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Úlceras Gastroduodenais As úlceras são ferimentos que acontecem tanto na mucosa do esôfago quanto do estômago e intestino. Geralmente úlceras gástricas e duodenais acometem mais os cães. São úlceras que doem bastante, então o paciente vai estar mais apático, não quer brincar, não tem apetite, em alguns casos pode apresentar uma maior ingestão de água. As fezes do animal, por conta dos sangramentos que ocorrem ou no estômago ou no intestino, estas fezes podem se apresentar completamente escurecidas. O que torna o escurecimento das fezes um dos primeiros sinais de que o animal pode estar sendo acometido por uma úlcera. As úlceras apresentam alguns estágios: A1 e A2: Ativas, para úlceras que ainda estão tendo sangramento. A1 não é tão grave. A2 é a úlcera que está ativa e já apresenta risco de perfuração. H1 e H2: Cicatrizando, é a úlcera que já está sendo tratada, sendo acompanhada pela endoscopia ou pela ultrassonografia. S1 e S2: Cicatrizadas, já finalizou o tratamento, a ferida já cicatrizou. ^^Etiologia^^ A utilização de alguns AINEs como o Diclofenaco, que é um dos principais agentes causadores de úlceras em cães e gatos independente da dose que for administrado. Os corticoides os AIEs também têm está capacidade, com a administração prolongada sem a proteção gástrica ou proteção duodenal estes medicamentos também podem vir a lesionar as mucosas do estômago, esôfago ou intestinal. O problema ocorre quando se faz a associação com AINE e AIE, está associação nunca deve ocorrer, ela só é permitida em tratamentos oftálmicos em colírios, desde que não haja uma úlcera de córnea e esse tratamento passa a ser totalmente inviável. A insuficiência hepática também pode vir a favorecer o surgimento de uma úlcera. Isso acontece porque quando o animal é acometido por uma insuficiência hepática ocorre um quadro de hipertensão portal, a um aumento da pressão do sistema porta, e essa hipertensão portal causa uma sobrecarga em alguns órgãos, como o caso do fígado, estômago e intestino, que irá atrapalhar o fluxo sanguíneo para os três órgãos e pode acabar desencadeando uma úlcera tanto no estômago quanto no intestino ou nos dois órgãos. Outra situação que pode vir a desenvolver uma úlcera duodenal são alguns tumores, como nos casos dos Mastocitomas e Gastrinomas. Pois o desenvolvimento destes tumores contribui para a liberação de histamina de forma muito acentuada e está liberação de histamina tem como consequência grave para o trato gastrointestinal a influência de aumentar a secreção do ácido clorídrico de forma constante. No caso do Gastrinoma ele além de liberar a secreção de histamina ele libera a secreção de gastrina, e essa gastrina tem como ação fisiológica estimular a secreção de ácido clorídrico. O estresse tem o principal ponto para desencadear uma úlcera gástrica a liberação do cortisol. O principal fator desencadeante de úlcera gástrica são os corpos estranhos, animal apresenta vômito crônico de dois ou três dias e o tutor deixa passar e isso vai Úlceras Gastroduodenais desenvolvendo uma úlcera provocada por um corpo estranho. ^^Manifestações clínicas^^ Paciente pode apresentar anorexia – não come nada – ou hiporexia – come bem menos do que o habitual – A anorexia é mais comum. Pode ter vômito com ou sem sangue – Hematêmese. Presença de melena. Muita dor abdominal cranial. Provavelmente apresente edema, pois há redução da proteína plasmática, paciente não come e não bebe então não está conseguindo fazer a manutenção do plasma e ao mesmo tempo não consegue formar a proteína plasmática. A proteína plasmática, mantem os líquidos dentro das células e sem ela os líquidos extravasam formando o edema. Paciente se apresenta anêmico – mucosas pálidas. Fraqueza. Dispneia. ^^Diagnóstico^^ Anamnese completa e se as informações que o tutor passou conferem ao exame clínico. Se houver sangramento gastrointestinal, ele pode ocorrer de três formas: hematêmese, melena ou é um paciente que não tem nenhuma coagulopatia porém ele está com anemia por deficiência de ferro. Observar as principais manifestações clínicas do paciente, se tem anemia pelo fato que ele não está se alimentando, mucosas irão estar pálida, ele vai estar fraco e com dispneia. Em alguns casos o paciente terá edema, porém não é comum. O que irá auxiliar muito no diagnóstico é o exame de imagem. Na ultrassonografia se visualiza a mucosa do estômago espessada e uma leve depressão, nem sempre se consegue fechar o diagnóstico com ela. A endoscopia é para fechar o diagnóstico. ^^Tratamento^^ Depende do que está acontecendo com o animal. Se houver perfuração é cirúrgico para impedir que uma peritonite ou outra infecção grave ocorra. Se não for uma úlcera grave, que não está perfurada pode ser feito o tratamento com combinação de medicamentos. Utilizando inibidores da secreção ácida {omeprazol, pantoprazol ou lansoprazol, medicamentos em jejum} + protetores de mucosa {sulcralfato é o fármaco de eleição, duas horas antes ou duas horas depois de qualquer outro medicamento} + dieta fornecida em poucas quantidades e em maior frequência. Em um prazo mínimo de seis semanas para que o animal se recupere, geralmente o prazo se estende. Geralmente são paciente que apresentam náuseas então se deve fornecer um antiemético. Medicação para dor pode ser necessário - dipirona. Todos os animais que apresentam úlceras gástricas devem receber tratamento de suporte.
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