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Anemia na Gestação - Resumo

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Anemia na Gestação
● Anemia por de�ciência de ferro
○ Tratamento
■ Geralmente, sulfato ferroso 325 mg, VO, 1 vez/dia Um comprimido de 325 mg de
sulfato ferroso ingerido no meio da manhã costuma ser e�caz. Doses maiores
ou frequentes podem aumentar os efeitos adversos gastrointestinais, em
especial a constipação intestinal; uma dose bloqueia a reabsorção da próxima
dose, diminuindo assim a porcentagem de entrada. Cerca de 20% das gestantes
não ingerem suplemento de ferro oral su�ciente; algumas necessitam de terapia
parenteral, geralmente ferro dextrana, 100 mg, IM, em dias alternados até um
total de ≥ 1.000 mg em 3 semanas. Hb ou Hct são mensurados semanalmente
para determinar a resposta à terapia. Caso a suplementação de ferro seja
ine�caz, deve-se investigar a de�ciência de folatos. Os neonatos de mães com
de�ciência de ferro geralmente apresentam Hct normal, mas a reserva total de
ferro estará diminuída, sendo necessária, portanto, a reposição precoce de
ferro.
○ Prevenção: A suplementação já é usada como forma de
prevenção, com o intuito de evitar sangramentos anormais ou
gestação subsequente.
● Anemia por de�ciência de folato
○ Tratamento
■ Ácido fólico, 1 mg, VO, de 12/12h
■ O tratamento é ácido fólico 1 mg, VO, 12/12h.
■ A anemia megaloblástica pode justi�car a avaliação da medula óssea e terapia
em ambiente hospitalar.
● Prevenção: Para prevenção, todas as gestantes e mulheres que estão
tentando engravidar devem receber ácido fólico 0,4 mg a 0,8, VO, 1
vez/dia. Mulheres com antecedentes de feto com espinha bí�da devem
receber uma dose de 4 mg VO, 1 vez/dia, iniciando antes da concepção.
Referência: FRIEL, lara. Anemia na gestação. Manual msd, 2021.DISPONÍVEL EM:
https://www.msdmanuals.com/pt-br/pro�ssional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-complicada-por-doen%C3%A7as/anemia-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#v1071770_pt
3%A3o-complicada-por-doen%C3%A7as/anemia-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#v1071770_pt ACESSO
EM: 20 DE MARÇO DE 2021
● Estratégias de prevenção e tratamento
○ Ante os dados apresentados anteriormente, tanto em relação aos expressivos
contingentes populacionais atingidos pela anemia quanto às suas graves
conseqüências sobre a saúde e a qualidade de vida dos indivíduos, estratégias que
visem ao adequado controle e à prevenção dessa carência devem merecer destaque.
Esse problema deve ser uma das prioridades na área de alimentação e nutrição, com
ações e intervenções a curto, a médio e a longo prazos em relação à suplementação de
grupos de risco, a forti�cação de alimentos e a ações educativas que visem a
diversi�cação alimentar.
● Ações de suplementação a grupos de risco
○ No que se refere às gestantes e às mulheres até o terceiro mês pós-parto, a
Organização Mundial da Saúde preconiza a suplementação de apenas uma dose diária
de 60 mg, já que os problemas decorrentes da intolerância do suplemento de ferro têm
sido mais freqüentemente observados quando a gestante faz uso de mais de um
comprimido de 60 mg de ferro por dia.
○ Além de contribuir para redução de efeitos colaterais, a recomendação de ingestão
diária de 60mg de ferro elementar tem sido signi�cativamente e�caz para o tratamento
da anemia em gestantes.39 Vale ressaltar, que a OMS considera que doses diárias
acima de 30 mg já trazem efeitos positivos na prevenção da anemia por de�ciência de
ferro em gestantes. Entre os diversos tipos de sais de ferro, o sulfato ferroso (Fe
SO4 ) é um dos mais utilizados e de menor custo, sendo absorvido rapidamente em
situações ideais de administração. Apesar de normalmente ser o medicamento de
escolha, possui como limitantes as intercorrências gastrointestinais e a interferência
da dieta na absorção do sal de ferro. Pode ser usado na forma de tabletes ou solução
líquida, sendo esta última mais indicada no caso de crianças
referência:Brasil. Ministério da Saúde. Unicef. Cadernos de Atenção Básica: Carências de
Micronutrientes / Ministério da Saúde, Unicef; Bethsáida de Abreu Soares Schmitz. - Brasília: Ministério
da Saúde, 2007. 60 p. - (Série A. Normas e Manuais Técnicos)
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-complicada-por-doen%C3%A7as/anemia-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#v1071770_pt
conduta e rastreamento
● Recomendação: O rastreamento para anemia deve ser oferecido a toda gestante durante o
pré-natal. O exame deve ser solicitado o mais precocemente possível (no diagnóstico de
gestação) e com 28 semanas. A dosagem de hemoglobina também deve ser solicitada o mais
precocemente possível (grau de recomendação A – nível de evidência II).
● A anemia é de�nida durante a gestação com os valores de hemoglobina (Hb) abaixo de 11g/ dl.
O rastreamento deve ser oferecido a toda gestante o mais precocemente na vinculação do
pré-natal e novamente com aproximadamente 28 semanas. A anemia durante a gestação pode
estar associada a um risco aumentado de baixo peso ao nascer, mortalidade perinatal e
trabalho de parto prematuro.
● Os fatores de risco para anemia na gestação são: • Dieta com pouco ferro, vitaminas ou
minerais; • Perda de sangue decorrente de cirurgia ou lesão; • Doença grave ou de longo prazo
(como câncer, diabetes, doença nos rins, artrite reumatoide, Aids, doença in�amatória do
intestino, doença no fígado, insu�ciência cardíaca e doença na tireoide); • Infecções de longo
prazo; • Histórico familiar de anemia herdada, como talassemia e anemia falciforme.
● Há algumas revisões sistemáticas que apontam para a falta de estudos e, por conseguinte, de
evidências para a suplementação pro�lática universal de sulfato ferroso com ou sem
associação com ácido fólico (PEÑA-ROSAS; VITERI, 2009). Apesar da alta incidência de anemia
ferropriva durante a gestação, há poucos estudos bem delineados que avaliam efeitos
neonatais e maternos da administração de ferro (REVEIZ; GYTE; CUERVO, 2009). A
administração via oral melhora os índices hematológicos, mas frequentemente causa efeitos
gastrointestinais. O tratamento das anemias deve seguir o �uxo sugerido a seguir
imagem abaixo
referência: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde. Secretaria de
Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – 1. ed. rev. – Brasília : Editora do Ministério da
Saúde, 2013. 318 p.: il. – (Cadernos de Atenção Básica, n° 32)

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