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#Excipientes Farmacêuticos III – Exclusivos de comprimidos, cápsulas e granulados# Diluentes: Material de enchimento inerte usado para produzir volume, propriedades de fluxo e características desejadas de compressão em cápsulas e comprimidos. •Lactose (um dos materiais de enchimento mais utilizado em comprimidos; uso na forma anidra e na forma hidratada, que é incompatível com aminoácidos e anfetaminas e pode descorar na presença de fármacos com grupos amina ou com sais de compostos aminados, lactose seca por aspersão ou “Spray-Dried" na presença de umidade excessiva, aminas e compostos aminados pode escurecer); •Sacarose (empregada em pequenas quantidades, pois é altamente aglutinante e ataca os punções das máquinas de comprimir); •Materiais à base de Sacarose: Sugartab® (90 – 93% sacarose + 7 – 10% açúcar invertido); Dipac ® (97% sacarose + 3% dextrinas invertidas); Nutab ® (95% sacarose + 4% açúcar invertido + amido de milho + 0,1 – 0,2% estearato de magnésio); •Dextrose (pode substituir parte da lactose “spray-dried” para reduzir a tendência dos comprimidos ao escurecimento); •Manitol (açúcar mais caro usado como diluente; uso em comprimidos mastigáveis; formulações com manitol possuem características pobres de escoamento e necessitam de quantidades relativamente elevadas de lubrificante); •Sorbitol (usado em conjunto com manitol para reduzir o custo deste último diluente); •Derivados da Celulose (são os mais empregados como diluentes, além dos açúcares; devido a sua higroscopicidade, podem ser incompatíveis com fármacos que tendem a hidrólise no estado sólido); •Celulose Microcristalina (muito caro; é usado combinado com outros materiais como lactose, amido, fosfato de cálcio dibásico diidratado) (CE = 20 – 90%); •Fosfato ou Sulfato de Cálcio dibásico diidratado (usados para compressão direta; podem ser incompatíveis com fármacos sensíveis a condições alcalinas) (CE até 60%); •Cloreto de sódio (pouco usado, pois ataca os punções; recomendado para comprimidos como os de hipocloritos, facilitando a dissolução da substância ativa); •Amidos normais (ocasionalmente utilizado; teor de umidade alta); •Amidos especiais (extremamente caros). Obs: Geralmente são os componentes mais abundantes na formulação sólida. Aglutinantes: Substâncias usadas para assegurar que os grânulos e comprimidos sejam formados com a resistência mecânica desejada. Por via seca: •Povidona K30 + Acetato de Vinila (Proporção 6:4); •Carmelose Sódica (CE = 30 – 40% da composição do comprimido); •Celulose Microcristalina (CMC). Por via úmida: •Povidona (polivinilpirrolidona ou PVP) K30 (CE = 10 – 30%); •Amido (CE = 10 – 30%) mucilado; •Goma arábica (CE = 10 – 35%) e adragante (CE = 10%) muciladas; •Gelatina (CE = 2 – 4%) (Deixa o comprimido muito duro); •Hipromelose; •Metilcelulose 400 (CE = 2 – 5%); •Etilcelulose (solução etanólica ou propanólica 2 – 4%) •Carmelose sódica (dispersões aquosas a 1%); •Sacarose (pó ou xarope); •Glicose (grande poder adesivo, mas cara); •Lactose (poder adesivo moderado). Obs: Geralmente utiliza-se apenas uma substância com finalidade aglutinante em cada preparação para evitar um processo de desagregação ineficiente. Desagregantes: Substâncias incluídas em uma formulação a fim de assegurar que o comprimido, quando em contato com um líquido, desintegre-se em fragmentos menores, os quais promovem uma rápida dissolução do fármaco. Por intumescimento: •Amido comum (CE > 10%); •Amido Solúvel (CE = 5 – 10%); •Amido pré-gelatinizado (CE = 5– 10%); •Amidoglicolato de Sódio (carboximetilamido sódico) (Explosol ou Explotab®) (CE = de 2 – 8%); •Carmelose sódica (CE = 1 – 5%); •Croscarmelose sódica (CE = 1 – 5%); •Crospovidona ou PVP reticulada (Kollidon CL) – (2 – 5%); •Alginatos (CE = 2 – 10%); •Veegum e bentonita; •Pectina (CE = 3 – 5%) (melhor em associação ao amido). Por efervescência: •Ácido cítrico ou tártárico + bicarbonato ou carbonato (CE = 10%) (em água); •Carbonatos ou bicarbonatos (CE = 10%) (em meio ácido). Por formação de canalículos: •Lactose (causa reações alérgicas em muitas pessoas); •Cloreto de Sódio (NaCl) (Pouco usado: ataca os punções/presença de pacientes hipertensos). Obs: Uso concomitante dos desagregantes nas fases intragranulares e extragranulares promove uma desagregação mais efetiva. Lubrificantes: Substâncias utilizadas para reduzir a fricção entre o sólido e as paredes da matriz da máquina de comprimir. Lubrificantes Líquidos: •Parafina líquida (incorporação na massa deve ser feita dissolvida no éter). Lubrificantes interfaciais: •Ácido esteárico (CE < 1%); •Estearatos de magnésio (mais empregado), zinco (muito lipofílico) ou sódio (CE < 1%); •Magrogois (PEG) sólidos; •Tensoativos (lauril sulfato de sódio, docusato, etc). Deslizantes: Substâncias incluídas em uma formulação para melhorar as propriedades de fluxo dos materiais particulados. •Talco (CE = 1 a 2%); •Dióxido de Silício Coloidal ou Aerosil 200® ou Tixosil 333 (CE = 0,2%); •Estearato de Magnésio (CE < 1%). Adsorventes/Dessecantes: Substâncias capazes de manter outras moléculas em sua superfície por mecanismos físicos ou químicos. Aplicados para adsorver água de extratos; incorporar P.A. higroscópicos evitando que a umidade da atmosfera ou umidade residual dos pós provoque alteração dessas substâncias; fixar princípios voláteis, como as essências (Óleos ou soluções oleosas de fármacos podem ser incorporados à mistura de pós que será granulada e comprimida). •Pós vegetais como alcaçuz e alteia; •Amidos; •Lactose; •Celulose Microcistalina; •Gel de Sílica Pulverizada (Aerosil, Levilite, Cab-OSil) (absorvem até 200% de água, continuando com aspecto seco); •Óxido de Magnésio e Carbonato de Magnésio (CE = 5 – 10% do peso do extrato ou tintura) •Fosfato tricálcico (é considerado um dos melhores adsorventes para colina e seus sais, que são altamente higroscópicos); •Caulino; •Bentonita.
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