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4º Caso Integrador - 1º termo de Medicina - UNOESTE - 2020.2 - FAMEPP

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2º semestre- 2020 (4ª Semana Integradora) 
O Susto de Sr. Francisco 
1. Listar os sinais e sintomas do Alzheimer. 
Estágio 1: O paciente se esquece de datas, chamadas telefônicas, mudanças bruscas de humor devido aos 
pequenos esquecimentos, perde objetos (ex: chaves),esquece o nome de pessoas, apesar de continuar 
raciocinando e comunicando-se bem, suas frases são mais curtas e mescla ideias que não tem relação entre si. 
Mesmo assim, ainda é capaz de realizar tarefas cotidianas como trabalhar por exemplo. 
Estágio 2: A memória recente altera-se progressivamente, não se recorda do que acabou de comer, não consegue 
assimilar acontecimentos (casamento, falecimento de um parente). A memória antiga permanece, o paciente 
pergunta sobre parentes ou amigos que já faleceram ou que não vê há muitos anos, caminha horas de um lado 
para o outro e em alguns casos, pode arrumar a mala para fugir. A comunicação começa a ficar lenta, e começa a 
repetir frases várias vezes, a coordenação de gestos fica cada vez mais difícil (ex: não consegue se vestir sozinho). 
O paciente deve ser vigiado 24h pois pode dedicar-se a atividades perigosas. 
Estagio 3: O enfermo se esquece de acontecimentos recentes e passados, cônjuge, filhos. Apesar disso, sua 
memória emocional conserva-se, consegue observar o cuidado e carinho do cuidador, não controla seus gestos, 
repete as mesmas palavras e frases diversas vezes, não compreende uma explicação, não sabe se levantar, andar, 
sentar. Não controla o esfíncter e o sistema urinário. O paciente permanece na cama, podendo perder com o tempo 
os reflexos naturais, como tosse, deglutição, respiração, sendo susceptível a desenvolver infecções respiratórias, 
úlceras por pressão outras doenças que possam se instalar com o tempo. Em estágios muito avançados pode levar 
a morte. 
Fonte: MONTEIRO, Wallace Henrique Maciel. DOENÇA DE ALZHEIMER: ASPECTOS FISIOPATOLOGICOS. 
Cenário de Comunicação em Saúde. 
2. Descrever os 3 principais mecanismos genéticos relacionados com o Alzheimer e os 4 principais genes 
envolvidos com a fisiopatologia da doença. 
Dados genéticos e bioquímicos sugerem que o fator central para iniciar a patogênese da DA é o acúmulo da β-
amiloide (Aβ) ; 
Aβ é um fragmento proteolítico da proteína precursora de β -amiloide (APP) – essa clivagem tem função de 
neuroproteção; 
Se essa clivagem não ocorre de forma adequada, a Aβ se torna neurotóxica – forma agregados neurofribilares com 
a proteína tau hiperfosforilada. 
Mecanismos e Genes: 
Herança Autossômica (dominate -9,9% e 
recessiva 0,1%) – Mutações e polimorfismos 
Genes APP, PSEN 1 e PSEN2 – especialmente 
envolvidos com DA familiar de início precoce. 
Herança Multifatorial (90%) – Mutações, 
polimorfismos e gatilhos ambientais 
Gene APOE – especialmente envolvido com DA 
de início tardio; • Fatores de risco importantes: 
história familiar e ser do sexo feminino. 
Principais genes descritos: 
APP – codifica a proteína precursora da β-
amiloide – proteína transmembrana altamente 
expressa em neurônios e astrócitos; 
Mutações nesse gene levam à formação de 
proteínas alteradas e deposição de fragmentos 
Aβ extracelular, com formação de produtos fosforilados que levam à disfunção neuronal. 
PSEN1 e PSEN2 – genes da presenilina 1 e 2 - codificam proteínas transmembranas do complexo de Golgi e 
RER – clivam a proteína APP nos fragmentos Aβ; 
Mutações nesses genes levam à formação de fragmentos A! mais longos do que deveriam, o que causam seu 
acúmulo no meio extracelular. 
 APOE – gene que codifica a glicoproteína apoliproteína E (APOE), altamente expressa no cérebro e fígado – 
realizam importante papel de mobilização e distribuição do colesterol; Polimorfismos nesse gene levam a uma 
agregação da APOE com os fragmentos Aβ", acelerando seu acúmulo e neurodegeneração; 
APOE está diretamente ligada à velocidade de degradação e/ou acúmulo de beta-amiloide no espaço extracelular 
dos neurônios. 
 
Fonte: Cenário de Genética 
Genética e Alzheimer. Disponível em: www.alzheimermed.com.br. Acesso em: 18/11/2020. 
 
3. Discutir os critérios para aquisição de aposentadoria para trabalhadores rurais sem carteira assinada. 
Seu Francisco pode ser considerado segurado especial no processo de aquisição da aposentadoria. 
Os segurados especiais são aqueles que exercem algumas atividades rurais de maneira individual ou em regime de 
economia familiar sem vínculo de emprego. 
O trabalho rural exercido pelo segurado especial deve ser indispensável à sua própria subsistência e ao 
desenvolvimento econômico da família, precisando ser realizado em condições de mútua dependência e 
colaboração, sem utilizar nenhum empregado. Esse é o significado de regime de economia familiar. 
Documentos Necessários: 
• Contrato individual de trabalho ou CTPS; 
• Contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural; 
• Declaração do Sindicato dos Trabalhadores Rurais; 
• Registro de imóvel rural; 
• Comprovante de cadastro do INCRA; 
• Bloco de notas do produtor rural; 
• Notas fiscais de entrada de mercadorias; 
• Documentos fiscais relativos a entrega de produção rural à cooperativa agrícola com indicação do segurado 
como vendedor ou consignante; 
http://www.alzheimermed.com.br/
• Atestado de profissão do prontuário de identidade, com identificação da sua profissão ou de seus pais como 
lavrador ou agricultor; 
• Certidão de nascimento dos seus irmãos, que nasceram no meio rural, com identificação da profissão de 
seus pais como lavrador ou agricultor; 
• Certidão de casamento com identificação da sua profissão como lavrador, se você casou ainda no meio 
rural; 
• Histórico escolar do período em que estudou na área rural, com indicação da profissão de seus pais como 
lavrador ou agricultor; 
• Certificado de reservista, com identificação da sua profissão ou de seus pais como lavrador ou agricultor. 
Fonte: Cenário de Ética, Política e Sociedade. 
Tudo sobre o tempo de trabalhador rural na aposentadoria. Disponível em: ingracio.adv.br. Acesso em: 19/11/2020. 
4. Explicar as vias metabólicas de perda de peso (lipólise) e a síntese de corpos cetônicos. 
Fontes: Marzzoco, Anita; Torres, Bayardo Baptista, Bioquímica básica. 4.ed. Editora(s) Guanabara Koogan, 2015, capitulo: 16, 
p198-.206. 
Cenário de Bioquímica. 
5. Investigar a comunicação família-paciente com Alzheimer nas diferentes fases da doença. 
O nível e a qualidade de comunicação dependerão do grau de comprometimento da memória e do raciocínio do 
paciente. 
É imprescindível em todas as fases: 
Chamar o Paciente pelo Nome; 
Fazer Contato Visual; 
Demostrar Afeto Pelo Toque e Gestos. 
É recomendado que nos casos em que o paciente esquecer a palavra: dar tempo ao paciente para que ele 
encontre a palavra desejada, não pressioná-lo, acalmá-lo e fornecer-lhe algumas pistas e ainda devemos 
compreender que O nível e a qualidade de comunicação dependerão do grau de comprometimento da memória e 
do raciocínio do paciente. 
Entendida como uma atividade de reformulação de um enunciado anterior, mantendo uma relação de equivalência. 
Por exemplo: o carro está muito velho... Carro muito usado... O carro não é novo. 
Outro sentido para paráfrase: tentativa de uma enunciação que, devido à anomia, por exemplo, não ocorre; a 
palavra é substituída por outra expressão ou frase que a explique. Seria o caso de, por exemplo, para caneta, dizer 
“aquilo com que se escreve” 
PARAFASIA•A parafasia, nomenclatura que vem do campo da afasiologia, trata da troca de uma palavra. 
Parafasiasse dividem em vários subtipos, entre os mais comuns estão a parafasia semântica, exemplo, falar “faca”, 
ao invés de “garfo”.•e outro tipo é a parafasia fonética ou fonêmica quando há ocorrência de omissão, adição, 
duplicação e substituição de letras. Exemplo de trocas, “gastei”, por “gatei”, “cachorro” por “cachorrorroo” e “fapato” 
por “sapato” 
CIRCUNLÓQUIO- Rodeio de palavras. Quando o paciente não encontra no seu vocabulário a palavra exata, usa 
desseartifício para se fazer entender 
Fonte: Cenário de Comunicação em Saúde. 
6. Citar os órgãos que compõem o sistema digestório. 
Órgãos do canal alimentar: cavidade da boca, fauces, faringe, esôfago, estômago e intestinos (delgado e grosso) e 
reto; 
Glândulas associadas: glândulas salivares, fígado e pâncreas. 
Fonte: DANGELO, José Geraldo. FATTINI, Carlo Américo. Anatomia sistêmica e segmentar. 3ª edição. São Paulo. Editora 
Atheneu, 2007. 
 
http://www3.unoeste.br/site/biblioteca/consulta/informix/maisinfo.asp?TitCodigo=48706
7. Descrever os limites, órgãos e funções da cavidade oral. 
A cavidade oral tem duas partes: o vestíbulo da boca e a cavidade própria da 
boca. Suas funções são: sensibilidade aos sabores, mastigação e manipulação 
do alimento pela língua. 
O vestíbulo da boca é o espaço semelhante a uma fenda entre os dentes e a 
gengiva e os lábios e as bochechas. Comunica-se com o exterior através da 
rima (abertura) da boca. 
A cavidade própria da boca é o espaço entre a maxila e a mandíbula. O teto da 
cavidade oral é formado pelo palato (duro e mole). Posteriormente, a cavidade 
oral comunica-se com a parte oral da faringe (orofaringe). Quando a boca está 
fechada e em repouso, a cavidade oral é totalmente ocupada pela língua. 
Fontes: DANGELO, José Geraldo. FATTINI, Carlo Américo. Anatomia sistêmica e 
segmentar. 3ª edição. São Paulo. Editora Atheneu, 2007. 
MOORE, K. L.; DALEY II, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 6ª.edição. 
Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2012. 
8. Descrever o esôfago e sua topografia. 
O esôfago é um tubo fibromuscular de 25 cm que continua faringe (ao nível de C6) e é continuado pelo estômago 
(ao nível de T11). 
O esôfago é dividido em três partes: 
Cervical, que cursa através do pescoço, posteriormente à traqueia. 
Torácica, que é localizada no tórax, mais especificamente no mediastino, anteriormente à coluna vertebral e à aorta 
e posterior à traqueia. 
Abdominal, que atravessa o diafragma e chega ao abdome, onde alcança o estômago. 
Fontes: DANGELO, José Geraldo. FATTINI, Carlo Américo. Anatomia sistêmica e segmentar. 3ª edição. São Paulo. Editora 
Atheneu, 2007. 
Esôfago. Disponível em www.kenhub.com. Acesso em: 16/11/2020. 
9. Explicar a formação (embriologia) do esôfago e da cavidade oral. 
 
A cavidade possui origem embrionária diferente da geral, ela deriva do ectoderme epidermal que reveste 
externamente o embrião. 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/faringe
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/estomago
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-do-pescoco
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/torax
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/mediastino
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/diafragma
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/estomago
http://www.kenhub.com/
O esôfago é um duto muito curto, mas que se alonga com rapidez à medida que a 
faringe cresce em sentido cefálico, e o coração, os pulmões e o diafragma o fazem 
em direção caudal. 
•De sua parede ventral, nasce o esboço traqueopulmonar. 
•A endoderme que o reveste (epitélio cilíndrico, com algumas células ciliadas) 
prolifera até ocluir sua luz quase completamente. 
•Posteriormente, esta se abrirá, por recanalização, ao final do período embrionário, e seu epitélio de revestimento se 
transformará em pavimentoso estratificado. 
•A túnica muscular, que é de tipo estriada em seu terço cefálico, deriva dos arcos faríngeos quarto e sexto e está 
inervada por ramificaç̧̧̧ ões do nervo vago (X par). 
•O resto do esôfago possui musculatura lisa, que se desenvolve a partir da mesoderme esplâncnica e recebe 
inervação vegetativa dos plexos viscerais formados pelos derivados das células da crista neural, que migraram dos 
níveis cefálicos do tubo neural. 
Fonte: MARCUZZO, Simone. Desenvolvimento do sistema digestório, 2014. 8 slides. Disponível em: 
<http://professor.ufrgs.br/simonemarcuzzo/files/desenvolvimento_do_sistema_digestorio.pdf>. Acesso em: 17/11/2020. 
Cenário de Histologia e Embriologia. 
10. Investigar a arquitetura geral da parede dos órgãos do sistema digestório, enfatizar o esôfago. 
O trato digestório trata-se de um tubo oco com diâmetro variável circundado por uma parede formada por 4 
camadas distintas: mucosa, submucosa, muscular e serosa. 
 
O esôfago é um tubo muscular com função de transportar o alimento da boca para o estômago. 
 
O muco secretado pelas glândulas esofágicas facilita o transporte de alimento e protege a mucosa. Na porção 
proximal do esôfago, o esfíncter superior contribui para a deglutição. 
Fonte: Junqueira LCU, CARNEIRO J. Histologia básica. 11.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2008. p.291. 
11. Definir sonda nasogástrica, listar suas indicações, contra indicações e complicações e descrever a 
técnica justificando cada passo. 
A sondagem nasogástrica é a passagem de uma sonda através das fossas nasais até o estômago. Além de ser 
utilizada para a alimentação, pode ser introduzida para remover secreções do estômago, remover doses excessivas 
de medicamentos ingeridos ou venenos, para esvaziamento gástrico antes de cirurgias e para administração de 
medicações. 
Fontes: MAXIMIANO, Michel. Sondagem Nasogástrica. Disponível em: http://www.hu.ufsc.br. Acesso em: 18/11/2020. 
Cenário de PPM. 
12. Relacionar o diagnóstico de cetonúria ao caso do Sr Francisco. 
A cetonúria, nome dado à presença de corpos cetônicos na urina, acontece quando o corpo não consegue utilizar 
glicose (açúcar) para gerar energia, seja pela falta desse nutriente na corrente sanguínea (jejum) ou por problemas 
metabólicos, como no caso do diabetes. 
Na falta desse combustível, o organismo vai buscar a energia de que precisa na gordura corporal. As cetonas ou 
corpos cetônicos são formados durante o processo de metabolização das gorduras. 
Por serem voláteis, os corpos cetônicos podem também ser eliminados pelos pulmões através da respiração, 
caracterizando o hálito de acetona, como no caso do Sr Francisco. 
Fonte: - Marzzoco, Anita; Torres, Bayardo Baptista, Bioquímica básica. 4.ed. Editora(s) Guanabara Koogan, 2015, capitulo: 16, 
pg.206. 
 
 
 
 
 
http://www.hu.ufsc.br/
http://www3.unoeste.br/site/biblioteca/consulta/informix/maisinfo.asp?TitCodigo=48706
13. Explicar os serviços de referência e contrarreferência. 
Os níveis de complexidade são limites utilizados para hierarquizar os estabelecimentos do sistema de prestação de 
serviços de saúde segundo as características das atividades prestadas, a profundidade de especialização das 
mesmas e a frequência em que ocorrem. 
O nível primário é caracterizado por atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde no nível 
ambulatorial, agrupando atividades de saúde, saneamento e apoio diagnóstico (ex.: postos e centros de saúde). 
O nível secundário destina-se a desenvolver atividades assistenciais nas quatro especialidades médicas básicas: 
clínica médica, ginecologia e obstetrícia, pediatria e clínica cirúrgica, além de especialidades estratégicas, nas 
modalidades de atenção ambulatorial, internação, urgência, reabilitação (ex.: unidades mistas, ambulatórios gerais, 
hospitais locais e hospitais regionais). 
O nível terciário caracteriza-se pela maior capacidade resolutiva de casos mais complexos do sistema, nas 
modalidades de atendimento ambulatorial, internação e urgência (ex.: ambulatórios de especialidades, hospitais 
especializados e hospitais de especialidades). 
O sistema de referência e contrarreferência constitui-se na articulação entre as unidades acima mencionadas, 
sendo que por referência compreende-se o trânsito do nível menor para o de maior complexidade. Inversamente, a 
contrarreferência compreende o trânsito do nível de maior para o de menor complexidade. 
Fonte: JULIANI, C.M.C.M; CIAMPONE, M.H.T. Organização do sistema de referência e contrarreferência no contexto do 
Sistema Único de Saúde: a percepção de enfermeiros. Rev. Esc. Enf.USP, v. 33, n. 4, p. 323-33, dez. 1999 
14. Identificar a função da equipe matricial na atenção básica (NASF), enfatizando o encaminhamento para a 
assistência social. 
O Nasf é uma estratégia inovadora que tem por objetivo apoiar, ampliar, aperfeiçoar a atenção e a gestão da saúde 
na Atenção Básica/Saúde da Família. Seus requisitos são, além do conhecimento técnico, a responsabilidade por 
determinado número de equipes de SF e o desenvolvimento de habilidades relacionadas ao paradigma da Saúde 
da Família. Deve estar comprometido, também, com a promoção de mudanças na atitude e na atuação dos 
profissionais da SF e entre sua própria equipe (Nasf), incluindo na atuação ações intersetoriais e interdisciplinares, 
promoção, prevenção, reabilitação da saúde e cura, além de humanização de serviços, educação permanente, 
promoção da integralidade e da organização territorial dos serviços de saúde. O Nasf deve ser constituído por 
equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, para atuarem no apoio e em parceria 
com os profissionais das equipes de Saúde da Família, com foco nas práticas em saúde nos territórios sob 
responsabilidade da equipe. 
O apoio matricial apresenta as dimensões de suporte: assistencial e técnico-pedagógico. A dimensão assistencial é 
aquela que vai produzir ação clínica direta com os usuários, e a ação técnico-pedagógica vai produzir ação de 
apoio educativo com e para a equipe. Essas duas dimensões podem e devem se misturar nos diversos momentos. 
Também deve ser incentivada a realização de ações educativas e orientações relacionadas à saúde sexual e saúde 
reprodutiva, além de apoiar as ações de planejamento do processo de trabalho com vistas a melhorar a 
resolutividade das ações de saúde. Essas atividades abrangem tanto o atendimento clínico, como as visitas 
domiciliares e as ações comunitárias, no território de abrangência, o envolvimento dos adolescentes e as 
articulações e parcerias intersetoriais como as escolas, Centro de Referência da Assistência Social (Cras) e Centro 
de Referência Especializada da Assistência Social (Creas), igrejas, clubes, ONGs, associações comunitárias e 
juvenis, grupos de capoeira, entre outros. 
Fonte: Ministério da Saúde. Diretrizes do NASF: Núcleo de Apoio a Saúde da Família. Disponível em: bvsms.saude.gov.br. 
Acesso em: 18/11/2020.

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