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Paulino José Melo Andrade Eng. Agrônomo, Pesquisador Embrapa Gado de Leite Programa de Melhoramento do Capim-Elefante Histórico: 1991 - 2016 Introdução de materiais Avaliação da coleção Cruzamentos Cultivares Lançadas Pioneiro BRS Canará BRS Kurumi BRS CAPIAÇU Cultivar de alto rendimento para produção de silagem de baixo custo BRS CAPIAÇU Cruzamentos – 1992 Genitores = Guaco IZ2 (BAGCE 60) e Roxo (BAGCE 57) Testes locais – 1993 - 1997 Testes Nacionais – 1999 – 2008 VCU – 2009 – 2011 Características Porte alto (4,20 m); Touceiras densas; Colmos eretos e grossos (1,6 cm), Internódios compridos (16 cm) ; Folhas largas, compridas, de cor verde; Média de 30 perfilhos/m2 Florescimento tardio (julho-agosto). Elevado potencial produtivo Touceiras eretas e densas Resistência ao tombamento Florescimento tardio Bom valor nutritivo Ausência de joçal (pelos) Facilidade de colheita mecânica Permite de 2 a 5 colheitas anuais Produz silagem de boa qualidade Responsiva ao uso de fertilizantes e irrigação Pontos Fortes Pontos Fracos Susceptível à cigarrinha das pastagens Exigente em fertilidade do solo Menor teor de NDT comparado ao milho Recomendações de Uso Capineira - suplementação do pasto na forma de silagem ou picado verde. Produção de biomassa energética. Colheita da forragem - manual ou mecanizada. Idade de corte – 50 – 70 dias Altura da planta - 2,5 - 3,0 m Vantagem Uso de forragem com melhor valor nutritivo Picado Verde Silagem Ponto de Colheita - produção – valor nutritivo – teor de matéria seca. Altura da planta de 3,5 - 4,0 m ou 90 - 110 dias de idade Tamanho das partículas - 1 - 2 cm Vantagens: Aproveitamento da produção de verão Redução das operações de colheita Segurança alimentar do rebanho Menor custo Biomassa Energética Vantagens: Elevada produção de biomassa Menor ciclo produtivo Uso para combustão ou etanol de 2ª geração Biomassa Energética FONTE DE ENERGIA ENERGIA PRODUZIDA kcal/ha/ano Capim Elefante 189.000.000 Eucalyptus grandis 92.820.000 Bagaço de cana 29.600.000 CULTIVO CUSTO (R$) PRODUÇÃO (t) CUSTO/t (R$) Capim elefante 221,62 40 5,54 Eucalipto 438,60 24 18,28 1ha produz, por corte, colmos para plantio de 10 - 15 ha. Os colmos para cultivo devem estar maduros (cerca de 100 dias) Quantidade – 4 – 6 t de colmos/ha Produção de Colmos Potencial de Produção e Valor Nutritivo Cultivares Produção Nutrientes1 (planta inteira) PMS2 (t/ha.ano) PMSF3 (t/ha.ano) PB4 (% da MS) DIVMS5 (%) FDN6 (% da MS) BRS Capiaçu 49,75 21,60 9,10 56,24 68,56 Mineiro 36,79 16,16 6,94 51,32 71,03 Cameroon 29,87 14,32 7,17 58,49 73,80 Produção de biomassa e composição química (% da MS) da forragem de cultivares de capim elefante 1Plantas com 60 dias de crescimento; 2Produção de Matéria Seca; 3Produção de Matéria Seca de Folhas; 4Proteína Bruta; 5Digestibilidade in vitro da matéria seca; 6Fibra em detergente neutro Fonte: Pereira et al., 2016 Variações na composição química da forragem em função do estádio de maturidade. Fonte: Pereira et al., 2016 Fonte: Pereira et al., 2016 Época de plantio Espaçamento 1,2 m Calagem 60% V Adubação plantio 100 kg P Cobertura 50 cm Adubação orgânica Conferir MS antes da colheita! Colheita 110 dias ? Capinas Manejo Época de plantio – nas regiões sul e sudeste, preferencialmente, entre os meses de outubro e janeiro. No nordeste, durante a época chuvosa. Material propagativo – colmos seccionados, distribuídos no sulco de plantio. Espaçamento – de 0,80 a 1,0 m nas entre linhas. Para colheita mecânica - de 1,0 a 1,2 m. Calagem e Adubação de plantio – conforme análise de solo, visando alcançar 60% de saturação por bases. No plantio utilizar apenas a adubação fosfatada. Plantio Adubação de cobertura- deve ser realizada quando as plantas atingirem 40-50 cm de altura e após cada corte. Adubação orgânica – recomendável, podendo ser usado dejetos animais ou outra fonte disponível. Colheita – plantas com aproximadamente 2,5 m ou 3,5 m de altura. Corte manual ou com colhedora de forragem. Cultivo Plantio Preparo do solo , correções do solo , corte das mudas , abertura dos sulcos , adubação Plantio distribuição das mudas , picagem das mudas , fechamento dos sulcos , aplicação de herbicidas Controle de plantas daninhas e seletividade de herbicidas na implantação do capim-elefante BRS Capiaçu Estudo do Problema Interferência de plantas daninhas em capim- elefante (perdas de produção de forragem - Pioneiro 45% e Cameroon 41% (Silva et al., 2002). Dificuldade em se eliminar espécies do gênero Brachiaria que se instalam após a implantação do capim-elefante (Abreu et al., 2006), Dificuldade em se realizar tratos culturais e colheita de forragem devido a presença de plantas daninhas (exemplo: Ipomoea) (Correia e Kronka, 2010) Estudo do problema Capim-elefante em Santa Mônica /Creche Estudo do problema Creche / Santa Mônica Estudo do problema Várzea dos Mudos / Coronel Pacheco Resultados Resultados Resultados Resultados Resultados BRS Capiaçu Foto: Antonio Vander Pereira SILAGEM Condições que favorecem a fermentação de qualidade: Matéria seca das plantas entre 30 a 35% Ausência de ar (oxigênio) Nutrientes ( açucares) disponíveis Aditivos Colheita Compactação Compactação Vedação Uso Uso https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/149957/1/Comunicado-Tecnico-79.pdf MS Microondas • Cortar 5 plantas • Triturar e misturar bem • Colocar um prato de papelão na balança e zerar • Colocar 100 g do material no prato • Colocar no micro com um copo de água no fundo por 5 minutos MS Microondas • Retirar, pesar e misturar o material; • Colocar no micro por mais 3 minutos; • Retirar.... • Micro + 1 minuto; • Retirar ... • Micro + 1 minuto; • Até repetir o mesmo peso 3 vezes = MS https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/137606/1/COT-77-Teor-mat-seca.pdf BRS Kurumi KURUMI – cultivar de capim elefante de porte baixo para pastejo HISTÓRICO A cultivar BRS Kurumi apresenta porte baixo e foi obtida pela Embrapa visando uso sob pastejo; A cultivar BRS Kurumi originou-se do cruzamento entre os acessos Merkeron de Pinda (BAGCE 19 ) e Roxo (BAGCE 57); Os testes de valor de cultivo e uso - VCU foram realizados para os biomas Mata Atlântica, Amazônia e Cerrado. A cultivar BRS Kurumi foi lançada pela Embrapa em parceria com a Epagri, Apta e Uenf. CARACTERÍSTICAS DA CULTIVAR A BRS Kurumi é um clone de propagação vegetativa, perene e de porte baixo, recomendada para uso sob corte ou pastejo. Esta cultivar caracteriza-se por apresentar touceiras de formato semiaberto, folhas e colmos de cor verde, internódios curtos (média de 4,8cm) e altura média de 70 cm. Apresenta crescimento vegetativo vigoroso, rápida expansão foliar e intenso perfilhamento basal e axilar. O florescimento ocorre entre os meses de junho e julho. COMPRIMENTO DO INTERNÓDIO PREPARO E CORREÇÃO DO SOLO E PLANTIO: O solo deve ser bem preparado, destorroado e uniforme; Usar calagem com base na análise química do solo. A adubação fosfatada deve ser realizada no sulco de plantio; Em solos com baixos níveis de fósforo recomenda-se a aplicação de 100 kg/ha de P2O5. O plantio é feito em sulcos com 20 cm de profundidade e espaçamento variando de 50 a 80 cm. No caso de plantio de mudas, o espaçamento é de 50 x 50cm. ÉPOCA DE PLANTIO: O plantio deve ser feito no início do período chuvoso.Para as regiões Sudeste e Centro-Oeste o período ideal de plantio se estende de novembro a janeiro. Para a região Sul o plantio deve ser realizado na época da primavera ADUBAÇÃO: A primeira adubação em cobertura deve ser realizada 60 a 70 dias após o plantio, após o pastejo de uniformização, utilizando 40 a 50 kg/ha de N e K2O. A partir do segundo ano recomenda-se a inclusão de fósforo na adubação de cobertura à uma dose de 60 kg/ha de P2O5. As adubações de cobertura são realizadas durante a época chuvosa após a realização do pastejo (manejo rotacionado). PRAGAS E INVASORAS: A cultivar BRS Kurumi é susceptível as cigarrinha-das-pastagens. O controle das espécies daninhas é feito nas entrelinhas, O uso de espaçamentos reduzidos nas entrelinhas (0,5 m), possibilita a cobertura rápida do solo diminuindo o crescimento de invasoras; PRODUÇÃO DE FORRAGEM E VALOR NUTRITIVO A cultivar BRS Kurumi apresenta alta produção de forragem e excelente estrutura do pasto, caracterizada pela elevada proporção de folhas e pequeno alongamento do colmo. Os teores de proteína bruta (PB) têm variado entre 18 e 20% e os coeficientes de digestibilidade entre 68 e 70%; Devido ao alto teor proteico da forragem, recomenda-se apenas a suplementação energética dos animais a fim de possibilitar maior ganho de peso e/ou produção de leite. Massa seca de forragem (MSF - t/ha.ciclo de pastejo), proporção de folhas (PF - % da massa seca total), massa seca de lâminas foliares (MSLF - t/ha.ciclo de pastejo) e densidade volumétrica de forragem (DVF) e densidade volumétrica de lâminas foliares (DVLF - kg/ha.cm), em diferentes genótipos de capim-elefante e ciclos de pastejo. Variável Cultivar BRS Kurumi CNPGL 00-1-3 Napier MSF 5,19 4,72 7,68 PF 49 41 30 MSLF 2,54 1,92 2,30 DVF 78,4 60,7 67,2 DVLF 38,4 25,5 20,1 Características Tx. de acúmulo MS: 140 kg/ha/dia Tx. de lotação: 4 a 7 UA/ha Manejo: altura pré-pastejo: 80 cm altura pós-pastejo: 40 cm Adubação Forragem de alto valor nutritivo Produção Animal Desempenho de novilhas HxZ Consumo: 3,2% PC Ganho médio diário: 700 g/anim/dia Produção de leite 18 litros/vaca/dia; suplementação energética 3 dias 6 dias 10 dias 15 dias 18 dias 21 dias 24 dias BRS Kurumi apresenta maior densidade volumétrica de folhas, melhor valor nutritivo e maior facilidade de manejo. https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/124202/1/Informacoes-Tecnicas-sobre-a-cultivar-de-capim-elefante-BRS-Kurumi-COT-75.pdf Antonio Vander Pereira Francisco José da Silva Ledo Juarez Camopolina Machado Mirton José Frota Morenz Alexander Machado Auad Jailton da Costa Carneiro Paulino José Melo Andrade José Luiz Bellini Leite Alexandre Magno Brighenti dos Santos Carlos Eugenio Martins Equipe EMPAER EMPARN EPAGRI INCAPER IPA APTA UFRN UENF UFMT Instituições Parceiras Obrigado paulino.andrade@embrapa.br Obrigado!
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