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1 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA PROBLEMA 4 - HIPOTENSÃO DESPROPORCIONAL À PERDA SANGUÍNEA CASO 1: Antônio, 30 anos, cumprindo pena em penitenciária por crime hediondo, foi vítima de espancamento e várias estocadas em membros superiores e tórax. Imediatamente, foi trazido ao Serviço de Emergência escoltado e algemado. Encontrava-se dispneico e muito agitado, razão pela qual os policiais não quiseram retirar as algemas. O médico assistente observou que o paciente apresentava fácies de sofrimento agudo, estava pálido e com sudorese profusa, FR de 30 ipm, FC de 140 bpm, PA de 80 x 40 mmHg. Queixava-se de dor nas feridas pérfuro-contusas. Enquanto estava sendo examinado, dilatação das veias jugulares e perda súbita de consciência. O médico, rapidamente, verificou novamente as vias aéreas e o paciente passou a bradipneia. A expansibilidade pulmonar estava preservada, bilateralmente, com murmúrio vesicular fisiológico. À ausculta cardíaca, detectou-se hipofonese de bulhas. Foi iniciada reposição volêmica com ringer com lactato morno, sem melhora das condições hemodinâmicas. O paciente apresentou cianose intensa de extremidades e lábios. Diante do quadro de choque, sem evidência de sangramento externo e sem resposta à reposição volêmica, o auxiliar da sala de emergências perguntou qual seria o diagnóstico e o que fazer nesse caso. CASO 2: Ao retornar para casa no fim da tarde, Samuel, acadêmico de medicina pára no sinal vermelho e, subitamente é atingido na traseira do seu carro por um desconhecido embriagado, que estava em alta velocidade. Rapidamente, foram socorridos, com o desconhecido falecendo no local. Samuel, apresentava vermelhidão, edema cervical e fratura em perna direita. Não sentia membros superiores e inferiores. À chegada no HUAPA, apresentava-se: torporoso, PA: 90 x 60 mmHg, FC:54 bpm, FR:34 irpm com respiração abdominal e ritmo paradoxal, Sat O2: 88% em ar ambiente. Tinha abertura ocular espontânea, resposta verbal com palavras inapropriadas e resposta motora de membros ausente. O plantonista anotou Glasgow: 8 e possível lesão de whiplash. Pupilas isocóricas e fotorreagentes, tetraplegia flácida e grande hematoma em perna direita. Ausência de fraturas em crânio ou hematomas. A conduta do plantonista foi por intubação orotraqueal e grande reposição volêmica. A rotina radiológica constatou fratura de fêmur direito, fratura de corpo vertebral de C5 e mielopatia compressiva grave nível C5/C6. Samuel, foi então encaminhado para o centro cirúrgico, sendo submetido à estabilização de coluna cervical e osteossíntese com placa em fêmur. Instrução: Como identificar o tipo de choque apresentado pelo paciente e suas particularidades no tratamento. QUESTÕES DE APRENDIZAGEM: 1. DISCUTIR AS PROVÁVEIS CAUSAS DE CHOQUE OBSTRUTIVO, FAZER O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ENTRE CHOQUE HIPOVOLÊMICO E CHOQUE OBSTRUTIVO, COM BASE NAS VARIÁVEIS HEMODINÂMICAS. Choque obstrutivo: definido como redução do débito cardíaco secundário a um inadequado enchimento ventricular. As principais causas de choque obstrutivo são: • Tamponamento pericárdico - o acúmulo de líquido é capaz de gerar um aumento de pressão intrapericárdica com redução do retorno venoso. • Embolia pulmonar maciça – os grandes trombos são capazes de gerar um aumento na pressão da artéria pulmonar suficiente para produzir comprometimento da função contrátil do ventrículo direito. • Pneumotórax – pode gerar choque obstrutivo quando evolui de forma hipertensiva. TAMPONAMENTO PERICÁRDICO: A redução da pré-carga promove uma diminuição do débito cardíaco levando à hipotensão arterial e ao choque. Causas de tamponamento: • Trauma • Quadros infecciosos • Neoplasias • Ruptura miocárdica pós-IAM • Uremia 2 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA • Colagenoses A instalação do tamponamento pericárdico depende basicamente de dois fatores: • Volume de líquido • Velocidade de instalação Nos casos agudos pequenos volumes como 200mL podem ser suficientes para provocar a síndrome de tamponamento. Nos casos de instalação lenta podem ser necessários até 2 L para produzir manifestação clínica. Manifestações clínicas: • Taquicardia persistente • Pulso paradoxal – queda da pressão arterial maior do que 10 a 12 mmHg durante a inspiração • Distensão das veias do pescoço • Hipotensão arterial • A alternância total do eixo elétrico incluindo a onda P além do QRS, é a alterações mais especifica do derrame pericárdico. O ecocardiograma é o exame indicado para o diagnóstico e para se quantificar o grau de restrição. Na presença de tamponamento há compressão do ventrículo direito evidenciada por redução acentuada no diâmetro diastólico no final da inspiração. Com a elevação progressiva da pressão intrapericárdica, o volume sistólico diminui havendo aumento da resistência vascular periférica, gerando queda da pressão sistólica, elevação da pressão diastólica e estreitamento da pressão arterial de pulso. Tratamento do tamponamento: Drenagem do derrame – drenagem pericárdica através da descompressão cirúrgica é preferida. Porém quando o tamponamento representa um risco imediato de vida (produz alteração hemodinâmica) a pericardiocentese está indicada. Rápida administração de volume visando aumentar o enchimento ventricular. TROMBOEMBOLISMO PULMONAR MACIÇO: Estimula a liberação de substâncias vasoconstritoras – bradicinina e serotonina – que contribuem para o aumento da pressão na artéria pulmonar. A hipoxemia eleva o nível de resistência vascular pulmonar agravando a hipertensão arterial pulmonar. O súbito aumento da pressão arterial pulmonar produz uma elevação na pós-carga ventricular direita com conseqüente dilatação e disfunção. Com a dilatação do ventrículo direito o septo interventricular sofre um abaulamento para dentro do ventrículo esquerdo, promovendo uma diminuição no enchimento desta cavidade. A disfunção contrátil, que pode ainda estar agravada por uma insuficiência tricúspide, diminui o débito cardíaco do ventrículo direito levando a uma redução na pré-carga do ventrículo esquerdo. O regime de hipovolemia imposto ao ventrículo esquerdo produz redução do débito cardíaco e da pressão arterial sistêmica com comprometimento da perfusão coronariana e consequente isquemia miocárdica. O aumento do trabalho do ventrículo direito também eleva a demanda de oxigênio, agravando a isquemia.. A perpetuação do ciclo onde a isquemia piora a disfunção, que por sua vez agrava a isquemia, gera choque refratário e óbito. O tratamento do choque obstrutivo secundário ao tromboembolismo pulmonar maciço consiste em uma rápida desobstrução da artéria pulmonar, que pode ser conseguida através de trombolíticos, que promovem uma reperfusão pulmonar mais precoce que a heparina, ou pela embolectomia indicada para os pacientes com contra-indicação ao uso de trombolíticos. PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO: O pneumotórax é caracterizado por um progressivo aumento de volume de ar no espaço intrapleural. Tem como causas: trauma torácico e barotrauma. O aumento da pressão intrapleural promove redução do volume pulmonar com comprometimento respiratório e desenvolvimento de acidose e hipóxia. O aumento da pressão intratorácica e o colapso mecânico da veia cava levam a diminuição do retorno venoso com redução do débito cardíaco, hipotensão arterial e choque. Quadro clínico: • Dor torácica • Dispnéia • Taquicardia • Distensão das veias do pescoço • Nos pcts em ventilação mecânica ocorre um aumento na pressão de pico necessária para oferecer o mesmo volume corrente, devido ao aumento da pressão intrapleural. O eletrocardiograma pode demonstrar desvio do eixo para direita, redução na voltagem e inversão de onda T nas derivações precordiais. A radiografia de tórax mostra prolapso pulmonar com desvio contralateral da traqueia e do coração. Deveser tratado assim que o diagnóstico for realizado. Deve ser feita uma punção com agulha de grande calibre no segundo ou 3° espaço intercostal anterior, na linha hemiclavicular sob o bordo superior da costela. Esse procedimento causa pneumotórax, mas este será do tipo externo e aberto menos grave que um fechado. ACHADOS SUGESTIVOS: Hipovolêmico: hematêmese, hematoquezia, melena, náusea, vômitos, evidências de trauma ou ser paciente pós-operatório. Pele, axilas, língua e mucosa oral secas. Redução do turgor cutâneo. Obstrutivo: presença de sinais de insuficiência respiratória, enfisema subcutâneo, ausência de murmúrio vesicular, timpanismo a percussão e desvio da traqueia sugerem pneumotórax hipertensivo. Taquicardia, bulhas abafadas e estase jugular sugerem tamponamento cardíaco. Outros sinais como dispneia, dor retroesternal, cianose e pulso paradoxal podem estar presentes e correlacionados a TEP, coartação da aorta etc. http://sociedades.cardiol.br/socerj/revista/2001_02/a20 01_v14_n02_art10.pdf http://sociedades.cardiol.br/socerj/revista/2001_02/a2001_v14_n02_art10.pdf http://sociedades.cardiol.br/socerj/revista/2001_02/a2001_v14_n02_art10.pdf 3 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/04/882566/choq ue-principios-gerais-de-diagnostico-precoce-e-manejo- inicial.pdf 2. EXPLICAR A FISIOPATOLOGIA E O TRATAMENTO DO TAMPONAMENTO CARDÍACO. Tamponamento cardíaco corresponde à fase de descompensação da compressão cardíaca secundária à acumulação de líquido no espaço pericárdico, com consequente aumento da pressão intrapericárdica. Podem ser subdivididos em • Tamponamentos globais – comprometem o estado hemodinâmico • De baixa pressão – muitas vezes ocultos, com significado hemodinâmico incerto • Regionais Pode surgir de forma aguda ou subaguda, de acordo com a etiologia. • Evolução mais arrastada – etiologias mais comuns são as neoplásica (infiltração tumoral), vírica e urêmica. • Evolução aguda – trauma torácico, ruptura do miocárdio, de um aneurisma ou dissecção da aorta e iatrogenia. Patofisiologia: O pericárdio é constituído por dois folhetos. O espaço pericárdico (entre os dois folhetos) acomoda apenas uma pequena quantidade de fluído (20-50mL). A acumulação de líquido neste espaço pode conduzir ao tamponamento. Fases de alterações hemodinâmicas no tamponamento: • Fase I – as pressões de enchimento do ventrículo direito e esquerdo são maiores que as pressões intrapericárdicas, resultando numa pressão elevada para o preenchimento do espaço pericárdico. • Fase II – com o aumento de fluído intrapericárdico, a pressão intrapericárdica daí resultante torna-se superior à do ventrículo, gerando um baixo débito cardíaco. • Fase III – progressivamente aumento do desequilíbrio entre as pressões intracardíacas e intrapericárdicas, diminuindo o fluxo cardíaco com repercussão hemodinâmica. O enchimento ventricular está comprometido e ocorre de forma complexa. As altas pressões diastólicas ventriculares causam redução no enchimento ventricular, no volume sistólico e na pressão sistólica, de acordo com o inotropismo e o nível da pressão intrapericárdica. Esta elevação na pressão telediastólica ventricular repercute-se num aumento da pressão média diastólica auricular, que se acompanha por uma hipertensão venosa pulmonar e sistémica. Embora estas pressões venosas sejam mantidas a um nível elevado com altas pressões auriculares, o fluxo de sangue para os ventrículos mantém-se. Nesta situação, o débito cardíaco é mantido sobretudo por aumento da frequência cardíaca. Em estadios mais avançados do tamponamento, o enchimento só se torna possível durante a sístole auricular, especialmente nos casos de taquicardia. Estes fenómenos levam ao desaparecimento da onda y, que representa o enchimento ventricular direito durante a diástole. A onda x, que representa o enchimento auricular, é mantida porque durante a sístole ventricular há movimento do plano da válvula inteira para o ápice do ventrículo, o que conduz a uma redução da pressão auricular coincidindo com a ejecção ventricular. No tamponamento cardíaco, o volume cardíaco total é limitado pelo derrame, sendo que o aumento da pressão pericárdica acentua a interdependência entre as câmaras cardíacas. Deste modo, com a inspiração normal, o enchimento do ventrículo direito é superior pelo aumento da pré-carga, levando a que o ventrículo direito force o septo interventricular no sentido do ventrículo esquerdo, que consequentemente vê reduzido o seu enchimento e débito. No tamponamento as cavidades direitas são as primeiras a sofrer pelo aumento da pressão intrapericárdica devido à sua menor massa muscular e pressões, sendo a diminuição do enchimento cardíaco direito o primeiro sinal de um derrame pericárdico hemodinamicamente significativo. Assim se justifica que o enchimento das câmaras esquerdas ocorra preferencialmente durante a expiração, quando há menos sobrecarga sob as direitas. Esta relação de interdependência/interacção ventricular dá origem a um sinal importante e característico do tamponamento cardíaco – o pulso paradoxal. O pulso paradoxal define-se como uma redução superior a 10mmHg na pressão sistólica do ventrículo esquerdo durante a inspiração. Um pequeno pulso com variações inferiores a 10 mmHg é normal e está relacionado com o facto dos ventrículos estarem confinados no pericárdio, compartilhando um septo comum. Todavia, não é um sinal patognomónico do tamponamento cardíaco, sendo comum a outras patologias cardíacas ou respiratórias, como por exemplo, o choque hipovolémico, a doença pulmonar obstrutiva crónica e o tromboembolismo pulmonar. Em casos de ventilação mecânica com pressão positiva podemos encontrar o inverso do pulso paradoxal convencional (um aumento da pressão sistólica durante a inspiração com uma diminuição na expiração) – “pulso paradoxal invertido”. A ventilação mecânica aumenta tanto a pressão pleural e como a pressão transpulmonar. Durante a inspiração, o volume de ejecção do ventrículo esquerdo aumenta porque a pré- carga do ventrículo esquerdo também aumenta, enquanto a pós-carga ventricular esquerda diminui. Isto leva a um aumento na pressão arterial no final de inspiração. Em contrapartida, o volume de ejecção do ventrículo direito diminui durante a inspiração, já que o retorno venoso e a pré-carga ventricular direita diminuem, enquanto a pós-carga aumenta. Devido à duração de fluxo sanguíneo pulmonar (cerca de 2 segundos), a diminuição do volume de saída do ventrículo direito na inspiração provoca uma diminuição do enchimento do ventrículo esquerdo e da sua ejecção, apenas alguns instantes depois, geralmente durante o período de expiração, o que corresponde a uma diminuição da pressão arterial no final da https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/04/882566/choque-principios-gerais-de-diagnostico-precoce-e-manejo-inicial.pdf https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/04/882566/choque-principios-gerais-de-diagnostico-precoce-e-manejo-inicial.pdf https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/04/882566/choque-principios-gerais-de-diagnostico-precoce-e-manejo-inicial.pdf 4 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA expiração. Portanto, se a ventilação mecânica de pressão positiva utilizar maiores volumes correntes e elevados níveis de pressão expiratória final positiva, a pós-carga do ventrículo direito pode ser aumentada e o septo ventricular pode deslocar-se para a esquerda, reduzindo assim a distensibilidade do ventrículo esquerdo e, por conseguinte, a sua pré-carga. Por este motivo, em doentes com tamponamento cardíaco, a instituição de ventilação mecânica e pressão expiratória final positiva (PEEP) pode agravar o estado hemodinâmico com pulso paradoxal invertido. Os fenómenos descritos anteriormente podem ocorrer mais precocemente e com menores pressões em doenteshipovolémicos, uma situação que é bastante frequente, sobretudo no período pós-operatório. Estes doentes podem desenvolver tamponamento cardíaco com pressões diastólicas tão baixas como 3 a 6 mmHg – tamponamento de baixa pressão, de difícil diagnóstico. Desta forma se compreende que a hipovolemia, induzida terapeuticamente ou redução da pressão de enchimento (diurese forçada ou vasodilatadores), pode levar um compromisso grave do débito cardíaco e da pressão arterial. Manifestações clínicas e diagnóstico: De um derrame pericárdico dependem da velocidade de acumulação do líquido e da eficácia dos mecanismos compensatórios. A formação rápida de derrame pericárdico, como no caso do hemopericárdio secundário a trauma ou a dissecção aórtica, pode resultar num tamponamento com apenas 100 a 200 mL de líquido acumulado. Por comparação, um derrame de desenvolvimento mais insidioso, como é típico da síndroma urêmica e do mixedema, pode permitir acumulação de 1500 mL ou mais por mecanismos compensatórios até se manifestar clinicamente. Taquicardia é um dos sinais mais evidentes. Principais sintomas: • Ansiedade • Dispneia • Ortopneia • Dor torácica Outros: • Tosse • Rouquidão – compressão do nervo laríngeo recorrente • Singultos – compressão do nervo frênico • Náusea – compressão diafragmática • Disfagia – compressão esofágica A suspeita do tamponamento cardíaco baseia-se na tríade de Beck – em 30-40% dos casos: • Distensão venosa jugular • Hipotensão • Hipofonese dos sons cardíacos O principal sinal de tamponamento cardíaco é um pulso paradoxal, mas nem sempre está presente. Nos casos mais graves podemos constatar a ausência de pulso braquial ou radial palpável durante a inspiração, sobretudo nos casos de ventilação espontânea. A variabilidade respiratória na onda da oximetria é um sinal indirecto de tamponamento e deve levantar a suspeita de compromisso hemodinâmico nos doentes a ventilar espontaneamente. O aumento da pressão venosa central é geralmente aparente como distensão venosa jugular e a descida x (durante a sístole ventricular) é tipicamente a onda venosa jugular dominante, com pouca ou nenhuma descida y - sinal de Kussmaul. Se o derrame se desenvolver rapidamente, sobretudo no caso de derrame hemorrágico, as veias jugulares podem não estar distendidas, porque pode não existir um aumento compensatório na pressão venosa. O doente desenvolve sinais de insuficiência cardíaca direita, com edema periférico e dor no quadrante abdominal superior direito causada por congestão hepática. Entre os sinais mais comuns estão também a hipotensão e a taquicardia, característicos da instabilidade hemodinâmica apesar de inespecíficos. A auscultação cardíaca apresenta-se classicamente com sons hiponéticos ou abafados, especialmente nos casos de derrames pericárdicos de grande volume. A compressão da base pulmonar (com atelectasia compressiva) resulta numa hipo-ressonância abaixo da omoplata esquerda (sinal de Bamberger-PinsEwart). Um tamponamento pode apresentar ainda sinais das suas complicações: insuficiência renal aguda, pletora abdominal, falência hepática e isquemia mesentérica entre outras. O electrocardiograma, muitas vezes realizado para descartar outras possibilidades, mostra frequentemente baixa voltagem e, por vezes, alternância eléctrica (em situações de oscilações do coração por um grande derrame pericárdico). A radiografia de tórax pode ser normal mas, para derrames superiores a 200mL uma silhueta cardíaca aumentada com perda da cintura hilar, um coração em forma de “saco de água”, ausência de congestão venosa pulmonar e engurgitação da veia cava superior podem ser algumas das alterações identificadas. 5 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA A telerradiografia torácica de perfil pode ainda revelar o “sinal da gordura epicárdica” – distância entre a face posterior do esterno e a gordura epicárdica superior a 2mm. A ecocardiografia é o exame de diagnóstico definitivo e deve ser realizada atempadamente no caso de suspeita de tamponamento cardíaco. A ecocardiografia permite a identificação e quantificação do derrame e a documentação das suas repercussões hemodinâmicas. Pode igualmente ser útil para orientação terapêutica. As características ecocardiográficas de tamponamento cardíaco em modo bidimensional transtorácico ou transesofágico incluem: evidência de um espaço sem eco em torno do coração (figura 3) – derrame pericárdico moderado a grave circunferencial; compressão da aurícula direita durante a fase protodiastólica, definida como a inversão diastólica da parede livre da aurícula direita; compressão do ventrículo direito durante a fase telediastólica, definido como o movimento centrípeto da parede do ventrículo direito (figura 4); atraso da abertura da válvula mitral durante a inspiração, sugerindo compromisso do enchimento do ventrículo esquerdo; dilatação da veia cava inferior sem colapso inspiratório, especialmente na ausência de insuficiência tricúspide ou disfunção ventricular direita grave; e “coração balançante” no líquido pericárdico. O estudo com doppler permite a observação da variação respiratória das velocidades de fluxo transmitral e transtricúspide, que reflectem a interdependência ventricular aumentada (que clinicamente corresponde ao pulso paradoxal); e analisar o fluxo venoso na veia cava inferior e/ou suprahepáticas: predominância do componente sistólico sobre o diastólico e um aumento reduzido do fluxo durante a inspiração, e supressão ou inversão da componente diastólica no primeiro ciclo cardíaco expiratório. O colapso do ventrículo direito é mais específico de tamponamento do que o da aurícula direita podendo, 6 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA todavia, não ocorrer em doentes com hipertensão pulmonar. Nos casos pós-cirúrgicos ou póstrauma, o tamponamento cardíaco pode resultar a partir dum derrame loculado pericárdico, podendo não se evidenciar na ecocardiografia transtorácica sendo necessário recorrer ao ecocardiograma transesofágico, tomografia computadorizada ou ressonância magnética torácica para delinear as áreas loculadas. Embora o ecocardiograma forneça informações importantes, deve ser enfatizado que o tamponamento cardíaco é, em última análise, um diagnóstico clínico. Tratamento: Como causa tratável de choque, o tamponamento cardíaco pode ser rapidamente fatal se não reconhecido, devendo ser considerado como diagnóstico diferencial em qualquer doente em choque ou actividade elétrica sem pulso. A decisão de drenar um derrame e de como proceder deve ser sempre baseada na situação clínica. A drenagem de emergência de ser efectuada se houver evidência clínica de tamponamento via pericardiocentese ou pericardiotomia cirúrgica. A drenagem de quantidades pequenas de líquido pericárdico (como 50 mL) pode conduzir a uma melhoria hemodinâmica significativa, devido à relação pressão/ volume pericárdico – fenómeno da última gota. A drenagem também é recomendada quando o derrame pericárdico é associado a disfunção ventricular esquerda e na presença de derrame loculado ao nível das câmaras esquerdas. Na ausência de sinais clínicos inequívocos de tamponamento, um colapso diastólico do ventrículo direito evidenciado ecocardiograficamente não obriga a pericardiocentese de emergência. Relativamente aos derrames hemorrágicos relacionados com trauma cardíaco ou dissecção de aorta, a sua gestão deve passar por cirurgia de emergência. Os métodos de drenagem mais usados são a pericardiocentese ecoguiada ou por fluoroscopia. A pericardiocentese ecoguiada, à cabeceira do doente, está indicada se um doente está em más condições e se pelo menos 1 cm de líquido é visualizado anteriormente à parede livre ventricular direita durante a diástole. O local de entrada ideal é definido através de ecocardiografia ecorresponde à zona com menor distância entre a pele e o líquido pericárdico sem estruturas interpostas, geralmente o ápice. A abordagem inicial do espaço pericárdico deve ser realizada com uma agulha e só depois se procede à drenagem através de um cateter. A primeira drenagem deve ser rápida para uma resolução do choque. O cateter pode permanecer na bolsa pericárdica para repetição das drenagens minimizando o risco de derrame recorrente. Para derrames com instabilidade hemodinâmica de menos de 1 cm, derrames organizados multiloculados ou regionais, é aconselhada a confecção de uma janela pericárdica. A monitorização do procedimento deve incluir electrocardiografia, pressão arterial, saturação de oxigénio periféricas e débito urinário. Nos doentes com tamponamento cardíaco não é incomum encontrar elevadas pressões auriculares esquerda e direita com uma pré-carga muito baixa. Por esta razão, a monitorização invasiva está recomendada. Várias medidas podem ser tomadas para garantir o suporte do doente até uma solução definitiva: optimização da pré-carga e do inotropismo, manutenção da pós-carga e do ritmo sinusal e ventilação. O volume intravascular deve ser aumentado para os níveis capazes de manter a estabilidade hemodinâmica, especialmente importante nos doentes com deplecção de volume já que o aumento do volume efectivo vai opor-se ao aumento da pressão intrapericárdica. Pressões de enchimento até 25 a 30 mmHg podem ser necessárias. No entanto, em doentes euvolémicos ou hipervolémicos, a infusão de volume pode resultar num aumento das pressões intrapericárdicas suficiente para causar colapso diastólico do ventrículo direito. A utilização de drogas inotrópicas não é consensual uma vez que já existe intensa estimulação adrenérgica endógena. A dobutamina pode ser utilizada devido às suas propriedades inotrópicas e pela redução das resistências sistémicas. A isoprenalina e a dopamina mostraram efeitos hemodinâmicos benéficos no tamponamento em modelos animais. Estes fármacos aumentam a fracção de ejecção e a frequência cardíaca e melhoram a perfusão cardíaca, no entanto, não aumentam a perfusão de outros órgãos, tais como o cérebro ou os rins. Além disso, a isoprenalina melhora a perfusão do tecido epicárdico em oposição ao tecido endocárdico e é um potente fármaco vasodilatador. Se existir, deve ser sempre corrigida a acidose metabólica para evitar efeitos depressores do miocárdio e aumentar a resposta às catecolaminas. Para manutenção da pós-carga podemos recorrer a vasopressores, tal como a fenilefrina ou noradrenalina, uma vez que pode ser necessário aumentar a perfusão coronária e melhorar a função ventricular até a resolução do tamponamento e recuperação da função cardíaca. No entanto, a utilização de vasopressores deve ser evitada, tanto quanto possível, se a pressão arterial permanecer dentro da faixa normal, porque da utilização destes agentes pode resultar a diminuição do débito cardíaco. É comum ver reflexos vagais depressores com bradicardia e consequente diminuição do débito cardíaco, sendo necessária a administração de atropina ou a utilização de pacemakers ventriculares. O enchimento ventricular depende principalmente da contracção auricular e, portanto, o desenvolvimento de fibrilação auricular ou flutter tem um impacto negativo sobre a pressão arterial e sobre o débito cardíaco. Neste sentido, poderá ser necessária a utilização de antiarrítmicos ou de desfibrilador. Como previamente descrito, a ventilação mecânica tem uma grande 7 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA influência no doentes com tamponamento cardíaco. A manutenção de ventilação espontânea durante todo o procedimento pode ser melhor tolerado. Em ventilação mecânica, é aconselhável evitar altas pressões e usar baixos volumes correntes até libertação do tamponamento, recorrendo também a elevadas frequências respiratórias e baixa PEEP. No caso de paragem cardíaca, as compressões cardíacas externas não são eficazes uma vez que o preenchimento adicional das câmaras está condicionado pelo tamponamento. Além disso, embora a pressão sistólica aumente, a pressão diastólica permanece inalterada e, portanto, a pressão de perfusão não melhora. Nesta situação, a melhor opção é proceder imediatamente à drenagem percutânea ou cirúrgica. A pericardiocentese, embora raramente (~1.2%), pode estar associada a várias complicações, incluindo laceração do ventrículo direito ou de uma artéria coronária, arritmias, pneumotórax, pneumopericárdio, síndroma de dificuldade respiratória do adulto, perfuração hepática ou esplénica e infecção. Também estão descritos casos de insuficiência cardíaca esquerda, edema pulmonar e choque cardiogénico. Após a drenagem, a pressão cardíaca pode subir acentuadamente devido ao rápido aumento da pressão de enchimento, podendo tornar-se necessário o uso de vasodilatadores se surgir hipertensão arterial. Nestes casos, a nitroglicerina e o nitroprussiato podem ser boas opções. Pela possibilidade destas complicações, estes doentes devem ser alocados a uma unidade que permita uma vigilância adequada, nomeadamente, de cuidados intermédios ou intensivos. https://www.acim.pt/wp-content/uploads/2017/05/CIP- 1-8-Tamponamento-Card%C3%ADaco-_-Vital_Rev- pag-29a35.pdf 3. Compreender a fisiopatologia da Sepse e Choque Séptico. 4. Discutir as manifestações clínicas, exames laboratoriais, tratamento e prevenção do choque séptico 5. Estudar a epidemiologia, quadro clínico, exames complementares e tratamento correlacionados ao choque neurogênico. Explicar a fisiopatologia do choque neurogênico secundário ao trauma raquimedular. 6. Discutir a abordagem inicial e conduta no paciente com trauma neurológico (enfatizar os sinais de alerta encontrados no exame inicial). DISPARADORES: https://www.youtube.com/watch?v=wRqB5_VB4YQ https://www.youtube.com/watch?v=2z5iVsX8k18 https://www.youtube.com/watch?v=scEM0J_r3t4 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA: Braunwald, Tratado de doenças cardiovasculares / Robert O. Bonow... (et al.); Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. Porto, C.C. Semiologia Médica – 7ed. 2013. Guanabara Koogan. Guyton, A.C., Hall, J.E Tratado de Fisiologia Médica – 12ed. 2011. Elsevier. Martins, H. S., Brandão, N., Neto, A. S., Velasco, I. T. Emergências Clínicas – Abordagem Prática / USP – 11ed. 2016. Manole. Tamponamento Cardíaco Agudo: uma breve revisão; Barra, LD; Guimarães, LA; Gomes, MBV; Hanashiro, M; Kilimnik, LM; Lodi, LD; Senhorini, MCM; Souza,MRS; Silva, NC. American College of Surgeons Commitee on Trauma – ATLS – Advanced Trauma Life Support Course of Physicians – 2018. Fraga, G.P.; Genghini, E.B.; Mantovani, M.; Cortinas, L.G.O.; Filho, W.P. Toracotomia de Reanimação: Racionalização do Uso do Procedimento. Revista Colégio Brasileiro dos Cirurgiões. Vol.33 – N6, Nov/Dez. 2006. Código de Ética Médica www.portalmédico.org.br – Conselho Federal de Medicina. IRAT: Questão 01 _________________________________ O choque obstrutivo é ocasionado por uma obstrução ou uma compressão dos grandes vasos ou do próprio coração. Pode ocorrer por diversas causas. Assinale a alternativa incorreta relação às causas de choque obstrutivo a. O tamponamento cardíaco é uma causa de choque obstrutivo. Neste caso, por algum motivo, como por exemplo, trauma, câncer, infecções, ocorre um acúmulo de líquido no espaço no pericárdio do coração, com consequente compressão cardíaca. b. O pneumotórax hipertensivo pode levar ao choque obstrutivo por ser uma situação aguda de aumento da pressão intratorácica. c. O tromboembolismo pulmonar também causa choque obstrutivo. A existência de um trombo na circulação venosa, normalmente em membros inferiores, pode ser o ponto de partida para a ocorrência deste choque. d. A causa mais comum é o infarto agudo do miocárdio (IAM), em que há falência da bomba cardíaca ocasionada pela necrose deparede ventricular produzida pelo infarto. No entanto, há causas mecânicas, como doenças valvares, que também podem comprometer de forma significativa o débito cardíaco, levando ao choque obstrutivo. a. V b. V - O choque obstrutivo é ocasionado por uma obstrução ou uma compressão dos grandes vasos ou do próprio coração. Pode ocorrer por diversas causas, porém três merecem destaque. O pneumotórax hipertensivo pode levar ao choque obstrutivo por ser https://www.acim.pt/wp-content/uploads/2017/05/CIP-1-8-Tamponamento-Card%C3%ADaco-_-Vital_Rev-pag-29a35.pdf https://www.acim.pt/wp-content/uploads/2017/05/CIP-1-8-Tamponamento-Card%C3%ADaco-_-Vital_Rev-pag-29a35.pdf https://www.acim.pt/wp-content/uploads/2017/05/CIP-1-8-Tamponamento-Card%C3%ADaco-_-Vital_Rev-pag-29a35.pdf 8 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA uma situação aguda de aumento da pressão intratorácica. https://docs.bvsalud.org/biblioref/2016/09/1892/2403- 13547-1-pb.pdf c. V - O tromboembolismo pulmonar também causa choque obstrutivo. A existência de um trombo na circulação venosa, normalmente em membros inferiores, pode ser o ponto de partida para a ocorrência deste choque. O atrito entre o trombo e o fluxo sanguíneo acaba por destacar pequenos êmbolos. https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/dow nload/2403/929/16853#:~:text=O%20tromboembolism o%20pulmonar%20tamb%C3%A9m%20causa,acaba %20por%20destacar%20pequenos%20%C3%AAmbol os. d. F – apesar de algumas literaturas considerarem que o infarto cursa também com choque obstrutivo, é mais comum que o IAM provoca choque cardiogênico. https://docs.bvsalud.org/biblioref/2016/09/1892/2403- 13547-1-pb.pdf Questão 02 _________________________________ Um homem de 60 anos é vítima de ferimento por arma branca na face anterior do tórax, à esquerda, numa tentativa de assalto. Na chegada ao Pronto-Socorro ele está ansioso e apresenta sudorese profusa. Indique o achado que pode significar que a causa do choque pode não ser hipovolemia: a. Taquicardia b. Distensão das veias do pescoço c. Diminuição da pressão de pulso d. Pele fria Distensão das veias do pescoço (turgência jugular) indica aumento do retorno venoso, possibilidade de tamponamento cardíaco – choque obstrutivo. Pressão de pulso = diferença entre a pressão sistólica e a pressão diastólica. Questão 03 _________________________________ O tamponamento cardíaco é identificado pela presença da clássica tríade diagnóstica de Beck, composta de: a. Diminuição da pressão venosa, diminuição da pressão arterial e abafamento das bulhas cardíacas b. Diminuição da pressão venosa, aumento da pressão arterial e abafamento das bulhas cardíacas c. Elevação da pressão venosa, diminuição da pressão arterial e dor torácica d. Elevação da pressão venosa, diminuição da pressão arterial e abafamento das bulhas cardíacas As três principais manifestações clássicas do tamponamento cardíaco grave, conhecidas como tríade de Beck, são a hipotensão, o abafamento de bulhas cardíacas e distensão venosa-jugular: • Hipotensão: Por melhor que sejam a função cardíaca e a competência valvar prévias ao surgimento do derrame pericárdico, o coração ejeta menor volume pois também recebe menor quantidade de sangue no contexto de uma diástole limitada, dentro de um saco pericárdico sob pressão. • Abafamento de bulhas: A lâmina de líquido adicional existente entre o coração e o estetoscópio nos faz ouvir o som em menor intensidade. É como uma redução de murmúrio vesicular na ausculta pulmonar alterada por derrame pleural de moderado à grande volume. • Distensão venosa-jugular: O sangue retorna ao coração, porém não consegue acomodar todo o volume dentro das câmaras cardíacas, de maneira fisiológica. Isso faz com que a pressão intracavitária se transmita retrogradamente ao sistema venoso central e seja visível a estase jugular. https://www.medway.com.br/conteudos/triade-de- beck-o-que-significa/ Questão 04 _________________________________ Nos casos de Pericardite Aguda, os pacientes devem ser examinados em intervalos frequentes pela possibilidade de desenvolver derrame pericárdico volumoso. As manifestações clínicas que podem ser encontradas caso ocorra tamponamento cardíaco nestes casos são: a. Presença de pulso paradoxal, hipofonese de bulhas, baixa voltagem ao eletrocardiograma, cateterismo cardíaco com equalização das pressões diastólicas. b. Sinal de Kussmaul, presença de terceira bulha cardíaca, eletrocardiograma com alternância elétrica, cateterismo cardíaco sem equalização das pressões diastólicas. c. Veia jugular com onda x proeminente, atrito pericárdico, espessamento miocárdico aumentado, aumento da velocidade do fluxo mitral ao ecocardiograma. d. Veia jugular com onda y proeminente, presença de quarta bulha cardíaca, eletrocardiograma de voltagem normal, ventrículo direito aumentado ao ecocardiograma. https://docs.bvsalud.org/biblioref/2016/09/1892/2403-13547-1-pb.pdf https://docs.bvsalud.org/biblioref/2016/09/1892/2403-13547-1-pb.pdf https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/download/2403/929/16853#:~:text=O%20tromboembolismo%20pulmonar%20tamb%C3%A9m%20causa,acaba%20por%20destacar%20pequenos%20%C3%AAmbolos https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/download/2403/929/16853#:~:text=O%20tromboembolismo%20pulmonar%20tamb%C3%A9m%20causa,acaba%20por%20destacar%20pequenos%20%C3%AAmbolos https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/download/2403/929/16853#:~:text=O%20tromboembolismo%20pulmonar%20tamb%C3%A9m%20causa,acaba%20por%20destacar%20pequenos%20%C3%AAmbolos https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/download/2403/929/16853#:~:text=O%20tromboembolismo%20pulmonar%20tamb%C3%A9m%20causa,acaba%20por%20destacar%20pequenos%20%C3%AAmbolos https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/download/2403/929/16853#:~:text=O%20tromboembolismo%20pulmonar%20tamb%C3%A9m%20causa,acaba%20por%20destacar%20pequenos%20%C3%AAmbolos https://docs.bvsalud.org/biblioref/2016/09/1892/2403-13547-1-pb.pdf https://docs.bvsalud.org/biblioref/2016/09/1892/2403-13547-1-pb.pdf https://www.medway.com.br/conteudos/triade-de-beck-o-que-significa/ https://www.medway.com.br/conteudos/triade-de-beck-o-que-significa/ 9 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA a.V presença de pulso paradoxal, hipofonese de bulhas e baixa voltagem ao ECG estão corretas. Cateterismo com equalização das pressões diastólicas Ok. http://www.ineti.med.br/site/aulas_pdf/tamponamento_ cardiaco.pdf b.F sinal de kussmaul, eletrocardiograma com alternância elétrica ok. • Presença de terceira bulha – F Há abafamento das bulhas. • Cateterismo cardíaco sem equalização das pressões diastólicas – F Ocorre equalização das pressões – Swan-Ganz c.F • veia jugular com onda X proeminente – F ocorre acentuação do colapso x • atrito pericárdico O atrito pericárdio é definido como um ruído estridente e superficial, mais audível no mesocárdio e bordo esternal esquerdo, variando com a intensidade dos movimentos respiratórios, sendo maior no final da expiração e com o paciente sentado para frente. O atrito pode ser encontrado em pacientes com derrame pericárdico importante. • espessamento miocárdico aumentado • aumento da velocidade do fluxo mitral ao ecocardiograma d.F • onda y não proeminente. O aumento da pressão venosa central é geralmente aparente como distensão venosa jugular e a descida x (durante a sístole ventricular) é tipicamente a onda venosa jugular dominante, com pouca ou nenhuma descida y - sinal de Kussmaul. • Presença de quarta bulha cardíaca Ocorre hipofonese das bulhas • ECG voltagem normal Frequentemente baixa voltagem • Ventrículo direito aumentado Na verdade ocorre o colabamento do átrio direito - O átrio direito é a câmara cardíaca com menor pressão, seguida pelo VD. Assim, é a primeira câmara a externar sinais de comprometimentopelo tamponamento. O que ocorre é que o líquido que vai se acumulando no espaço pericárdico vai exercendo uma pressão progressivamente maior sobre as câmaras cardíacas. Em um dado momento, essa pressão pode ser maior ou igual a de uma determinada câmara. Quando a pressão do pericárdio excede a do AD, esta câmara começa a colabar em parte do ciclo cardíaco. https://cardiopapers.com.br/quais-os-sinais- ecocardiograficos-de-tamponamento-cardiaco/ Pulso jugular venoso: A onda do pulso venoso corresponde a curva de pressão do átrio direito. Essa onda ocorre na base do pescoço e reflete o retorno venoso para o coração direito, expressando a dinâmica e o funcionamento do ventrículo direito e do átrio direito. O pulso venoso tem 5 ondas, sendo 3 positivas (a,c,v) e 2 negativas ( x,y). A onda a ocorre antes de B1 e representa a sístole atrial. A onda c representa o abaulamento da tricúspide em direção ao AD na sístole ventricular. A onda x representa a diástole atrial. A onda v indica a chegada de sangue no AD ( próxima a B2). E por fim a onda y indica a saída do sangue para o ventrículo direito. http://petdocs.ufc.br/index_artigo_id_287_desc_Cl%C 3%ADnica_pagina_2_subtopico_3_busca_ Sinal de Kussmaul: Em situações patológicas, em que o enchimento do ventrículo direito se encontra prejudicado, pode-se observar uma situação paradoxal, na qual, durante a inspiração, nota-se um ingurgitamento das veias cervicais, com aumento da amplitude do pulso e deslocamento em direção à mandíbula. Num indivíduo saudável, ocorre diminuição de sua pressão venosa central com a inspiração, acarretada por queda da pressão intratorácica. Esse aumento paradoxal da pressão venosa central é denominado sinal de Kussmaul e pode ser encontrado em várias situações, sendo originalmente descrito na pericardite constritiva, mas pode ocorrer na falência ventricular direita, infarto ventricular direito, estenose tricúspide e embolia pulmonar maciça. https://blog.jaleko.com.br/pulsos-venosos-quais-suas- caracteristicas-e-como-examinar/ Questão 05 _________________________________ Homem, 38 anos, diabético tipo 1, é internado com o diagnóstico de pneumonia comunitária grave. Estava pálido, sudoreico, sua pressão arterial era 80 x 60 mmHg, frequência cardíaca - 110 bpm, temperatura axilar - 39,2°C, e o enchimento capilar estava lentificado (4 seg). O plantonista de imediato inicia reposição volêmica (1000 ml de NaCl 0,9%) porém, após terminada a reanimação volumétrica, não houve melhora do quadro clínico e sua pressão arterial manteve-se nos mesmos níveis. Sua hipótese diagnóstica para o quadro apresentado é: http://www.ineti.med.br/site/aulas_pdf/tamponamento_cardiaco.pdf http://www.ineti.med.br/site/aulas_pdf/tamponamento_cardiaco.pdf https://cardiopapers.com.br/quais-os-sinais-ecocardiograficos-de-tamponamento-cardiaco/ https://cardiopapers.com.br/quais-os-sinais-ecocardiograficos-de-tamponamento-cardiaco/ http://petdocs.ufc.br/index_artigo_id_287_desc_Cl%C3%ADnica_pagina_2_subtopico_3_busca_ http://petdocs.ufc.br/index_artigo_id_287_desc_Cl%C3%ADnica_pagina_2_subtopico_3_busca_ https://blog.jaleko.com.br/pulsos-venosos-quais-suas-caracteristicas-e-como-examinar/ https://blog.jaleko.com.br/pulsos-venosos-quais-suas-caracteristicas-e-como-examinar/ 10 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA a. SIRS b. Sepse c. Sepse grave ou severa d. Choque séptico Reposição volêmica não adiantou, vai necessitar de droga vasoativa – choque. Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS): é uma resposta inflamatória a uma grande variedade de condições clínicas severas. Essa resposta é manifestada por duas ou mais das seguintes condições: • temperatura > 38°C ou < 36°C; • freqüência cardíaca > 90 bpm; • freqüência respiratória > 20 ipm ou pCO2 < 32 mmHg; • contagem de glóbulos brancos > 12.000/ mm³ ou < 4.000/mm³ ou bastonetes > 10%; Sepse: resposta inflamatória à infecção, manifestada por duas ou mais das seguintes condições: 1) temperatura > 38°C ou < 36°C; 2) freqüência cardíaca> 90 bpm; 3) freqüência respiratória > 20 ipm ou pCO2< 32 mmHg; 4) contagem de glóbulos brancos > 12.000/ mm3 ou < 4.000/mm3 ou bastonetes > 10%; Sepse grave (severa): sepse associada com disfunção orgânica, hipoperfusão ou hipotensão. Hipotensão e anormalidades da perfusão podem incluir, mas não são limitadas por acidose lática, oligúria ou uma alteração aguda no estado mental. Choque séptico: sepse relacionada com hipotensão, apesar da adequada reposição volêmica com a presença de anormalidades da perfusão que podem estar associadas à acidose metabólica, oligúria ou alteração aguda do estado mental. Pacientes que recebem agentes inotrópicos ou vasopressores podem não estar hipotensos no momento em que as anormalidades da perfusão são medidas. https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/download/7681 /9219/10243 https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scient iamedica/article/viewFile/4716/4285 Questão 06 _________________________________ Em relação à sepse, é correto afirmar que: a. A ausência de febre pode ocorrer na sepse grave e no choque séptico, podendo inclusive ocorrer hipotermia nestas situações. b. O débito urinário não é um método adequado de monitorização da perfusão tecidual, pois se altera tardiamente na hipoperfusão periférica no choque séptico. c. O lactato e o excesso de base não se relacionam com a presença e gravidade do choque séptico, nem são úteis para monitorar a reposição volêmica, pois não se normalizam com a restauração do metabolismo aeróbico. d. A ressuscitação hemodinâmica no choque séptico deve ser realizada preferencialmente com solução colóide associada a noradrenalina quando a pressão arterial média for superior a 65 mmHg. a.V - Em 90% dos casos de sepse ocorre febre, que é uma resposta do organismo à infecção. No entanto, uma parcela dos pacientes apresenta comportamento oposto: hipotermia. Na sepse, o paciente apresenta uma queda na entrega de oxigênio aos tecidos que prejudica o funcionamento do organismo (hipóxia). Assim, acredita-se que a hipotermia ocorre porque os órgãos estão falhando e o paciente está morrendo. http://www.usp.br/aun/antigo/exibir.php?id=6082 b.F - Oligúria e elevação de escórias nitrogenadas são importantes, não somente no diagnóstico, como no manuseio dos estados de choque, mas podem estar também presentes devido ao uso de fármacos nefrotóxicos e outras causas de insuficiência renal, não necessariamente ligadas à presença de hipoperfusão. Sede e urina concentrada antecedem a elevação de escórias nitrogenadas e sinalizam precocemente estados de hipovolemia. https://www.scielo.br/j/rbti/a/JKCfMdCyhqZWq8DcZdR vyFt/?lang=pt c.F – lactato está relacionado ao choque séptico – fermentação lática quando não tem mais oxigênio, ou seja, baixa perfusão tecidual. d.F – usa cristaloide (acesso a coloide é difícil, a sua fixação não é boa) inferior a 65mmHg. a infusão de vasopressores deve ser precedida e/ou acompanhada de expansão volêmica adequada. Adrenalina não é fármaco de primeira escolha em pacientes com choque séptico. Tanto a dopamina quanto a noradrenalina (administrados por cateter central sempre que possível) são fármacos de primeira escolha em pacientes com choque séptico. No entanto, a noradrenalina é mais potente que a dopamina e provavelmente mais efetiva na reversão do choque séptico em determinados pacientes. https://www.scielo.br/j/rbti/a/35dZjmX8WSj63P4Zz9G QqMc/?lang=pt&format=pdf Dobutamina está indicada no paciente com volemia normal, em uso de vasopressores, cuja perfusão continue inadequada (infusão máxima 20 mcg/kg/min). https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/download/7681/9219/10243 https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/download/7681/9219/10243 https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientiamedica/article/viewFile/4716/4285 https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientiamedica/article/viewFile/4716/4285http://www.usp.br/aun/antigo/exibir.php?id=6082 https://www.scielo.br/j/rbti/a/JKCfMdCyhqZWq8DcZdRvyFt/?lang=pt https://www.scielo.br/j/rbti/a/JKCfMdCyhqZWq8DcZdRvyFt/?lang=pt https://www.scielo.br/j/rbti/a/35dZjmX8WSj63P4Zz9GQqMc/?lang=pt&format=pdf https://www.scielo.br/j/rbti/a/35dZjmX8WSj63P4Zz9GQqMc/?lang=pt&format=pdf 11 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA https://pebmed.com.br/abordagem-terapeutica-na- sepse-grave-o-que-voce-precisa- saber/?utm_source=artigoportal&utm_medium=copyte xt Questão 07 _________________________________ O choque distributivo caracteriza-se pela diminuição da RVS e é associado frequentemente a aumento no débito cardíaco. Nesse tipo de choque, existe o que chamamos shunt, ou seja, existem áreas com fluxo sanguíneo excessivo com relação à demanda metabólica e áreas com fluxo insuficiente para tal demanda. Assinale a alternativa incorreta em relação aos choques distributivos. a. As causas de choque distributivo podem ser: Choque séptico; Síndrome da resposta inflamatória sistêmica; Choque anafilático e reações anafilactoides; Choque neurogênico; Reações a drogas e toxinas (picadas de insetos, reações transfusionais), Insuficiência suprarrenal aguda; Coma mixedematoso. b. O choque anafilático é a forma mais grave e intensa da reação inflamatória alérgica e se caracteriza pela liberação maciça de histamina, um potente vasodilatador. O tratamento baseia-se no uso de vasopressores, adrenalina e corticoide. c. Choque séptico é definido como quadro de sepse associado à hipotensão que persiste após ressuscitação com fluidos e que necessita vasopressor para manter PAM >ou= 65 mmHg e lactato acima de 2 mmol/L. d. O Escore SOFA utilizado para o diagnóstico de sepse é baseado na frequência respiratória, pressão arterial sistólica e alteração do nível de consciência. a.V https://www.passeidireto.com/arquivo/110761351/choq ue-medicina-intensiva b.V https://www.passeidireto.com/arquivo/110761351/choq ue-medicina-intensiva c.V– O choque séptico é um subconjunto da sepse e é definido como a evolução do quadro do paciente com SEPSE para uma hipotensão persistente que requer o uso de drogas vasoativas para manter uma pressão arterial média (PAM) acima de 65 mmHg e um lactato sérico acima de 2 mmoL/L a despeito de ressuscitação volêmica. https://pebmed.com.br/como-identificar-e-tratar-a- sepse-e-o-choque- septico/?utm_source=artigoportal&utm_medium=copyt ext https://pebmed.com.br/como-identificar-e-tratar-a- sepse-e-o-choque- septico/#:~:text=O%20choque%20s%C3%A9ptico%20 %C3%A9%20um,a%20despeito%20de%20ressuscita %C3%A7%C3%A3o%20vol%C3%AAmica. d.F – os critérios do SOFA levam em conta exames laboratoriais: O quick SOFA que avalia 3 critérios para avaliar precocemente pacientes graves com suspeita de sepse em ambientes de emergência, ou à beira-leito. Considera-se como alterado um qSOFA ≥ 2: FR >= 22 ipm PAS <= 100 mmHg Alteração do nível de consciência https://www.sanarmed.com/sepse-novas-definicoes- criterios-sofa-diagnostico-yellowbook Questão 08 _________________________________ No paciente com hipotensão arterial associada a déficit neurológico e à ausência de vasoconstrição periférica (extremidades quentes e bom débito urinário), deve-se suspeitar de: a. Choque hemorrágico b. Pneumotórax hipertensivo c. Tamponamento d. Choque neurogênico Choque hemorrágico – hipovolêmico Pneumotórax hipertensivo – choque obstrutivo Tamponamento – choque obstrutivo Choque neurogênico – choque distributivo. No choque distributivo, a má perfusão é resultado de uma vasodilatação periférica global que ocasiona drástica redução da PEC, comprometendo o fornecimento de oxigênio pelos capilares e a captura de oxigênio pelos tecidos. Nesse caso, o débito cardíaco encontra-se preservado, dado que não há qualquer problema nem com a bomba cardíaca, nem com o volume circulante de sangue. É importante observar que o choque distributivo é a única modalidade de choque em que ocorre vasodilatação. Em todos os outros tipos de choque vai ocorrer uma vasoconstrição reflexa, que ocorre como mecanismo compensatório determinado pela ativação simpática. https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/dow nload/2403/929/16853#:~:text=O%20choque%20cardi og%C3%AAnico%20%C3%A9%20aquele,parede%20 ventricular%20produzida%20pelo%20infarto Questão 09 _________________________________ Paciente jovem, vítima de trauma raquimedular no nível de C6, deu entrada na Emergência com frequência cardíaca de 60 bpm e pressão arterial de 40/20 mmHg. Para estabilizar hemodinamicamente o paciente, deve- se: a. realizar transfusão de sangue b. realizar infusão rápida de Ringer-lactato c. administrar vasopressor d. administrar metilprednisolona em altas doses https://pebmed.com.br/abordagem-terapeutica-na-sepse-grave-o-que-voce-precisa-saber/?utm_source=artigoportal&utm_medium=copytext https://pebmed.com.br/abordagem-terapeutica-na-sepse-grave-o-que-voce-precisa-saber/?utm_source=artigoportal&utm_medium=copytext https://pebmed.com.br/abordagem-terapeutica-na-sepse-grave-o-que-voce-precisa-saber/?utm_source=artigoportal&utm_medium=copytext https://pebmed.com.br/abordagem-terapeutica-na-sepse-grave-o-que-voce-precisa-saber/?utm_source=artigoportal&utm_medium=copytext https://www.passeidireto.com/arquivo/110761351/choque-medicina-intensiva https://www.passeidireto.com/arquivo/110761351/choque-medicina-intensiva https://www.passeidireto.com/arquivo/110761351/choque-medicina-intensiva https://www.passeidireto.com/arquivo/110761351/choque-medicina-intensiva https://pebmed.com.br/como-identificar-e-tratar-a-sepse-e-o-choque-septico/?utm_source=artigoportal&utm_medium=copytext https://pebmed.com.br/como-identificar-e-tratar-a-sepse-e-o-choque-septico/?utm_source=artigoportal&utm_medium=copytext https://pebmed.com.br/como-identificar-e-tratar-a-sepse-e-o-choque-septico/?utm_source=artigoportal&utm_medium=copytext https://pebmed.com.br/como-identificar-e-tratar-a-sepse-e-o-choque-septico/?utm_source=artigoportal&utm_medium=copytext https://pebmed.com.br/como-identificar-e-tratar-a-sepse-e-o-choque-septico/#:~:text=O%20choque%20s%C3%A9ptico%20%C3%A9%20um,a%20despeito%20de%20ressuscita%C3%A7%C3%A3o%20vol%C3%AAmica https://pebmed.com.br/como-identificar-e-tratar-a-sepse-e-o-choque-septico/#:~:text=O%20choque%20s%C3%A9ptico%20%C3%A9%20um,a%20despeito%20de%20ressuscita%C3%A7%C3%A3o%20vol%C3%AAmica https://pebmed.com.br/como-identificar-e-tratar-a-sepse-e-o-choque-septico/#:~:text=O%20choque%20s%C3%A9ptico%20%C3%A9%20um,a%20despeito%20de%20ressuscita%C3%A7%C3%A3o%20vol%C3%AAmica https://pebmed.com.br/como-identificar-e-tratar-a-sepse-e-o-choque-septico/#:~:text=O%20choque%20s%C3%A9ptico%20%C3%A9%20um,a%20despeito%20de%20ressuscita%C3%A7%C3%A3o%20vol%C3%AAmica https://pebmed.com.br/como-identificar-e-tratar-a-sepse-e-o-choque-septico/#:~:text=O%20choque%20s%C3%A9ptico%20%C3%A9%20um,a%20despeito%20de%20ressuscita%C3%A7%C3%A3o%20vol%C3%AAmica https://www.sanarmed.com/sepse-novas-definicoes-criterios-sofa-diagnostico-yellowbook https://www.sanarmed.com/sepse-novas-definicoes-criterios-sofa-diagnostico-yellowbook https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/download/2403/929/16853#:~:text=O%20choque%20cardiog%C3%AAnico%20%C3%A9%20aquele,parede%20ventricular%20produzida%20pelo%20infarto https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/download/2403/929/16853#:~:text=O%20choque%20cardiog%C3%AAnico%20%C3%A9%20aquele,parede%20ventricular%20produzida%20pelo%20infarto https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/download/2403/929/16853#:~:text=O%20choque%20cardiog%C3%AAnico%20%C3%A9%20aquele,parede%20ventricular%20produzida%20pelo%20infarto https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/download/2403/929/16853#:~:text=O%20choque%20cardiog%C3%AAnico%20%C3%A9%20aquele,parede%20ventricular%20produzida%20pelo%20infarto 12 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA d.F– corticoide não é indicado. https://www.thieme- connect.de/products/ejournals/pdf/10.1055/s-0036- 1584887.pdf?articleLanguage=pt A ressuscitação volêmica para reestabilização da perfusão da microcirculação é o objetivo inicial no tratamento do choque. Muitas vezes, um acesso vascular central permite uma resposta mais efetiva. O mnemônico VIP utilizado pelos norte-americanos faz alusão às preocupações iniciais do emergencista diante do paciente em choque: V (Ventilatory Support – suporte ventilatório), I (Infusion – ressuscitação com fluidos), P (Pump – administração de drogas vasoativas). A infusão de fluidos deve levar em conta: o tipo de fluido a ser administrado (as soluções cristaloides são as primeiras opções, os coloides ficam em segundo plano devido ao seu custo), a indicação e disponibilidade, não alterando o desfecho clínico significativamente; a velocidade de infusão (não deve ultrapassar 300 a 500 mL em um período de 20 a 30 minutos). O objetivo da reposição volêmica é o aumento da PAS (120 mm Hg), débito urinário superior a 0,5 mL/kg/h, pressão venosa central (PVC) entre 8 e 12 mm Hg e saturação venosa de oxigênio (veia cava superior) de 70%. O conceito de hipotensão permissiva não pode ser considerado na presença de lesão neurológica! O cuidado com a volemia deve ser tomado, e, se houver sinais de sobrecarga, está indicado o início da utilização de vasopressores. Nos pacientes em choque neurogênico que permanecem hipotensos e bradicárdicos (FC < 60 bpm), a administração de atropina (0,5 a 2 mg por hora) em infusão contínua deve ser considerada em associação às catecolaminas.1,2 Os agonistas adrenérgicos são as primeiras opções de drogas vasoativas no choque, visto que sua elevada potência e seu rápido início de ação com meia-vida curta facilitam seu ajuste. A noradrenalina é o vasopressor de escolha, possuindo propriedades predominantemente alfa-adrenérgicas (vasoconstrição e aumento da resistência vascular periférica) associadas à modesta ativação β-adrenérgica, auxiliando na função cardíaca. https://www.thieme- connect.de/products/ejournals/pdf/10.1055/s-0036- 1584887.pdf?articleLanguage=pt Manejo do choque neurogênico: A estabilização da coluna vertebral, garantia de ventilação adequada, ressuscitação volêmica e o uso de vasopressores são etapas fundamentais para um melhor prognóstico do paciente. Ainda não se sabe o real efeito das medidas neuroprotetoras disponíveis: a descompressão cirúrgica de emergência está bem indicada aos pacientes com piora clínica evidente, mas há certa dúvida sobre o momento ideal da cirurgia descompressiva nos pacientes que chegam à emergência sem piora evidente de sua condição neurológica. A contraindicação ao uso de opioides na lesão medular também parece consenso. O uso de corticoides está contraindicado após estudo controlado e prospectivo de grande impacto (NASCIS III). A utilização do magnésio, riluzol, anti-inflamatórios não esteroidais, estrógeno, progesterona, minociclina, eritropoetina e hipotermia induzida ainda não está bem estabelecida no choque neurogênico. https://www.thieme- connect.de/products/ejournals/pdf/10.1055/s-0036- 1584887.pdf?articleLanguage=pt O choque neurogênico é classificado como choque distributivo e pode ser causado por trauma raquimedular, compressão da medula espinal, anestesia geral, anestesia raquidiana, anestesia peridural, lesão no sistema nervoso e hipoglicemia. No choque neurogênico ocorre uma disfunção autonômica caracterizada por diminuição do tônus vascular, vasodilatação arterial e venosa, hipotensão arterial e bradicardia. Uma das características do choque neurogênico é que não há alteração no débito cardíaco, pois tanto a bomba cardíaca como o volume circulante de sangue estão preservados. A finalidade do tratamento é restaurar a perfusão periférica e corrigir o desequilíbrio no consumo de oxigênio. https://www.clinicalskills.com.br/conte%C3%BAdo- detalhes/137/caso-cl%C3%ADnico-choque- neurogenico#:~:text=O%20choque%20neurog%C3 %AAnico%20%C3%A9%20classificado,no%20sistem a%20nervoso%20e%20hipoglicemia. Questão 10 _________________________________ Um motociclista de 22 anos é envolvido em uma colisão com um carro, sendo atendido pela equipe do SAMU 192 que realizou o atendimento inicial conforme o PHTLS (Prehospital Trauma Life Support) e aplicou técnicas de restrição de movimento da coluna. Levado até a sala de emergência tem os seguintes dados na avaliação inicial: A: via aérea pérvia, fala confuso, oxigênio suplementar (12l/min) e colar cervical; B: FR = 28 irpm, simétrica, murmúrio bilateral presente, SaTO2 = 94%, ausência de crepitação óssea e de enfisema subcutâneo; C: Sangramento na perna direita controlado com curativo compressivo, pele quente, pulsos radiais palpáveis FC= 70 bpm, enchimento capilar < 2 seg. PA= 84 x 52 mmHg, pelve estável; D: pupilas isocóricas e fotorreagentes, Glasgow = 14; sem movimento motor e sensibilidade dos membros inferiores E: diversas escoriações asfálticas, deformidade no tornozelo E (imobilizado), dorso com escoriações e áreas de dor à palpação. Realizado o eFAST (negativo), Rx de tórax e pelve sem anormalidades. Com base na história clínica descrita, qual a provável origem do choque circulatório? a. Choque medular b. Choque neurogênico c. Choque hipovolêmico d. Choque hemorrágico de fonte oculta https://www.thieme-connect.de/products/ejournals/pdf/10.1055/s-0036-1584887.pdf?articleLanguage=pt https://www.thieme-connect.de/products/ejournals/pdf/10.1055/s-0036-1584887.pdf?articleLanguage=pt https://www.thieme-connect.de/products/ejournals/pdf/10.1055/s-0036-1584887.pdf?articleLanguage=pt https://www.thieme-connect.de/products/ejournals/pdf/10.1055/s-0036-1584887.pdf?articleLanguage=pt https://www.thieme-connect.de/products/ejournals/pdf/10.1055/s-0036-1584887.pdf?articleLanguage=pt https://www.thieme-connect.de/products/ejournals/pdf/10.1055/s-0036-1584887.pdf?articleLanguage=pt https://www.thieme-connect.de/products/ejournals/pdf/10.1055/s-0036-1584887.pdf?articleLanguage=pt https://www.thieme-connect.de/products/ejournals/pdf/10.1055/s-0036-1584887.pdf?articleLanguage=pt https://www.thieme-connect.de/products/ejournals/pdf/10.1055/s-0036-1584887.pdf?articleLanguage=pt https://www.clinicalskills.com.br/conte%C3%BAdo-detalhes/137/caso-cl%C3%ADnico-choque-neurogenico#:~:text=O%20choque%20neurog%C3%AAnico%20%C3%A9%20classificado,no%20sistema%20nervoso%20e%20hipoglicemia https://www.clinicalskills.com.br/conte%C3%BAdo-detalhes/137/caso-cl%C3%ADnico-choque-neurogenico#:~:text=O%20choque%20neurog%C3%AAnico%20%C3%A9%20classificado,no%20sistema%20nervoso%20e%20hipoglicemia https://www.clinicalskills.com.br/conte%C3%BAdo-detalhes/137/caso-cl%C3%ADnico-choque-neurogenico#:~:text=O%20choque%20neurog%C3%AAnico%20%C3%A9%20classificado,no%20sistema%20nervoso%20e%20hipoglicemia https://www.clinicalskills.com.br/conte%C3%BAdo-detalhes/137/caso-cl%C3%ADnico-choque-neurogenico#:~:text=O%20choque%20neurog%C3%AAnico%20%C3%A9%20classificado,no%20sistema%20nervoso%20e%20hipoglicemia https://www.clinicalskills.com.br/conte%C3%BAdo-detalhes/137/caso-cl%C3%ADnico-choque-neurogenico#:~:text=O%20choque%20neurog%C3%AAnico%20%C3%A9%20classificado,no%20sistema%20nervoso%20e%20hipoglicemia
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