensão, a curva característica de torque x rotação do
motor assíncrono trifásico com rotor de gaiola, pode ser deslocada ao longo do eixo da
rotação (veja a Fig. 12). Na faixa da proporcionalidade entre U e f (Faixa A) o motor é
operado com fluxo constante, podendo ser carregado com torque constante. Quando a
tensão atinge o valor máximo e a freqüência continua sendo aumentada, ocorre a dimi-
nuição do fluxo e, consequentemente, do torque disponível (atenuação do campo, faixa
F). Até o ponto de arriamento o motor pode ser operado na faixa proporcional (A) com
torque constante e na faixa de atenuação do campo (F) com potência constante. O
torque máximo MK diminui quadraticamente. A partir de uma determinada freqüência
torna-se MK < torque disponível, 
por exemplo, com freqüência de inflexão f1 = 60 Hz
– e MK = 2 x MN a partir de 100 Hz
– e MK = 2,5 x MN a partir de 125 Hz.
00640BXX
Fig. 12: Curvas características de funcionamento com torque constante e potência 
constante (Faixa de atenuação do campo)
f1 = Freqüência de inflexão
A = Faixa proporcional
F = Faixa de atenuação do campo
60
3
30 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1
Acionamentos trifásicos com conversores de freqüência
Torque nominal 
constante até √3 x 
freqüência de rede
Uma outra alternativa é a operação com tensão e freqüência acima dos valores nomi-
nais, por exemplo:
Motor: 220 V / 60 Hz (Conexão ∆)
Conversor: UA = 380 V a fmáx = 380/220 x 60 Hz = 104 Hz
Pelo aumento da freqüência, o motor poderia fornecer 1,73 vezes o valor da potência.
Entretanto, devido à alta carga térmica do motor em serviço contínuo, a SEW recomen-
da a escolha do motor com potência nominal próxima maior do catálogo (com classe de
isolação F!)
por exemplo: Potência do motor de catálogo PN = 4 kW
potência útil com conexão em � e fmáx = 104 Hz: PN‘ = 5,5 kW
Com isso, este motor ainda tem uma potência 1,37 vezes acima da potência de catálo-
go. Devido a operação com campo não atenuado, neste modo de operação o torque
máximo é mantido no mesmo nível como na ligação a rede.
Deverá observar-se o desenvolvimento de ruídos mais acentuados do motor devido a
rotação mais alta do ventilador, bem como a transmissão de maior potência pelo redutor
(escolher o fator fB com valor adequado). O conversor deverá ser dimensionado para a
potência mais alta (neste exemplo 5,5 kW) porque a corrente de serviço do motor, de-
vido a conexão em ∆ é mais alta do que na conexão em �.
00642BXX
Fig. 13: Curvas características de funcionamento com 
torque nominal constante
380
220
Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 31
3Acionamentos trifásicos com conversores de freqüência
Dimensiona-
mento do Motor
Ventilação Para um torque constante é pressuposta uma refrigeração constante dos motores, tam-
bém na faixa de baixas rotações. Isso não é possível com motores autoventilados uma
vez que, com a rotação decrescente também se reduz a ventilação. Se não for aplicada
uma ventilação forçada, deverá ser reduzido o torque. Com torque constante, uma ven-
tilação forçada poderá ser dispensada somente se o motor for sobredimensionado. A
superfície do motor maior em relação à potência de saída, pode dissipar melhor o calor
também à baixas rotações. O momento de inércia da massa maior poderá eventual-
mente tornar-se problemático.
Consideração do 
sistema global
Na escolha da freqüência máxima também devem ser considerados os dados do mo-
toredutor. A alta velocidade periférica do estágio de entrada, com as suas conseqüên-
cias (perdas por agitação, rolamentos e retentores sofrendo influências, formação de
ruídos), limita a rotação máxima admissível do motor. O limite inferior da faixa de fre-
qüência é determinado pelo sistema global.
Suavidade da 
rotação / Precisão 
do controle
A suavidade da rotação em baixas velocidades é influenciada pela qualidade da tensão
de saída senoidal gerada. A estabilidade da rotação sob carga é determinada pela qua-
lidade da compensação do escorregamento e de IxR ou alternativamente por um con-
trole da rotação através de um encoder instalado no motor.
3.4 Elaboração de projetos com conversores de freqüência SEW
As curvas características de funcionamento do motoredutor trifásico utilizadas pela
SEW, estão descritas no capítulo Operação de motor com conversor de freqüência /
curvas características de funcionamento. Indicações detalhadas para a elaboração de
projetos se encontram nos catálogos MOVIDRIVE®, MOVITRAC® B e MOVITRAC® LT.
Diretivas SEW 
para dimensio-
namentos
Para a operação com conversor os motores devem ser executados na classe de isola-
ção F. Além disso, devem ser previstos termistores TF ou termostatos TH. 
Os motores devem ser operados somente com a potência próxima de catálogo ou com
ventilação forçada.
3
32 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1
Acionamentos trifásicos com conversores de freqüência
Devido a faixa de rotações, rendimento e cos ϕ dá-se preferência para a utilização de
motores com 4 pólos. As possibilidades a seguir estão disponíveis para escolha:
Faixa de 
velocidade
Faixa de rotação é a faixa na qual o motor é operado constantemente. Baixas rotações
por curtos períodos (por exemplo, na partida ou em posicionamentos) não precisam ser
consideradas na determinação da faixa.
Torque máximo Na escolha da rotação máxima na faixa de atenuação do campo com base na freqüên-
cia máxima, deverá ser observado que o torque nominal MN60Hz (referente a freqüência
nominal) se reduz proporcionalmente de forma inversa, o torque máximo MK, entretan-
to, de forma quadrática inversa. Para se garantir uma operação segura contra arriamen-
to, a relação MK/MN deverá permanecer > 1 (nós recomendamos no mínimo 1.25, veja
a Fig. 14).
Tabela 6: Execução dos motores
Faixa de rotação a 
fmáx = 60 Hz
Execução recomendada do motor
Potência Ventilação1)
1) No caso de motores com freio, assegurar uma ventilação adequada da bobina de freio (veja o manual
dos freios, anteriormente à publicação: Prática da Tecnologia de Acionamentos – Freios a disco SEW)
Classe de
isolação
Termistor TF / 
Termostato TH
1 : 5 PC Própria F sim
1 : 20 e maior PN Forçada F sim
PN = potência do motor de catálogo (sem redução)
PC = potência reduzida = utilização com a potência de catálogo do motor anterior 
00643BXX
Fig. 14: Torque máximo diminuindo quadraticamente
60
60 70 80 90 100 110 120 130
Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 33
3Acionamentos trifásicos com conversores de freqüência
Operação em 
paralelo
A operação em paralelo de vários motores com um único conversor não garante ope-
rações sincronizadas. Em função da carga de cada um dos motores, a rotação poderá
diminuir por escorregamento em até cerca de 100 rpm entre funcionamento em vazio e
carga nominal. O desvio da rotação é quase constante por toda a faixa de rotações e
também não pode ser corrigido pelo conversor por compensação do escorregamentoe
de IxR. As medidas de ajuste no conversor abrangem forçosamente todos os motores,
portanto, também os sem carga no momento.
Proteção do cabo 
de alimentação 
do motor
Na operação de vários motores em paralelo com um só conversor, cada cabo de ali-
mentação de motor deve ser equipado individualmente com um relé térmico (ou inter-
ruptor automático como proteção combinada do cabo), porque a ação de limitação da
corrente do conversor abrange todos os motores operados em paralelo.
Barramento de 
alimentação
É possível ligar e desligar motores individualmente em barramentos de alimentação su-
pridos por um conversor SEW. Em um barramento, a soma das correntes nominais dos
motores poderá resultar no máximo na corrente nominal do conversor, ou 125 % da cor-
rente nominal do conversor à carga quadrática, bem como, à operação com torque
constante sem sobrecarga.
Opcionais Os conversores de freqüência podem ser complementados com funções adicionais,
conforme a necessidade. Devido a grande variedade de opcionais possíveis, com os
conversores de freqüência SEW pode ser solucionado um grande número de aplica-
ções.
Estão disponíveis por exemplo:
• Opcionais para aplicações
– Controle da rotação
– Funções de entrada/saída
– Controle de operação sincronizada
– Controle de posicionamento
– Cames eletrônicos
– Serra móvel
– Bobinador/desbobinador com a tensão de tração mantida constante
• Opcionais para comunicação
– Unidades de controle manual
– Interfaces seriais
– Interfaces Fieldbus
4
34 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1
Servoacionamentos
4 Servoacionamentos
Informações detalhadas sobre servoacionamentos encontram-se nos catálogos 
"Servomotoredutores", no Manual de Sistema "Conversores para Acionamentos 
MOVIDRIVE®" e no manual "Prática da Tecnologia de Acionamentos Servoacionamen-
tos".
Fig. 15: Conversores para acionamentos MOVIDRIVE® B, servomotores síncronos e 
assíncronos respectivamente
04081abp
Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 35
4Servoacionamentos
Definição Na moderna tecnologia de acionamentos, para muitas aplicações são feitas altas
exigências a:
• Dinâmica
• Precisão de posicionamento
• Precisão da rotação
• Faixa de variação
• Torque constante
• Capacidade de sobrecarga
Dinâmica As exigências à dinâmica, ou seja, o desempenho de um motor no tempo, resultam de
operações cada vez mais rápidas, da elevação dos tempos de ciclo e da produtividade
correlativa de uma máquina.
Precisão A alta precisão determina freqüentemente as possibilidades de aplicação de um siste-
ma de acionamento. Um sistema de acionamento dinâmico moderno deve atender a
essas exigências.
Faixa de variação 
da rotação
Servoacionamentos são sistemas de acionamento que apresentam um desempenho
dinâmico, altamente preciso e com capacidade de sobrecarga em uma larga faixa de
variação da rotação.
4.1 Servomotores
Estrutura A SEW oferece servomotores assíncronos e síncronos. Os estatores desses dois mo-
tores em princípio são semelhantes, enquanto que os rotores são de execuções distin-
tas:
• o servomotor assíncrono tem rotor de gaiola e o campo magnético é gerado por in-
dução
• o servomotor síncrono tem ímãs permanentes colados no rotor, os quais geram um
campo magnético constante
4
36 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1
Servoacionamentos
Curvas 
características 
torque x rotação
Na curva característica torque x rotação do servomotor, tornam-se visíveis três limites
que devem ser observados no projeto de um acionamento:
1. O torque máximo de um motor é determinado pela execução mecânica deste. No
servomotor síncrono, é importante a capacidade de carga dos ímãs permanentes.
2. Apresentam-se limitações de torque na faixa superior das rotações devido a tensão
nos bornes. Isso acontece em função da tensão no circuito intermediário e da queda
de tensão nos condutores. Devido a fcem (força contra-eletromotriz) a corrente má-
xima não pode mais ser aplicada. 
3. Um outro limite é a utilização térmica do motor. Na elaboração do projeto é calculado
o torque efetivo. Esse deve situar-se abaixo da curva característica S1 para serviço
contínuo. Exceder o limite térmico poderá causar uma danificação da isolação da
bobinagem.
00226BXX
Fig. 16: Exemplo de curvas características torque x rotação de um servomotor síncrono e outro 
assíncrono
VY = Ventilação forçada para motores síncronos
VR = Ventilação forçada para motores assíncronos
rpm rpm
rpm
rpm
rpm
Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 37
4Servoacionamentos
4.2 Conversores para acionamentos MOVIDRIVE® B 
Características O MOVIDRIVE® MDX60B/61B é a nova geração dos conversores de freqüência da
SEW-EURODRIVE. A nova série B dos conversores de freqüência MOVIDRIVE® apre-
senta uma estrutura modular, fornece funções melhores na faixa de potência mais bai-
xa, mais funções básicas e maior capacidade de sobrecarga.
Os acionamentos CA com a mais moderna tecnologia de conversor digital podem ser
utilizados sem restrições na faixa de potência de 0,55 até 160 kW. Os níveis de desem-
penho dinâmico e controle de qualidade podem ser obtidos com o MOVIDRIVE® para
motores assíncronos CA, onde anteriormente eram possíveis somente utilizando ser-
voacionamentos ou motores CC. As funções de controle integradas e a possibilidade
de melhorar o sistema com opcionais de tecnologia e comunicação, resultam em siste-
mas destinados a níveis de rendimento particularmente altos nas condições de sua am-
pla faixa de aplicações, planejamento de projeto, colocação em operação e funciona-
mento.
Emissão baixa Os conversores de freqüência MOVIDRIVE® MDX60B/61B são produzidos conforme
normas de emissão particularmente baixa, mas com o habitual alto nível de qualidade.
Uma característica especial é o uso coerente de materiais de solda livres de chumbo,
na produção de eletrônicos. Estes processos livre de chumbo estão de acordo com a
Diretiva RoHS EU e a lei planejada no equipamento eletrônico.
Linha de 
produtos
Há três séries da linha de produtos MOVIDRIVE®:
• MOVIDRIVE® MDX60B: conversor de freqüência para motores assíncronos CA sem
realimentação por encoder. As unidades não possuem opcionais.
• MOVIDRIVE® MDX61B: conversor de freqüência para motores assíncronos CA com
ou sem realimentação por encoder, ou para servomotores síncronos e assíncronos.
As unidades possuem opcionais.
• MOVIDRIVE® MDR60A: conversores de freqüência MOVIDRIVE® (380/500 V) ope-
rando em modo regenerativo com realimentação de energia na rede de comunica-
ção.
Versões Os conversores de freqüência MOVIDRIVE® MDX60B/61B são disponíveis em duas
versões cada, isto é, versão padrão e versão aplicação
Versão padrão As unidades são equipadas com sistema de controle de posicionamento integrado
IPOSPLUS®, como padrão. O MOVIDRIVE® MDX61B pode ser aumentado com os op-
cionais disponíveis. A versão padrão é indicada pelos dígitos "00" no final da denomi-
nação dos tipos. 
Versão aplicação Além das características da versão padrão, estas unidades incluem as funções tecnoló-
gicas "came eletrônico" e "operação em sincronismo angular interna". Pode-se também
utilizar todos os módulos aplicativos disponíveis no pacote MOVITOOLSplus® com as
versões aplicação. A versão aplicação é indicada pelos dígitos "0T" no final da denomi-
nação dos tipos. 
Systembus Com o Systembus (SBus) existente por padronização, várias unidades MOVIDRIVE®
podem ser interligadas. Com isso, pode ser realizada uma rápida transmissão de dados
entre as unidades. 
4
38 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1
Servoacionamentos
Opcionais – Interfaces Fieldbus PROFIBUS, INTERBUS, CAN, DeviceNet e Ethernet
– Operação sincronizada
– Controle de posicionamento
– Placa de entrada/saída
– Avaliação de encoders absolutos e incrementais
– Unidade de controle com texto por extenso, removível, com memória 
de parâmetros
– Unidade de potência regenerativa à rede
– Resistores de frenagem
– Filtrosde rede, bobinas de rede, bobinas de saída, filtros de saída, etc.
– Módulos para aplicações
Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 39
4Servoacionamentos
4.3 Fluxograma para a elaboração de projetos
No fluxograma a seguir é mostrado esquematicamente o procedimento na elaboração
do projeto de um acionamento para posicionamentos.
Informações necessárias para a máquina a ser acionada
• Dados técnicos e condições ambientais
• Precisão de posicionamento / Faixa de variação
• Cálculo do ciclo operacional
Cálculo dos dados de aplicação relevantes
• Potência estática, dinâmica, regenerativa
• Rotações
• Torques
• Diagrama operacional (carga efetiva)
Escolha do redutor
• Determinação do tamanho do redutor, redução do redutor e execução do redutor
• Verificação da precisão de posicionamento
• Verificação da carga do redutor (Ma máx ≥ Ma (t) )
Escolha do sistema em função de
• Precisão de posicionamento
• Faixa de variação
• Controle (Posição / Rotação / Torque)
Tipo de acionamento assíncrono ou síncrono
• Aceleração
• Torque máximo 
• Rotação mínima de serviço do motor
Escolha do motor
• Torque máximo < 300 % MN
• Torque efetivo < MN à rotação média
• Relação dos momentos de inércia das massas JL / JM
• Rotação máxima
• Carga térmica (faixa de variação / fator de duração cíclica)
• Equipamento do motor 
• Atribuição redutor-motor
Escolha do conversor
• Atribuição motor-conversor
• Potência contínua e potência máxima
• Escolha do resistor de frenagem ou do módulo regenerativo
• Escolha dos opcionais (controle / comunicação / funções de tecnologia)
Verificar se todas as outras exigências foram atendidas.
5
40 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1
Acionamentos trifásicos com variadores mecânicos
5 Acionamentos trifásicos com variadores mecânicos
Informações detalhadas encontram-se no catálogo "Motovariadores".
5.1 Características
Muitas seqüências de movimentos requerem acionamentos com estreita faixa de varia-
ção de rotação, sem exigências especiais à constância de rotação, por exemplo estei-
ras transportadoras, agitadores, misturadores, etc. Nestes casos, com a ajuda de varia-
dores mecânicos, a rotação de cada uma das máquinas é simplesmente ajustada para
um valor adequado.
Os variadores mecânicos muitas vezes são combinados com um redutor. Os variadores
mecânicos são acionados por motores assíncronos trifásicos com rotor de gaiola.
Variadores 
amplamente 
aplicados
Amplamente aplicados são:
• Variadores com disco de fricção, com faixa de variação limitada em aprox. 1 : 5.
• Variadores com correia em V, com faixa de variação limitada em aprox. 1 : 8.
As faixas de variação podem ser aumentadas com a aplicação de motores com pólos
comutáveis (por exemplo 4/8 pólos).
Regulabilidade, 
Tempo de 
regulação
Devido a tempos de regulação relativamente longos 20 ... 40 s, o controle com esses
variadores mecânicos é bastante lento. Por essa razão, esses acionamentos não são
utilizados em sistemas que exigem controle/regulagem de velocidade. 
04083AXX
Fig. 17: Motovariador com disco de fricção VARIFRIC® com redutor de eixos paralelos e 
motovariador com correia em V VARIBLOC® com redutor de engrenagens cônicas
Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 41
5Acionamentos trifásicos com variadores mecânicos
5.2 Dimensionamento do motovariador
Para o dimensionamento dos motovariadores devem ser conhecidos além da potência
requerida e da faixa de variação da rotação, também a temperatura ambiente, a altitude
do local de instalação e o regime de serviço. A fig. 18 mostra a potência de saída Pa, o
rendimento η e o escorregamento s em função da redução i.
Critérios para
o dimensiona-
mento
Uma vez que variadores mecânicos são conversores não somente de rotação, mas
também de torque, eles devem ser dimensionados por diversos critérios:
– por torque constante
– por potência constante
– por torque e potência constantes (sempre em faixas de rotação parciais)
No gráfico acima exposto são mostradas as curvas de Pa, s e η, conforme as medições
feitas em variadores sob carga. No diagrama é mostrada uma estreita ligação entre ren-
dimento e escorregamento em relação à redução ajustada. Por razões de caráter
mecânico, como fricção máxima entre correia (disco de fricção) e velocidade periférica
máxima, bem como, coeficientes de atrito em função da velocidade, aqui não há rela-
ções lineares. Portanto, para a aplicação ideal de um variador mecânico é necessária
uma consideração diferenciada para cada caso.
00633BXX
Fig. 18: Valores característicos dos variadores
 Pa = Potência
 η = Rendimento
 s = Escorregamento
 i0 = Redução do variador
0 1 2 3
�
000
3
0.3 i0
S
[%]
0.9
Pa
Pa
�
s
Redução
 na0 = Rotação de saída sem carga
 ne0 = Rotação de entrada sem carga
5
42 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1
Acionamentos trifásicos com variadores mecânicos
Dimensiona-
mento para 
torque constante
Na maioria dos casos de aplicação é requerido um torque de saída constante, por toda
a faixa de variação. Os motovariadores dimensionados com este propósito, podem ser
submetidos a um torque calculado na seguinte fórmula:
Com esse dimensionamento ou regime de serviço, o redutor flangeado estará sob car-
ga constante em toda a faixa de variação. O aproveitamento pleno do variador é atingi-
do somente à rotação máxima. A baixas rotações, a potência requerida é inferior à
potência admissível. Com a equação a seguir, é calculada a menor potência à rotação
mínima da faixa de variação:
No gráfico a seguir são mostrados torque e potência em função da rotação:
Torque de saída
Ma = Torque de saída [Nm]
Pamáx = Potência máxima de saída [kW]
namáx = Rotação máxima de saída [rpm]
Potência de 
saída
Pamin = Potência mínima de saída [kW]
R = Faixa de variação da rotação
00634CXX
Fig. 19: Valores característicos dos variadores, com torque constante
Pa máx (n) = Potência máxima conforme ensaio
Torque definido Ma = Torque máximo Ma máx exigido do redutor
0 0
0 0
na min na minna max na maxna na
M
Ma
M = const.a
Pa
Pa min
Pa max
P (n)a max
Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 43
5Acionamentos trifásicos com variadores mecânicos
Dimensiona-
mento para 
potência 
constante
A potência de saída Pa pode ser requerida em toda a faixa de variação e calculada com
a seguinte fórmula:
A capacidade plena do variador é aproveitada somente à rotação de saída mínima. O
redutor flangeado deve ser adequado para a transmissão dos torques que se apresen-
tam nestas condições. Esses torques poderão ser 200 - 600 % superiores aos conside-
rados no dimensionamento para torque constante (veja as curvas características).
Potência de
saída
00635BXX
Fig. 20: Valores característicos dos variadores à potência constante
Pa máx (n) = Potência máxima conforme ensaio
Torque definido Ma = Torque máximo Ma máx exigido do redutor
0 0
0 0
na min na minna max na maxna na
Pa
P = P = const.a a min
Ma
Ma min
Ma max
P (n)a max
Ma max
Ma
5
44 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1
Acionamentos trifásicos com variadores mecânicos
Dimensiona-
mento para 
potência e 
torque 
constantes
Com este tipo de carga, o variador é aproveitado ao máximo. O redutor deverá ser di-
mensionado para possibilitar a transmissão dos torques de saída máximos que se apre-
sentam. Na faixa de na’ ... namáx a potência permanece constante. Na faixa de namín ...
na’ o torque permanece constante.
Caso a faixa de variação do variador não seja utilizada integralmente devido ao rendi-
mento, é vantajoso utilizar as rotações mais altas da faixa. Na faixa das altas rotações,
o escorregamento do variador é o mínimo e a potência transmissível é a máxima.
00636BXX
Fig. 21: Valores característicos dos variadores com torque constante e potência constante
Pa máx (n) = Potência máxima conforme ensaio
Torque definido Ma = Torque máximo Ma máx exigido do redutor
M (t) = Curva de torque admissívelPotência de 
saída
Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 45
5Acionamentos trifásicos com variadores mecânicos
Fatores de 
serviço
Para a escolha de variadores com base em tabelas, valem os seguintes fatores de ser-
viço:
• fB = Fator de serviço para espécie de carga (veja a tabela a seguir)
• fT = Fator de serviço para a influência da temperatura ambiente (veja o gráfico a se-
guir)
O fator de serviço global resulta de fB x fT.
Proteção contra 
sobrecarga
A proteção de motor existente, independente do tipo, não protege os redutores incor-
porados no conjunto.
Proteção eletrô-
nica contra sobre-
cargas
Para a proteção contra sobrecargas em estágios de redutores combinados com varia-
dores, pode ser aplicada uma monitoração eletrônica. Na proteção eletrônica contra so-
brecargas são medidas a potência do motor e a rotação de saída do variador. Com
torque constante, a potência se altera linearmente com a rotação, ou seja, com rotação
decrescente também deve diminuir a potência do motor. Se esse não for o caso, existe
uma sobrecarga e o acionamento será desligado. Essa proteção contra sobrecargas
não é adequada como proteção contra travamentos.
Acoplamentos limitadores de sobrecargas, também são adequados como proteção
contra travamentos.
Tipo de carga fB Explicações Exemplos
I 1,0 serviço uniforme, sem trepidações Ventiladores, correias transportadoras 
leves, ensacadoras
II 1,25 serviço irregular com trepidações 
médias
Elevadores de carga, máquinas balan-
ceadoras, mecanismos de translação 
de guindastes
III 1,5 serviço altamente irregular com fortes 
trepidações
Misturadores pesados, transportado-
res de rolos, máquinas/prensas de 
estampar, britadores de pedras
00637BXX
Fig. 22: Fatores de serviço fT
tam b
VARIFRIC
®
VARIBLOC
®
5
46 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1
Acionamentos trifásicos com variadores mecânicos
Indicações para 
a elaboração de 
projetos
O dimensionamento de variadores, conforme já foi descrito, está em função de diversos
parâmetros. Na tabela a seguir constam as indicações mais importantes para a elabo-
ração de projetos com VARIBLOC® e VARIFRIC®.
Critério VARIBLOC® (correia) VARIFRIC® (disco de fricção)
Faixa de potência 0,25 ... 45 kW 0,25 ... 11 kW
Faixa de variação 1:3, 1:4, 1:5, 1:6, 1:7, 1:8 em função do 
número de pólos do motor e da potência de 
entrada.
1:4, 1:5 em função do número de pólos do 
motor e da potência de entrada.
Regulação com o acio-
namento parado
Regulação em parada não é admissível, uma 
vez que a tensão da correia é reajustada 
automaticamente só com o acionamento em 
funcionamento.
Regulação em parada é possível, entretanto, 
não deveria ser aplicada com muita freqüên-
cia.
Tipo de carga Adequado também para carga alternada (cho-
ques por alimentação do material, etc.), amor-
tecimento pela correia.
Adequado só para carga uniforme (por exem-
plo correias transportadoras). Com os golpes 
de carga o disco de fricção poderá patinar, 
danificando a superfície.
Proteção Ex Para a definição da proteção contra explosão 
para variadores mecânicos, veja "Prática da 
Tecnologia de Acionamentos – Acionamentos 
protegidos contra explosão". Todas as cor-
reias são condutivas e impedem uma carga 
estática por peças rotativas. Para o controle 
da rotação mínima são aplicados encoders de 
valor real com avaliação e desligamento 
abaixo da rotação mínima estabelecida. Em 
ambientes potencialmente explosivos, utilizar 
com preferência acionamentos controlados 
por conversor.
Para a definição da proteção contra explosão 
para variadores mecânicos, veja "Prática da 
Tecnologia de Acionamentos – Acionamentos 
protegidos contra explosão". O anel de fricção 
é condutivo e impede uma carga estática por 
peças rotativas. Para o controle da rotação 
mínima são aplicados encoders de valor real 
com avaliação e desligamento abaixo da rota-
ção mínima estabelecida. Em ambientes 
potencialmente explosivos, utilizar de pre-
ferência acionamentos controlados por con-
versor.
Desgaste A correia é uma peça de desgaste que deverá 
ser trocada após aproximadamente 6000 h de 
trabalho sob carga nominal. Com carga 
menor a vida útil se torna substancialmente 
mais longa.
Pouco desgaste, não é possível dar indica-
ções concretas sobre intervalos entre trocas.
Possibilidades de 
controle
Volante ou regulador para corrente, controle 
elétrico ou hidráulico à distância.
Volante, controle elétrico à distância.
Indicadores Indicadores analógicos ou digitais, indicação 
analógica com escala especial.
Indicadores analógicos ou digitais, indicação 
analógica com escala especial, indicação da 
posição na carcaça.
Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 47
6Redutores
6 Redutores
6.1 Redutores padrão para motoredutores
Informações detalhadas sobre redutores SEW encontram-se nos catálogos "Redutores", "Motoredutores" e 
"Motoredutores planetários".
04094AXX
Fig. 23: Motoredutores SEW
Motoredutor de engrenagens helicoidais R
Motoredutor de engrenagens cônicas K
Motoredutor planetário P
Motoredutor de eixos paralelos F
Motoredutor de rosca sem-fim S
Motoredutor Spiroplan® W
6
48 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1
Redutores
Características O motoredutor SEW consiste de um dos motores elétricos (supra mencionados) com
um redutor, formando uma unidade construtiva única, compacta e com elevado rendi-
mento. Os critérios para a escolha do tipo de redutor adequado são, entre outros, es-
paço disponível, possibilidades de fixação e conexão com a máquina a ser acionada.
Estão disponíveis redutores de engrenagens helicoidais, redutores de eixos paralelos,
redutores de engrenagens cônicas em execução normal e em execução com folga re-
duzida, bem como, redutores de rosca sem-fim, redutores Spiroplan®, redutores pla-
netários com baixa folga.
Redutor de engre-
nagens helicoidais 
com mancal 
extendido
Uma unidade peculiar é o redutor de engrenagens helicoidais com mancal extendido.
Ele é designado de RM e é utilizado principalmente para a aplicação em sistemas de
agitação. Os redutores RM estão dimensionados para forças radiais/axiais e momentos
de flexão, particularmente altos. Os demais dados correspondem aos redutores de
engrenagens helicoidais padrão.
Redutores duplex Os redutores duplex são utilizados em aplicações, cujas rotações de saída são particu-
larmente baixas. Esses redutores são formados por um redutor de engrenagens helicoi-
dais na entrada do sistema modular, em combinação com um redutor de engrenagens
cônicas (K), ou de eixos paralelos (F), ou de rosca sem-fim (S), ou planetário (P) ou até
mesmo outro redutor de engrenagens helicoidais (R) no estágio de saída.
Rotação de saída, 
Torque de saída
O tamanho do redutor depende do torque de saída. Esse torque de saída Ma é calcu-
lado a partir da potência nominal do motor PN e da rotação de saída do redutor na.
Determinação do 
motoredutor
Os motoredutores SEW oferecidos no catálogo são descritos ou pela potência forneci-
da ou pelo torque fornecido a uma dada rotação de saída. Neste caso, outro parâmetro
adicional é o fator de serviço.
PN = Potência nominal do motor [kW]
na = Rotação de saída do redutor [rpm]
η = Rendimento do redutor
Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 49
6Redutores
Rendimento de 
redutor
Perdas Perdas típicas em redutores são perdas por atrito no engrenamento dos dentes, nos ro-
lamentos e nos retentores, bem como, perdas por agitação no óleo. Elevadas perdas
ocorrem em redutores de rosca sem-fim e em redutores Spiroplan®.
Quanto mais alta a rotação de entrada do redutor, maiores são as perdas.
Rendimento do 
engrenamento
dos dentes
Nos redutores de engrenagens helicoidais, de eixos paralelos, de engrenagens cônicas
e planetários, respectivamente, o rendimento do engrenamento dos dentes, por estágio
do redutor, situa-se em torno de 97 % a 98 %. Nos redutores de rosca sem-fim e nos
redutores Spiroplan® o rendimento

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