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Insuficiência Renal

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Insuficiência Renal Aguda e Crônica
FUNÇÃO DOS RINS 
- Regulação do volume da composição do 
sangue na formação de urina. 
- Excreção de quantidade selecionada de 
impureza. 
- Excreção do excesso de hidrogênio, 
controlando o pH sanguíneo. 
- Regulação da PA – secreção de Renina. 
- Contribuição no metabolismo realizando 
gliconeogênese. 
- Secreção de eritropoetina (produção 
hemácias). 
- Participa da Síntese de vitamina D. 
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA (IRA) 
- Redução aguda da função renal em horas 
ou dias. 
- Diminuição do ritmo da taxa de filtração 
glomerular e/ou do volume urinário. 
- Ocorrem também distúrbios no controle do 
equilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico. 
EPIDEMIOLOGIA DA IRA 
- 5% hospitalizações e 30% UTI. 
- >70 anos, aumenta em 3,5 a probabilidade. 
- Necrose Tubular Aguda (NTA) é 
responsável por mais de 50% da IRA em 
pacientes hospitalizados e mais de 76% em 
UTI. 
FATORES DE RISCO 
- Idade avançada; Doença hepática; 
Nefropatia pré-existente; Diabetes. 
VALORES DE REFERÊNCIA 
Creatinina 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO, CREATININA E VOLUME 
URINÁRIO 
Estágios Creatinina 
Sérica 
Diurese 
Estágio 1 Aumento de 
0,3 mg/dl ou 
aumento de 
150-200% 
do valor 
basal (1,5 a 
2 vezes). 
< 0,5 
ml/Kg/h por 
6 horas. 
Estágio 2 Aumento > 
200-300% 
do valor 
basal (> 2-3 
vezes). 
< 0,5 
ml/Kg/h por 
> 12 horas 
Estágio 3 Aumento > 
300% do 
valor basal 
(>3 vezes ou 
Cr sérica >= 
4,0 mg/dl 
com 
aumento 
agudo de 
pelo menos 
0,5 mg/dl). 
 
< 0,3 
ml/Kg/h por 
24 horas ou 
anúria por 
12 horas. 
*Somente um dos critérios (Cr ou diurese) 
pode ser utilizado para inclusão no estágio. 
Pacientes que necessitem de diálise são 
considerados estágio 3, independente do 
estágio em que se encontravam no início da 
terapia dialítica. 
CLASSIFICAÇÃO DA IRA QUANTO A 
DIURESE 
- Anúrica total: 0-20 ml/dia 
- Anúrica: 20 a 100 ml/dia 
- Oligúrica: 101 a 400 ml/dia 
- Não-oligúrica: 401 a 1200 ml/dia 
- Poliúrica: 1201 a 4000 ml/dia 
- Hiperpoliúrica: > 4000 ml/dia 
IRA PRÉ-RENAL 
- Redução do fluxo plasmático renal e do 
ritmo de filtração glomerular. 
- Representa resposta fisiológica a 
hipoperfusão renal leve a moderada. 
- Não há defeito estrutural nos rins. 
- O diagnóstico é de suma importância, pois 
há reversibilidade do caso em um a dois dias, 
mas se persistir pode levantar à NTA. 
- Oligúria não é obrigatória. 
- Causa mais comum em paciente 
hospitalizados (40 a 50%). 
PRINCIPAIS CAUSAS 
- Hipotensão arterial; 
- Hipovolemia (hemorragias, diarreias, 
queimaduras). 
ETIOLOGIA 
- Hipovolemia: hemorragias, perdas 
gastrointestinais, queimaduras, desidratação, 
etc. 
- Diminuição do débito cardíaco: ICC, IAM, 
arritmias, etc. 
- Alteração da relação entre resistência 
vascular sistêmica e renal: uso abusivo de 
anti-hipertensivos, sepse, anfotericina B, etc. 
- Drogas: anti-inflamatórios não-esteroidais 
(AINEs), inibidores da enzima conversora de 
angiotensina (IECA), contraste iodado. 
- Hiperviscosidade: mieloma múltiplo, 
policitemia. 
IRA RENAL (INTRÍNSECA OU 
ESTRUTURAL) 
- Principal causa é a necrose tubular aguda 
(NTA isquêmica e/ou tóxica). 
- Lesões recentes ao parênquima renal 
(40%) 
PODE CURSAR COM 
- Oligúria (NTA isquêmica, rabdomiólise, 
glomerulonefrites). 
- Anúria (necrose cortical aguda, algumas 
glomerulonefrites). 
- Não-oligúrica (NTA por aminoglicosídeos, 
fase de recuperação de NTA). 
ETIOLOGIA 
- Obstrução vascular: (veia ou artéria) renal 
(bilateral ou unilateral com rim único 
funcionante). 
- Doenças do glomérulo ou da 
microvasculatura renal: glomerulonefrite, 
CID, LES. 
- Necrose tubular aguda: isquemia (igual a 
IRA pré-renal), toxinas (meios de contraste, 
antibiótico, quimioterápicos, rabdomiólise). 
- Nefrite intersticial: alérgica (AINEs), 
infecções (bacterianas, virais ou fúngicas), 
infiltração (linfoma, leucemia) e idiopática. 
- Depósito e obstrução intratubular: 
proteínas do mieloma, ácido úrico. 
- Rejeição de aloenxerto renal. 
IRA PÓS RENAL 
- Menor prevalência dentre os 3 tipos (5%) 
- Secundária a obstrução intra ou extra-
renal por cálculos, traumas, coágulos, 
tumores e fibrose retroperitoneal. 
ETIOLOGIA 
- Obstrução ureteral bilateral: neoplasia de 
próstata, neoplasia de colo uterino, fibrose 
retroperitoneal idiopática, iatrogenia, 
obstrução instraluminal (cristas, edema, 
coágulos). 
- Obstrução na bexiga: neoplasia de bexiga, 
infecção, neuropatia. 
- Obstrução uretral: hipertrofia prostática 
benigna (HPB), funcional. 
Etiologia da IRA (resumo) 
- Pré-Renal: doenças que provocam 
hipoperfusão renal, sem comprometer a 
integridade do parênquima, cerca de 55%. 
- Renal: doenças que afetam diretamente o 
parênquima renal, cerca de 40%. 
- Pós-renal: doenças associadas à 
obstrução do trato urinário, cerca de 5%. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
SISTEMA 
COMPROMETIDO 
MANIFESTAÇÕES 
Digestório Inapetência, 
náuseas, vômitos, 
incoercíveis, 
sangramento 
digestivo. 
Cardiorrespiratório Dispnéia, edema, 
Hipertensão arterial, 
insuficiência 
cardíaca, edema 
agudo de pulmão, 
arritmias, 
pericardite, pleurite. 
Neurológico Sonolência, 
tremores, agitação, 
torpor, convulsão, 
coma. 
Hematológico Sangramentos, 
anemia, distúrbios 
plaquetários 
Imunológico Depressão 
imunológica, 
tendência a 
infecções. 
Nutricional Catabolismo 
aumentado, perda 
de massa muscular. 
Cutâneo Prurido 
DIAGNÓSTICO 
- Laboratorial: ureia e creatinina. 
- Urina: urianalise, clearence de creatinina. 
- Bioimagem: Radiografia simples de abdome 
e ultrassonografia (USG) de ruin e vias 
urinárias, tomografia de rins e vias urinárias 
pode mostrar dados não visualizados na 
USG. 
TRATAMENTO 
- É multifatorial, visando aperfeiçoar a 
recuperação da função renal e prevenção de 
novas lesões. 
- Identificar e tratar a etiologia. 
- Correção da volemia. 
- Restabelecimento do equilíbrio eletrolítico. 
- Controle das manifestações de uremia. 
- Monitorar ingestão de líquidos e eletrólitos. 
- Orientação dietética para controlar também 
algumas consequências da uremia. 
- Terapia Renal substitutiva 
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA – IRC 
- Definida pela lesão do parênquima renal 
(com função renal normal) e/ou pela 
diminuição funcional renal presentes por um 
período igual ou superior a três meses. 
GRUPOS DE RISCO 
- Hipertenso; Diabético; Idoso; Pacientes com 
doença cardiovascular; Familiares de 
pacientes portadores de IRC; Pacientes em 
uso de medicações nefrotóxicas. 
EPIDEMIOLOGIA 
- Estima-se 10 milhões de brasileiros com 
doença renal. 
- Entre 90 e 100 mil pessoas sem terapia 
renal substitutiva. 
- Doença renal atinge cerca de 1,4 milhões 
de pessoas, no mundo 500 milhões. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Has; Anemia; Dislipidemia; Sangramento. 
- Pedicardite; Acidose metabólica. 
- Distúrbio Eletrolítico - > (K e P), < Ca. 
- Osteodistrofia Renal. 
- Neuropatia Urêmica – SNC – Encefalopatia. 
- Anorexia, náuseas e vômitos. 
- Hálito e Prurido Urêmico. 
ESTÁGIOS DA DRC/IRC 
Estágio FG Descrição 
1 90>= 
ml/min/ 
1,73m² 
Lesão renal com Fg 
normal ou Aumentada 
2 60 – 89 
ml/min/ 
1,73m² 
Lesão renal com FG 
levemente reduzida. 
3 30 – 59 
ml/min 
1,73m² 
Lesão renal com FG 
moderada reduzida. 
4 15 – 29 
ml/min/ 
1,73m² 
Lesão renal com FG 
severamente reduzida 
5 <15 
ml/min/ 
1,73m² 
FALÊNCIA 
FUNCINAL RENAL. 
TRATAMENTO 
- Hipertensão Arterial: IECA ou, emcaso de 
intolerância a este grupo de drogas, com 
bloqueadores do receptor 1 da angiotensina. 
- Proteinúria: IECA e bloqueador do receptor 
1 de angiotensina, dieta. 
- Anemia: íveis de hemoglobina <13,0 g/dL 
no home e <12,0 g/dL na mulher – uso de 
eritropoietina. 
- Alterações do metabolismo mineral: 
monitorização do cálcio, do fóforo e do 
paratohormônio (PTH). 
- Acidose metabólica: uso de bicarbonato 
oral 
- Dislipidemia: estatina, dieta. 
- Diabetes: Controle glicêmico, insulina, 
hipoglicemiante, dieta, atividade física. 
- Mudança no estilo devida: Interromper 
tabagismo; Reduzir ou interromper o 
consumo de álcool; Adequar o peso corporal 
de maneira a manter o índice de massa 
corporal entre 18,5 e 24,9 kg/m2 e a 
circunferência abdominal <102 cm nos 
homens e <88 cm nas mulheres; Controlar a 
ingestão de sal, que não deve ultrapassar 
6g/dia; Praticar exercícios físicos. 
- Preparo para Terapia Renal Substitutiva: 
pacientes em estágio 5. 
TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA 
- Visa “substituir” os rins que perderam sua 
função de filtrar as substancias tóxicas 
retidas no organismo e de eliminá-las por 
meio da urina. 
Opções de tratamento DRC/IRC: 
Hemodiálise; Diálise peritoneal; Transplante 
renal. 
HEMODIÁLISE 
- Substitui a função renal através da 
passagem de sangue por um filtro (dialisador 
capilar), impulsionado por uma máquina. 
- Hemodiálise é realizada 3 vezes por 
semana, em sessões com duração de 
aproximadamente 3 a 4 horas. 
PESO SECO 
- É o peso ideal, com o qual o paciente deve 
estar sentindo-se bem, sem edemas, com 
pressão arterial normal. 
- Deve ser atingido ao término de cada 
sessão de hemodiálise. 
MATERIAIS NECESSÁRIO 
- Via de acesso vascular; Fístula: ligação 
cirúrgica de uma artéria para uma veia, 
fornecendo acesso aos vasos sanguíneos. 
Enxerto arteriovenoso: tubo colocado 
cirurgicamente embaixo da pele para ligar 
uma artéria a uma veia. Cateter impantado 
na veia jugular. 
- Máquinas de hemodiálise; 
- Linhas sanguíneas (arterial e venosa) 
- Água tratada; 
- Solução de diálise – dialisato; 
- Dialisador capilar – filtro; 
- Anticoagulante – heparinização. 
DIALISE PERITONEAL 
- Processo de depuração do sangue no qual 
a transferência de solutos e líquidos ocorre 
através de uma membrana semipermeável 
(peritônio) que separa dois compartimentos. 
- Um dos compartimentos é a cavidade 
abdominal, onde está contida a solução de 
diálise; o outro é o capilar peritoneal, onde se 
encontra o sangue com excesso de escórias 
nitrogenadas, potássio e outras substâncias. 
- O peritônio age como um filtro, permitindo a 
transferência de massa entre os dois 
compartimentos. 
- Não necessita do uso de sangue para 
deixar seu corpo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
VANTAGENS 
- Baixo custo; 
- Pequena Infraestrutura; 
- Bom método para crianças e pacientes 
cardiopatas; 
- Pouca alteração na hemodinâmica. 
- Viagens; 
- Diminuição da anemia; 
- Dieta mais livre. 
DESVANTAGENS 
- Hiperglicemia 
- Triglicerídeos 
- Nutrição (4-6g por dia de albumina) 
 
 
 
CATETER DE TENCKOFF 
 
 
 
 
 
 
DIÁLISE PERITONEAL AMBULATORIAL 
(DPA) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Diálise Peritoneal 
 
TRANSPLANTE RENAL

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