Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Professora: Whitney Barbosa. Estágio em fisioterapia Cardiorrespiratória. ROTEIRO DE EXAME FÍSICO DO AP. RESPIRATÓRIO ❖ INSPEÇÃO: 1-INSPEÇÃO GERAL DO TÓRAX: - Abaulamentos, retrações, cicatriz e/ou lesões de pele; - Observar forma do tórax (Tonel (DPOC)? Pectus excavatum/ carinatum, deformidades de coluna vertebral?). 2-EXPANSIBILIDADE TORÁCICA • Aumentada: compensador (Ex: D. pleural ou atelectasia unilateral) • Diminuída: unilateral: atelectasia, D. pleural unilateral, PNM, atelectasia. • Diminuída bilateral: enfisema pulm. D. pleural bilat, politrauma, depressão resp., poliomielite, miastenia 3-FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA: (Incursões por minuto) • Eupneico (12-20ipm) • Taquipneico (>20irpm) • Taquipneico (<12 irpm) RITMOS RESPIRATÓRIOS ANORMAIS 1 - Cheyne-stokes (ciclopneia): hiperpneia, bradipneia e apneia. - Causas; insuficiência cardíaca, Tumor cerebral, Intoxicação por morfina ou barbitúricos, uremia. 2 - Kussmaul: Amplos movimentos expiratórios e inspiratórios com pausas de apneia: rápida e profunda - Causa: acidose metabólica. 3 - Biot (atáxica): Pausas de apneia de duração variável- irregularidade imprevisível. - Causa: meningite, Tumores cerebrais, TCE (lesão do c. respiratório). 4 - Apneia do sono -Pausas respiratórias prolongadas (>10 seg.). - Causas: DPOC, micrognatismo, cifoescoliose, obesidade 5 - Síndrome de Pickwick: Hipoventilação alveolar crônica por obesidade. N=Tórax atípico, eupneico, sem esforço respiratório (tiragens ou uso de musculatura acessória) com expansibilidade preservada bilateralmente. Frequência respiratória por idade RN 40-45 lactentes 25-35 Pré- escolares 20-35 Escolares 18-22 Adultos 12-20 Professora: Whitney Barbosa. Estágio em fisioterapia Cardiorrespiratória. ❖ PALPAÇÃO: 1- EXPANSIBILIDADE TORÁCICA N= Expansibilidade preservada bilateralmente. MANOBRA DE LASÉGUE (bases pulmonares): mãos espalmadas 2-FRÊMITO TORACOVOCAL (FTV): “33” N= FTV uniformemente palpável bilateralmente. Usar apenas uma das mãos (Palpar tanto anteriormente quanto posteriormente). • Diminuição generalizada do FTV: enfisema, obesidade, edema de parede torácica. • Diminuição localizada do FTV: PNTX, D. pleural, Atelectasia. • Aumento localizado do FTV: PNM com condensação (precisa ter brônquio pérvio). 3-FRÊMITO OU ATRITO PLEURAL: Palpado nas pleurites. 4-CREPITAÇÕES: No enfisema subcutâneo. 5-ABAULAMENTOS OU FLUTUAÇÕES: Processos infeciosos parietais /empiemas. ❖ PERCUSSÃO N= som claro atimpânico. OBS: a região precordial apresenta zonas de macicez (coração). Técnica Digito-digital (falanges distais do dedo médio): percurtir entre os espaços intercostais e sempre comparar bilateralmente. • Som timpânico: Normal. • Som Hipertimpânico: pneumotórax. • Som maciço: derrame pleural, pneumonia, atelectasias ❖ AUSCULTA Normal: Murmúrio vesicular presente em ambos hemitórax, sem ruídos adventícios (MV+, sem RA). Ausculta-se: 1-Murmúrio vesicular: ruído suave, mais intenso no ápice e diminuído ou ausente no precórdio e reduzido em bases. TIRAGEM INTERCOSTAL: esforço respiratório Retração respiratória dos espaços intercostais, supre esternal, supraclavicular. USO DE MUSCULATURA ACESSÓRIA: esforço respiratório grave ECM e escalenos (pode batimentos de asas de nariz). Professora: Whitney Barbosa. Estágio em fisioterapia Cardiorrespiratória. 2- Ruídos adventícios: ruídos patológicos. 1-MURMÚRIO VESICULAR OBS: pêlos e roupas podem simular ruidos anormais (semelhantes a estertores). • MV aumentado difusamente: hiperventilação. • MV diminuído localmente: atelectasia, PNM, D. pleural, PNTX. • MV diminuído difusamente: enfisema, obesidade, asma grave. 2-RUÍDOS ADVENTÍCIOS ➢ RONCOS: são sons respiratórios de baixa tonalidade, que podem ser auscultados durante a inspiração ou expiração. O mecanismo pode estar relacionado com variações na obstrução à medida que as vias respiratórias se distendem com a inspiração e se estreitam na expiração. ➢ ESTRIDOR: é um som predominantemente inspiratório e de alta tonalidade, provocado pela obstrução extratorácica das vias respiratórias superiores. Habitualmente, pode ser auscultado sem estetoscópio. ➢ SIBILOS: são sons respiratórios musicais de assobio e significam espasmo, que são mais intensos durante a expiração do que na inspiração e envolvem o estreitamento das vias respiratórias de pequeno calibre. E: asma, bronquite, reação alérgica, enfisema…) ➢ ESTERTORES/ CREPTAÇÃO GROSSO OU BOLHOSO: Ruído adventício descontinuo decorrente da grande quantidade de secreção alveolar auscultado durante a inspiração, são sons de duração longa e baixa tonalidade. Assemelha-se ao som da agua em ebulição, ao som de assoprar fortemente com um canudo sobre a água, ao som da abertura de um velcro. ➢ ESTERTORES/ CREPTOS FINOS: Assim como o estertor grosso, trata-se de um ruído adventício descontinuo decorrente de alvéolo parcialmente preenchido com secreção, são sons breves e de alta tonalidade, semelhante ao assoprar um balão com um pouco de água em seu interior. a) Crepitantes: PNM lobar, fibrose pulmonar, IC com HAP, bronquiectasias. b) Bolhosos: congestão pulmonar da insuf cardíaca, EAP. ➢ ATRITO PLEURAL “ranger de couro cru” Sem relação com inspiração ou expiração/ não é modificado pela tosse. Técnica Paciente sentado com mãos no joelho, tórax despido (tossir algumas vezes antes). Auscultar: anterior, posterior, lateral e fossas supraclaviculares (ápices pulmonares). Professora: Whitney Barbosa. Estágio em fisioterapia Cardiorrespiratória. AVALIAÇÃO DA DISPNÉIA ❖ SÍNDROMES EDEMA AGUDO DE PULMÃO ✓ Inspeção - dispneia, tiragem intercostal e supraclavicular, expectoração rósea; ✓ Palpação - sem anormalidades; ✓ Percussão - som claro a timpânico; ✓ Ausculta - estertores crepitantes ao final da inspiração; DERRAME PLEURAL ✓ Inspeção - a traqueia pode estar desviada para o lado oposto nos grandes derrames. ✓ Palpação - expansibilidade diminuída; FTV diminuído ou ausente. ✓ Percussão - maciço a submaciço. ✓ Ausculta - MV diminuído ou ausente; por vezes atrito pleural DISPNÉIA PAROXÍSTICA NOTURNA (DPN):Dorme e acorda depois de algum tempo (2- 3h) com dispneia (despertado pela dispneia). ORTOPNÉIA Deita e apresenta dispneia (dispneia de decúbito) PLATIPNÉIA: Melhora da dispneia ao deitar (síndrome hepato-pulmonar). DISFONIA (ROUQUIDÃO) Causas: laringite alérgica/ viral/ BK/ TU/ “calo” de cordas vocais/ paralisia de cordas vocais/ Tu de mediastino/ mixedema/ amiloidose/ DRGE/ funcional/ psicogênica ou “emocional” SIBILÂNCIA (“CHIADO”) Significa broncoespasmo Geralmente difuso: asma/ bronquite/ reações alérgicas/ Se localizado: pensar em corpo estranho e TU Professora: Whitney Barbosa. Estágio em fisioterapia Cardiorrespiratória. PNEUMOTÓRAX ✓ Inspeção - dispneia, cianose, tiragem intercostal desvio da traqueia para o lado contrário da lesão; ✓ Palpação - diminuição ou ausência da expansibilidade, FTV diminuído ou ausente; ✓ Percussão - timpanismo, hiperressonância; ✓ Ausculta - MV diminuído ou ausente. CONDENSAÇÃO PULMONAR ✓ Inspeção - sem anormalidades; ✓ Palpação - expansibilidade sem alterações; FTV aumentado; ✓ Percussão - macicez na região isenta de ar; ✓ Ausculta - estertores no final da inspiração na região envolvida, broncofonias (egofonia, pectorilóquia). ATELECTASIA ✓ Inspeção - a traqueia pode estar desviada para o lado comprometido; ✓ Palpação - expansibilidade diminuída; FTV geralmente ausente quando persiste o tampão brônquico; ✓ Percussão - macicez na região sem ar; ✓ Ausculta - MV ausente enquanto persiste o tampão brônquico. ENFISEMA PULMONAR ✓ Inspeção -taquipneia, expiração prolongada, tórax em tonel, dedos em baqueta de tambor. ✓ Palpação - diminuição da expansibilidade; FTV diminuído. ✓ Percussão - hiperressonância, limite inferior de ambos pulmões rebaixados. ✓ Ausculta - MV diminuído, prolongamento da expiração, ocasionalmente roncos, sibilos e estertores. ASMA BRÔNQUICA ✓ Inspeção - taquipneia, expiração prolongada, por vezes com tiragem intercostal; ✓ Palpação - diminuição da expansibilidade; FTV diminuído; ✓ Percussão - hiperressonância ocasional; ✓ Ausculta - MV diminuído, prolongamento da expiração, roncos e sibilos.
Compartilhar