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bioquímica da saliva e meio bucal

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IMED
ESCOLA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
Caroline Dall’Igna
Elen Dalla Cort Santin
Pâmela Alves Machado
Rafaela Dalpian Lanzarin
Tuane Bison
BIOQUÍMICA DA SALIVA E MEIO BUCAL
Docente: Giovani Jacob Kolling
Passo Fundo – RS
2021
1. INTRODUÇÃO
A saliva é um fluido biológico, cuja composição é complexa, com capacidade de desempenhar inúmeras e importantes funções para a saúde bucal e sistêmica. 
A palavra saliva pode ser entendida como um líquido que umedece a mucosa oral, permitindo a deglutição, a fonação e a digestão por ação enzimática, também evita a cárie dentária e outras doenças orais.
Apresenta uma secreção aquosa sendo um constituinte fundamental na vida dos seres humanos, encontrada no biofluido oral, seu potencial hidrogeniônico (pH) normal é estabelecido entre 6 a 7,4. A saliva presente na cavidade oral deve ser chamada de saliva de composição completa, pois é o resultado de várias contribuições glandulares e de componentes não salivares.
Nos suínos, o pH da saliva é 7,4; nos equinos e ruminantes, 7,5 e 8,5 respectivamente; nos cães varia entre 7,3 a 7,8 e nos gatos é 7,5.
A saliva é composta principalmente por água (99,1%), e substâncias orgânicas e inorgânicas. Os componentes orgânicos são as proteínas, que incluem enzimas, imunoglobulinas, mucinas, traços de albumina, e também alguns polipeptídeos e oligopeptídeos. As substâncias inorgânicas mais comuns presentes na saliva são o sódio, potássio, cloro e o bicarbonato (principal responsável pela habilidade de tampão salivar, onde mantém seu pH constante, bloqueando excessos de ácidos e bases).
Uma das enzimas presentes em nossa saliva é a amilase salivar, também conhecida como ptialina, que inicia a digestão do amido e do glicogênio, quebrando-os em maltose. A ptialina age no pH neutro da boca, mas é inibida ao chegar no estômago, por causa da acidez do suco gástrico.
2. DESENVOLVIMENTO
A saliva humana contém uma substância chamada de imunoglobulina secretória A (IgA), que tem a função de proteger o organismo contra vírus que invadem o trato respiratório e digestivo. A saliva também possui um efeito microbiano, que controla o crescimento de bactérias, por isso, quando não há saliva, há maiores chances de aparecerem cáries dentárias. Alterações na quantidade de saliva também podem causar halitose.
A saliva possui um papel bastante relevante no que se refere a diagnósticos e prognósticos, visto que sua composição é composta de 99,1% de água e o restante de componentes orgânicos e inorgânicos, apresentando um pH que varia entre 6,5 a 7, geralmente a média de produção salivar de um indivíduo sadio é um a dois litros por dia, onde suas glândulas salivares maiores apresentam 90% da secreção, e as menores 10%.
Além de possuir outras propriedades como a monitorização de doenças bucais e sistêmicas, avaliações de tratamentos feitos mediante do estudo do fluxo salivar, ela possui defesa antibacteriana, serve como processo digestivo através dos seus bolos alimentares produzidos, atua como melhora na lubrificação alimentar e processos mastigatórios, lavagens, solubilidades e a capacidade tampão onde mantem a integridade dos dentes e da mucosa bucal. Sendo crucial como indicador de agentes patogênicos responsáveis pela doença periodontal e cárie.
A enzima de maior ação digestiva é a amilase salivar, que é produzida pela glândula parótida e pela glândula submandibular. As proteínas antibacterianas mais importantes são a lisozima, que serve para atingir os componentes da membrana celular de bactérias e a lactoferrina, que remove vestígios de ferro presentes na saliva a fim de inibir o crescimento bacteriano. Ainda estão presentes os aminoácidos e a ureia que é hidrolisada por várias bactérias, resultando num pH maior.
Na digestão dos alimentos a amilase salivar inicia a digestão do amido, mas nesse processo também libera maltose que pode ser utilizada pelas bactérias na formação de ácidos. A função protetora da saliva se refere à formação de uma película glicoproteica, recobre os tecidos orais e é responsável pela sua lubrificação. A saliva impede a desmineralização do esmalte dentário pelo seu conteúdo em cálcio, fosfato, flúor e pela capacidade tampão, sendo supersaturada (é responsável pela formação dos cristais de hidroxiapatite durante a fase de remineralização do processo de cárie dentária), caso não houvesse essa saturação, os dentes se dissolveriam lentamente na saliva.
A secreção salivar é influenciada pelo controle neural do sistema nervoso que atua na regulação do fluxo salivar. Para ter uma secreção salivar normal, atuam em conjunto o sistema nervoso parassimpático e o simpático, porém, sabe-se que a estimulação parassimpática é o principal motivo para aumento da secreção salivar, pois ele induz a vasodilatação das veias que suprem as glândulas salivares, resultando em um aumento do fluxo sanguíneo e da taxa de secreção salivar. 
A saliva é secretada principalmente pelas glândulas parótidas, submandibulares e sublinguais. Também existem as glândulas salivares menores que estão localizadas abaixo do revestimento dos lábios, palato, língua, no interior das bochechas, nariz, seios paranasais e laringe. As glândulas salivares são estruturas túbulo-alveolares contendo ácinos, sistema tubular e ductos excretores. A saliva contém dois tipos principais de secreções: a serosa, composta por ptialina que é a enzima que digere os amidos, e a secreção mucosa, com mucina que lubrifica e protege.
Com relação ao fluxo salivar, pode-se dizer que ele é importante na parte de análises do conteúdo salivar de proteínas. Em repouso, uma pessoa saudável secreta aproximadamente de 0,3 a 0,5 mililitros de saliva por minuto. Já durante as refeições produz-se um maior volume de saliva, devido ao grande estimulo no processo de deglutição do alimento. 
A secreção salivar é induzida por estímulos psíquicos (odor, sabor, cor dos alimentos), físico-mecânicos (pressões, mastigação), químicos (substâncias ácidas, básicas, doces, amargas) e biológicos (inflamações). 
Sialorreia é o excesso de saliva, que pode ser decorrente do aumento de sua produção ou de fraqueza e/ou incoordenação da musculatura bulbar e/ou facial. Em doenças neurológicas, sua incidência pode chegar a 80%, afetando a qualidade de vida do paciente. Já a sialosquese é o sinal clínico que apresenta pouca produção de saliva, diminuição ou até mesmo ausência da mesma.
Xerostomia é a sensação subjetiva de boca seca, consequente ou não da diminuição/interrupção da função das glândulas salivares que resulta em alterações quer na quantidade, quer na qualidade da saliva. O melhor tratamento quando as glândulas salivares, mesmo estimuladas, não produzem saliva, é o uso de saliva artificial.
A “imitação” da saliva natural é difícil, pois ela é complexa e tem muitas funções. Assim, os principais objetivos da saliva artificial são garantir a lubrificação dos tecidos, para aliviar a sensação de boca seca, e para proteger os tecidos dentários de decadência (enzimas com ação antimicrobiana evitam a colonização de microrganismos e, assim, o desenvolvimento de cárie).
No meio bucal, existe uma grande variedade de moléculas bioquímicas e presença de microrganismos. Os principais microrganismos são Streptococcus mutans (principal agente etiológico da cárie dentária), Streptococcus pyogenes (associado a inflamações), Streptococcus viridans (impede o desenvolvimento de outras bactérias), Streptococcus salivarius (probióticos), Candida albicans (placas brancas na boca, garganta e língua) e Porphyromonas gingivalis (associado a alguns tipos de periodontite). 
Dentre os processos bioquímicos do meio bucal estão à fermentação lática, fermentação alcoólica e fermentação pútrida. Pela palavra fermentação entende-se a ação de transformar substâncias orgânicas, liberando resíduos no meio bucal.
3. CONCLUSÃO
A saliva possui diversas funções, incluindo a digestão do amido, ação antimicrobiana, remineralização dos dentes, neutralização dos ácidos bucais, excreção de toxinas, lubrificação, auto limpezada boca e percepção gustativa dos alimentos. É importante haver uma boa produção de saliva, porque as diversas funções que a mesma desempenha, dependem dos seus constituintes
Por meio de estudos referentes à composição e as funções da saliva, pode-se notar a importância da mesma na identificação de doenças da cavidade oral. Além de ser um método eficaz na conclusão de diagnósticos por ser menos invasiva que o sangue e a urina, também têm por características ser indolor, de fácil recolha e baixo custo. Através dela é possível avaliar o melhor método de tratamento e melhoria da saúde de um paciente. 
REFERÊNCIAS
OSÓRIO, Natália Maria; LUÍS, Henrique Soares; RIBEIRO, Sandra; LUÍS, Luís Soares; NEVES, Elsa Maria. Saliva e saúde oral. 2000. Disponível em: https://repositorio.ul.pt/handle/10451/33956. Acesso em: 01 jun. 2021.
LOPES, Renata; RAMA, Luis; TEIXEIRA, Ana M. Origem, composição, processos de recolha e conservação da saliva para análise de biomarcadores relevantes no controle da resposta ao exercício. 2016. Faculdade de Coimbra - Portugal. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/298064665_Origem_composicao_processos_de_recolha_e_conservacao_da_saliva_para_analise_de_biomarcadores_relevantes_no_controle_da_resposta_ao_exercicio. Acesso em: 02 jun. 2021.
BRETAS, Liz Porcaro; ROCHA, Marcelo Esteves; VIEIRA, Maria Sant'Ana; RODRIGUES, Ana Claudia Peres. Fluxo Salivar e Capacidade Tamponante da Saliva como Indicadores de Susceptibilidade à Doença Cárie. 2008. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/637/63711711005.pdf. Acesso em: 30 mai. 2021.
SCHÜTZEMBERGER, Mônica Erthal et al. Análise bioquímica do fluido salivar de indivíduos portadores de doença periodontal. 2007. Disponível em: http://antigo.univille.br/arquivos/4613_analise_bioquimica_fluido_salivar.pdf. Acesso em: 01 jun. 2021.
MOURA, Sérgio Adriane Bezerra de; MEDEIROS, Ana Míryam Costa de; COSTA, Fernando Rafael Hortêncio da; MORAES, Paulo Hemerson de; OLIVEIRA FILHO, Sérgio Alves de. Valor Diagnóstico da Saliva em Doenças Orais e Sistêmicas: Uma Revisão de Literatura. 2007. Elaborado por Pesquisas Brasileiras de Odontopediatria Clínica Integrada.
COTA, Ana Lídia Soares. Fatores de virulência de Streptococcus mutans e sua relação com a persistência e transmissão de genótipos entre membros de famílias brasileiras. 2013. 163 f. Tese (Doutorado) - Curso de Odontologia, Universidade de São Paulo, Bauru - Sp, 2013. Disponível em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25145/tde-04122013-153820/publico/AnaLidiaSoaresCota_Rev.pdf. Acesso em: 03 jun. 2021.
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MYSAK, Jaroslav et al. Porphyromonas gingivalis: major periodontopathic pathogen overview. 2014. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/24741603/. Acesso em: 25 maio 2021.
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