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Proteína C reativa e inflamação

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PROTEÍNA C REATIVA E INFLAMAÇÃO 
 Layse Melo 
 
Infecções microbianas, lesões teciduais, 
reações imunológicas, processos 
inflamatórios e neoplásicos geram 
alterações denominadas de “RESPOSTA DE 
FASE AGUDA” (RFA). 
 
Estímulos: produção de dano ou morte 
celular. 
 
A RFA é uma reação inflamatória não 
específica com o objetivo de impedir ação 
do patógeno ou dano celular. 
Durante a resposta são liberadas citocinas e 
mediadores que iniciam alterações 
sistêmicas, localizadas e na concentração de 
algumas proteínas plasmáticas: as 
PROTEÍNAS DE FASE AGUDA (PFA ou APPS: 
Acute Phase Proteins). 
 
APPs podem ser: 
 APPs Negativas: quando ocorre 
diminuição da concentração. 
Exemplos: albumina, globulina e 
transferrina. 
 APPs Positivas: quando ocorre 
aumento da concentração. 
Exemplos: proteína C reativa (PCR), 
proteína amiloide sérica (PAS), 
haptoglobina, α-1 glicoproteína-
ácida, ceruloplasmina, fibrinogênio, 
proteína ligante de manose (PLM), e 
α-1-antitripisina. 
Principais: PCR, PAS e haptoglobina que 
são liberadas pelos hepatócitos após 
estímulo de citocinas. Sintetizadas no 
fígado a partir de citocinas pró-
inflamatórias. 
 
 
 
Funções mais importantes 
das APPs: 
 
Contribuir para a defesa neutralizando 
agentes inflamatórios, minimizando dano 
tecidual, participam do reparo e 
regenerações teciduais. Induzem aumento 
do complemento, quimiotaxia de 
neutrófilos, macrófagos e proteínas 
plasmáticas. Participam da morte de 
agentes infecciosos, formação de debris 
celulares (vestígios de células) e reparo 
tecidual. 
 
Características clínicas e 
laboratoriais das APPs 
 São consideradas os 
indicadores mais confiáveis da resposta 
sistêmica frente aos processos 
inflamatórios/infecciosos, quando 
comparadas a outros achados como febre e 
presença de leucocitose associada à 
neutrofilia. 
 O estímulo para o aumento 
de síntese dessas proteínas acontece dentro 
de 6 a 8 horas após a agressão e a 
concentração máxima ocorre dentro de 2 a 
5 dias. 
 A concentração sanguínea 
das PFAs (liberadas pelos hepatócitos) é 
modulada por citocinas pró-inflamatórias 
como interleucina-1 (IL-1), IL-6 e fator de 
necrose tumoral (TNF). 
 A IL-6, por sua vez diminui a 
síntese hepática de albumina, além causar a 
supressão da produção dessas citocinas 
pelos macrófagos. 
 PROTEÍNA C REATIVA E INFLAMAÇÃO 
 Layse Melo 
 
 Em humanos, aumento dos 
níveis séricos é proporcional à intensidade 
da agressão e da subsequente destruição 
tecidual. 
 
 
 
Proteína C Reativa 
 
A PCR foi descoberta em 1930 e recebeu 
esse nome porque reagia com o 
polissacarídeo-C dos pneumococos na fase 
aguda da pneumonia pneumocócica. 
Não demorou muito para que se 
descobrisse que esse fenômeno não 
ocorria somente na pneumonia, mas sim 
em qualquer infecção relevante no 
organismo. 
 
 Produzida no fígado. 
 Estimulada principalmente por 
IL-6. 
 Liga-se ao componente C1q do 
complemento e ativa C3-
convertase. Seu nível pode estar 
aumentado em até mil vezes 
nessa fase. 
 
Função: se ligar às células lesadas e/ou 
patógenos, ativando o sistema 
complemento, facilitando o processo de 
fagocitose. 
 
o A PCR e o sistema complemento irão 
atuar em sintonia, para realização da 
limpeza das células apoptóticas, não 
ocasionando a lise celular, e 
diminuindo a liberação dos 
mediadores que aumentariam a 
resposta inflamatória. 
 
 
 
Utilização 
 
o Biomarcador inflamatório. 
 
o Utilizada na detecção, avaliação e 
acompanhamento de doenças inflamatórias 
de qualquer natureza, facilitando o 
processo de fagocitose de partículas 
estranhas, participando da ativação do 
sistema complemento e se ligando às 
células necróticas. 
 
o Possui um marcador sensível, pois 
seus níveis são aumentados de acordo com 
estímulos inflamatórios e infecciosos. 
 
o Sua concentração proporciona a 
avaliação clínica da presença e extensão 
dos processos inflamatórios e resposta 
terapêutica. 
 
 PROTEÍNA C REATIVA E INFLAMAÇÃO 
 Layse Melo 
 
Estrutura 
 
o Proteína pentamérica anelar, 
organizados simetricamente ao 
redor deum poro central. 
o Composta por 5 monômeros 
(subunidades), cada um com 206 
aminoácidos. 
o Sintetizada primeiramente como 
monômeros, e depois são montadas 
em pentâmeros no retículo 
endoplasmático. 
 
 
 
 
 
 
 
Aumento por causas não 
infecciosas 
 
o Artrite reumatoide 
o Infarto do miocárdio 
o Pancreatite necrosante 
o Apendicite 
o Politrauma 
o Neoplasias 
o Doença inflamatória intestinal 
o Queimadura etc. 
 
 
Valores normais 
 
A PCR costuma estar abaixo de 0,3 mg/dL (3 
mg/L), podendo estar mais elevado em 
idosos. 
 
 Valores entre 0,3 mg/dL e 1,0 
mg/dL: situações de inflamação 
mímima (gengivite, resfriado). 
 
 
Obesidade, hipertensão, consumidores 
regulares de álcool, insuficiência renal, 
fumantes ou sedentarismo podem elevar 
discretamente os valores de PCR. 
 
 Valores acima de 1,0 mg/dL: mais 
compatíveis com infecções ou 
processos inflamatórios mais 
intensos. 
 
 Valores entre 1,0 mg/dL e 4,0 
mg/dL: compatíveis com infecções 
virais mais fortes (gripe, 
mononucleose, catapora, etc.), 
tumores e doenças reumáticas. 
 
 
 Valores acima de 4mg/dL: mais 
compatíveis com infecções 
bacterianas. 
 Em casos de sepse, os valores 
podem ultrapassar os 20 mg/dL.

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