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Cianose: Causas, Sintomas e Tratamento

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Introdução
Coloração azul-arroxeada da pele e das mucosas, que aparece quando a hemoglobina reduzida (não oxigenada) ultrapassa 5 g por 100 mℓ. A metemoglobina, um derivado da hemoglobina, também produz cianose quando sua concentração chega a 20% da hemoglobina total.
Classificação
Central, periférica, mista, por alteração da hemoglobina.
Causas
•Cianose central: insuficiente oxigenação do sangue em sua passagem pelos capilares pulmonares:
■Diminuição da tensão de O2 no ar inspirado: grandes altitudes
■Hipoventilação pulmonar: obstrução por corpo estranho, laringotraqueobronquite aguda, epiglotite, traumatismo torácico, aumento da resistência nas vias respiratórias (DPOC, atelectasia, hidrotórax, pneumotórax, depressão do centro respiratório, paralisia dos músculos respiratórios), síndrome pleural
■Distúrbio da difusão: congestão pulmonar, infecções pulmonares, fibrose pulmonar, vasculites
■Distúrbio da perfusão: embolia pulmonar, insuficiência ventricular direita, cardiopatia congênita (shunt de sangue da direita para a esquerda – tetralogia de Fallot, tronco comum, síndrome de Eisenmenger, transposição dos grandes vasos, atresia tricúspide, CIA e CIV com hipertensão pulmonar, fístulas vasculares pulmonares)
■Alteração do centro respiratório: AVC pontino, processo expansivo
•Cianose periférica: por estase venosa ou diminuição (funcional ou orgânica) do calibre dos vasos da microcirculação
■Vasoconstrição: exposição ao ar ou água fria, estresse, dor intensa, doença de Raynaud, acrocianose
■Obstrução venosa: estase venosa periférica, trombose venosa profunda
■Choque, desidratação, policitemia
•Cianose mista: associação de mecanismos centrais e periféricos (insuficiência cardíaca congestiva grave)
•Cianose por alteração da hemoglobina
■Metemoglobina nas intoxicações por nitritos, fenacetina, anilinas, nitrobenzeno, dapsona, cloroquina, primaquina, gás cianídrico, subnitrato de bismuto
■Sulfemoglobina nas intoxicações por sulfas, sulfonamidas
■Metemoglobinemia hereditária, por deficiência da metemoglobina redutase.
Manifestações clínicas
•É importante examinar o paciente com luz natural
•Observar lábios, ponta do nariz, regiões malares, lóbulos das orelhas, língua, palato, extremidades das mãos e dos pés (em indivíduos de pele escura, a cianose só é aparente na língua e nas mucosas)
•Início da cianose logo ao nascer, nas cardiopatias congênitas
•Dispneia é encontrada na cianose central de origem pulmonar e/ou cardíaca
•Sonolência
•Torpor, irritabilidade
•Crises convulsivas
•Hipocratismo digital indica doença pulmonar crônica, cardiopatia congênita, neoplasias e cirrose hepática.
Diagnóstico diferencial
Ver Quadro 10.1.
Quadro 10.1 Diagnóstico diferencial entre cianose central, periférica e por metemoglobinemia.
	Características clínicas
	Cianose central
	Cianose periférica
	Cianose por metemoglobinemia
	Localização
	Generalizada
	Segmentar
	Generalizada
	Intensidade
	Estável
	Instável
	Estável
	Dispneia
	Frequente
	Pouco frequente
	Pouco frequente
	Sinais de afecções cardiopulmonares
	Frequentes
	Pouco frequentes
	Ausentes
	Saturação da oxigenação arterial
	Diminuída
	Normal
	Normal
	Aquecimento ou massagem local
	Não modifica
	Diminui ou desaparece
	Não modifica
	Oxigenoterapia
	Em geral melhora
	Não modifica
	Não modifica
Exames complementares
Dependem das causas, podendo ser:
•Hemograma
•Gasometria arterial
•Radiografia do tórax
•ECG
•Ecocardiograma
•Dosagem de metemoglobina.
Complicações
•Hemolinfopoéticas: eritrocitose, deficiência de ferro e diátese hemorrágica
•SNC: hemorragia cerebral, abscesso cerebral
•Renais: proteinúria, hiperuricemia, insuficiência renal
•Osteoarticulares: osteoartropatia hipertrófica, gota, periostite.
Tratamento
•O tratamento sempre deve visar à causa da cianose
•Oxigenoterapia: utilizar 1 a 5 ℓ/min de oxigênio umidificado (não modifica a cianose de causa periférica ou por metemoglobinemia) (Quadro 10.1)
•Pacientes com cianose por metemoglobinemia provocada por medicamentos:
■Casos leves: após suspensão do medicamento, a metemoglobina regride espontaneamente em 2 a 3 dias
■Casos graves: azul de metileno, IV, 1 a 2 mg/kg em soro fisiológico, durante 10 minutos. Se não ocorrer resposta adequada após 1 h, administrar uma segunda dose
■Exsanguinotransfusão pode ser necessária em pacientes muito graves
■Metemoglobinemia aguda grave, com níveis de metemoglobina superior a 60%, está associada a choque, coma e óbito. Os pacientes apresentam cianose intensa e o sangue adquire coloração de chocolate.
Atenção 
•Cianose leve pode passar completamente despercebida pelo paciente e pelo médico se ele não estiver atento para isso
•O exame do paciente com luz fluorescente dificulta o reconhecimento da coloração azulada
•Atividade física piora cianose central porque os músculos, ao se exercitarem, exigem uma extração aumentada de oxigênio do sangue
•Anemia dificulta a percepção de cianose e policitemia a intensifica
•Definir se a cianose é localizada ou generalizada facilita a identificação da causa.
FONTE: Clínica médica na Prática diária. Porto.

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