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Intolerância a Lactose

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Digestão e Absorção dos Carboidratos
1.Hidrólise de Carboidratos
→ Quase todos os carboidratos da dieta são polissacarídeos ou dissacarídeos, formados por monossacarídeos ligados por condensação. 
→ O processo de hidrólise ocorre quando é realizado o processo inverso de formação dos di e polissacarídeos. Enzimas específicas vão catalisar a reintrodução do H+ e da -OH, quebrando as ligações dos poli e dissacarídeos.
2. Digestão dos Carboidratos 
→ São três as principais fontes de carboidrato na dieta humana: Sacarose (Glicose + Frutose), Lactose (Glicose + Galactose), Amido (Diversos monossacarídeos).
→ A digestão dos carboidratos inicia-se na boca, com a ação da amilase salivar, produzida pela parótida. A amilase hidrolisa o amido no dissacarídeo Maltose e em outros polímeros menores de glicose.
→ A amilase salivar age no corpo até que alcance o estômago, onde será mistura ao pH 4.0 e deixará de agir.
→ Já no intestino delgado, há a amilase pancreática, que termina a quebra dos carboidratos em mono ou dissacarídeos.
→ Depois de transformados em di ou monossacarídeos, os carboidratos serão absorvidos pelos enterócitos. Esta célula possui microvilosidade na sua região apical que agem como se fossem borda escova. Nessas microvilosidades estão presentes enzimas capazes de clivar os carboidratos e digeri-los. 
3. Absorção de Nutrientes
→ Praticamente todos os monossacarídeos são absorvidos a partir de transporte ativo. 
→ Isso ocorre através do transporte ativo secundário onde íon de sódio se combina com uma proteína transportadora, porém ela só é ativada na presença de outras substâncias (Glicose por exemplo).
→ Entretanto alguns monossacarídeos como a frutose são absorvidos através de difusão facilitada, não acoplada ao sódio.
4. Insuficiência Enzimática
→ Quando a falta de enzimas digestivas leva a má digestão e desnutrição, é chamada de insuficiência pancreática exócrina (IPE). Quando isso acontece, a reposição de enzimas digestivas pode ser uma opção. 
→ Tipos de Enzima: 
Amilase: decompõe carboidratos ou amidos em moléculas de açúcar. Amilase insuficiente pode levar à diarreia.
Lipase: Trabalha com a bile do fígado para quebrar as gorduras. Se você não tiver lipase suficiente, faltará vitaminas lipossolúveis, como A, D, E e K.
Protease: quebra as proteínas em aminoácidos. Também ajuda a manter bactérias, leveduras e protozoários fora do intestino. A falta de protease pode levar a alergias ou toxicidade no intestino.
5.Alergia x Intolerância
→ A principal diferença entre alergia e intolerância alimentar é o tipo de resposta que o organismo tem quando entra em contato com o alimento. Na alergia há uma resposta imunológica imediata, isto é, o organismo cria anticorpos como se o alimento fosse um agente agressor e por isso os sintomas são generalizados. Já na intolerância alimentar o alimento não é digerido corretamente e, dessa forma, os sintomas surgem principalmente no sistema gastrointestinal.
· Intolerância à Lactose
→ Deficiência da enzima lactase, que cliva a lactose em glicose e galactose. A lactose é uma boa fonte de energia para os microrganismos do cólon, e estes fermentam a lactose em ácido láctico, enquanto também geram metano (CH4) e gás hidrogênio (H2). O gás produzido provoca a desconfortável sensação de distensão abdominal e o problema irritante de flatulência. O lactato produzido pelos microrganismos é osmoticamente ativo e “puxa” água para o lúmen intestinal, como a lactose não é digerida, resulta em diarreia.
Se intensos o suficiente, o gás e a diarreia impedem a absorção de outros nutrientes, como lipídios e proteínas. O tratamento mais simples é evitar o consumo de produtos contendo muita lactose. Uma opção é usar formulações da enzima lactase ao consumir laticínios.
6.Influência Hereditária
→ Entretanto, estudos bioquímicos colocaram em dúvida esta hipótese, e investigações realizadas com grupos de famílias demonstraram que a persistência da produção da Lactase é controlada por um gene autossômico dominante localizado no cromossoma 2. Os dois alelos para a persistência da produção da Lactase passaram a ser denominados de LAC*P.
→ Uma nítida demonstração da hipótese genética de que a persistência da produção da Lactase é um traço dominante foi obtida a partir de um estudo realizado na África envolvendo duas populações distintas quanto à capacidade de digerir a Lactose na vida adulta. Foram incluídos no estudo um grupo da etnia Yoruba, reconhecidamente não absorvedores de Lactose, um grupo misto Yoruba-Europeus dos quais 44% eram não absorvedores de Lactose, e um grupo de Europeus com apenas 22% de não absorvedores. Quando ambos os pais eram não absorvedores toda a progênie resultou não absorvedora; entretanto, quando se deu o cruzamento entre um dos pais, absorvedor de Lactose, com um não absorvedor de Lactose, ou quando ambos os pais eram absorvedores de Lactose, obteve-se como resultado uma progênie mista
→ Observa-se em torno de 5% na Grã-Bretanha e no nordeste da Europa, próximo ao mar do Norte, 4% na Dinamarca, na Suécia varia de 1 a 7%, e aumenta significativamente na direção do centro-sul da Europa, chegando próximo aos 100% na Ásia e Oriente Médio.

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