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SOCIALIZAÇÃO DO TG

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HISTÓRIA DA ARTE NA EDUCAÇÃO:
O MALEFÍCIO DOS ESTEREÓTIPOS
PATRÍCIA HEITICH WAGNER CANDIDO	 
(ART 0155) 
DATA: 29/11/2016.
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: 
Ensino E Aprendizagem Das Artes Visuais
TEMA: 
O Malefício dos Estereótipos na educação 
 
 
 
 Objetivos da pesquisa 
Identificar Os Problemas Causados Pelo Uso Dos Estereótipos Na Educação.
Apresentar Discussões E Possíveis Soluções Para Este Problema.
Identificar Meios De Apresentar Aos Alunos A História Da Arte De Maneira Criativa, Inovadora E Interativa.
INTRODUÇÃO
	Esta pesquisa foi desenvolvida a partir dos problemas que enfrentei junto aos estágios concluídos e docência de Artes em escolas municipais.
 	O processo de desenvolvimento do aluno tanto na aula de artes quanto em outras disciplinas e socialmente, é insatisfatório. Os alunos possuem falta de criatividade e imaginação, falta de colaboração em grupo, de participação em aula, desmotivação, insatisfação, inquietação, desrespeito, vandalismo, violência contra o colega(bullying), e muitos outros problemas que influenciarão em sua vida adulta.
	Acredito, assim como muitos teóricos e estudiosos sobre o assunto, que este seja os males causados pelo uso dos estereótipos, principalmente na educação infantil.
Sabemos que o estereótipo é visto como algo sem originalidade, cópia, repetição, reprodução de modelos prontos, preconceito.
As crianças não tem criatividade, espontaneidade, imaginação, opinião, não tem conhecimento nem informação concreta.
A única coisa que estão habituadas é receber modelos e ideias prontas em sala de aula, sem uso de pesquisa ou de autoconhecimento.
Observei em meus estágios que a maior parte dos alunos não fazem seus trabalhos, os que fazem copiam do colega, ou pior, alguém faz por eles.
Este foi o principal motivo pelo qual fiz esta pesquisa e me aprofundei no assunto dos estereótipos. Pois como futura educadora, é uma preocupação minha, fazer com que cada aluno tenha autonomia de suas escolhas, seja crítico, e se torne um sujeito transformador de seu próprio contexto social. 
	
	
 Estereótipos
	Segundo o dicionário Priberam, é uma ideia ou conceito formado e sem fundamento sério ou imparcial, é uma coisa que não é original e que se limita a modelos conhecidos. Diz ainda que é a repetição automática de um modelo anterior, anônimo, impessoal, desprovido de originalidade e criatividade.
	O estereótipo na contemporaneidade, se dá pelo difusão da informação. Cruz(2012) afirma que “a tecnologia ajudou a disseminar estes conceitos através de imagens e informações que são usadas para o consumo deliberado, dentro desta sociedade capitalista.”
	
Segundo LIPPMANN (2008), “O ESTEREÓTIPO É O NOVO PADRÃO DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA.”
“É a imagem preconcebida de determinada pessoa, coisa ou situação. São usados principalmente para definir e limitar pessoas ou grupos de pessoas na sociedade...sendo um grande motivador de preconceitos e discriminação...A disseminação pelos meios de comunicação de massa, de representações inadequadas de estrangeiros, classes sociais e outras comunidades é destacada por um sensível problema para o processo democrático, cujo desenvolvimento demanda opinião esclarecida de cada cidadão a respeito de questões capitais da vida política e social. 
ESTEREÓTIPOS
SIGNIFICADOS
Ideia ou conceito padrão
Modelo preconcebido
Cópia, molde
Reprodução
Conceito formado
SINÔNIMOS
Trivial
Estigma
Lugar comum
Clichê
chavão
ANTÔNIMOS
Novo
Original
Criativo
MALEFÍCIOS
Intolerância
Discriminação
Racismo
Exclusão
Preconceitos
violência
USOS 
Educação
Social
Mídia
Industria da comunicação
 DESESTEREOTIPAR
CRIAR NOVAS POSSIBILIDADES
PRODUZIR 
INOVAR
CONSTRUIR MEIOS DE EDUCAR COM QUALIDADE
RESPEITAR AS DIFERENÇAS
O ESTEREÓTIPO É UM DOS GRANDES CAUSADORES DOS MAUS DA SOCIEDADE, POIS TRAZ CONSIGO, A INTOLERÂNCIA, A DISCRIMINAÇÃO, A EXCLUSÃO, O DESRESPEITO, A FALTA DE CRIAÇÃO E ESPOTANEIDADE, A FALTA DE CRITICIDADE, O ATRASO NO DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL E COGNITIVO DO INDIVÍDUO. 
ESTEREÓTIPO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
	O uso do estereótipo na educação infantil incapacita a criança de se expressar, de criar, construir, desenvolver habilidades, de imaginar e formular soluções para seus problemas.
	
	Ana Mae afirma “que a criança precisa produzir, por que isso a faz pensar, precisa saber ler a imagem e interpretá-la, pois isso a faz decodificar os signos e código existentes na sociedade, e precisa apreciar, fruir, sentir, pois isso fará com que a criança perceba o mundo a sua volta,”
	
	A criança precisa se expressar, tornar-se capaz, adquirir habilidades, construir seu desenvolvimento cognitivo, tornar seu conhecimento sensível e humano, livre de preconcepções. Precisa desenvolver sua capacidade criadora e construir sua própria história.
	
	O uso dos Estereótipos faz com que a criança se torne preguiçosa, Afirma Reuter(2013), incapaz de criar, de pensar e solucionar seus problemas.
	Na educação infantil, principalmente, é apresentado as crianças, o produto pronto, o modelo, o estético, o belo, o desenho perfeito, estereotipado, xerocado ou até mesmo mimeografado.
	O processo de criação não existe, são impostos símbolos, soluções prontas para seus problemas, a experiência é afastada. O fazer , o experimentar, o criar e construir não estão incluídos nas aulas de artes. 
	Estes são muitos os fatores que contribuem para que o aluno se distancie da realidade, se auto exclua do mundo a sua volta, cria uma sensação de recusa e não aceitação, não se integra, não socializa, cria assim a intolerância, a discriminação, a falta de colaboração e socialização, de respeito mútuo e o preconceito.
	O estereótipo não se encontra apenas no contexto escolar, se encontra em casa, nas ruas , na mídia, somos bombardeados a todo momento com informações que nem sabemos se é real e nem procuramos saber. 
	O estereótipo está cravado na sociedade, cheio de produtos prontos, ideias modeladas, soluções e significações cheias de má intenção, onde a prioridade é o consumo em massa.
	 
	
	Na educação, a base para a construção cognitiva deveria ser a criatividade, espontaneidade e processo de experimentação. As experiências são deste a era primitiva, o fator mais importante para que o homem construa seu conhecimento.
	Piaget afirma que o ser humano é biológico, que o indivíduo é responsável por sua aprendizagem, que a interação entre o sujeito e o mundo que o cerca é o que o desenvolve e sua influência exerce forte poder na construção do seu conhecimento.
	O problema apontado aqui, é que o uso dos estereótipos na educação, é que o indivíduo não pode criar nada se não for estimulado pelo ambiente que lhe cerca.
	Se a criança recebe estereótipos, ela não usa de pesquisa e experimentação, suas vivências não tem importância. Ela absorve os modelos prontos, se apropria, sem conhecimento cultural, sem crítica, sem reflexão, sem raciocínio, e nesse contexto se desenvolve sem autonomia, com conceitos preconcebidos de violência, intolerância e exclusão social.
	Cruz (2012) afirma que o uso dos estereótipos causa uma distorção na personalidade do indivíduo, causando danos sociais, padrões opressivos de preconceito, devastação psíquica e efeitos negativos no desenvolvimento infantil.
	Diz ainda, que este é uma nova forma de controle social, que afeta o desenvolvimento de seres capazes de transformar seus caminhos e de livre expressão. Indivíduos que de outra forma seriam capazes de se intelectualizar,de se emancipar como cidadãos, de transformar a sociedades e o meio que estão inseridos. 
	As aulas de artes normalmente são estereotipadas, entregamos desenhos prontos, modelos padrões xerocados ou mimeografados sem qualquer preocupação em estimular a criatividade e imaginação do aluno. 
	O Estudante não tem a mínima chance de refletir sobre a atividade, que se torna mecânica, maçante e automática, não deixando nenhum vestígios de aprendizado.
APRENDEMOS COM AS VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS DE NOSSO AMBIENTE SOCIAL.
É ATRAVÉS DOS EXEMPLOS QUE A CRIANÇA DESENVOLVE SEU INTELECTO.
O QUE A CRIANÇA DESENVOLVER NA INFÂNCIA, 
SERÁ SUA PERSONALIDADE
NA VIDA ADULTA.
CONSEQUÊNCIAS DO ESTEREÓTIPO
FALTA DE RESPEITO
PRECONCEITO
DISCRIMINAÇÃO SOCIAL
RACISMO
INDIVIDUALISMO, EGOÍSMO E GANÂNCIA
INTOLERÂNCIA
VIOLÊNCIA
DESESTRUTURAÇÃO SOCIAL
Fonte: http://www.maiscuriosidade.com.br/40-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-preconceito-e-intolerancia/
ESTUDO FEITO EM SÃO PAULO / 2010
	
30%
40%
60%
90%
96,5%
100%
TABELA DE VIOLÊNCIAS SOCIAIS
NÍVEL DE PRECONCEITO	PCD"S	RACISMO	HOMOFOBIA	BULLYING	0.99299999999999999	0.96000000000000008	0.96500000000000008	0.1	DISTANCIAMENTO	PCD"S	RACISMO	HOMOFOBIA	BULLYING	0.9	0.9	0.95000000000000007	0.1	HUMILHAÇÃO	PCD"S	RACISMO	HOMOFOBIA	BULLYING	0.8	0.8	0.8	0.1	
SOLUÇÕES PROPOSTAS
PARA NÓS FUTUROS PROFESSORES DE ARTES:
Estar atento as vivências dos alunos;
Avaliar nossa prática de ensino constantemente;
Instigar os alunos à pesquisa, observação, interpretação, criação e experiência;
Fazer do ensino das aulas de artes uma aventura em busca de aprendizagens novas;
Proporcionar aos alunos o contato com obras de arte e com seus artistas, com música, teatro, com a História, com a diversidade e multiculturalidade
A experimentação é o mais importante para que a criança desenvolva sua capacidade intelectual e cognitiva;
É importantíssimo que os professores estimulem a criança a buscar soluções para seus conflitos;
Também precisamos transformar a educação, buscar novas possibilidades, respeitar as diferenças, fazer com que o aluno sinta-se parte da atividade e da comunidade escolar;
Desenvolver atividades com diversidade e multiculturalidade, faz com que a criança perceba o mundo á sua volta, respeite o próximo, aprenda a trabalhar no coletivo e seja capaz de transformar seus caminhos.
A criatividade e capacidade de construção de cada indivíduo está ligada aos conhecimentos que temos. Quando a criança tem contato com estímulos, conhecimentos novos e variadas produções, ele ganha repertório visual e encontra sentido para suas próprias criações.
O ensino das artes deve trazer liberdade e espontaneidade. O professor deve ser um eterno instigador do aluno. Deve fazer com que a criança crie, produza, teste, busque, pesquise, pense, reflita...
Só assim formaremos indivíduos capazes de transformar seus caminhos e os rumos de nossa sociedade.
Conclusão
	O estereótipo talvez seja um mal invisível, um modismo e que as pessoa não se dão por conta do quão prejudicial é e acabem por atuar dentro desse meio. 
	A informação autêntica e a educação não são assuntos primordiais dentro da sociedade, fazendo com que as informações que nos chegam todos os dias através da indústria de comunicação seja um multiplicador dos estereótipos. 
	
	Nas escolas, não temos acesso a livre expressão e informação necessárias para educar com qualidade. É o governo que delimita o que ensinamos.
	Para a maioria dos teóricos, o uso dos estereótipos é o novo padrão de controle social contemporâneo.
	
	Os estereótipos negam a cada indivíduo o direito de ser livre, de viver de forma diferente, de ter suas próprias convicções e verdades.
	O estereótipo causa intolerância, e as pessoas não percebem. Causa discriminação, diferença social, pobreza, revolta e individualismo.
	
	Precisamos, nós professores, desconstruir esses preconceitos e padrões desumanos da sociedade contemporânea, para que nossos alunos construam um mundo melhor.
	
	Temos que fazer a diferença, a criança aprende o que está a sua volta, ela assimila o que lhe ofertam, então precisamos fazer com que ela aceite as diferenças, perceba o mundo, contribua para a coletividade, seja sensível as diversidades. 
	
	Sabemos que é um desafio para o professor de artes estar atento as mudanças, transformações sociais e vivências do aluno, mas é importantíssimo para que possamos nos livrar definitivamente dos estereótipos.
	A intolerância é o principal mal causado pelos estereótipos. Apontar os defeitos dos outros, é muito melhor do que ver suas qualidades, é mais fácil, isso é repassado para as crianças, a verdade é uma só e não aceitamos outra.	
	Trabalhar na escola com este tema deve ser a primeira coisa a ser feita pelo professor, desconstruir esses tabus é o começo para uma educação igualitária e digna, onde os indivíduos tenham mais tolerância e aprendam a conviver com as diferenças. 
	As aulas de artes, ao meu ver, são a melhor forma de construção de uma sociedade mais sensível e humana.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, Ana Mae. A Imagem No Ensino Das Artes. São Paulo, Ed. Perspectiva S/A, 2012.
 
BRASIL. Ministério da Educação. PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, 1997.
 
BUENO, Mara Lúcia Adriano. Leitura De Imagem. Indaial, Uniasselvi, 2011.
 
CRUZ, Breno Stern. O Estereótipo Na Arte Em Sala De Aula, Artigo disponível no site http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/1389/1/Breno%20Stern%20Cruz.pdf, Criciúma/Sc, 2012. Acessado em 12/08/2016 às 16:30 hs.
 
CZOLPINSKI, Janaína. Estereótipos. Porto Alegre, 18 de outubro de 2016. Entrevista concedida a Patrícia Heitich Wagner Candido.
 
DICIONÁRIO PORTUGUÊS.ORG. Disponível no site http://dicionarioportugues.org/pt/ acessado em 22/09/2012 às 13:32 hs.
 
FARTHING, Stephen. Tudo Sobre Arte. (Tradução Paulo Polsonoff). Rio de janeiro. Ed. Sextante. 2011.
 
FERREIRA, Márcio Heitich. Estereótipos. Viamão, 13 de Outubro de 2016. Entrevista concedida a Patrícia Heitich Wagner Candido.
 
GOMBRICH, Ernest Hans. A História Da Arte. 16ª Ed. Cosac E Naif, 1999.
 
JANSON, Horst Wolderman. História Geral Da Arte: Mundo Moderno. 2ª Ed. São Paulo. Martins Fontes, 2001.
 
LIPPMANN, Walter. Opinião pública. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
 
MACHADO, Ilana. Estereótipos. Porto Alegre, 18 de outubro de 2016. Entrevista concedida a Patrícia Heitich Wagner Candido.

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