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Introdução à Fisiologia Humana - Hormônios

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FISIOLOGIA | Victória Ribeiro de Medeiros 
Introdução à Fisiologia endócrina e reprodutiva 
1. Comunicação neural: neurotransmissores na fenda 
sináptica por neurônios. 
2. Comunicação endócrina: hormônios + fatores de 
crescimento atingem o tecido alvo pela corrente 
sanguínea ou sistema linfático. 
3. Comunicação parácrina: produtos metabólicos das 
células liberados no LEC → atingem células vizinhas. 
4. Comunicação autócrina: mensageiros químicos que 
desencadeiam resposta na própria célula que os liberou. 
5. Comunicação justácrina: algumas célulasexpressam 
várias repetições de fatores de crescimento em 
proteínas transmembrana → ponto de fixação entre 
células. 
• Aminas e aminoácidos 
• Esteroides 
• Polipeptídeos 
• Lipídeos 
• Purinas e pirimidinas 
 O mesmo mensageiro químico pode 
desempenhar diferentes funções, dependendo do tecido 
que está interagindo/do receptor que se liga: 
neurotransmissor, comunicação parácrina, neuro-
hormônio ou hormônio secretado por glândulas. 
 Junções 
comunicantes 
Sináptica Parácrina e 
autócrina 
Endócrina 
Transmissão 
da mensagem 
Célula → 
célula direto 
Fenda 
sináptica 
Difusão no 
LEC 
Corrente 
sanguínea 
ou sistema 
linfático 
Local ou geral Local Local Difusão 
local 
Geral 
Especificidade 
depende de 
Localização 
anatômica 
Localização 
anatômica 
+ 
receptores 
Receptores Receptores 
 
 
• São proteínas presentes na membrana na célula 
→ não são componentes permanentes! Número 
de receptores disponíveis aumenta ou diminui 
conforme estímulos que a célla recebe 
• Mudanças nas condições fisiológicas → 
mudança nas propriedades do receptor 
• Neurotransmissor/hormônio em excesso → 
número de receptores ativos ↓ = 
downregulation – pode acontecer por: 
o Endocitose/internalização ou 
o Dessensibilização (↓ responsividade do 
receptor) 
• Neurotransmissor/hormônio em falta → 
número de receptores ativos ↑ = upregulation 
o Exceção angiotensina 2 
Interação receptor ligante: primeiros mensageiros → 
respostas secundárias na célula: segundos mensageiros 
– 4 tipos: 
1. Ativação de canal iônico: hormônio se liga ao receptor → 
alteração da atividade do canal → influxo/efluxo de íons 
→ hiper/despolarização da membrana → resposta 
celular. Ex: acetilcolina (receptor nicotínico colinérgico); 
noradrenalina (canais de K+ no coração). 
2. Ativação de proteína G: 
• Ativação: GDP → GTP (gasto energético) 
• Subunidade alfa se liga a uma proteína → 
ativação da 
o Adenilil ciclase, ou 
o Fosfolipase C, ou 
o Canal iônico 
• Ação inibitória ou estimuladora = determina 
efeito na enzima 
o Abertura de canais iônicos (dímero βγ) 
o Altera atividade de enzimas (monômero 
alfa) → ativação de segundos 
mensageiros → resposta celular: 
liberação de Ca2+ ou fosforilação de 
proteínas 
• Ex: receptor muscarínico de acetilcolina 
3. Ativação de enzimas no interior da célula: 
• Tirosina cinase: função enzimática própria 
• Ligação direta com enzimas-alvo: JAK → 
fosforilação de STAT → transcrição de genes alvo 
• Receptor = proteína de membrana 
o Parte extracelular se liga ao hormônio 
o Parte intracelular = atividade catalítica: 
quinase → fosforilação de proteínas → 
resposta celular 
FISIOLOGIA | Victória Ribeiro de Medeiros 
4. Ativação direta de transcrição gênica: hormônios 
tireoidianos; ácido retinóico; esteroides. 
Segundos mensageiros: 
• Produzem alterações de curto prazo no interior 
da célula 
• Alteração da função enzimática; desencadear 
exocitose 
• Alteração na transcrição gênica 
• “efeito dominó”: a sinalização do primeiro 
mensageiro é amplificada pelos segundos 
mensageiros, em uma cascata de reações + 
retroalimentação/regulação da via 
AMP CÍCLICO: 
• Ativação de Adenil ciclase 
• ATP → AMPc (gasto energético) 
• Ativa proteína quinase A → fosforilação de 
enzimas 
o Lipase → ↑ lipólise 
o Glicogênio sintetase → ↓ síntese de 
glicogênio 
o Fosforilase quinase → fosforilase A → 
conversão de glicogênio em glicose-1-
fosfato → ↑ degradação de glicogênio 
• Ex: glucagon, PTH, ADH 
FOSFOLIPASE C: 
• Quebra do PIP2 em: 
o DAG → proteína quinase C 
o IP3 → abertura dos canais de Ca2+ → 
aumento da [Ca2+]: 
▪ Contração de m. liso 
▪ Aumento da força de contração 
no coração 
▪ Secreção de gl. Exócrinas 
▪ Liberação de 
neurotransmissores 
▪ Liberação de hormônios 
▪ Citotoxicidade 
▪ Proteínas contráteis 
▪ Canais iônicos 
• Ex: catecolaminas, ocitocina, ADH 
Características Hh proteicos e 
catecolaminas 
Hh esteroides e da 
tireoide 
Solubilidade Hidrofílico Lipofílico 
Circulação no plasma Livre Ligado a proteínas 
plasmáticas 
Tempo de ½ vida Curto (minutos) Longo (horas/dias) 
[plasma] Muito baixa baixa 
Localização do 
receptor 
Membrana externa Citoplasma ou 
núcleo 
Sítio de ação Membrana Núcleo 
Mecanismo de ação Mudanças na 
membrana com 
formação de 
segundos 
mensageiros 
Mudanças na 
expressão genética 
→ afetam a síntese 
de RNAm e 
proteínas 
 
• Manutenção da homeostasia → coordenação 
das vias de sinalização hormonal → regulação da 
atividade celular 
• Reprodução e maturação sexual 
• Endócrinas: secretam hormônios no sistema 
circulatório 
• Órgãos-alvo → órgãos com receptores 
específicos para os hormônios; a ligação do 
hormônio com esses receptores desencadeia a 
resposta celular 
• Receptores = especificidade de resposta → 
apenas tecidos e células com receptores 
disponíveis poderão se ligar ao hormônio e 
iniciar a resposta celular 
• Síntese depende da natureza química do 
hormônio: 
o Hormônios peptídicos → síntese 
controlada na transcrição proteica 
o Hormônios esteroides e derivados de 
aminas → disponibilidade de substratos 
+ regulação de enzimas-chave 
sintetizadoras 
• Exocitose de grânulos armazenados 
• Liberação contínua por difusão (esteroides) – o 
controle da quantidade de hormônio a ser 
liberada nesse caso é feito nas etapas de síntese 
ou carreamento 
• Secreção pulsátil → a taxa de secreção varia 
conforme estímulo (pico X declínio): ritmo 
circadiano, horário de refeição, ciclo menstrual 
etc. → hipotálamo: mudança nos potenciais de 
membrana dos neurônios 
FISIOLOGIA | Victória Ribeiro de Medeiros 
• Taxas de degradação e/ou consumo 
• Ligação com receptores 
• Disponibilidade e afinidade com carreadores 
plasmáticos 
 Estabilidade com proteínas de transporte ↔ 
tempo ½ vida circulatória → isso precisa ser considerado 
em terapias de reposição hormonal. 
• Reservatório de hormônio inativo/reserva 
hormonal 
• Evita degradação metabólica do hormônio → em 
casos de falta hormonal, a queda e o estresse 
podem ser suavizados 
• Restringem o acesso dos hormônios 
• Modulam os níveis de hormônio livre no plasma 
= biologicamente ativo → único capaz de se 
difundir pela membrana celular e acessar o 
compartimento extravascular (interstício) 
Catecolaminas e maioria dos hormônios peptídicos = 
hidrossolúveis → solúveis no plasma (circulam 
livremente pelo plasma) 
Hormônios esteroides = hidrofóbicos → proteínas 
ligadoras de esteroides - SBP (síntese no fígado); 
globulina ligadora de hormônios sexuais; transcortina 
(apenas uma pequena quatidade de hormônios 
esteroides solubilizam no plasma) 
 A quantidade de hormônios ligados a 
proteínas está em equilíbrio com a quantidade de 
hormônios livres no plasma, portanto o aumento ou a 
diminuição de um, afeta a concentração do outro! 
• ↑ solubilidade no sangue de hormônios 
lipossolúveis 
• ↓ taxa de perda hormonal pela urina → filtração 
glomerular impede a passagem de proteínas 
com carga externa negativa e/ou maiores que os 
poros 
• Forte de hormônios na corrente sanguínea → 
liberação de hormônios livres se o equilíbrio for 
alterado 
 É possível controlar a biodisponibilidade de 
hormônios não apenas controlando a sua produção e 
secreção, mas também a sua biodisponibilidade, 
alterando o equilíbrio entre os hormônios livres e 
aquelesligados a proteínas 
• Medicações podem alterar os níveis das 
proteínas ligadoras/afastar os hormônios ligados 
a elas 
• Algumas proteínas são inespecíficas → se ligam 
a vários hormônios 
A biodisponibilidade também depende dos locais de 
liberação X ação dos hormônios → degradação no 
pulmão ou no fígado reduzem a biodisponibilidade. 
• Alterações no metabolismo 
• Liberação de outros hormônios e substâncias 
reguladoras 
• Alteração na atividade de canais iônicos 
• Crescimento celular etc. 
• Ação conjunta dos hormônios = manutenção da 
homeostase 
Hormônios hidrofílicos (peptídeos e catecolaminas) → se 
ligam a receptores de membrana (maioria: GPCR) 
Hormônios hidrofóbicos → receptores nucleares 
1. Hormônio se liga ao receptor nuclear → ativação 
de um coativador transcricional → estimulação 
direta da transcrição 
2. Hormônio se liga ao receptor nuclear → 2 eventos 
simultâneos: 
a) Expulsão de um correpressor transcricional 
b) Recrutamento de um coativador 
Hormônio Fonte Ação 
Hormônio da tireoide Tireoide Controle do 
metabolismo basal 
na maioria dos 
tecidos 
Cortisol Córtex da 
suprarrenal 
Metabolismo 
energético; 
Secreção de outros 
hormônios 
Hormônio 
antidiurético - ADH 
Neurohipófise Regulação da 
reabsorção da água 
pelo ducto coletor 
(néfron) 
Hormônio da 
paratireoide – PTH 
Paratireoides Regulação dos 
níveis de fosfato e 
de cálcio 
Insulina Pâncreas Regulação da 
concentração de 
glicose no plasma 
Mineralocorticoides Córtex da 
suprarrenal 
Regulação do 
volume plasmático 
e da pressão 
arterial 
FISIOLOGIA | Victória Ribeiro de Medeiros 
Autorregulação da produção/secreção hormonal: o 
aumento na concentração de diferentes hormônios de 
uma mesma via ou cascata serve de sinalização para 
alterar a produção/secreção de estímulos precursores. 
No feedback positivo, a alça de feedback estimula a via, 
enquanto no feedback negativo, a alça inibe uma ou mais 
etapas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Destruição do tecido produtor/secretor 
(glândula) → ataque autoimune inadequado 
o Ex: diabetes melito tipo 1 → destruição 
de células beta do pâncreas → perda da 
capacidade de produzir insulina → 
manutenção dos níveis de glicose no 
sangue elevados 
• Mutações genéticas 
• Defeitos na maquinaria enzimática 
• Deficiência de substratos (nutricional) 
Ocorre quando o tecido-alvo não responde 
apropriadamente, ou não tem resposta alguma, ao 
hormônio em níveis normais, podendo haver resposta se 
a concentração ultrapassar a normalidade ou o esperado 
para aquele indivíduo ou contexto metabólico. As alças 
de retroalimentação também podem se tornar 
resistentes, o que pode desregular ainda mais a 
produção hormonal e a resposta celular. Algumas 
síndromes hereditárias (raras) também podem causar 
resistência. 
Exemplo de resistência hormonal: diabetes melitus tipo 
2. Principalmente a obesidade leva a uma menor 
ativação da fosfatidilinositol 3-cinase e outras vias de 
sinalização → maior resistência gradual do tecido à 
insulina → glicose permanece na corrente sanguínea. 
Para compensar, há excesso de produção de insulina, o 
que ao longo dos anos exauri as células beta pancreáticas 
→ falha na produção de insulina. Importante notar que 
o DM2 tem pelo menos duas fases de apresentação 
clínica: a primeira em decorrência da resistência 
periférica dos tecidos à insulina, a segunda por falha na 
produção de insulina. Na primeira fase, é possível o 
tratamento com hipoglicemiantes orais e mudanças no 
estilo de vida. No segundo caso, é preciso adicionar 
insulina ao tratamento. 
• Principal causa: tumores 
• Ocorre a “regulação para baixo” dos fatores de 
liberação anteriores (ou “à montante”: via 
metabólica ↔ curso de um rio) → ativação da 
retroalimentação negativa 
• Causa imune: anticorpos se ligam ao receptor e 
simulam a ligação com o hormônio 
o Ex: Doença de Graves → anticorpos se 
ligam aos receptores de TSH 
 
+
 
FISIOLOGIA | Victória Ribeiro de Medeiros 
HORMÔNIO ÓRGÃO CLASSIFICAÇÃO 
QUÍMICA 
RECEPTORES 
NO TECIDO 
ALVO 
FUNÇÃO FISIOLÓGICA REGULAÇÃO 
ADH, 
VASOPRESSINA 
Neurohipófise Peptídeo Membrana 
plasmática 
Receptor V1: vasoconstrição 
(PLC) 
Receptor V2: Reabsorção de 
água nos rins (AMPc) 
Osmorreceptores 
(hiperosmolaridade 
↑ secreção) 
Barorreceptores 
(↓PA ↑ secreção) 
OCITOCINA Neurohipófise Peptídeo Membrana 
plasmática 
Contração do útero gravídico 
e ejeção de leite (PLC) 
Feedback positivo 
GH, HORMÔNIO DO 
CRECIMENTO 
Adenohipófise Peptídeo Membrana 
plasmática 
Síntese proteica no músculo; 
Lipólise no tecido adiposo; 
Gliconeogênese no fígado; 
Crescimento ósseo 
GHRH: estimulado 
por jejum e exercício 
físico 
GHIH: somastotina 
T3 E T4 Tireoide Amínico ou 
derivado da 
tirosina 
Citosol e 
núcleo 
Aumento do metabolismo 
basal (mitocôndrias, 
transporte ativo, queima de 
açúcar e gordura) 
Aumento de FC, FR, 
motilidade GI, SNC e mm. 
TRH (PLC): 
estimulado por frio; 
liberação de TSH na 
adeno hipófise 
TSH (AMPc): 
aumento da 
tireoglobulina e 
células tireoideanas 
Feedback negativo 
de T3 e T4 
ALDOSTERONA Córtex da 
adrenal (zona 
glomerular) 
Esteróide Citosol Proteínas transportadoras 
Reabsorção de sódio (urina e 
suor) e excreção de potássio 
(urina e suor) 
Angiotensina II e 
hiperpotassemia: 
aumento da 
secreção permitida 
por ACTH 
CORTISOL Córtex da 
adrenal (zona 
fasciculada) 
Esteróide Citosol Fígado: síntese proteica e 
gliconeogênese 
Tecido adiposo: lipólise 
Demais tecidos: proteólise 
Supressão de linfócitos T 
helpers e citocinas 
CRH (AMPc): 
estimulado por 
estresse; liberação 
de ACTH na 
adenohipófise 
ACTH (AMPc): 
colesterol → 
pregnolona 
Feedback negativo 
de cortisol 
INSULINA Pâncreas 
endócrino 
Peptídeo Membrana 
plasmática 
Tirosina cinase 
Músculo: glicogênese e 
síntese proteica 
Tecido adiposo: lipogênese 
Fígado: glicogênese e 
lipogênese 
Hiperglicemia, GH e 
hormônios do TGI: 
aumento da 
secreção (canais 
iônicos ATP-
dependentes) 
GLUCAGON Pâncreas 
endócrino 
Peptídeo Membrana 
plasmática 
AMPc 
Fígado: gliconeogênese 
Tecido adiposo: lipólise 
Hipoglicemia: 
aumento da 
secreção 
Somastotina: diminui 
a secreção 
PTH, 
PARATORMÔNIO 
Paratireóide Peptídeo Membrana 
plasmática 
AMPc 
↑ na calcemia: ↑liberação 
óssea ↓ excreção renal 
Excreção de fosfato 
Receptor sensível de 
cálcio → PLC → 
inibição da secreção

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