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Ana Souza 2021.1 TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP) Formação do trombo e fatores de risco. Trombo é a massa sólida formada a partir do processo da trombose. A trombose venosa superficial consiste na presença de um trombo no sistema venoso superficial, geralmente associado a um processo inflamatório e, por isso, é chamada de tromboflebite superficial (TFS). Está fortemente associada a complicações com alta morbimortalidade. A principal delas é o tromboembolismo pulmonar (TEP). Investigação da Etiologia (no caso ele pesquisa por coagulopatias). Na vigência de um processo trombótico agudo associado a suspeita de trombofilia (pacientes jovens com primeiro episódio de TVP ou com TVP de repetição ou com história familiar positiva de trombofilia), é importante realizar a pesquisa molecular do fator V de Leiden e da mutação do gene da protrombina. Os demais exames para pesquisa de trombofilia devem estar falsamente alterados no processo agudo e, por isso, não é indicada a sua realização nesse momento. As demais causas de TVP podem ser investigadas concomitantemente ao tratamento. Tríade de Virchow: fala que basicamente existem 3 processos que levam a formação de um trombo, que são a estase sanguínea (imobilidade pois a redução de fluxo, vai favorecer que os fatores de coagulação estejam mais próximos e comecem a se agregar) , hipercoagulabilidade e lesão endotelial.( Lesão endotelial ou endocardíaca provocando exposição do colágeno subendotelial, com conseqüente adesão e agregação plaquetária, e desencadeamento do processo de "coagulação", além da contração das células endoteliais ou endocardíacas) . Idade avançada, imobilização prolongada, AVC e lesão medular que provocam déficit motor, anestesia e estados de hiperviscosidade. Causas: Traumas (punções muito repetidas, por exemplo), localização de bactérias na superfície vascular, infecções virais de células endoteliais, migração de parasitos na parede vascular (angeites e endocardites), arteriosclerose, infarto no miocardio, erosões vasculares decorrentes de infiltrações neoplásicas. Por estase velocidade do fluxo): Importante principalmente na trombose venosa. A estase altera o fluxo lamelar fazendo com que as células (inclusive plaquetas) que ocupavam a corrente axial passem à corrente marginal, facilitando o contato plaquetas - endotélio, ao tempo que concentra os fatores da coagulação. lesão endotelial: acontece principalmente nos membros inferiores, pois as veias possuem válvulas para cima contra a gravidade. Então no caso de lesão, o sangue se acumula nas válvulas os fatores vão se aderindo e formando os trombos. Cirurgia, trauma, sepse, vasculite Hipercoagulabilidade - O estado de hipercoagulabilidade pode ser definido como qualquer alteração na via de coagulação sanguínea, como deficiência de moléculas anticoagulantes e até excessos de componentes responsáveis pela coagulação sanguínea, podendo ser por causas genéticas ou adquiridas. Câncer, estrogênio(uso de anticoncepcionais orais), história familiar, sepse. Uma causa fisiológica e transitória de hipercoagulabilidade muito comum nas mulheres é a gravidez, por conta de um estado hiperestrogênico causado pelos hormônios, que com o passar dos trimestres gestacionais, propicia o aumento dos fatores de coagulação, culminando em elevação da trombina, juntamente com a diminuição de algumas substâncias anticoagulantes, como a proteína S e antitrombina, por isso, é necessário para as mulheres grávidas que realizem atividades físicas, a fim de diminuir a estase venosa, contrabalanceando com seu estado hiper coagulável, reduzindo assim as chances de desenvolver um trombo. Nota-se, portanto, que a lesão endotelial e a alteração do fluxo sanguíneo são dois componentes da tríade de Virchow que conversam entre si, pois um pode levar ao outro, contribuindo juntos ou separados para a formação do trombo. Porém, dependendo da patologia em questão, cada componente pode se mostrar mais ou menos evidente na fisiopatologia, como por exemplo na insuficiência cardíaca, onde a estase venosa é de grande valia; já na ocorrência de traumas, a lesão vascular deve prevalecer, enquanto na ocorrência de neoplasias, a explicação pela hipercoagulabilidade pode estar mais presente. No entanto, mesmo havendo um componente que se mostre mais em determinada doença, a tríade deve ser enxergada por completo e deve-se ter a consciência de que muitas vezes os fatores conversam entre si e uma doença pode se apresentar a partir dos três componentes, de dois deles e até de apenas um, levando a um mesmo produto final: a trombose. Congestão venosa: o trombo obstrui a veia dificultando o retorno venoso e com isso aumenta a pressão nos capilares, extravasando fluidos e causando edema. A congestão venosa também faz venodilatação, por isso a cianose, o membro fica mais escuro. Pode ter eritema por que tem muito sangue acumulado. Por turbulência: Predispõem à deposição de plaquetas (por alterar o fluxo lamelar com modificação da corrente axial em marginal) e por traumatizar a íntima cardiovascular, facilitando a exposição do colágeno subendotelial. Por esse motivo é consideravelmente maior a frequência de trombose nas áreas de estenose e bifurcação vasculares. Colonização bacteriana: Nas septicemias, germes podem aderir e colonizar um trombo asséptico, tornando-o séptico. É mais frequente nos trombos brancos, principalmente nos localizados no endocárdio. Sociedade brasileira de angiologia e cirurgia vascular: TVP é a formação de trombos em veias profundas com obstrução parcial ou oclusão. 80% das ocorrências é em membros inferiores. Pode evoluir Insuficiência venosa crônica, tromboembolismo pulmonar. Sinais e sintomas da TVP: A TVP pode ser assintomática. Os sinais e sintomas são inespecíficos, dor vaga, sensibilidade local, edema, eritema, sinal de homan (desconforto na panturrilha ao fazer passivamente flexão dorsal do tornozelo). O desenvolvimento dos sintomas depende da extensão do trombo, da adequação da circulação colateral e do grau de oclusão e inflamação no local. As manifestações clínicas que podem estar presentes na TVP são dor, edema, eritema e calor no membro afetado. Métodos diagnósticos para TVP: Escore de Wells De acordo com Bates et al, em pacientes com suspeita de TVP, deve-se primeiramente avaliar clinicamente a probabilidade pré-teste (escore de Wells). Existe para TVP e TEP. Para cada item se recebe um ponto. Se aplicar o score e o paciente tiver maior ou igual a 2, provavelmente ele tem TVP. Menor que 2 a probabilidade é menor. D-dímeros: São proteínas plasmáticas produzidas especificamente após a lise da fibrina. Suas concentrações estão quase invariavelmente elevadas na presença de qualquer processo trombótico. Entretanto, embora seja bastante sensível (>95%), apresenta pouca especificidade (20-50%), elevando-se em outras condições não trombóticas, como sepse, gravidez e cirurgia. A baixa dosagem de D-dímeros no plasma praticamente exclui o diagnóstico de trombose venosa. Por isso, o exame serve apenas como screening para o diagnóstico de TVP. D dímero: muito sensível e pouco específico-> não pode se diagnosticar com ele; o d dímero é uma molécula fruto da degradação de fibrina. Ultrassonografia venosa com doppler: A ultrassonografia (US) venosa com doppler é o exame de imagem que tem a melhor relação custo-benefício, podendo ser realizada em pacientes bastante debilitados, sendo recomendada como método diagnóstico de escolha na emergência. Avalia compressividade venosa. 4. Relembrar a cascata de coagulação: Hemostasia: é o processo de formação de um trombo em local de lesão vascular. Com essa lesão vai ter exposição do colágeno, e essa exposição vai fazer com que o fator de Von Willebrand venha a se aderir com o colágeno. O primeiro evento que ocorre é a vasoconstricção local para reduzira perda sanguínea. As plaquetas vão realizar a adesão ao colágeno por meio do fator de von willebrand e vão começar a expor proteínas que vão fazer adesão plaquetária. Cascata de coagulação: ocorre em 3 vias Via intrínseca = via da ativação de contato; depois da adesão das plaquetas , os fatores vão se aderir e desencadear outros. O exame que avalia essa via é o tempo de tromboplastia parcial ativado (TTPA). é a via que tem cálcio participando, então um processo de hemorragia por carência de cálcio vai afetar essa via Via extrínseca: é a via do fator tissular, quando há lesão endotelial. Essa via é dependente da vitamina K devido aos fatores de coagulação dela , então uma carência de vitamina K ou substância anti vitamina inibem essa via, consequência disso é a inibição da conversão de protrombina em trombina. O exame que avalia essa via é o tempo de protrombina. Via comum: é a ativação do fator X, convertendo a protrombina em trombina (que converte o fibrinogênio em fibrina). O exame que avalia essa via é o tempo de trombina. 1. Identificar as formas de tratamento e prevenção da doença Tratamento: prevenir progressão do trombo, prevenir TEP, aliviar estase venosa, analgesia, anti-inflamatório, e meias de compressão melhorando edema com melhora do retorno venoso. A terapia com anticoagulantes parenterais é o tratamento inicial de escolha para a maioria dos pacientes com TVP. Uso de anticoagulante heparina. https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/04/882899/trombose-venosa-de-membros-inferiores- diagnostico-e-manejo-na-e_PQGundm.pdf https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/04/882899/trombose-venosa-de-membros-inferiores-diagnostico-e-manejo-na-e_PQGundm.pdf https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/04/882899/trombose-venosa-de-membros-inferiores-diagnostico-e-manejo-na-e_PQGundm.pdf
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