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Pericárdio: Estrutura e Funções

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3º período Ana Lorena M. 
Pericardite 
O pericárdio é composto por dois folhetos: 
 Pericárdio visceral, uma camada de células 
mesoteliais associada a fibras de colágeno e 
elastina que estão aderidas à superfície do 
epicárdio. 
 Pericárdio parietal, é fibroso, tem cerca de 2 
mm de espessura em indivíduos normais e 
envolve a maior parte do coração. Ele é 
acelular e contém fibras de colágeno e 
elastina, sendo o colágeno o principal 
componente. 
 
➙ O pericárdico se localiza entre essas duas camadas 
e contém até 50 ml de líquido seroso. 
➙ O átrio esquerdo (AE) é extrapericárdico. 
 
FUNÇÕES DO PERICÁRDIO 
- Mantém a posição do coração relativamente constante; 
- Fornece uma barreira à infecção; 
- Lubrificação entres os folhetos; 
- É enervado com mecanorreceptores, quimiorreceptores 
e receptores aferentes frênicos que participam dos 
reflexos que envolvem o pericárdio e o epicárdio, bem 
como na transmissão da dor torácica; 
- Secreta prostaglandinas e substâncias a elas 
relacionandos que podem modular o tráfego neural e o 
tônus coronariano; 
➙ Sua reflexão ocorre poucos centímetros antes das 
junções das veias cavas com o átrio direito (AD), 
sendo que porções desses vasos se situam dentro do 
saco pericárdico. Posteriormente ao AE, a reflexão 
ocorre no seio oblíquo do pericárdio. 
➙ Possui cordões ligamentosos que o ligam ao 
diafragma, ao esterno e a outras estruturas. 
➙ As únicas estruturas que não são cardíacas 
associadas ao pericárdio são os nervos frênicos 
envolvidos pelo pericárdio parietal. 
➙ Apresenta uma força tensora semelhante à um 
elástico, assim, em situações de estresse reduzido, o 
pericárdio é muito elástico. À medida que o 
estiramento aumento, o tecido se torna rígido e 
resistente a estiramento adicional. 
➙ A relação pressão-volume (RPV) do saco 
pericárdico é sobreponível à do tecido pericárdico 
parietal isolado, ou seja, um segmento complacente, 
plano, muda de maneira abrupta para um segmento 
não complacente com a transcrição ao redor do 
limite superior do volume total cardíaco. Quando 
excedido a pressão no interior do saco que está 
operando sobre a superfície cardíaca aumenta 
rapidamente e é transmitida para o interior das 
câmaras cardíacas. 
➙ A forma da RPV pericárdica sugere que este, 
normalmente, restringe o volume cardíaco, isto é, a 
força exercida na superfície do coração pode limitar 
o enchimento, com um componente de pressão 
intracavitária representando a transmissão da 
pressão pericárdica. 
➙ O pericárdio normal também contribui para a 
interação diastólica, ou seja, para a transmissão da 
pressão de enchimento intracavitário das câmaras 
adjuntas. 
Pericardite Pericardite 
3º período Ana Lorena M. 
 Uma porção da pressão diastólica do VD é 
transmitida ao VE por meio do septo 
interventricular e, assim, influencia a pressão 
diastólica ventricular esquerda. 
 Pelo fato de sua presença aumentar a 
pressão intracavitária ventricular direita, o 
pericárdio normal amplifica a interação 
diastólica. 
 À medida que o volume cardíaco aumenta 
além de sua faixa fisiológica, o pericárdio 
contribui cada vez mais para aumentar as 
pressões de enchimento intracavitário. Isso 
ocorre devido à pressão de contato externo 
e indiretamente devido à interação diastólica 
aumentada. 
➙ A pericardite é um processo inflamatório do 
pericárdio que tem múltiplas causas, mas é mais 
frequente as causas idiopáticas. 
➙ Geralmente benigna e autolimitada, a pericardite 
pode cursar com derrame ou constrição pericárdica, 
o que aumenta sua morbidez. 
É classificada de acordo com a evolução e forma de 
apresentação clínica: 
 Pericardite aguda e subaguda; 
 Pericardite crônica; 
 Pericardite constritiva; 
 Derrame pericárdico; 
 Tamponamento cardíaco; 
 Pericardite recorrente. 
➙ Entre as infecções do pericárdio, a pericardite viral 
é a mais comum e seu processo inflamatório deve-se 
à ação direta do vírus ou a uma resposta imune. 
Os mais comuns: 
 Enterovírus; 
 Ecovírus; 
 Epstein barr; 
 Herpes simples; 
 Influenza; 
 Citomegalovírus (CMV), mais frequente em 
imunodeprimidos e soropositivos. 
➙ A pericardite bacterina se manifesta com derrame 
pericárdico e sua origem pode estar em situações 
como pneumonia, empiema, disseminação 
hematogênica, pós-cirurgia cardíaca ou torácica. 
➙ O envolvimento autoimune do pericárdio 
acontece nos casos de lúpus eritematoso sistêmico, 
artrite reumatoide, esclerodermia, polimiosite e 
dermatomiosite. 
➙ A insuficiência renal é causa comum de doença 
pericárdica, produzindo derrame em 20% dos 
pacientes. 
➙ Se manifesta como uma síndrome febril com 
frequente acometimento de vias aéreas superiores, 
dor torácica intensa com irradiação para as costas e 
piora com a inspiração profunda ou tosse; 
➙ Atrito pericárdico: consiste em três componentes: 
 Sístole ventricular: mais comum e mais 
facilmente audível; 
 Enchimento protodiastólico: enchimento 
rápido do ventrículo no início da diástole; 
 Contração atrial: ocorre no fim da diástole; 
 Seu som é associado como “o caminhar 
sobre a neve crepitante”; 
 Ele é mais alto na borda esternal inferior 
esquerda e é mais bem auscultado com o 
paciente inclinado para frente; 
➙ O desenvolvimento da pericardite aguda é rápido, 
causando reação inflamatória do saco pericárdico e 
derrame pericárdico. 
 A inflamação pode se estender para o 
miocárdio epicárdico, causando uma 
miopericardite. 
 Pode evoluir para subaguda ou crônica. 
➙ Os seus marcadores de alto risco são: 
 Elevação de enzimas de necrose miocárdica; 
 Febre acima de 38 graus e leucocitose; 
 Derrames pericárdicos volumosos com ou 
sem tamponamento cardíaco; 
 Pacientes imunocomprometidos 
 História previa de anticoagulação oral; 
 Disfunção global pelo ecocardiograma, 
sugerindo miopericardite. 
 
 
 
3º período Ana Lorena M. 
➙ É um prolongamento da aguda, por isso possui os 
mesmo sinais e sintomas. 
➙ Ocorre em semanas a meses após um evento 
desencadeador. 
➙ Definida como pericardite persistente. 
➙ Permanece no paciente mais de 6 meses. 
➙ O quadro permanece assintomático até que 
surge um acúmulo de líquido no espaço pericárdico 
ou um espessamento dessa parede, provocado pela 
formação de tecido fibroso endurecido (cicatrizes) 
em torno do coração, que tem o seu tamanho 
reduzido e as funções comprometidas.
➙ É o acúmulo de líquido no pericárdio. 
 Esse líquido pode ser seroso – às vezes com 
filamentos de fibrina – serossanguinolento, 
hemorrágico, purulento ou quiloso. 
 Ocorre tamponamento quando um grande 
derrame pericárdico compromete o 
enchimento cardíaco, acarretando baixo DC 
e, às vezes, choque e morte. 
➙ Se o líquido se acumular rapidamente, mesmo em 
pequenas quantidades pode provocar 
tamponamento, uma vez que o pericárdio não 
consegue se distender de maneira rápida o suficiente 
para a acomodação. 
➙ É o acúmulo de líquido no pericárdio com volume 
e pressão suficientes para prejudicar o enchimento 
cardíaco. 
➙ O saco pericárdico contém uma pequena 
quantidade de líquido que envolve o coração, 
quando esse líquido se acumula e ultrapassa a 
capacidade de distensão do tecido fibroelástico 
pericárdico, ocorre progressiva compressão de todas 
as câmaras cardíacas decorrente do aumento da 
pressão intrapericárdica, redução do volume de 
enchimento cardíaco e maior interdependência 
ventricular. 
➙ O líquido no saco pericárdico pode comprometer 
o enchimento cardíaco, acarretando baixo débito 
cardíaco, choque e morte. 
Os três sinais clássicos do TC são chamados de tríade 
de Beck: 
 Hipotensão; 
 Pressão venosa jugular elevada; 
 Bulhas cardíacas hipofonéticas. 
Tamponamento cardíaco agudo: 
 Ocorre em minutos, devido ao trauma, 
ruptura do coração e aorta, ou como 
complicações de procedimentos 
diagnósticose terapêuticos, resultando num 
quadro de choque. 
Tamponamento cardíaco subagudo: 
 Ocorre entre dias e semanas e pode estar 
associado com dispneia e fadiga. 
➙ Representa o estágio final do processo 
inflamatório do pericárdio. É mais comumente 
idiopática, pós-cirúrgica ou referente à lesão por 
radiação. 
 Esse estágio final se caracteriza em uma 
fibrose, muitas vezes com calcificações e 
adesões dos pericárdios parietal e visceral; 
 O processo cicatricial é mais ou menos 
simétrico e impede o enchimento de todas as 
câmaras cardíacas; 
 Esse efeito simétrico resulta na elevação e no 
equilíbrio das pressões de enchimento das 
câmaras, assim como das veias pulmonares e 
sistêmicas. 
➙ O pericárdio quando está rígido e espesso 
compromete o enchimento ventricular, diminuindo o 
volume de ejeção e o DC. 
➙ Ocorre congestão venosa sistêmica, causando 
transudação considerável de líquido dos capilares 
sistêmicos, com edema pendente e posteriormente 
ascite. 
➙ A elevação crônica da pressão venosa sistêmica e 
da pressão venosa hepática pode levar à cicatriz 
hepática, chamada cirrose cardíaca. 
3º período Ana Lorena M. 
➙ A constrição do AE, do VE ou ambos pode elevar a 
pressão venosa pulmonar e, ocasionalmente, 
derrame pleural. 
 Dor torácica; 
 Atrito pericárdico, com ou sem dispneia; 
 Síndrome febril; 
 Tosse improdutiva; 
 Taquicardia sinusal; 
 Calafrios; 
 Fraqueza. 
➙ Pode ocorrer dor precordial ou subesternal, vaga 
ou lancinante, pode irradiar-se para pescoço, linha do 
trapézio (especialmente à esquerda) ou ombros. 
 Agravada por movimentação torácica, tosse, 
respiração ou ao engolir a comida; 
 Aliviada ao sentar-se e inclinar-se para frente 
(prece maometana). 
➙ O sinal mais importante da pericardite aguda é o 
atrito pericárdico sistólico e o diastólico ou trifásico. 
Pode existir em qualquer um dos dois movimentos. 
➙ O derrame pericárdico em geral é indolor, mas 
quando acompanhado de pericardite aguda, pode 
desencadear dor. 
➙ Quantidades de líquido podem atenuar os sons 
cardíacos, aumentar a área de macicez e alterar as 
dimensões e o formato da silhueta cardíaca. 
➙ Havendo derrames de grandes proporções, a 
compressão da base do pulmão esquerdo pode 
atenuar sons respiratórios e desencadear estertores, 
e o ictus cordis pode ser de difícil palpação. 
 Diminuição do DC; 
 Redução da PA sistêmica; 
 Taquicardia; 
 Dispneia. 
 Turgência jugular (pressão venosa elevada); 
 Diminuição de 10 mmHg da PA sistólica 
durante a inspiração (pulso paradoxal); 
 Hipofonese de bulhas devido ao líquido 
pericárdico; 
➙ Frequentemente está associada a um paciente 
com dispneia de esforço ou fadiga associada a 
disfunção diastólica e presença de ascite 
desproporcional ao edema de membros inferiores. 
➙ No pulso venoso jugular observamos colapso “Y” 
proeminente e sinal de Kussmaul (devido um 
aumento inapropriado do nível da pulsação venosa 
jugular com a inspiração); 
➙ No pulso arterial podemos encontrar a presença 
de pulso paradoxal em um terço dos casos. 
➙ Podem surgir sinais e sintomas de congestão 
venosa periférica, com som protodiastólico, com 
frequência mais auscultado durante a INS. 
➙ A elevação da pressão venosa pulmonar acarreta 
dispneia e ortopneia. 
Na pericardite aguda possui quatro estágios:
 
Estágio I: 
 Supradesnível do segmento ST côncavo e 
difuso, exceto em aVR e V1, onde ocorre 
infradesnível; 
 Onda T apiculada, com leve aumento da 
amplitude; 
 Infradesnível do segmento PR. 
Estágio II: 
 Normalização do segmento ST e PR, além do 
achatamento da onda T; 
Estágio III: 
 Inversão da onda T difusa, simulando 
isquemia miocárdica. 
 
3º período Ana Lorena M. 
Estágio IV: 
 Retorno à normalidade da onda T; 
 Pode ocorrer semanas ou meses após o 
evento inicial. 
 
➙ Baixa amplitude do QRS acontece na presença de 
derrame pericárdico, que melhora após 
pericardiocentese. 
➙ A alternância na morfologia ou amplitude do QRS 
está associada à pericardite com derrame pericárdico 
volumoso e sinais de tamponamento cardíaco. 
➙ Na pericardite crônica encontra-se ondas T 
invertidas e baixa amplitude do QRS. 
➙ Os achados associados a pericardite aguda 
envolvem aumento do espessamento pericárdico e 
derrame pericárdico. No entanto, podem ter casos de 
pericardite aguda sem alterações, usualmente 
denominados “pericardite aguda seca”. 
➙ No derrame pericárdico, o diagnóstico é 
presumido pelo aumento da silhueta cardíaca na 
radiografia de tórax. No ECG, a voltagem do QRS está 
geralmente diminuída e o ritmo sinusal permanece 
em cerca de 90% dos pacientes. Com derrames 
grandes e crônicos, o ECG pode mostrar alternância 
elétrica, a amplitude das ondas P, QRS ou T aumenta 
e diminui em batimentos alternados. A alternância 
elétrica está associada a variações na posição 
cardíaca (coração oscilante). 
 
 
➙ Para a pericardite constritiva o diagnóstico é 
presumido com base no ECG, radiografia de tórax e 
ecocardiograma com Doppler, mas normalmente há 
necessidade de cateterismo cardíaco e TC. 
 
ECG: a voltagem do QRS é baixa, as ondas T são 
inespecificamente anormais. 
Radiografia de tórax: geralmente revela calcificação 
pericárdica, mas inespecífico. 
Ecocardiograma: também inespecífico. Quando as 
pressões de enchimento VD e VE estiverem 
igualmente elevadas, a ecocardiografia com Doppler 
auxilia na distinção entre pericardite constritiva e 
miocardiopatia restritiva. 
 Durante a inspiração, a velocidade do fluxo 
diastólico mitral em geral diminui mais de 25% 
na pericardite constritiva, mas < 15% na 
miocardiopatia restritiva; 
 Na pericardite constritiva, a velocidade de 
fluxo inspiratório na tricúspide aumenta mais 
que o normal, mas isso não acontece na 
miocardiopatia restritiva; 
3º período Ana Lorena M. 
 Velocidades anulares mitrais aumentam na 
pericardite constritiva; 
 A presença de um salto septal, que é um 
desvio do septo interventricular em direção 
ao ventrículo esquerdo durante a inspiração 
e contra o ventrículo esquerdo durante a 
expiração, também pode ser visível na 
pericardite constritiva. 
Cateterismo cardíaco, indica pericardite constritiva 
quando: 
 Pressão média de oclusão arterial pulmonar, 
pressão diastólica arterial pulmonar, pressão 
diastólica final VD e pressão atrial direita 
média são em trono de 10 a 30 mmHg; 
 A pressão arterial pulmonar e sistólica 
ventricular direita estão normais ou 
modestamente elevadas, de maneira que as 
pressões de pulso estão reduzidas; 
 Na curva de pressão atrial, as ondas 
descendentes x e y são tipicamente 
acentuadas; 
 Na curva de pressão ventricular, ocorre 
queda diastólica no momento do enchimento 
ventricular rápido; 
 Durante a inspiração de pico, a pressão 
ventricular direita aumenta quando a pressão 
ventricular esquerda é a mais baixa; 
 Como o enchimento ventricular está restrito, 
o traçado da pressão ventricular revela 
mergulho súbito seguida de platô na diástole 
precoce. 
TC: pode identificar pericardite constritiva quando o 
espessamento do pericárdio é maior que 5 mm. 
Quando o líquido não é visualizado pode-se ter o 
diagnóstico de miocardiopatia restritiva, mas não 
comprovado. 
 
 
Tamponamento: a pericardiocentese é realizada 
imediatamente para diagnóstico e tratamento. No 
ecocardiograma, variações respiratórias dos fluxos 
transvalvares e venosos, assim como compressão ou 
colabamento das cavidades direitas na presença de 
derrame pericárdico, apoiam o diagnóstico. Se 
houver suspeita de tamponamento, deve-se usar 
cateterismo de câmaras cardíacas direitas. 
 Não há queda protodiastólica no registro da 
pressão ventricular. 
 Pressões diastólicas estão elevadas (cerca de 
10 a 30 mm Hg) e iguais em todas as câmaras 
cardíacas e na artéria pulmonar. 
 Na curva de pressão atrial,a descendente x 
está preservada e a y está ausente. 
Tratamento imunossupressora e antiviral: 
➙ Os anti-inflamatórios não hormonais (AINH) são 
os principais medicamentos para o tratamento das 
pericardites idiopáticas e virais. 
 Ácida acetilsalicílico (AAS): 500 a 750 mg a 
cada 6 ou 8 horas, por 7 a 10 dias, seguido de 
redução gradual de 500 mg por semana. 
 Ibuprofeno: 400 a 800 mg a cada 6 ou 8 
horas, por 14 dias; 
 Indometacina, 75 a 150 mg ao dia. 
➙ A colchicina tem demonstrado ser efetiva como 
terapêutica coadjuvante da pericardite aguda, no 
alivio da dor e na prevenção. 
➙ Para o tratamento do tamponamento cardíaco, 
faz-se a drenagem do líquido pericárdico de forma a 
reduzir a pressão intrapericárdica. 
 Antes da drenagem pode-se fazer a infusão 
rápida de cristaloide com objetivo de 
melhorar a perfusão; 
 Na presença de bradicardia indica-se a 
utilização de aminas ou atropina; 
 A drenagem pode ser realizada através da 
inserção de uma punção percutânea e 
colocação de um cateter de drenagem ou 
drenagem cirúrgica aberto com ou sem 
pericardictomia, ou ainda pericardioscopia 
assistida do vídeo. 
 A pericardiocentese por cateter deve ser 
guiada pela ecocardiografia, que permite a 
3º período Ana Lorena M. 
identificação do melhor local e ângulo de 
pressão, reduzindo as complicações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3º período Ana Lorena M. 
ARTIGOS: 
- MONTERA, Marcelo Westerlund et al. I Diretriz 
Brasileira de Miocardites e Pericardites. Arquivos 
Brasileiros de Cardiologia, v. 100, n. 4, p. 01-36, 2013. 
LIVROS: 
- Braunwald – tratado de doenças cardiovasculares. 
Douglas L. Mann – 10. ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 
2018.

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