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Sistema Digestório

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Sistema Digestório
O trato alimentar abastece o organismo com suprimento de água, eletrólitos, vitaminas e
nutrientes. Para isso é necessário que haja movimentação do alimento, secreção de soluções
digestivas, absorção de água e nutrientes, circulação sanguínea para que ocorra transporte
das substâncias absorvidas e controle nervoso e hormonal.
Motilidade gastrointestinal:
As funções motoras do intestino são realizadas pelas camadas de músculo liso, as fibras
musculares se conectam por junções comunicantes (facilita a passagem de íons). Assim cada
camada muscular forma um sincício, isto é quando um potencial de ação é disparado em
qualquer ponto, e se propaga em todas direções.
Atividade elétrica: A fibra de músculo liso é excitada por estímulos intrínsecos, pela onda
lenta que proporciona variações do potencial de membrana em repouso, deixando o
potencial mais positivo, porém como não possui canais de cálcio, apenas de sódio, ela não
causa a contração muscular. Os potenciais em ponta que vão realmente causar a
contração, ocorre quando o potencial de repouso se eleva (causado pela onda lenta, varia de
-56 para -40), são abertos canais de cálcio-sódio, o cálcio que desencadeia o potencial de
ações.
Mudanças no potencial de repouso: a despolarização pode ser causada por estiramento do
músculo, estimulação por acetilcolina (parassimpático) e hormônios gastrointestinais. A
hiperpolarização pode ser causada por efeito de norepinefrina e epinefrina, do sistema
nervoso simpático.
Controle neural da função gastrointestinal
O trato gastrointestinal possui seu próprio sistema nervoso, o sistema nervoso entérico,
localizado na parede intestinal, importante no controle dos movimentos e secreções
gastrointestinais. É composto por: 1- plexo mioentérico ou Auerbach (muscular) e plexo
submucoso ou Meissner. O plexo mioentérico controla quase todas movimentos
gastrointestinais e o submucoso controla secreções gastrointestinais e fluxo sanguíneo local.
As fibras simpáticas e parassimpáticas se conectam com os plexos. Embora o sistema
nervoso entérico possa funcionar sem o simpático e parassimpático, estes exercem muita
influência, podendo intensificar ou reduzir funções.
Terminações nervosas sensoriais que se originam no epitélio gastrointestinal enviam fibras
para sistema simpático, parasimpático, médula espinal e tronco encefálico. Estas fibras
nervosas sensoriais podem ser estimuladas por irritação da mucosa, distensão excessiva e
presença de substâncias químicas. Tendo a resposta excitatória ou inibitória, dependendo do
estímulo.
Reflexos: 1- reflexos da própria parede intestinal, para controle de peristaltismo, secreções
efeitos inibitórios locais.
2- reflexo do gânglio simpático e que volta para outra parte do trato gastrointestinal, como
reflexo gastrocólico, reflexo enterogástricos e reflexo colonoileal.
3- reflexo que vai pra medula ou tronco encefálico e volta para trato gastrointestinal.
Movimentos do trato gastrointestinal
1- Movimentos propulsivos: faz com que o alimento percorre o trato com velocidade
apropriada para digestão e absorção. Esse é o peristaltismo, seu estímulo é a distensão do
trato gastrointestinal, por acúmulo de alimento. Pode diminuir o peristaltismo a partir de
irritação química ou física do revestimento epitelial do intestino. O peristaltismo efetivo
requer plexo mioentérico ativo. A contração leva alimento tanto na direção oral quanto anal,
porém a oral cessa rapidamente. Acredita-se que o intestino relaxe na direção anal “
relaxamento receptivo”, permitindo que o alimento seja impulsionado na direção anal. O
reflexo peristáltico e a direção anal constituem a lei do intestino.
2- Movimentos de mistura: ocorre devido a ação de peristaltismo quando o esfíncter
encontra-se fechado e por contrações constritivas intermitentes locais.
Fluxo sanguíneo gastrointestinal
Se dá pela circulação esplênica, que influi fluxo sanguíneo do intestino, baço, pâncreas e
fígado. Todo sangue que passa no baço, pâncreas e intestino flui para o fígado por meio da
veia porta, no fígado sangue passa pelos sinusóides hepáticos, onde as células
reticuloendoteliais removem bactérias e outras partículas vindas do intestino, e por fim cai
nas veias hepáticas, que vai para vai cava da circulação sistêmica.
Os nutrientes hidrossolúveis (como carboidratos e proteínas) são transportadas pelo sangue
venoso da veia porta para os sinusóides hepáticos, aqui metade são absorvidos e
armazenados. As gorduras são transportadas quase todas pelo sistema linfático e são levadas
para sangue circulante pelo ducto torácico, sem passar pelo fígado.O fluxo sanguíneo vai
depender do nível de atividade que o local tá tendo.
Causas do aumento do fluxo sanguíneo: 1- substâncias vasodilatadoras liberadas pela
mucosa intestinal, sendo elas colecistocinina, peptídeo vasoativo intestinal, gastrina e
secretina. 2- glândulas gastrointestinais que liberam calidina e bradicinina, que causam
vasodilatação. 3- redução do oxigênio na parede intestinal; a intensidade metabólica durante
a atividade intestinal provavelmente reduz a concentração de oxigênio suficiente para causar
vasodilatação.
Fases da digestão:
Cefálica: Inicialmente o estímulo antecipatório e o estímulo do alimento na cavidade oral
ativam os neurônios do bulbo, que manda sinal para as glândulas salivares através do nervo
vago. Quando o alimento entra em contato com a saliva ocorre lubrificação, digestão do
amido, defesa(possui lisozima que é bactericida) e degustação.
Secreção salivar: as principais glândulas salivares são: Parótida (produz quase toda secreção
serosa, que é composta por amilase salivar/ptialina), submandibular e sublingual (produzem
secreção serosa e mucosa, a mucosa serve para lubrificar e proteger as superfícies). PH da
saliva é 7, favorável à ação da amilase salivar.
Os ácinos produzem secreção contendo amilase e muco, a secreção vai correr pelos ductos,
onde há um processo de concentração de íons. Primeiro os íons sódio são reabsorvidos e o
potássio secretado, o acúmulo de potássio deixa o meio muito negativo, estimulando a
reabsorção do cloreto, e em troca é secretado íons de bicarbonato.
Gástrica: armazenamento do bolo alimentar, digestão e defesa
Secreção gástrica: composta pelas glândulas oxínticas, que possuem 1- células mucosas, que
secretam muco; 2- células principais, que secretam pepsinogênio; 3- células parietais, que
secretam ácido clorídrico e fator intrínseco. E glândulas pilóricas, secretam muco e gastrina
(células G).
As glândulas gástricas são estimuladas por acetilcolina (excita a secreção de pepsinogênio,
muco e ácido clorídrico), gastrina e histamina (estimula fortemente a secreção de ácido
clorídrico).
SECREÇÃO ENZIMÁTICA: Quando secretado o pepsinogênio não tem atividade digestiva,
quando entra em contato com ácido clorídrico e pH 2 se cliva em pepsina ativa, com função
enzimática proteica. A secreção de pepsinogênio é estimulada por: 1- acetilcolina, liberada
pelo plexo mioentérico; 2- estimulação das células principais, pelo ácido no estômago.
O fator intrínseco, produzido pelas células parietais, é essencial para absorção de vitamina
B12 no íleo (sem ele pode desenvolver anemia perniciosa).
SECREÇÃO DE GASTRINA:Quando grandes quantidades de proteínas chegam no estômago,
é estimulado a secreção de gastrina (por neurotransmissor chamado peptídeo liberador de
gastrina) , que estimula as células semelhantes às enterocromafins (ECL), estas liberam
histamina que por fim estimula as células parietais a secreção de ácido clorídrico.
SECREÇÃO ÁCIDA: Se inicia quando o H+ sai para o
lúmen estomacal em troca de K+, o Cl- segue o gradiente
elétrico criado pelo H+, ai tem como resultado a secreção
de HCl. (remédios antiácidos bloqueiam essa bomba de
prótons). Enquanto o H+ foi para o estômago, o HCO3-
(criado a partir de CO2 e OH-) vai para o sangue servir
de tampão (após refeição o sangue fica um pouco
alcalino).
SECREÇÃO PARÁCRINA:inclui histamina (estimulada por gastrina ou acetilcolina), que
estimula a secreção ácida. Fator intrínseco, absorção de vitamina B12. Somatostatina,
secretada pelas células D, reduz a secreção ácida por diminuir a secreção de gastrina e
histamina.
Intestinal: Se inicia quando o quimo chega no duodeno. A inervação parassimpática,
gastrina e CCK, estimulam a motilidade intestinal. E o simpático inibe.
SECREÇÃO DE NaCl : O movimento de Cl- para o lúmen atrai Na+, por gradiente elétrico, a
água segue o Na+, resultando na secreção salina.
SECREÇÃO PANCREÁTICA: composto por enzimas digestivas e bicarbonato (neutralizar a
acidez vinda do estômago), o suco pancreático é secretado em papilas localizadas na parte
descendente do duodeno. A liberação é estimulado por distensão intestinal, sinais neurais e
CCK.
Enzimas proteolíticas: tripsina (ativada pela enterocinase e tripsina), quimotripsina (ativada
pela tripsina) e carboxipolipeptidase.
Enzima para digestão de carboidratos: Amilase pancreática
Enzimas para lipólise: lipase pancreática (hidroliza gorduras a ácidos graxos), colesterol
esterase (hidrolisa ésteres a colesterol), fosfolipase (cliva ácidos graxos dos fosfolipídios)
Regulação da secreção pancreática: acetilcolina; colecistocinina (CCK) e secretina.
Acetilcolina e CCK estimula a produção de enzimas digestivas, e a secretina estimula a
secreção de solução aquosa de bicarbonato de sódio.
SECREÇÃO BILIAR: A bile é produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar, tem
importante papel na digestão (emulsificação da gordura) e absorção de gorduras pela
mucosa intestinal. Além disso, a bile serve como excreção de produtos do sangue,
principalmente bilirrubina (produto final da degradação de hemoglobina e colesterol).
Etapas da secreção: 1- a solução inicial é secretada pelos hepatócitos, contém grande
quantidades de sais biliares e colesterol, este cai nos canalículos biliares. 2- passa pelos
ductos biliares terminais, ducto hepático, ducto biliar comum e por fim ducto cístico. No
ducto cístico, é acrescentada a secreção hepática uma solução de íons sódio e bicarbonato.
Armazenamento da bile na vesícula biliar, é importante para concentração do conteúdo, uma
vez que o sódio é continuamente reabsorvido pela mucosa vesical, logo cloreto e água vai
junto, ficando principalmente sais biliares, colesterol, lecitina e bilirrubina. O esvaziamento
biliar se dá por contrações rítmicas, estimulado pela CCK.
Funções da bile: 1- ação detergente, que diminui a superfície de tensão da gordura para a
enzima lipase agir. 2- ajuda na absorção de ácidos graxos, monoglicerídeos e colesterol, os
sais biliares vão formar complexos com essas substâncias, complexo este denominado
micelas (são solúveis no quimo devido às cargas elétricas dos sais), dessa forma os lipídeos
são carregados para mucosa intestinal para poder ir pro sangue.
SECREÇÃO DE MUCO: predominante no intestino delgado (glândulas de Brunner),
possuem criptas de lieberkuhn que possuem células caliciformes (secretam o muco) e
enterócitos (absorção de nutrientes). No intestino grosso possui criptas de lieberkuhn,
porém não existe vilos apenas células caliciformes para secreção de muco.
Digestão e absorção no trato gastrointestinal
Carboidratos:
Sua digestão começa na boca, na saliva contém enzima amilase salivar (produzido pela
glândula parótida), porém o alimento fica pouco tempo na boca, tendo pouca digestão. No
estômago não há digestão de carboidratos pois a enzima amilase fica inativada em pH ácido.
No intestino há os enterócitos, que forram a borda em escova das microvilosidades, neste
existem enzimas que digerem carboidratos em monossacarídeos, sendo elas: Maltase, digere
maltose em glicose; Sacarose, digere sacarose em frutose e glicose; lactase , digere lactose em
galactose e glicose.
Absorção: Glicose e galactose são absorvidas na borda em escova da mesma maneira, pel0
cotransporte de Na+ pela SGLT, e depois na membrana basolateral pelo GLUT2. A absorção
de frutose não depende de Na+, move-se borda em escova pelo GLUT5 e através da
membrana basolateral pelo GLUT2.
Proteínas:
Sua digestão se inicia no estômago por ação da pepsina, transformando em peptídios e
aminoácidos, em pH 2,0 (glândulas gástricas secretam grande quantidade de ácido
clorídrico, das células parietais). No duodeno grande quantidade é digerida pelas enzimas do
suco pancreático (tripsina, quimiotripsina, carboxipolipeptidase e proelastase). Por fim, nos
enterócitos há peptidases (aminopolipeptidase e dipeptidase) transformando em
aminoácidos para serem absorvidos.
Absorção: Os produtos da digestão são aminoácidos, dipeptídeos e tripeptideos. Os
aminoácidos livres são transportados pelo cotransporte de Na+. Os di e tripeptídeos
são por transportadores dependentes de H+, estes são digeridos dentro do enterócito ou
transportado na membrana basolateral com H+.
Gorduras:
Digestão se inicia no estômago, pela ação da lipase lingual (que não age na boca por conta do
pH, precisa ser ácido), pouco e digerido. Grande maioria é digerido no duodeno por ação
inicialmente da bile e lecitina, que agem causando emulsificação da gordura (diminui a
superfície de contato), posteriormente a lipase pancreática age degradando triglicerídeos em
ácidos graxos livres e glicerol. Nos enterócitos há lipases entéricas, porém normalmente não
é necessária.
Os sais biliares tem importante papel em acelerar a digestão de gorduras, formando micelas
que tem uma parte lipossolúvel (dentro) onde fica armazenado os ácidos graxos e a
hidrossolúvel (externo), permitindo que as micelas se dissolvam no líquido digestivo. Isso é
importante pois ácidos graxos em excessos atrapalha a digestão dos triglicerídeos. Além
disso, a micela tem função de transporte dos lipídeos até a borda em escova para serem
absorvidos.
Absorção: uma vez levado até o enterócito pelas micelas, o glicerol e os ácidos graxos
movem-se para o retículo endoplasmático liso, onde se recombinam e viram triglicerídeos,
estes se combinam com colesterol e proteínas, formando Quilomícrons. Estes deixam o
enterócito por exocitose, e vai para o sistema linfático, pois são grandes para passar nos
capilares.
Regulação da fase intestinal:
1- quando o quimo entra no intestino ativa o sistema nervoso entérico, que reduz a
motilidade gástrica e a secreção retardando o esvaziamento gástrico, por hormônio secretina,
CCK e peptídeo inibidor gástrico (GIP).
2-Secretina é liberada quando o quimo ácido atinge o duodeno.
3- CCK diminui a motilidade gástrica e a secreção de ácido.
4- Os hormônios incretinas (GIP) e o peptídeo similar ao glucagon são liberados se a refeição
contém carboidrato, promovem liberação de insulina e retarda a entrada de quimo no
intestino.
Intestino grosso
Absorção de eletrólitos como Na+, Cl- e água, há secreção de bicarbonato para neutralizar os
produtos ácidos das bactérias.
O quimo que entra no colo continua a ser misturado por contrações, movimento massa que
manda o conteúdo para frente, este causa distensão súbita do do reto, que desencadeia a
defecação. O músculo liso do esfíncter interno do ânus relaxe, e as contrações peristálticas do
reto empurram o material em direção ao ânus.
No intestino grosso há bactérias capazes de digerir carboidratos e proteínas por fermentação,
tendo como produto lactato e ácidos graxos. Estas produzem também vitamina K, B12,
riboflavina e tiamina. Às vezes são compostas por água, bactérias mortas, gordura, proteínas
e restos indigeridos ( como pigmento da bile e células epiteliais degradadas). A cor marrom
das fezes é graças estercobilina e urobilina, derivadas da bilirrubina. O odor vem de produtos
aromáticos das bactérias.
Fisiopatologia da gastrite e refluxo
Gastrite: é uma inflamação da mucosa intestinal, causada por infecção de bactérias na
mucosa ou substâncias irritativas, que prejudicam a barreira protetora da mucosa, entre elas
álcool e aspirina são as principais. Na gastrite a permeabilidadeda barreira mucosa aumenta
muito, íons de hidrogênio se difundem atingindo o epitélio gástrico, provocando lesão e
degradação, podendo levar a atrofia e ulceração. Isso pode causar acloridria (falta de ácido
clorídrico) e anemia perniciosa (falta fator intrínseco para absorver b12).
Refluxo: A presença de refluxo implica em incompetência do EEI, que pode resultar de perda
generalizada do tônus desse esfíncter ou de relaxamentos recorrentes e temporários (i.e., não
relacionados à deglutição). Os relaxamentos transitórios do EEI são desencadeados por
distensão gástrica ou estímulo faríngeo subliminar.
Fatores que contribuem para a competência da junção esofagogástrica incluem o ângulo da
junção cardioesofágica, a ação do diafragma e a gravidade (i.e., em pé). Fatores que podem
contribuir para o refluxo incluem ganho de peso, alimentos gordurosos, bebidas gasosas ou
com cafeína, álcool, tabaco e determinados fármacos. Fármacos que diminuem a pressão do
EEI incluem anticolinérgicos, anti-histamínicos, antidepressivos tricíclicos, bloqueadores do
canal de cálcio, progesterona e nitratos.O sintoma mais proeminente de DRGE é a
queimação retroesternal, com ou sem regurgitação do conteúdo gástrico para a boca.
Crianças apresentam vômitos, irritabilidade, anorexia e, algumas vezes, sintomas de
aspiração crônica. Tanto adultos como crianças com aspiração crônica podem apresentar
tosse, roncos ou chiado.
Medicamentos:
Pró-cinéticos: Apresenta ação normalizadora na motilidade gastrointestinal, utilizado para
melhorar o trânsito intestinal, melhorando a velocidade de esvaziamento e a função
excretória dos esfíncteres.
Antiácidos: neutralizam a acidez do estômago e evitam a sensação de queimação no esôfago.
Ex: Hidróxido de magnésio, hidróxido de alumínio e bicarbonato de sódio.Os antiácidos são
substâncias de natureza básica, que atuam neutralizando o ácido secretado pelas células
parietais do estômago. São utilizados principalmente em tratamentos de episódios curtos e
autolimitados de hiperacidez e como adjuvantes da terapia no tratamento em longo prazo de
úlceras pépticas e de refluxo gastresofágico

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