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Ativadores da lipólise

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Dra. Daniela Felício e Dr. Adriano Cavalcanti
Abstract
In order to have a full realization of the exercise, stocks of triphosphate adenosine (ATP) are required constantly, 
being increased significantly according to the intensity and duration of the effort. This ATP ensures enough stock of 
energy for all physiological processes occurring in the living organism. Despite the use of other energy substrates, 
including carbohydrates, such preference of the skeletal muscle by fatty acids is very important in prolonged exercises, 
since lipids stored in the form of triacylglycerols (TAG) are the main fuel available in stock. The catabolism of TAG 
stored in the adipocyte is called lipolysis, and this process, stimulated by some internal modulator, promotes lipolysis of 
TAG in adipocytes of the peripheral tissue and induces the release in plasma of fatty acids and glycerol, which will be 
used for energy metabolism. Throughout this process, both internal and external activators are responsible for inducing 
lipolysis and oxidation of these lipids in different intensities of the exercise, and nutrition is also and important ally in 
triggering these steps.
Keywords: exercise, mitochondrial function, lipolysis, nutrition, triglycerides, resveratrol, β-hydroxy-β-
methylbutyrate, quercetin, green tea, caffeine.
Resumo
Para que haja uma completa realização do exercício físico, estoques de adenosina de trifosfato (ATP) são requeridos 
constantemente, sendo aumentados significativamente de acordo com a intensidade e duração do esforço. É este ATP 
que garante estoque de energia suficiente para todos os processos fisiológicos que ocorrem no organismo vivo. Apesar 
da utilização de outros substratos energéticos, entre eles o carboidrato, tal preferência da musculatura esquelética por 
ácidos graxos (AG) é muito importante em exercícios de longa duração, visto que os lipídeos armazenados na forma de 
triacilgliceróis (TAG) representam o principal combustível disponível em estoque. O catabolismo dos TAG estocados 
no adipócito é chamado lipólise, e este processo, estimulado por alguns moduladores internos, promove a hidrólise 
dos TAG nos adipócitos do tecido periférico e induz à liberação no plasma de AG e glicerol, que serão utilizados no 
metabolismo energético. Durante todo esse processo, ativadores tanto internos quanto externos são responsáveis por 
induzir a lipólise e a oxidação desses lipídeos em diferentes intensidades do exercício físico, sendo a nutrição também 
uma aliada importante no desencadeamento dessas etapas.
Palavras-chave: exercício físico, função mitocondrial, lipólise, nutrição, triacilgliceróis, resveratrol, β-hidroxi-β-
metilbutirato, quercetina, chá verde, cafeína.
Activators of lipolysis and mitochondrial function in sport
Ativadores da lipólise 
e função mitocondrial 
no esporte
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Dra. Daniela Felício e Dr. Adriano Cavalcanti
Introdução
Para que haja uma completa realização do 
exercício físico, estoques de adenosina trifosfato 
(ATP) – molécula indispensável à vida celular – 
são requeridos constantemente, sendo aumentados 
significativamente de acordo com a intensidade e 
duração do esforço. É este ATP que garante estoque 
de energia suficiente para todos os processos 
fisiológicos que ocorrem no organismo vivo. 
Sistemas encontrados no músculo esquelético 
são fundamentais para a ressíntese constante do 
ATP que está sendo utilizado para a contração 
muscular, sendo eles: fosfocreatina, glicólise e 
a fosforilação oxidativa. Destes, a fosforilação 
oxidativa exige a presença de oxigênio, o que a 
torna o sistema mais complexo, com uma produção 
mais lenta, entretanto de capacidade ilimitada, 
permitindo o fornecimento de energia a partir do 
ATP principalmente em esforços de longa duração. 
Nestes casos, visto que os estoques de glicogênio 
muscular são facilmente exauridos e limitados, 
este é poupado, sendo os ácidos graxos (AG) 
armazenados na forma de triacilgliceróis (TAG), 
mais utilizados como substratos energéticos1,2. 
Encontrados no tecido adiposo, no músculo 
esquelético e no plasma, os TAG armazenam em 
torno de 60 vezes mais energia do que o glicogênio, 
e tal característica permite a manutenção de 
exercícios físicos de longa duração, retardando a 
depleção do glicogênio e hipoglicemia3. 
O catabolismo dos TAG estocados no adipócito 
é chamado lipólise, sendo realizado em três etapas, 
envolvendo as enzimas: triglicerídeo lipase (TGL), 
que catalisa a etapa inicial da lipólise e converte 
TAG em diacilglicerol (DAG); a enzima lipase 
hormônio sensível (LHS), responsável pela segunda 
etapa, que hidrolisa o DAG em monoacilglicerol 
(MAG); e a lipase de monoacilglicerol (MAGL), 
que catalisa a última etapa e hidrolisa o MAG4. 
No que se refere aos lipídeos, na literatura5,6 são 
documentados alguns pontos de regulação do 
metabolismo, entre os quais: (1) mobilização 
de AG do tecido adiposo, através do balanço da 
taxa de lipólise e reesterificação no interior do 
adipócito; mobilização e transporte do AG do 
tecido adiposo para a circulação; (2) transporte do 
AG no plasma; (3) captação do AG pelo músculo 
esquelético; (4) mobilização de AG do TAG 
intramuscular; (5) transporte do AG para o interior 
da mitocôndria, por meio do complexo carnitina-
palmitoil transferase (CPT); e (6) beta-oxidação 
no interior da mitocôndria.
Esses pontos do metabolismo podem ser 
regulados pela realização da própria atividade 
física, por meio de alguns hormônios como 
adrenalina, glucagon, cortisol e hormônio do 
crescimento. Porém, alguns compostos bioativos 
e nutrientes parecem exercer influências positivas 
nessas etapas, intensificando a lipólise e função 
mitocondrial. Por conta da procura incessante da 
população pela melhora de desempenho esportivo 
e benefícios estéticos associados, suplementos 
alimentares têm sido usados como auxílio para 
atingir tais objetivos. Neste sentido, o presente artigo 
teve como finalidade descrever as principais etapas 
e ativadores envolvidos no processo de lipólise e 
função mitocondrial. Para isto, foram realizadas 
buscas nos bancos de dados PubMed, Medline, 
Scielo e em revistas especializadas. Utilizou-
se como critério de busca o formulário básico, 
com os seguintes descritores: lipólise, função 
mitocondrial, exercício, nutrição, triacilgliceróis, 
resveratrol, β-hidroxi-β-metilbutirato, quercetina, 
chá verde e cafeína. Foi realizada uma análise 
dos artigos encontrados, e, posteriormente, foram 
selecionadas revisões e trabalhos experimentais 
nas línguas portuguesa e inglesa.
Modulação da lipólise e função mitocondrial 
pelo exercício
Alguns estudos mostram que a atividade 
lipolítica do tecido adiposo pode aumentar com 
o exercício7,8, principalmente com o treinamento 
aeróbio, devido ao aumento significativo no 
número e na atividade das mitocôndrias bem 
como a um aumento na oxidação de AG9. O 
exercício agudo promove ativação do sistema 
simpático-adrenal, o que acarreta em liberação 
de catecolaminas no sangue. Estes estímulos 
lipolíticos durante o exercício (no caso, a 
adrenalina) atuam em receptores do tipo beta-
adrenérgicos, promovendo a hidrólise dos TAG 
nos adipócitos do tecido adiposo periférico, e 
induzem à liberação no plasma de AG e glicerol, 
que serão utilizados no metabolismo energético 
para a produção de energia4,10. Esta cascata 
inicia-se com a ativação da enzima adenilil-ciclase, 
que, ao formar o AMP cíclico (AMPc), ativará a 
proteína quinase A (PKA). Esta proteína central 
ativará duas importantes enzimas envolvidas na 
lipólise: a lipasehormônio-sensível7 (LHS) e a 
perilipina A11. Além da adrenalina, a mobilização dos 
AG pode ser estimulada pela ação da noradrenalina, 
cortisol e hormônio do crescimento (GH)12. 
Ogasawara et al.13 observaram que a produção 
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intracelular de AMPc aumentou consideravelmente 
logo após e 3 h depois do exercício físico agudo. 
Estes mesmos pesquisadores averiguaram que 
a expressão dos receptores beta-adrenérgicos 
do tipo 2 na membrana celular está associada 
aos níveis de AMPc intracelular em adipócitos 
epididimais, ou seja, o exercício físico agudo 
pode estimular a atuação desses receptores que 
promovem a hidrólise dos TAG, modificando 
respostas metabólicas na cascata lipolítica logo 
após o exercício físico. Além disto, Talanian 
et al.14 também observaram outro mecanismo 
fisiológico relacionado ao exercício agudo, a 
fosforilação do sítio Ser 660 da enzima LHS, 
aumentando a lipólise por meio de uma elevação 
na atividade desta enzima. 
Um estudo mostrou que, em humanos, o 
exercício resistido aumentou mais de 16 vezes 
a atividade da enzima TGL em homens obesos 
e magros, o que leva a um aumento do gasto 
energético, fato este que pode ser justificado 
por um aumento progressivo dos níveis de 
catecolaminas plasmáticas, intensificando 
a lipólise nos primeiros 5 a 10 minutos do 
exercício15. 
Em exercícios de baixa intensidade (25% do 
consumo máximo de oxigênio - VO2max), os 
ácidos graxos não esterificados suprem a maior 
parte da necessidade energética; porém, com o 
aumento da intensidade do esforço, em 65% do 
VO2max, a contribuição desses ácidos graxos 
plasmáticos como substrato para o músculo 
esquelético diminui, tornando outras fontes de 
ácidos graxos importantes16. Além disso, acredita-
se que em indivíduos altamente treinados o TAG 
intramuscular proporcione uma grande parte 
do total de AG oxidados, diferentemente dos 
indivíduos não treinados, cujos AG provêm 
do tecido adiposo periférico, que requer uma 
ação mais proeminente das catecolaminas17,18. 
Um estudo realizado por Romijn, Coyle e 
Sidossis19 analisou a mobilização e utilização 
de carboidratos e lipídeos em homens treinados 
submetidos a diferentes intensidades de exercício 
(25%, 65% e 85% do VO2max). No que se 
refere à lipólise do TAG intramuscular (TGIM), 
observou-se que a mesma era proporcional ao 
aumento da intensidade do exercício. Resultados 
semelhantes foram encontrados por Romijn et 
al.20 .
O transporte do AG para a mitocôndria é 
realizado por meio do complexo carnitina-
palmitoil transferase, para posterior oxidação. 
Entretanto, ainda no citosol os AG recebem 
uma coenzima A (CoA) e tornam-se acil-CoA, 
atravessando a membrana, processo dependente 
da carnitina pelo complexo carnitina-palmitoil 
transferase (CPT), composto pelas enzimas 
carnitina-acil transferase I (CAT I), localizada 
na membrana externa, carnitina-acil transferase 
II (CAT II), localizada na membrana interna, e 
carnitina-acilcarnitina translocase21,22.
Após a entrada do acil-CoA na mitocôndria, 
ocorre o processo de beta-oxidação, que consiste 
na remoção sucessiva de pares de carbonos e 
formação de um certo número de moléculas de 
acetil-CoA proporcional ao número de carbonos 
do ácido graxo original. O resultado é a liberação 
de íons H+ que posteriormente serão utilizados 
na cadeia respiratória de elétrons, e o acetil-
CoA resultante entra no ciclo de Krebs, onde é 
metabolizado2,3,23,24. 
Os receptores ativados por proliferadores 
de peroxissomos (PPARs) possuem papel 
central no armazenamento e catabolismo dos 
AG, podendo estar relacionados a alterações 
na expressão gênica das enzimas regulatórias. 
Minnich et al.24 aplicaram um agonista de PPARs, 
o que fez aumentar a expressão gênica de CPT 
1 na musculatura e fígado, na beta-oxidação 
mitocondrial e uma redução da concentração 
plasmática de TAG, concluindo que estes 
efeitos, por sua vez, podem ser mediados pelo 
PPAR alfa. Em adição a esses resultados, alguns 
estudos recentes também mostram uma relação 
do PPAR beta no metabolismo dos AG no 
músculo esquelético, verificando que mesmo 
após a ausência de PPAR alfa houve aumento de 
expressão gênica de algumas enzimas envolvidas 
em todo este processo25,26. 
Ainda neste contexto, outra família de enzimas 
de importância nesse processo são as sirtuínas 
(SIR), pertencentes a uma classe de enzimas 
NAD+ dependentes, sendo que sete tipos são 
encontrados em humanos (SIR1-SIR7). Algumas 
evidências mostram que a atividade física pode 
aumentar estas enzimas, principalmente a SIR1, 
que se refere ao tipo mais estudado devido a 
seu importante papel desde a regulação do ciclo 
celular até a homeostase energética e biogênese 
mitocondrial27. 
Mesmo que as catecolaminas estejam entre 
as principais responsáveis pela regulação do 
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metabolismo lipídico, alguns estudos associam 
o aumento da mobilização de ácidos graxos 
livres do tecido adiposo (lipólise) ao GH28-31. 
Em indivíduos deficientes na produção de GH 
nota-se um acúmulo de gordura corporal. A 
a reposição do GH pode favorecer a lipólise, 
podendo levar à redução desta gordura, bem 
como do volume dos adipócitos, porém mais 
estudos são necessários32. Alguns estudos 
mostram que esta relação existe não somente 
para a lipólise, mas também para a concentração 
de hormônios tireoidianos e para a ativação 
mitocondrial das proteínas desacopladoras 
(UCP’s), fatores diretamente envolvidos na 
oxidação dos ácidos graxos32,33. No que se refere 
ao exercício aeróbico e resistido, muitas são as 
variáveis que interferem na liberação de GH, 
entre eles: estado de treinamento, gênero, idade, 
intensidade do exercício, duração, exercícios 
intermitentes, período do dia e concentração de 
ácido lático30,34-36.
Nutrientes e compostos bioativos na ativação 
da lipólise e função mitocondrial
A fim de intensificar a lipólise e oxidação dos 
ácidos graxos, estratégias nutricionais podem 
ser utilizadas para melhorar o desempenho no 
exercício físico. 
Em 1992, Hangerman propôs que uma 
inserção de lipídeos na alimentação poderia ser 
benéfica para indivíduos treinados por causar um 
aumento no estoque de TAG intramusculares23. 
Uma alimentação rica em lipídeos poderia levar 
a um aumento da lipase lipoproteica, que catalisa 
a degradação do TAG circulante, aumentando a 
disponibilidade de AG para os músculos ativos37. 
Na literatura também é relatado um aumento 
do metabolismo lipídico durante o exercício 
de intensidade de 60-80% do VO2max após o 
consumo de dietas ricas em lipídeos por apenas 
alguns dias38. Porém Curi et al.3 sugerem que 
este efeito pode ser obtido pela redução de 
carboidratos devido à mudança do perfil da 
alimentação. 
Em um estudo realizado na década de 80 por 
Ivy et al.39, 10 indivíduos submetidos ao exercício 
de resistência de uma hora a 70% do VO2max 
foram randomizados para receber triacilgliceróis 
de cadeia média (TCM) + carboidrato (grupo 
MCT), triacilgliceróis de cadeia longa (TCL) + 
carboidrato (grupo LCT), somente carboidratos 
(grupo CHO). Os resultados evidenciaram que 
a porcentagem de energia obtida por meio do 
metabolismo de lipídeos foi semelhante entre 
os 3 grupos (37,2% para 39,1%). Todavia, 
durante o ensaio no estado de jejum (controle), 
a porcentagem de lipídeos metabolizados foi de 
49,1%, diferindo significantemente em relação 
aos demais grupos (p<0,05). Estes achados 
podem supor que a suplementação com TCMe 
TCL provavelmente não aumentou a proporção 
da metabolização de lipídeos, pois os carboidratos 
poderiam ter inibido o metabolismo lipídico2,40.
Outro possível estimulador desse processo é 
a carnitina, que, como dito anteriormente, possui 
importante papel no processo de oxidação dos 
AG ao atuar no seu transporte para o interior 
da mitocôndria. A produção de carnitina pelo 
organismo (no fígado, rins e cérebro) perfaz 
em torno de 10-25% das nossas necessidades, 
sendo que o restante pode ser obtido através dos 
alimentos de origem animal, principalmente 
a carne vermelha. Neste sentido, Decombaz 
et al.41 avaliaram o efeito da suplementação 
de L-carnitina durante 7 dias em exercícios 
com VO2max de 57% após depleção prévia de 
glicogênio, verificando que não houve mudanças 
significativas se comparado ao grupo controle. 
Em contrapartida, Yan et al.21 verificaram que 
um aumento da força contrátil dos músculos 
esqueléticos leva a um aumento da expressão 
do RNAm da CAT II, o que indiretamente 
estaria influenciando a função mitocondrial e 
oxidação lipídica. Alguns estudos observaram 
que a suplementação de L-carnitina aumentou os 
níveis da mesma no plasma, porém a captação 
no músculo esquelético não foi influenciada por 
tais concentrações, talvez por uma diferença 
importante nos níveis de carnitina muscular, 
maiores do que os níveis plasmáticos, fazendo 
com que a captação seja contra o gradiente de 
concentração42,43. Morand et al.44 observaram 
que a suplementação oral de L-carnitina em 
camundongos apenas aumentou os níveis 
plasmáticos e urinários de carnitina, sem afetar 
as concentrações no músculo esquelético. 
Estudos atuais, entretanto, têm mostrado que a 
suplementação de L-carnitina com outros fins 
clínicos pode ter efeitos em algumas desordens, 
como doenças renais, câncer, reparação hepática, 
doenças cardiovasculares, entre outras45-47. 
O β-hidroxi-β-metilbutirato (HMB) é um 
metabólito do aminoácido leucina e tem sido 
alvo de utilização como suplemento nutricional 
devido a uma possível relação com uma melhora 
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Ativadores da lipólise e função mitocondrial no esporte
na composição corporal, como aumento da 
massa magra e diminuição do percentual de 
gordura. Bruckbauer et al.48 estudaram o efeito 
da encubação de HMB e resveratrol em células 
adiposas de ratos e mostraram que o HMB sozinho 
exerceu um efeito significativo sobre a oxidação 
dos AG (29%). Além disso, estes mesmos 
pesquisadores observaram que a combinação do 
HMB com resveratrol aumentou esse efeito em 
91%, o que sugeriu que tais substâncias, juntas, 
atuam sinergicamente no processo de oxidação 
de gorduras. No que se refere à atividade 
física, estudantes submetidos a treinamento 
aeróbico intervalado com suplementação de 
3g de HMB por dia não tiveram alteração da 
composição corporal, porém houve melhora 
do condicionamento aeróbico se comparado ao 
grupo controle49. Diante da divergência entre os 
resultados obtidos, e ao analisar alguns estudos 
na literatura sem resultados conclusivos, além 
da utilização de procedimentos de pesquisa e 
tipos de população discrepantes, cabe cautela ao 
interpretar os dados50.
Alguns flavonoides também parecem exercer 
efeitos favoráveis, como é o caso da quercetina. 
Esta, por sua vez, é distribuída nos alimentos 
vegetais (maçã, uva, cebola, tomates, chás), além 
de algumas plantas medicinais como Hypericum 
perforatum e Gingko biloba51,52. Askari et al.53 
avaliaram estudantes do sexo masculino com 
histórico de atividade física de, no mínimo, três 
anos e concluíram que uma suplementação de 
vitamina C concomitante à de quercetina acabou 
levando a melhora de alguns marcadores, como 
massa magra corporal, taxa metabólica basal e 
metabolismo energético. 
Nos últimos anos tem-se estudado a relação 
da suplementação de quercetina em humanos 
com uma melhora no desempenho aeróbio. 
Esta hipótese vem da atuação dos polifenóis 
(catequinas, resveratrol, quercetina, curcumina) 
na ativação das sirtuínas (SIRT1), responsáveis 
pela modulação de fatores biológicos e processos 
fisiológicos como a função muscular esquelética 
e biogênese mitocondrial54,55. Davis et al.56 
observaram que a suplementação de 1000mg 
de quercetina durante sete dias em indivíduos 
não treinados submetidos a um teste de ciclismo 
aumentou 3,9% do VO2max e melhorou 13,2% 
a fadiga. Os autores sugeriram que estes 
resultados poderiam estar relacionados ao efeito 
da quercetina sobre a biogênese mitocondrial 
e que isto poderia levar a um aumento da 
resistência por meio da mudança em direção à 
oxidação de gordura durante o exercício, porém 
não investigaram quaisquer biomarcadores da 
biogênese mitocondrial.
As catequinas, encontradas no chá verde 
e no cacau, são flavonoides cujo principal 
composto bioativo presente é a epigalocatequina 
galato (EGCG). Efeitos relacionados com um 
mecanismo de antiobesidade vêm sendo estudados 
e associados a diversos mecanismos bioquímicos 
e fisiológicos, entre eles a estimulação do 
metabolismo lipídico consequente à ingestão 
de catequinas e à prática regular de exercícios 
físicos57. Corroborando estes resultados, Murase 
et al.58 verificaram que o chá verde pode induzir 
uma utilização mais eficaz dos lipídeos por meio 
do aumento do consumo de oxigênio, além da 
ativação da beta-oxidação muscular e lipídica, 
permitindo, assim, um aumento da capacidade 
de resistência em ratos submetidos ao teste de 
natação após 7 semanas de tratamento. Além 
disso, outro estudo em camundongos mostra que 
o tratamento com EGCG aumenta a expressão 
de genes envolvidos na oxidação lipídica a nível 
mitocondrial. No que se refere a estudos em 
humanos, Dulloo et al.59 observaram um aumento 
do gasto energético com a utilização do extrato 
de chá verde, rico em catequinas e cafeína. Em 
homens destreinados submetidos a um teste 
de ciclismo por 30 min a 60% do VO2max60, o 
consumo agudo de chá verde mostrou melhorar 
a oxidação lipídica e a sensibilidade da insulina 
durante exercício moderado. 
Considerado um composto bioativo com 
importantes funções biológicas, o resveratrol é 
encontrado principalmente nas cascas, sementes 
e derivados das uvas, bem como nas demais 
frutas vermelhas, chamadas berries. Segundo 
Lagouge et al.61, este polifenol tem importantes 
propriedades antioxidante, antiapoptótica e 
anti-inflamatória, estando relacionado também à 
ativação de um membro da família das sirtuínas 
(SIRT1). O aumento da atividade da SIRT1 
tem relação com redução dos níveis de glicose 
sanguínea, melhora da sensibilidade à insulina, 
aumento do número e função mitocondrial, 
redução da adiposidade e, consequentemente, 
intensificação da perda de peso62. O tratamento 
de camundongos por 12 semanas com resveratrol 
mostrou ser este um indutor potencial da 
oxidação lipídica por meio da transcrição de 
RNAm de genes envolvidos com a biogênese 
mitocondrial e o metabolismo energético. Além 
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Dra. Daniela Felício e Dr. Adriano Cavalcanti
disso, o resveratrol parece induzir a biogênese 
mitocondrial e melhorar a oxidação de AG em 
alguns tecidos, devido ao seu efeito nas SIRT1 e 
na proteína quinase ativada por AMP (AMPK)63.
Outra substância em destaque por um efeito 
interessante na atividade física é a cafeína. 
Alguns estudos mostram relação com melhor 
desempenho por meio de uma melhora da fadiga 
neuromuscular, além de atuar na oxidação 
lipídica64-66. No que se refere ao possível efeito 
na oxidação lipídica, acredita-se que esta resposta 
apareça no exercíciode menor intensidade, 
visto que em intensidades maiores tal efeito 
parece ser bloqueado. Spriet et al.67 verificaram 
que o consumo de altas doses de cafeína antes 
do exercício físico reduziu a glicogenólise 
muscular nos primeiros 15 minutos do esforço 
por um aumento dos níveis de ácidos graxos 
livres. Ivy et al.68 notaram um aumento de 30% 
dos ácidos graxos livres, em relação ao placebo, 
em indivíduos que receberam cafeína antes e 
durante um treino de bicicleta e sugeriram que 
este efeito tenha sido devido à inibição da enzima 
fosfodiesterase, aumentando os níveis de AMPc, 
importante molécula na lipólise. Porém, nem 
todos os estudos são conclusivos em relação a 
esse possível efeito. Um estudo realizado por 
Mougios et al.69 verificou que o consumo de café 
isolado, sem atividade física, mostrou-se não 
ser tão efetivo quanto o exercício físico sozinho 
no que se refere à ação lipolítica. Entretanto, 
quando associados, esse efeito foi intensificado, 
mostrando uma melhora do perfil lipolítico 
nesses indivíduos. 
Considerações finais
Diante deste contexto, fica claro que a 
atividade física, concomitante ao uso de alguns 
compostos, se torna uma estratégia de grande 
importância para intensificar a lipólise e beta-
oxidação mitocondrial. Cabe ressaltar, apenas, 
que estas informações devem ser empregadas 
com cautela, a fim de que uma utilização 
sinérgica desses compostos e da atividade física, 
em intensidade adequada ao objetivo proposto, 
seja a mais equilibrada possível para o alcance 
de resultados satisfatórios. Ou seja, uma boa 
alimentação, munida de compostos antioxidantes 
bem como ativadores do metabolismo energético, 
é fundamental sempre, independente dos 
objetivos propostos inicialmente.
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