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RESUMO - A transição demográfica e a janela de oportunidade

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A transição demográfica e a janela de oportunidade 
José Eustáquio Diniz Alves 
A transição demográfica se inicia com uma queda na TM, seguida de uma queda da TN, 
provocando mudança na estrutura etária da pirâmide populacional. 
Esperança de vida no mundo: 30 anos em 1990, 60 anos em 2000. 
Fatores: melhoria no padrão de vida da população pelo desenvolvimento das forças produtivas; 
inovação médica. 
 Contraria a tese malthusiana dos xeques positivos, pela qual o equilíbrio populacional se 
daria apenas pela fome, guerras e miséria. 
Marquês de Condorcet: a transição da mortalidade é um dos elementos basilares do processo 
civilizatório. 
Redução voluntária da natalidade: mudanças comportamentais que levam à limitação da prole, 
possibilitando capilaridade social ascendente; redução da fecundidade pelo aumento da sobrevida 
e do bem-estar; momento de liberdade de escolha. 
Brasil e América Latina: fase 3 da transição, encaminhando para a 4. 
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL: 
 
Taxa de mortalidade (TM): 
 1872: TM alta, em torno de 3% 
 Declínio acentuado a partir da IGM e especialmente após a IIGM 
 1990 a 2010: TM mais baixa (0,7%) 
 2010: ligeira alta da TM em razão do envelhecimento da população 
Taxa de natalidade (TN): 
 Segunda metade dos anos 1960: queda da TN 
 Expectativa de taxa 0 ou declínio em meados do século XXI 
Crescimento vegetativo: 
 1950-1960: pico do CV  explosão populacional 
 Difusão do interesse pela regulação da fecundidade e adoção de um padrão de família 
menor 
 Aceleração inicial e posterior desaceleração do CV: 10mi em 1872 e 170mi em 2000 
ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA: 
Processo de envelhecimento populacional em decorrência da queda da taxa de fecundidade, 
reduzindo a parcela de crianças e adolescentes da população. 
Transição etária estrutural (age structural transition – AST): mudanças no tamanho de cada 
corte etário que modifica o peso proporcional dos diversos grupos etários no conjunto da 
população. 
 
1950: base larga, topo estreito 
1980: base larga, topo estreito; cada grupo etário mais velho menor que o mais jovem; redução 
percentual da base em comparação a 1950. 
2000: 3 grupos mais jovens percentualmente que a faixa de 15 a 19 anos; queda TN e TM; aumento 
do peso dos adultos. 
2050: formato retangular; porcentagem de idosos > porcentagem de crianças, especialmente entre 
as mulheres; aumento do peso dos idosos. 
RELAÇÕES DE DEPENDÊNCIA: 
 Crianças e adolescentes: 0 a 14 anos  dependentes 
 Adultos: 15 a 64 anos  população potencialmente produtiva ou PIA (população em idade 
ativa) 
 Idosos: acima de 65 anos  dependentes 
 RELAÇÃO DE DEPENDÊNCIA: 
crianças+adolescentes+idosos
𝑎𝑑𝑢𝑙𝑡𝑜𝑠
 
 
 1950 a 1960: aumento e pico da RD em razão da queda da mortalidade infantil e aumento 
de crianças sobreviventes  
90 𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
100 𝑃𝐼𝐴
 
 1970: queda da RD 
 2010 a 2030: 
50 𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
100 𝑃𝐼𝐴
 
 Após 2030: aumento da RD, mas não volta aos níveis pré-transição 
 Período de menor carga de dependência: janela de oportunidade ou Bônus demográfico 
JANELA DE OPORTUNIDADE 
 Redução da RD de crianças e adolescentes em declínio em razão da queda da taxa de 
fecundidade  contrabalanceou o aumento da carga de dependência dos idosos 
 2030: carga de dependência dos idosos supera a de crianças e adolescentes, aumentando a 
RD  fechamento da janela de oportunidade 
Outra forma de calcular a Janela de Oportunidade: 
 Início: % PIA ≥ RD 
 Fim: % PIA ≤ RD 
 Nessa tese, a janela começou em 1995 e se fechará em 2055. A maior diferença % entre a 
PIA e a RD seria entre 2020 e 2025, o quinquênio de maior abertura da janela de 
oportunidade brasileira. 
Fatores da janela de oportunidade: 
 Relação favorável entre a PIA e a RD permite a janela pois o envelhecimento populacional 
faz aumentar a PIA, pois a taxa de ocupação e de produtividade é maior entre o segmento 
sênior dos adultos, que também têm melhores capacidades de poupança e contribuição 
fiscal. 
 Inserção das mulheres no mercado de trabalho: crescimento em todos os grupos etários, 
exceto os extremos (mais jovens e mais idosas); urbanização as inseriu no sistema 
educacional e previdência social; maior crescimento das mulheres na população 
economicamente ativa (PEA) foi entre os 20 e 50 anos; queda da fecundidade e aumento 
das famílias chefiadas por mulheres. 
 Educação e maior qualificação: aumento da taxa de alfabetização e dos anos médios de 
ensino, em que se inverteu o hiato de gênero. 
CONCLUSÕES: 
 Economia brasileira: 
o 1950-1980: melhor desempenho histórico 
o 1980-1990: baixo crescimento, perda de participação no cenário internacional 
o 2004: volta do otimismo, redução da pobreza e da concentração de renda; 
crescimento econômico. 
o 2007-2008: melhor momento da nova década, com crescimento do PIB acima da 
média mundial segundo o FMI. 
 População urbana: 
o 1950: 36,2% 
o 2000: 80% 
o Melhoria nas condições de moradia e bem-estar urbano

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