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MARIA EDUARDA SAMPAIO – TURMA 99 1 AULA 5 – FARMACOLOGIA 2 MACROLÍDEOS Descobertos em 1952 por Mcguire e Cols. Produtos metabólitos de uma cepa de Streptomyces erythreus: a Eritromicina, que é o único macrolídeo natural Macrolídeos Semissintéticos: Claritromicina e Azitromicina. Tem estruturas complexa: macrolactona, com açúcar e aminoaçúcar. 1. Farmacocinética Via de administração: Eritromicina – VO 500mg 6/6 horas, Claritromicina e Azitromicina – VO e VIV 500 mg 1x ao dia A eritromicina é administrada na forma de Pró-drogas, ou seja, precisa de metabolismo hepático para ser ativada. A eritromicina sofre inativação no meio ácido do estômago e têm sua absorção reduzida quando administradas junto a alimentos, por isso, são administradas fora da alimentação e com cápsulas revestidas. Azitromicina e Claritromicina são bem absorvidas por VO, mas não são pró-drogas, podendo ser administrada por VIV. Não tem boa concentração liquórica, nem na orelha média é 50% da sérica, mas é melhor com Claritromicina, sendo melhor escolha em infecções das cavidades aeradas da face Boa concentração intracelular, principalmente a Azitromicina. Sendo indicado para microrganismos atípicos – microbactérias e clamídia Eritromicina é pouco eliminada na urina < 5%, sofrendo eliminação biliar A Claritromicina eliminação “in natura” na urina 20-40% A Azitromicina 12% são excretados na urina e o restante na bile. NÃO SÃO USADOS NAS INFECÇÃOS DO TU 2. Mecanismo de ação Inibidor da síntese proteica, sendo majoritariamente bacteriostático, se tornando bactericidas em altas concentrações ou em agente muito sensíveis Sítio de ação: unidade 50s do ribossomo. Impedem a transferência dos aminoácidos conduzidos pelo RNA de transporte (RNAt) para a cadeia polipeptídica em formação 3. Mecanismos de Resistência Modificação do alvo ribossômico, é o principal mecanismo de ação Bomba de Efluxo Destruição enzimática por Hidrólise por esterases, mais comum em Enterobacteriaceae Staphylococcus aureus e S. epidermidis: 50% resistentes a macrolídeo S. pneumoniae (pneumococo): 15% resistentes Streptococcus pyogenes é rara. Enterobactérias E.Coli são resistentes, não sendo indicados em infecções do trato urinário. 4. Espectro de Ação Tem espectro reduzido, parecido com a das aminopenicilinas (amoxicilina). Sendo ativo contra: Gram positivos: principalmente estreptococos, somente 50% dos estafilococos, clostrídios, corinebactérias, listéria, Erysipelothrix Gram-negativos: principalmente contra as neisseria (gonococo, meningococo – mas não indicado para meningite por que não concentra no Líquor). Espiroquetas: treponemas (sífilis é a segunda opção, primeira opção é penicilina), leptospiras (lepstospirose) Bacilo da coqueluche, actinomicetos, Chlamydia, Campylobacter, Mycoplasma e Legionella (por que tem concentração intercelular muito boa), Gardnerella vaginalis, Vibrio cholerae e a Entamoeba histolytica. É ativa contra o Haemophilus ducreyi, causador do cancroido A Eritromicina é ineficaz contra a maioria das estirpes de Haemophilus influenzae, causadoras de infecções de Via aérea superior. Mas, a Claritromicina e a Azitromicina são ativas. 1) Macrolídeo 2) Aminoglicosídeo MARIA EDUARDA SAMPAIO – TURMA 99 2 Age contra o Calymmatobacterium granulomatis, causador do granuloma inguinal (donovanose), e tem atividade moderada sobre os germes anaeróbios, mas o Bacteroides fragilis é resistente. A eritromicina age contra riquétsias do grupo do tifo (R. prowazekii), mas não tem ação em riquétsias do grupo da febre maculosa (R. rickettsii), o que está relacionado a diferenças na composição do ribossomo entre essas bactérias. 5. Indicações Pneumonias de origem comunitária: de leves a moderadas posso usar só macrolídeo (Azitromicina ou Claritromicina), ou só betalactâmico ou só quinolonas. Em casos mais graves, associados a cefalosporinas (ceftriaxona + Azitromicina) para “cobrir os atípicos” (Haemophilus, Clamidia, Legionela e Mycoplasma). Lembrando que, em pneumonias de origem comunitária graves eu posso usar quinolonas de terceira ou quarta geração, sem a necessidade de associar macrolídeo. Infecções de via aérea superior (IVAS): Azitromicina ou Claritromicina, se a infecção for nos seios da face ou ouvido médio, preferível a Claritromicina. Principalmente me pacientes alérgicos a penicilina, Infecções cutâneas e de tecidos moles: alternativa aos beta-lactâmicos (cefalosporinas de 1ª geração – cefalotina, cefalexina, cefazolina e cefadroxila) Clamídia – uretrite, pneumonia Coqueluche e Difteria: São doenças bacterianas, as quais existem vacina, mas a 1ª opção no tratamento é estreptomicina Campilobacter: macrolídeos são 2ª opção, 1ª quinolona (ciprofloxacina) H. pylori: Claritromicina + Amoxicilina + inibidor de bomba de prótons Micobactérias: 1ª opção é Azitromicina no tratamento da M. avium, uma infecção oportunista só ocorrendo em pacientes com CD4 muito baixo. Profilaxia da febre reumática (1ª opção – penicilina B benzatina, 2ª opção – Eritromicina ou sulfametoxazol + trimetoprim) e profilaxia para procedimentos odontológicos em pacientes com lesão valvar 6. Efeitos adversos Hepatotoxcidade: hepatite colestática por obstrução dos canalículos biliares durante a elimição do antibiótico Toxicidade GI, principalmente a eritromicina, estimula a motilidade GI: pode ser usado terapêutico, mas causa cólica, enjoos ou diarreia. Prolongamento do QT e TV – Alterações ECG Febre, eosinofilia e erupções cutâneas Alterações Auditivas transitórias, diferente do aminoglicosídeo no qual a surdez é um dano permanente. Macrolídeos
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