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FONOAUDIOLOGIA APLICADA À ESTÉTICA FACIAL

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DOCÊNCIA EM 
SAÚDE 
 
 
 
 
 
 
FONOAUDIOLOGIA APLICADA À ESTÉTICA 
FACIAL 
 
 
 
1 
 
Copyright © Portal Educação 
2012 – Portal Educação 
Todos os direitos reservados 
 
R: Sete de setembro, 1686 – Centro – CEP: 79002-130 
Telematrículas e Teleatendimento: 0800 707 4520 
Internacional: +55 (67) 3303-4520 
atendimento@portaleducacao.com.br – Campo Grande-MS 
Endereço Internet: http://www.portaleducacao.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - Brasil 
 Triagem Organização LTDA ME 
 Bibliotecário responsável: Rodrigo Pereira CRB 1/2167 
 Portal Educação 
P842f Fonoaudiologia aplicada à estética facial / Portal Educação. - Campo 
Grande: Portal Educação, 2012. 
 79p. : il. 
 
 Inclui bibliografia 
 ISBN 978-85-8241-516-0 
 1. Fonoaudiologia. 2. Estética facial. 3. Beleza feminina. I. Portal Educação. 
II. Título. 
 CDD 613.0438 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 A BELEZA FEMININA ............................................................................................................... 4 
2 O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO ................................................................................... 5 
2.1 COMO ENVELHECEMOS? ........................................................................................................ 6 
2.2 OS RADICAIS LIVRES E O ENVELHECIMENTO ...................................................................... 7 
3 A FONOAUDIOLOGIA NA ESTÉTICA ...................................................................................... 9 
4 FATORES QUE INFLUENCIAM NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO ........................... 10 
5 RUGAS E MARCAS DE EXPRESSÃO .................................................................................... 14 
6 ANATOMOFISIOLOGIA DA MIOLOGIA FACIAL .................................................................... 16 
6.1 MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO................................................................................................ 16 
6.2 MÚSCULOS DA MÍMICA FACIAL ............................................................................................. 17 
7 ANAMNESE .............................................................................................................................. 26 
8 AVALIAÇÃO ............................................................................................................................. 27 
9 TRATAMENTO FONOAUDIOLÓGICO ..................................................................................... 28 
10 AQUECIMENTO E ALONGAMENTO DA MIOLOGIA FACIAL ................................................ 30 
11 TECIDO TEGUMENTAR ........................................................................................................... 32 
12 EMBRIOGÊNESE CRANIOFACIAL ......................................................................................... 36 
12.1 CLASSIFICAÇÃO ...................................................................................................................... 37 
13 ANATOMOFISIOLOGIA DOS MÚSCULOS OROFACIAIS, CABEÇA E PESCOÇO .............. 38 
13.1 PESCOÇO ................................................................................................................................. 39 
13.1.1 Compartimentos ........................................................................................................................ 40 
13.1.2 Funções da cabeça ................................................................................................................... 41 
13.1.2.1Componentes .......................................................................................................................... 42 
14 FISIOPATOLOGIA DO ENVELHECIMENTO FACIAL ............................................................. 55 
 
 
3 
 
15 TÉCNICAS DA AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM ESTÉTICA FACIAL ........................ 57 
16 TÉCNICAS EM MEDICINA ESTÉTICA A LASER .................................................................... 58 
16.1 TRATAMENTO TÓPICO DOMICILIAR ..................................................................................... 58 
16.2 ESFOLIAÇÃO QUÍMICA (PEELING) E MECÂNICA ................................................................. 59 
16.3 LASER ....................................................................................................................................... 60 
16.4 TOXINA BOTULÍNICA ............................................................................................................... 61 
16.5 TÉCNICAS DE PREENCHIMENTO .......................................................................................... 62 
16.6 INTRADERMOTERAPIA ........................................................................................................... 63 
16.7 TÉCNICAS PARAMÉDICAS ..................................................................................................... 63 
17 MASTIGAÇÃO E MORFOLOGIA CRANIOFACIAL ................................................................. 65 
18 AVALIAÇÃO DO TÔNUS MUSCULAR .................................................................................... 68 
18.1 INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA ..................................................................................... 68 
19 MASSAGENS ........................................................................................................................... 70 
19.1 MASSAGEM ESTÉTICA FACIAL .............................................................................................. 71 
19.2 PROTOCOLO DE MASSAGEM ESTÉTICA FACIAL ................................................................ 71 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................. 73 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................... 74 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 A BELEZA FEMININA 
 
 
Ao longo do tempo, os padrões de beleza vêm-se alterando. Na Idade Média, as 
senhoras eram as mais apreciadas pelas sociedades; no Renascimento, a beleza baseava-se na 
Representação do Homem de Vitrúvio, de Leonardo da Vinci. Uma das mais concretas 
descrições de beleza foi feita por São Tomás de Aquino que dizia: “Aquilo que provoca um 
conhecimento ‘gozozo’, ou seja, a emoção que nos é provocada pela estética”. 
O ser humano olha, primeiramente, o rosto. Esta é a beleza externa, no rosto você traz 
as marcas do tempo e da vida. 
A pele requer certos cuidados, pois o clima, estilo de vida, a correria do dia a dia, 
estresse e a alimentação influenciam negativamente no processo de envelhecimento facial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2 O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO 
 
 
Segundo Brito (1990), envelhecer é um processo natural e deve-se evitar viver sem 
traumas e com os cuidados adequados. No Início do século passado, a idade do ser humano 
não ultrapassava os 50 anos. Hoje, é comum vermos as pessoas chegarem aos 80, 90 anos 
esbanjando jovialidade. 
Conforme Vieira (1996), a senescência é o processo de envelhecimento normal e 
benigno, que se estende por todo o curso de existência humana, consequentemente ao 
desgaste fisiológico relativo pelo passar dos anos que tem em torno dos 65 anos. 
O envelhecimento é progressivo e degenerativo, caracterizado por menor eficiência 
funcional com enfraquecimento dos mecanismos de defesa, diminuição da cognição, das 
respostas reflexas e do estado de alerta, além do enfraquecimento da estrutura óssea e 
diminuição da função eda massa muscular. 
Beauvoir (1970) cita na física do envelhecimento a ocorrência na mudança da 
aparência, embranquecimento dos cabelos e dos pelos em algumas partes do corpo, 
proliferando no queixo de algumas mulheres. Por desidratação, a pele se enruga, os dentes 
caem acarretando um encolhimento da parte inferior do rosto, de maneira que o nariz se alonga 
verticalmente por atrofia dos tecidos elásticos aproximando-se do queixo. A proliferação senil da 
pele traz um engrossamento das pálpebras superiores, enquanto se formam papos sobre os 
olhos, o lábio superior míngua, os lóbulos das orelhas aumentam. 
O esqueleto se modifica. Os discos da coluna vertebral se empilham e os corpos 
vertebrais vergam, diminuindo o tamanho do busto. Ocorre uma redução na largura dos ombros 
e aumento na largura da bacia, o tórax tende a tomar forma sagital, sobretudo nas mulheres. O 
funcionamento cardíaco se altera, perdendo progressivamente sua capacidade de adaptação, as 
veias perdem a elasticidade podendo reduzir a sua luz, a circulação cerebral é mais lenta 
reduzindo a sua oxigenação. A caixa torácica, mais rígida faz com que haja perda da capacidade 
respiratória, caindo de cinco litros, no adulto, para três litros no idoso. A força muscular diminui, 
há diminuição da dinâmica dos movimentos, diminuição de peso corporal, flacidez muscular, 
redução da acuidade visual e auditiva. O tato, o olfato e o paladar também sofrem redução em 
suas capacidades. 
 
 
 
 
6 
 
A evolução para o aumento do peso, em alguns casos, é determinada pelo excesso 
alimentar, ansiedade e sedentarismo, fazendo surgir camadas de gordura sobre os músculos 
que diminui ainda mais a sua massa. 
O envelhecimento sobrevém de uma determinada programação orgânica de 
crescimento e maturação, levando em conta seu caráter universal e de variação de um indivíduo 
para o outro, podendo ser entendido em várias dimensões que buscam explicar seus 
fenômenos. 
Na dimensão biológica é descrita genericamente, como uma perturbação da 
homeostase orgânica. Uma das explicações para o fato é que o organismo conteria um estoque 
fixo de energia, tal como uma mola de relógio, que ao se desenrolar levará à finalização da vida. 
Neste caso, o envelhecimento estaria ligado a um princípio de exaustão. 
Kaplan (1990) diz que a teoria que recebe considerável atenção, refere-se à existência 
deliberada de uma programação biológica de que cada célula possui um tempo de vida 
geneticamente determinado. Essa ideia sustenta que dentro de uma célula normal está 
armazenada a capacidade de definir seu próprio número de duplicações. Esgotada tal 
capacidade de duplicar-se, tem início o envelhecimento e a morte celular. 
Brito (1990) afirma que no sistema imunológico associam-se as causas do 
envelhecimento. Tais alterações resultariam em aumento de certas doenças na população idosa. 
Elas se manifestam como se a função imunológica estivesse distorcida se tornando 
autodestrutiva. As células que não se dividem, e por isso são insubstituíveis, como os neurônios 
e as células dos músculos cardíacos ficam mais vulneráveis às alterações do sistema 
imunológico. 
Com a expectativa do crescimento da vida, a juventude é mais valorizada. O jovem e o 
belo são mais cultuados como ideais, assim as pessoas em decorrência do envelhecimento 
sofrem muito. 
Muitas técnicas se desenvolveram para acompanhar esta busca pela beleza tais como: 
botox, peeling, cirurgias. 
 
 
2.1 COMO ENVELHECEMOS? 
 
 
 
 
7 
 
O envelhecimento começa nos tecidos. Com o passar dos anos, acontece a diminuição 
do número de células que são renováveis e não renováveis. O núcleo de células sofre 
modificações, seu DNA, por nunca ter sido renovado, torna-se rígido, mais difícil de realizar a 
síntese de proteínas responsáveis pela tradução do código genético, seguindo-se pela perda de 
informação genética com progressivas mudanças metabólicas e morte celular, fazendo surgir 
alterações internas e externas no organismo (BRITO, 1990). 
Ribeiro (1999) explica que o envelhecimento biológico é muito complexo do que o 
comprometimento funcional das células, provavelmente os mecanismos sejam múltiplos e 
mutuamente influenciáveis, e é, portanto justificado considerar o envelhecimento com um 
processo de causas endógenas e exógenas. 
A consequência das alterações celulares nos tecidos observa a diminuição do peso e 
volume dos órgãos, em razão da substituição de células mortas por tecido cicatricial; atrofia 
desigual e desarmônica, resultando em aspecto irregular e desordenado nos tecidos; alteração 
das fibras que se tornam ressecadas e menos elásticas; diminuição da vascularização capilar 
dos tecidos; diminuição da água total existente no organismo à custa de água intracelular e, por 
último, aumento da quantidade de gordura corporal. 
 
 
2.2 OS RADICAIS LIVRES E O ENVELHECIMENTO 
 
 
Reações químicas que ocorrem dentro das células são responsáveis pela manutenção 
da vida celular (respiração, produção de energia, etc.), por si só levam a produção de 
substâncias perigosas que nos “enferrujam” por dentro ou nos oxidam, chamados de radicais 
livres. Os radicais livres são moléculas que contêm oxigênio celular, isto é, partículas 
extremamente reagentes (ávidas por se ligarem a outra partícula), que se formam aos bilhões, a 
cada respiração do homem, que é um ser aeróbico, dependente de oxigênio (BRITO, 1990). 
Caso esses radicais livres não sejam eliminados ou detidos podem levar à destruição 
de componentes vitais das células, podendo chegar ao seu núcleo e promover “rasuras” nas 
cadeias de DNA, modificando o código genético e dando origem a células diferentes, que podem 
ser perigosas se não forem contidas no sistema de defesa (BRITO, 1990). 
 
 
 
8 
 
No entanto, as células contam com enzimas capazes de combater os radicais livres por 
meio de ligação química neutralizando-os. Porém, com o passar dos anos, a quantidade dessas 
enzimas “antídotos” (antioxidantes naturais) tende a diminuir, ficando o organismo mais 
vulnerável à ação dos radicais (BRITO, 1990). 
Considera-se também que a valorização dos hábitos de vida pode facilitar ou 
atrapalhar no combate a esses inimigos. O ritmo de vida estressante, que não respeita as 
necessidades básicas do indivíduo em termos de quantidades e qualidades (oxigênio, alimento, 
água, higiene, sono, movimento, eliminação e sexo), tende a aumentar a produção de radicais 
livres, consequentemente diminuindo a defesa contra eles e favorecendo a aceleração do 
processo de envelhecimento (BRITO, 1990). 
Segundo Vieira (1996), alguns tratamentos têm sido preconizados para reduzir os 
efeitos causados pelos radicais livres à base de substância antioxidante, que, acrescentadas à 
dieta, fortalecem as defesas orgânicas e, com isso, preservam por mais tempo a capacidade 
funcional. Essas substâncias, em sua grande maioria, são encontradas na dieta normal da 
maioria dessas pessoas. Algumas dessas substâncias, como a vitamina C e E e o Betacaroteno, 
têm ação antioxidante direta com as enzimas naturais. Outras, como alguns sais minerais (zinco, 
selenium, magnésio e cálcio), têm ação indireta, pois entram na composição das enzimas 
naturais. 
Devemos refletir sobre a importância de se investir cada vez mais no cuidado com a 
qualidade e a escolha dos alimentos que influenciam na saúde e longevidade do idoso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
3 A FONOAUDIOLOGIA NA ESTÉTICA 
 
Acompanhando a evolução científica e tecnológica, a Fonoaudiologia, ciência que tem 
como objeto de estudo a comunicação humana, no que se refere aos aspectos envolvidos na 
função auditiva periférica e central, na função vestibular, na função cognitiva, na linguagem oral 
e escrita, na fala, na fluência, na voz, nas funções oromiofuncionais e na deglutição (CFFa), pelo 
seu trabalho na área de motricidade oral, desenvolveu o tratamento preventivo e interventivo naestética facial. 
A atuação do profissional em Motricidade Orofacial com finalidade estética foi 
regulamentada pela Resolução nº. 352, de 5 de abril de 2008, do Conselho Federal de 
Fonoaudiologia. A intervenção terapêutica com base científica, desenvolvida pelo conhecimento 
técnico de Motricidade Orofacial, permite contribuir para a qualidade de vida do indivíduo, 
proporcionando equilíbrio e harmonia à face, prevenindo e minimizando as rugas e sinais de 
expressão. 
São objetivos da fonoaudiologia na estética: 
 
 Adequar à postura de repouso facial; 
 Adequar às funções estomatognáticas de respiração, sucção, mastigação, 
deglutição e fala; 
 Equilibrar as forças musculares do pescoço e da face; 
 Fortalecer e sustentar os músculos da face; 
 Minimizar ou eliminar as mímicas faciais exacerbadas ou inadequadas; 
 Prevenir o aparecimento de sinais de envelhecimento; 
 Proporcionar hábitos orais, faciais e cervicais adequados; 
 Estimular a oxigenação e a vascularização facial e cervical; 
 Harmonizar o estético e facial. 
 
 
 
 
10 
 
4 FATORES QUE INFLUENCIAM NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO 
 
 
FIGURA 1 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<www.fonoemdia.com.br/pdf/atuacao_do_fonoaudiologo_na_estetica_facial_.pdf>. 
Acesso em: 28 ago. 2012 
 
 
Durante o processo de envelhecimento, as mudanças associadas ao avanço da idade 
são altamente específicas para cada pessoa, começando em diferentes partes do corpo, em 
 
 
 
11 
 
momentos diferentes e com um ritmo e alterações também diferentes nas células, tecidos e 
órgãos. 
Com relação a fatores externos, os mais conhecidos por agredirem organismo e 
acelerarem o processo de envelhecimento são: poluição ambiental, fumo, álcool, exposição 
exagerada às radiações solares, etc. 
Independente da causa sabe-se que o envelhecimento não está vinculado unicamente 
à quantidade de anos que o indivíduo viveu, mas também à perda de suas funções. A maior 
parte dessas alterações está relacionada com o modo como este tempo foi vivido. 
Fazer uso de medicamentos sabiamente podem prevenir doenças e o declínio 
funcional, aumentar a longevidade e a qualidade de vida do indivíduo. Problemas de saúde 
induzidos por diagnósticos ou tratamentos e causados pelo uso de remédio são comuns na 
terceira idade em razão da interação medicamentosa, dosagens inadequadas e maior frequência 
de reações imprevisíveis por meio de mecanismos desconhecidos. Com o advento de muitas 
terapias novas, há uma maior necessidade de se estabelecer sistemas para prevenir reações 
medicamentosas adversas e informar tanto profissionais da saúde quanto o público idoso sobre 
os riscos e benefícios de terapias modernas. 
Os idosos tendem a beber menos que os jovens, as mudanças de metabolismo que 
acompanham o processo de envelhecimento aumentam a suscetibilidade dos mais velhos às 
doenças relacionadas com o álcool, como desnutrição e doenças do estômago, pâncreas e 
fígado. As pessoas idosas apresentam maior risco de lesões e quedas decorrentes do uso de 
álcool, assim como riscos potenciais associados à mistura do álcool com medicamentos. 
O álcool usado em pequena quantidade pode oferecer alguma forma de proteção 
contra derrame e doença coronariana em indivíduos com 45 anos ou mais. 
Como as pessoas idosas frequentemente têm problemas crônicos, elas necessitam 
utilizar mais medicamentos (tradicionais adquiridos sem receita médica e receitados) do que 
pessoas mais jovens. Na maioria dos países, os idosos de baixa renda têm pouco ou nenhum 
acesso a subsídios para medicamentos. Assim, muitos deixam de comprar ou gastam uma 
grande parte do rendimento já escasso em remédios. 
 
 
 
12 
 
Cáries, doenças periodontais, perda de dentes e câncer bucal causam outros 
problemas orgânicos de saúde. Esses problemas tornam-se um ônus financeiro para indivíduos 
e sociedade e podem reduzir a autoconfiança e qualidade de vida. Alguns estudos demonstram 
que uma saúde oral precária está associada à desnutrição e, portanto, ao maior risco de 
desenvolver várias doenças não transmissíveis. A promoção de saúde oral e programas de 
prevenção de cárie criados para estimular as pessoas a manterem seus dentes naturais 
precisam começar ainda cedo e continuar ao longo da vida. Em razão da dor e pior qualidade de 
vida associadas aos problemas de saúde oral são necessários serviços básicos de tratamento 
dental e também serviços especializados como os de prótese. 
Problemas de saúde induzidos por diagnósticos ou tratamentos e causados pelo uso 
de remédios são comuns na terceira idade, em razão da interação medicamentosa, dosagens 
inadequadas e maior frequência de reações imprevisíveis por meio de mecanismos 
desconhecidos. Com o advento de terapias novas, há uma maior necessidade de se estabelecer 
sistemas para prevenir reações medicamentosas adversas e informar tanto profissionais da 
saúde quanto o público idoso sobre os riscos e benefícios de terapia moderna. 
O acesso de medicamentos necessários é insuficiente por si só, a não ser que seja 
grande a adesão a tratamentos de longo prazo para doenças crônicas relacionadas com o 
envelhecimento. A adesão inclui a adoção e manutenção de vários tipos de comportamentos 
(por exemplo: dieta saudável, atividade física, abstinência de fumo), assim como o consumo de 
medicamentos de acordo com a orientação de um profissional da saúde. Estima-se que, em 
países desenvolvidos, a adesão a terapias de longo prazo seja apenas 50% em média. Em 
países em desenvolvimento, as taxas ainda são menores, o que compromete gravemente a 
eficiência dos tratamentos e traz implicações importantes na qualidade de vida e economia para 
a saúde pública. Só se conseguirá atingir os resultados sobre a saúde da população previstos 
por dados sobre a eficácia de tratamentos, se as informações sobre adesão forem fornecidas a 
todos os profissionais e planejadores da saúde. Sem um sistema que enfoque as influências 
sobre adesão, os avanços na tecnologia biomédica não irão utilizar seu potencial para reduzir a 
carga das doenças crônicas (Dipollina & Sabate, 2002). 
Os problemas de alimentação em todas as idades incluem tanto a desnutrição (mais 
frequente, mas não exclusivamente, nos países menos desenvolvidos) como o consumo 
excessivo de calorias. Nos idosos, a desnutrição pode ser causada pelo acesso ilimitado a 
 
 
13 
 
alimentos, dificuldades socioeconômicas, falta de informação e conhecimento sobre nutrição, 
escolhas erradas de alimentos (alimentos ricos em gordura, por exemplo), doenças e uso de 
medicamentos, perda de dentes, isolamento social, deficiências cogntivas ou físicas que inibem 
a capacidade de comprar comidas e prepará-las, situações de emergência e falta de atividade 
física. 
O consumo excessivo de calorias aumenta muito o risco de obesidade, doenças 
crônicas e deficiências durante o processo de envelhecimento. Dietas ricas em gordura 
(saturada) e sal, pobre em frutas e legumes/verduras e que suprem uma quantidade insuficiente 
de fibras e vitaminas, combinadas ao sedentarismo, são os maiores fatores de risco de 
problemas crônicos, como diabetes, doença cardiovascular, pressão alta, obesidade, artrite e 
alguns tipos de câncer. 
O cálcio e a vitamina D em quantidade insuficiente estão associados à perda na 
densidade óssea durante a velhice, e consequentemente, ao aumento de fraturas que causam 
dor, têm custo elevado para tratamento e debilitam, em especial, mulheres idosas. Em 
populações com uma alta incidência de fraturas, pode-se reduzir os riscos por meio do consumo 
adequado de cálcio e vitamina D. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
5 RUGAS E MARCAS DE EXPRESSÃO 
 
As rugas são produtos da ação dos músculos da mímica ou da lei da gravidade 
atuando sobre uma pele mais ou menos flácida. O primeiro tipo são as que se localizam em cima 
do nariz, horizontal ou verticalmente, na testa, no canto externodos olhos, no lábio superior. 
São as denominadas rugas de expressão, e são resultado da contração muscular 
sobre uma pele que perdeu a elasticidade ou a capacidade de recuperar a sua forma. 
 
FIGURA 2 
 
FONTE: Disponível em: 
<www.fonoemdia.com.br/pdf/atuacao_do_fonoaudiologo_na_estetica_facial.pdf>. 
Acesso em: 28 ago. 2012 
 
 
 
 
 
15 
 
As rugas que se formam diante das orelhas no lado do queixo ou do pescoço 
denominam-se gravitacionais e são produtos de flacidez dos tecidos somada à ação da 
gravidade. 
Existe um terceiro grupo, as rugas de origem mista. A este pertencem os sulcos 
nasogênicos (bigode chinês), depressões que vão da lateral do nariz ao extremo da boca 
podendo inclusive estender-se até a mandíbula, dando o aspecto de uma boca de marionete, 
são provocadas pela ação muscular somada à caída gravitacional. As rugas verticais que se 
formam na parte anterior do pescoço também são consideradas mistas. 
São três tipos de rugas: as de expressão, causadas pela ação da mímica facial; as 
gravitacionais, ocasionadas pelo peso dos tecidos ao longo do tempo e pela perda de colágeno 
da pele; e as mistas, onde intervêm, além dos fatores citados anteriormente, vários fatores 
externos, alguns que veremos neste curso. 
 
 
 
OGRAMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
6 ANATOMOFISIOLOGIA DA MIOLOGIA FACIAL 
 
Os músculos da cabeça podem ser divididos em músculos da mastigação e músculos 
da mímica facial. Outros músculos que se localizam na cabeça, mas fazem parte do sistema 
sensorial, como língua, músculos oculares e da faringe. 
 
 
6.1 MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO 
 
 
Músculo Temporal: é um músculo largo, plano e triangular localizado na fossa 
temporal, na face lateral da cabeça. Passa por baixo do zigomático, para se inserir na 
mandíbula. 
Origem: osso temporal abaixo da linha temporal inferior e lâmina profunda da fáscia 
temporal. 
Inserção: ápice e face medial do processo coronoide da mandíbula. 
Inervação: nervos temporais profundos (N. mandibular - V/3). 
Ação: Oclusão e retrusão da mandíbula. 
 
Músculo Masseter: é o músculo mais potente da mastigação, é quadrangular e 
espesso. É constituído de duas porções, uma profunda e outra superficial. 
Origem: arco zigomático. 
Inserção: face externa do ângulo da mandíbula, tuberosidade massetérica e ramo da 
mandíbula. 
 
 
17 
 
Inervação: nervo massetérico (N. mandibular - V/3). 
Ação: oclusão da mandíbula. 
 
Músculo Pterigoideo Medial: é o músculo quadrado e espesso, localizado 
medialmente ao ramo da mandíbula. 
Origem: fossa pterigóidea e lâmina lateral do processo pterigoide do osso esfenoide. 
Inserção: face medial do ângulo da mandíbula, tuberosidade pterigoidea. 
Inervação: nervo do pterigóideo medial (N.mandibular- V/3). 
Ação: oclusão da mandíbula. 
 
Músculo pterigóideo lateral: é composto por duas cabeças, tem forma de cone e 
arquitetura bipenada. 
Origem: face temporal da asa maior do esfenoide e superfície externa da lâmina 
lateral do processo pterigode. 
Inserção: cabeça do côndilo da mandíbula e face anterior do disco articular. 
Inervação: nervo pterigoideo. 
Ação: lateralização, abertura e protusão da mandíbula. 
 
 
6.2 MÚSCULOS DA MÍMICA FACIAL 
 
 
 
 
 
18 
 
São responsáveis pelas expressões faciais. São músculos delgados cutâneos que de 
um modo geral se originam ou da fáscia ou dos ossos da face e se fixam na derme, dessa forma 
sua contração é capaz de mexer a pele e mudar as expressões faciais, fechar os olhos ou dilatar 
as narinas entre outros movimentos. É importante lembrarmos que todos os músculos faciais são 
inervados pelo VII par craniano, o nervo facial. 
Músculo Epicrânio: é uma lâmina musculotendinosa que reveste o vértice e as faces 
laterais do crânio, desde o occipital até a sobrancelha. Pode ser chamado epicraniano. É 
composto por dois músculos: músculo occiptofrontal e músculo temporoparietal. São reunidos 
por uma aponeurose intermediária: a gálea aponeurose intermediária: a gálea aponeurótica ou 
aponeurose epicrânica. 
 
Músculo Occiptofrontal: é um músculo amplo que vai desde o frontal até o occipital, 
recobrindo toda a calota craniana. Possui dois ventres: 
 
 Ventre Occipital 
Origem: linha nucal supremainserção: gálea aponeurótica ou aponeuose epicrânica. 
Inervação: Nervo Facial (VII). 
Ação: movimenta o escalpo, elevando as sobrancelhas e enrugando a fronte. 
 
 Ventre Frontal 
Origem: pele da fronte entrelaça-se com os músculos prócero, corrugador e abaixador 
do supercílio e com o Músculo Orbicular do olho. 
Inserção: aponeurose epicrânia. 
Inervação: Nervo Facial (VII). 
Ação: Movimenta o escalpo e eleva as sombrancelhas de um ou de ambos os lados. 
 
 
 
19 
 
Músculo Temporoparietal: é um músculo muito delgado, localizado na fossa 
temporal. 
 
Origem: fáscia temporal e pele da região temporal. 
Inserção: borda lateral da aponeurose epicrânica. 
Inervação: Nervo Facial (VII). 
Ação: movimenta o escalpo e traciona para trás as têmporas. Combina-se com o 
occiptofrontal para enrugar a fonte e ampliar os olhos (expressão de medo e de horror). 
Gálea aponeurótica ou Aponeurose Epicrânica: é a aponeurose que reveste a parte 
superior do crânio unindo os ventre frontal e occipital. De cada lado recebe a inserção do 
músculo temporoparietal e se une à fáscia temporal que reveste essa região. 
 
Músculo Auricular Anterior: é um músculo pequeno e fino, muito pequeno para ser 
dissecado. Está situado sobre a aponeurose epicraniana. 
Origem: porção anterior da fáscia temporal. 
Inserção: espinha da hélice. 
Inervação: Nervo Facial (VII). 
Ação: traciona o pavilhão da orelha para frente e para cima. 
 
Músculo Auricular Superior: músculo muito delicado em forma de leque, localizado 
sobre a aponeurose epicraniana. 
Origem: aponeurose epicraniana. 
Inserção: raiz da orelha externa. 
Inervação: Nervo Facial (VII). 
 
 
20 
 
Ação: traciona o pavilhão e a orelha para cima. 
 
Músculo Auricular Posterior: é um músculo quadrangular, localizado posteriormente 
ao conduto auditivo externo. 
Origem: processo mastoide, tendão do músculo esternocleidomastóideo. 
Inserção: raiz da orelha externa. 
Inervação: Nervo Facial (VII). 
Ação: traciona o pavilhão da orelha para trás. 
 
Músculo Orbicular do Olho: este contorna a circunferência da órbita. Divide-se em 
três porções: palpebral, lacrimal e occipital. 
Origem: porção orbital (parte nasal do osso frontal); porção lacrimal (crista lacrimal); 
porção palpebral (ligamento palpebral medial). 
Inserção: circunda a órbita, como um esfíncter. 
Inervação: Nervo Facial (VII). 
Ação: fecha as pálpebras comprime o saco lacrimal e movimenta os supercílios. 
 
Músculo Abaixador do Supercílio: é um músculo delgado situado medialmente ao 
músculo orbicular do olho. 
Origem: parte nasal do osso frontal. 
Inserção: terço medial da pele do supercílio. 
Inervação: Nervo Facial (VII). 
Ação: Abaixa a pele da fronte e do supercílio. 
 
 
21 
 
Músculo Corrugador do Supercílio: pequeno e estreito com formato piramidal, para 
que possa ser vizualizado é necessário que o músculo orbicular do olho e o músculo frontal 
sejam rebatidos. 
Origem: parte nasal do osso frontal. 
Inserção: terço médio da pele do supercílio. 
Inervação: Nervo Facial (VII). 
Ação: abaixa a pele da fronte e dos supercílios. 
 
Músculo Prócero: Chama-se piramidalis nasi. Recebe este nome por ter formato 
piramidal e estar situado sobre o osso nasal. É quase uma continuação do músculo frontal. 
Origem: osso nasal, cartilagem nasal lateral. 
Inserção: pele da glabela. 
Inervação: Nervo Facial (VII). 
Ação: abaixa a pele da fronte e do supercílio. 
 
Músculo Nasal: é um músculo fino com contorno irregular, é constituído de duas 
porções, uma transversa que comprime o nariz e outra alar que dilata o nariz. 
Origem: eminências caninas da maxila e eminências incisivas laterais. 
Inserção:cartilagem nasal lateral e asa do nariz. 
Inervação: Nervo Facial (VII). 
Ação: Dilatação do nariz. 
 
Músculo Abaixador do septo do nariz: podem estar ausentes em algumas pessoas. 
 
 
22 
 
Origem: eminências incisivas laterais. 
Inserção: cartilagem do septo e cartilagem alar maior. 
Inervação: Nervo Facial (VII). 
Ação: traciona para baixo as asas do nariz, estreitando as narinas. 
 
Músculo Levantador do Lábio Superior: é um músculo plano e quadrangular cuja 
origem é muito ampla. 
Origem: margem inferior da órbita acima do forame infraorbital, maxila e zigomático. 
Inserção: lábio superior. 
Inervação: Nervo Facial (VII). 
Ação: levanta o lábio superior e leva-o um pouco para frente. 
 
Músculo Levantador do Lábio Superior e da Asa do Nariz: é um músculo plano e 
está localizado entre o músculo nasal e o músculo levantador do lábio superior. 
Origem: processo frontal da maxila. 
Inserção: cartilagem alar maior, pele do nariz e lábio superior. 
Inervação: Nervo Facial (VII). 
Ação: dilata a narina e levanta o lábio superior. 
 
Músculo Levantador do Ângulo da Boca: chama-se caninus em latim. Tem esse 
nome em razão de sua fixação de origem. É um músculo plano e triangular. 
Origem: fossa canina da maxila. 
Inserção: ângulo da boca. 
 
 
23 
 
Inervação: Nervo Facial. 
Ação: eleva o ângulo da boca e acentua o sulco nasolabial. 
 
Músculo Zigomático Menor: é um músculo cilíndrico e estreito, situado ao músculo 
levantador do lábio superior. 
Origem: superfície malar do osso zigomático. 
Inserção: lábio superior. 
Inervação: Nervo Facial. 
Ação: auxilia na elevação do lábio superior e acentua o sulco nasolabial. 
 
Músculo Zigomático Maior: é mais largo que o zigomático menor, localizado na 
bochecha, se estende do osso zigomático à comissura labial onde se funde às fibras dos 
músculos levantador do ângulo da boca e orbicular da boca. 
Origem: superfície malar do osso zigomático. 
Inserção: ângulo da boca e do lábio superior. 
Inervação: Nervo Facial. 
Ação: traciona o ângulo da boca para trás e para cima (risada). 
 
Músculo Risório: é plano e delgado, está situado na bochecha e suas fibras do 
músculo platina. 
Origem: fáscia parotideomassetérica. 
Inserção: ângulo da boca e lábio superior. 
Inervação: Nervo Facial (VII). 
 
 
24 
 
Ação: Retrai o ângulo da boca lateralmente (riso forçado). 
 
Músculo Abaixador do Lábio Inferior: em latim quadratus labii é curto e 
quadrangular, está situado no queixo. Suas fibras parecem ser a continuação do músculo 
platisma. 
Origem: linha oblíqua da mandíbula. 
Inserção: tegumento do lábio inferior. 
Inervação: Nervo Facial (VII). 
Ação: repuxa o lábio inferior para baixo e lateralmente (expressão de ironia). 
 
Músculo Abaixador do Ângulo da Boca: é um músculo plano e delgado localizado 
sobre o músculo abaixador do lábio inferior. 
Origem: linha oblíqua da mandíbula. 
Inserção: ângulo da boca, lábio superior. 
Inervação: Nervo Facial (VII). 
Ação: deprime o ângulo da boca (expressão de tristeza). 
 
Músculo Mentual: é um músculo grosso, cilíndrico e par situado no queixo sob o 
músculo abaixador do ângulo da boca. 
Origem: fossas incisivas laterais da mandíbula. 
Inserção: tegumento do queixo. 
Inervação: Nervo Facial (VII). 
Ação: eleva e projeta para o lábio superior e enruga a pele do queixo. 
 
 
25 
 
Músculo Transverso do Mento: não é encontrado em todos os seres humanos. 
Origem: parte transversal do músculo mental. 
Inserção: pele da protuberância do mento. 
Inervação: Nervo Facial (VII). 
Ação: Auxilia na depressão do ângulo da boca. 
 
Músculo Orbicular da Boca: contorna a boca, proporcionando função de esfíncter. 
Suas fibras possuem diferentes direções e se confundem com as fibras de outros músculos 
mímicos da boca, o que garante a esse músculo inúmeros movimentos. 
Origem: ângulo da boca, circundando a boca como um esfíncter. 
Inserção: componente principal do lábio. 
Inervação: Nervo Facial (VII). 
Ação: movimentam os lábios, as asas do nariz e a pele do mento. 
 
Músculo Bucinador: músculo acessório na mastigação, mantendo o alimento sob a 
pressão direta dos dentes. Está situado sob o músculo masseter. 
Origem: superfície externa dos processos alveolares da maxila, acima da mandíbula. 
Inserção: ângulo da boca. 
Inervação: Nervo Facial (VII). 
Ação: deprime e comprime as bochechas contra a mandíbula e maxila. Importante 
para assobiar e soprar. 
 
 
 
 
26 
 
7 ANAMNESE 
 
A entrevista inicial envolve a pesquisa com o paciente para sabermos sobre a história 
de vida do mesmo. 
Ressaltamos alguns pontos tais como: 
 Você tem doenças de pele e/ou respiratória? 
 Faz uso de medicamento? Qual(ais)? 
 Quais são seus hábitos alimentares? 
 Faz uso de consumo de água e de outros líquidos? 
 Qual seu nível de estresse? 
 Como é sua personalidade? 
 Quais são seus horários de descanso? 
 Quais são seus hábitos de vida (trabalho, lazer)? 
 Com que frequência fica exposto ao sol? 
 Faz uso de tabagismo? Quantos por dia? 
 Faz uso de álcool? Quando? Quantas vezes ao dia? 
 Você tem percebido que emagreceu e/ou engordou? 
 Já fez alguma cirurgia facial? 
 Pratica alguma atividade física? 
 Você quer perguntar algo que eu não tenha falado? 
 
Quando não se tem mais nada a declarar, no final da entrevista, o fonoaudiólogo ou a 
fonoaudióloga relata ao paciente que os dados apresentados por ele são sigilosos e que ele 
pode ficar despreocupado, pois ninguém tomará conhecimento do seu caso. 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
8 AVALIAÇÃO 
 
 
 
A avaliação consiste na verificação da musculatura facial, do pescoço e cervical em 
repouso e atividade. Verificando assim o funcionamento muscular e sua relação direta com as 
funções estomatognáticas – respiração, sucção, mastigação e deglutição. 
Podemos ainda questionar sobre os cuidados com a face, frequência dos exercícios, 
áreas da face para as quais direcionou os exercícios e modificações percebidas na face após o 
período de tratamento. 
O protocolo de exame clínico compreende observação da postura corporal, análise 
morfológica extra e intraoral, avaliação da mobilidade, tonicidade e sensibilidade orofacial, além 
das funções de: respiração, mastigação, deglutição e fala. Os dados obtidos durante o exame 
pretendem, ainda, possibilitar a identificação da origem do problema direcionando o processo 
terapêutico. Além de prevenir, identificar o aparecimento de rugas em decorrência dos excessos 
de expressividade facial que possam marcar a pele e hábitos posturais inadequados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
9 TRATAMENTO FONOAUDIOLÓGICO 
 
 
Após a avaliação, o fonoaudiólogo fará o planejamento terapêutico que deverá 
obedecer a várias etapas. As sessões são de aproximadamente 45 minutos, uma vez por 
semana. 
O tratamento é indicado a partir dos 30 anos, preventiva e/ou corretivamente, conforme 
a necessidade. As orientações dos exercícios devem ser seguidas corretamente para o resultado 
eficaz do tratamento. 
Há algumas contraindicações para o tratamento fonoaudiológico estético tais como: 
pele com acne, seis primeiros meses de pós-cirúrgico facial e bioplastia. 
Abaixo vamos descrever as etapas do tratamento: 
 
 Limpeza da pele; 
 Hidratação da pele; 
 Conscientização do papel da musculatura na estética facial; 
 Exercícios faciais gerais; 
 Fortalecimento muscular; 
 Adequação das funções estomatognáticas; 
 Exercícios musculares específicos; 
 Massagem facial ativa e passiva; 
 Estimulação dos pontos motores da face; 
 Relaxamento muscular; 
 Drenagem facial pré e pós-cirúrgica; 
 Manutenção da atividade muscular diária (em casa). 
 
Os exercícios recomendados foram os seguintes: 
 
 Elevar as sobrancelhas enrugando a testa por sete segundos; 
 Aproximar as sobrancelhas por sete segundos; 
 Fechar os olhos com força por sete segundos; 
 Protuiros lábios por sete segundos; 
 
 
29 
 
 Lateralizar as comissuras com abertura da rima labial por sete segundos; 
 Contração das bochechas direita e esquerda com resistência por sete segundos; 
 Os exercícios isométricos favoreceram a diminuição das rugas, marcas de 
expressão e flacidez facial na maior parte dos sujeitos, sendo que as regiões da 
face que aparentemente tiveram melhoras, segundo a observação de foto foram: 
diminuição do sulco nasolabial, diminuição das olheiras; diminuição da flacidez das 
bochechas em diminuição das rugas ao redor dos olhos, face descansada, relaxada 
e serena, lábios mais definidos e mudança em sua postura em um indivíduo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
10 AQUECIMENTO E ALONGAMENTO DA MIOLOGIA FACIAL 
 
 
É um dos momentos mais importantes e engraçados da sequência de aquecimento. 
Um bom alongamento dos músculos da face garante boa dicção em projeção vocal do ator em 
cena. Faça movimentos circulares com a língua dentro e fora da boca. Em sequência, faça 
caretas das mais variadas de modo a exercitar todos os músculos presentes na face. Dê leves 
tapas nas bochechas, testa e pescoço e sinta-se relaxado para sorrir e ficar sério várias vezes 
seguidas. 
Após isso, comece a respirar pelo nariz e soltar pela boca. Essa é a maneira correta de 
respirar em cena. Continue puxando o ar e faça pausas para soltá-lo, lentamente. Exercite as 
cordas vocais falando repetidas vezes sílabas como: blá, tra, za, dentre outras. Comece em voz 
baixa e termine em voz alta. Estes exercícios ajudam na extensão vocal do ator. 
Para a dicção são indicados exercícios básicos. O primeiro deles é falar trava-línguas 
diversos de forma impecável. Isso ajuda a solucionar alguns problemas existentes nas cordas 
vocais. 
Os alongamentos são exercícios voltados para o aumento da flexibilidade muscular, 
que promovem o estiramento das fibras musculares, fazendo com que elas aumentem o 
comprimento. 
O principal efeito do alongamento é o aumento da flexibilidade que é a maior amplitude 
de movimento possível de uma determinada articulação. 
Quanto mais alongado o músculo, maior será a movimentação da articula 
ção comandada por aquele músculo e, portanto, maior a sua flexibilidade. 
Os alongamentos conseguem esse resultado por aumentarem a temperatura da 
musculatura e por produzirem pequenas distensões na camada de tecido conjuntivo que 
revestem os músculos. 
Nossos músculos são responsáveis por nossos movimentos, possuem características 
importantes, por exemplo, a elasticidade, que permite voltar ao tamanho normal depois de 
alongado. 
 
São objetivos do alongamento: 
 
 
 
 
31 
 
 Restaurar a amplitude de movimento normal na articulação envolvida e a 
mobilidade das partes moles adjacentes a esta articulação; 
 Prevenir o encurtamento ou tensionamento irreversíveis de grupos musculares; 
 Facilitar o relaxamento muscular; 
 Reduzir o risco de lesões musculares. 
 
 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
11 TECIDO TEGUMENTAR 
 
 
O tegumento humano conhecido como pele, é formado por duas camadas distintas 
unidas entre si: a epiderme e a derme. 
A epiderme é um epitélio multiestratificado composto por várias camadas (estratos) e 
células achatadas (epitélio pavimentoso). A camada de célula mais interna é chamada epitélio 
germinativo, constituída por células que se multiplicam continuamente, com isso as novas 
células geradas empurram as mais velhas para cima em direção à superfície do corpo. À medida 
que envelhecem as células epidérmicas tornam-se achatadas e passam a fabricar e acumular 
dentro de si uma proteína resistente, a queratina. As células mais superficiais, quando se 
tornam repletas de queratina, morrem e passam a constituir um revestimento resistente ao atrito 
e altamente impermeável à água, denominado camada de queratinizada ou córnea. 
A superfície cutânea está provida de terminações nervosas capazes de captar 
estímulos térmicos, mecânicos ou dolorosos. Essas terminações nervosas ou receptores 
cutâneos são especializados na recepção de estímulos específicos. Alguns podem captar 
estímulos de natureza distinta. Na epiderme, não existem vasos sanguíneos. Os nutrientes e 
oxigênio chegam à epiderme por difusão a partir de vasos sanguíneos da derme. 
Nas regiões providas de pelos existem terminações nervosas específicas nos 
folículos capilares e outras chamadas terminais ou receptores Ruffini. As primeiras formadas 
por axônio, que envolvem o folículo piloso, captam forças mecânicas aplicadas contra o pelo. Os 
terminais de Ruffini, com sua forma ramificada, são receptores de calor. 
Em toda a pele, tanto a rica em pelo, como na desprovida de pelo existem três tipos de 
receptores comuns: 
Pele com pelos e pele sem pelos (glaba): 
 
 Corpúsculos de Paccini: captam estímulos vibráteis e táteis. São formados por 
fibras nervosas cuja porção terminal, amielínica, é envolta por várias camadas que 
correspondem a diversas células de sustentação. A camada terminal é capaz de 
captar a aplicação de pressão que é transmitida para outras camadas e enviadas a 
centros nervosos correspondentes. 
 
 
 
33 
 
 Discos de Merkel: de sensibilidade tátil e de pressão. Uma fibra aferente costuma 
estar ramificada com vários discos terminais destas ramificações nervosas. Os 
discos estão englobados em uma célula especializada, cuja superfície distal se fixa 
nas células epidérmicas por um prolongamento de seu protoplasma. Os 
movimentos de pressão e tração sobre epiderme desencadeam o estímulo. 
 Terminações nervosas livres: sensíveis aos estímulos mecânicos térmicos e 
especialmente aos dolorosos. São formados por um axônio ramificado envolto por 
células de Schwann, sendo por sua vez envolvidos por uma membrana basal. 
 
Na pele sem pêlo encontram-se, ainda, outros receptores específicos: 
 
 Corpúsculos de Meissner: táteis. Estão nas saliências da pele sem pelos (como 
nas partes mais altas das impressões digitais). São formados por axônio mielínico, 
cujas ramificações terminais se entrelaçam com células acessórias. 
 Bulbos terminais de Krause: receptores térmicos de frio. São formados por uma 
fibra nervosa cuja terminação possui forma clava. Situam-se nas regiões limítrofes 
da pele com as membranas da mucosa (por exemplo: ao redor dos lábios e dos 
genitais). 
 
 
34 
 
FIGURA 3 
 
 
 
Nas camadas inferiores da epiderme estão os melanócitos, células que produzem 
melanina, pigmento que determina a coloração da pele. 
As glândulas anexas (sudoríparas e sebáceas) encontram-se mergulhadas na derme, 
embora tenham origem epidérmica. O suor (composto de água, sais e um pouco de ureia) é 
drenado pelo duto das glândulas sudoríparas, enquanto a secreção sebácea (secreção que 
lubrifica a epiderme e os pelos) sai pelos poros de onde emagrecem os pelos. 
A transpiração, ou sudorese, tem por função refrescar o corpo quando há elevação da 
temperatura ambiental ou quando a temperatura interna do corpo sobe, por exemplo, quando há 
aumento da atividade física. 
A derme, localizada imediatamente na epiderme é um tecido conjuntivo que contém 
fibras proteicas, vasos sanguíneos, terminações nervosas, órgãos sensoriais e glândulas. As 
células da derme são os fibroblastos, responsáveis pela produção de fibras e de uma 
substância gelatinosa, a substância amorfa na qual os elementos estão mergulhados. 
 
 
 
 
35 
 
A epiderme penetra na derme e origina os folículos pilosos, glândulas sebáceas e 
glândulas sudoríparas. Na derme encontramos: músculo cretor do pelo, fibras elásticas 
(elasticidade), fibras colágenas (resistência), vasos sanguíneos. 
Sob a pele, há uma camada de tecido conjuntivo frouxo, o tecido subcutâneo, rico em 
fibras e em células que armazenam gorduras (células adiposas ou adipócitos). A camada 
subcutânea,denominada hipoderme, atua como reserva energética, proteção contra choques 
mecânicos e, isolante térmico. 
As unhas e pelos são formados por células epidérmicas quaternizadas, mortas e 
compactadas. Na base da unha ou do pelo há células que se multiplicam constantemente, 
empurrando as células para cima. Acumulam queratina, morrem e compactam-se originando a 
unha ou pelo. O pelo está ligado ao músculo eretor, que permite a movimentação, e a uma ou 
mais glândulas sebáceas, que são encarregadas de se lubrificarem. 
 
FIGURA 4 
 
FONTE: Disponível em: <www.afh.bio.br/tegumentar/tegumentar.asp>. Acesso em: 28 ago.2012 
 
 
Hanseníase: é uma mancha que se dá na pele, que perde a sensibilidade ou função. 
Sistema Endócrino: ao receber raios solares, a pele forma hormônios (vitamina D3) 
que atuarão no intestino grosso por meio da corrente sanguínea, que ajuda o intestino na 
absorção de cálcio e fósforo dos alimentos que irão alimentar as células do corpo a 
decompositar-se nos ossos. 
 
 
36 
 
12 EMBRIOGÊNESE CRANIOFACIAL 
 
 
Entre a quarta e 12ª semana de gestação ocorre o desenvolvimento da face. Neste 
período, em virtude da grande complexidade da formação de estruturas orais, sucedem fendas 
provenientes de uma interrupção no desenvolvimento e/ou falha na fusão de saliências faciais e 
processos palatinos envolvidos. 
Os processos craniofaciais que originam o palato primário e o secundário são 
derivados das proliferações mesequimais e epiteliais que dão origem às proeminências faciais: 
nasais mediais, nasais laterais e maxilares. Quando ocorre o desenvolvimento e fusão dos 
processos nasais, medial e lateral abaixo da fosseta nasal em desenvolvimento resulta o palato 
primário que forma o teto da porção anterior da cavidade oral primitiva fazendo a separação 
inicial entre as cavidades orais e nasais. Por volta da sétima e oitava semana de gestação o 
palato secundário se desenvolve decorrente de uma fusão medial das cristas palatinas, 
completando a separação das cavidades orais e nasais. 
O lábio superior, maxila anterior e dentes incisivos superiores são derivados do 
desenvolvimento do palato primário. Quando ocorre falha na fusão entre os processos nasal e 
maxilar em um ou mais nos dois lados, resulta a fenda de lábio. 
Os dentes estão diretamente relacionados com a gênese da fenda labiopalatina, pois a 
presença desta pode ocasionar distúrbios do desenvolvimento à medida que acontece a 
iniciação da lâmina dentária. Podem ocorrer anomalias de números (anodontias e dentes 
supranumerários), de forma (germinação, fusão, micro e macrodontia) e o dens in dente, que é a 
invaginação do esmalte e a dentina ao longo do comprimento da raiz. 
 
 
 
 
 
 
37 
 
12.1 CLASSIFICAÇÃO 
 
 
As fendas orofaciais podem estar compreendidas em fendas típicas (de lábio, de palato 
ou ambas) e fendas atípicas ou raras, que incluem as fendas medianas, transversais e oblíquas. 
Existe ainda a fenda submucosa caracterizada por úvula bífida, diástase da 
musculatura velar e chanfradura na borda posterior do palato duro; e as fendas raras da face que 
incluem as fendas medianas do lábio superior e do lábio inferior, fendas oblíquas (orbitofaciais), 
transversais (buçoauriculares), macrostomia, fendas de lábio inferior, mandíbula e nariz. 
No atendimento aos portadores de fenda de lábio e/ou palato são necessários alguns 
cuidados especiais para a região malformada. Essa pode envolver a localização de estruturas 
dentárias, alterando a localização ou o estabelecimento de uma dentição normal. É necessário o 
seguimento do crescimento e do desenvolvimento das dentições decíduas e permanentes para 
que possa haver um planejamento para as possíveis terapias protéticas e ortodônticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
13 ANATOMOFISIOLOGIA DOS MÚSCULOS OROFACIAIS, CABEÇA E PESCOÇO 
 
 
A cabeça é formada por uma série de compartimentos, os quais são formados por 
ossos e partes moles. Eles são: 
A cavidade do crânio: duas orelhas, duas órbitas, duas cavidades nasais, uma 
cavidade oral. 
A cavidade do crânio é o maior compartimento e contém o encéfalo e membranas 
associadas (meninge). 
A maior parte da orelha (aparelho de audição) a cada lado está contida em um dos 
ossos que formam o assoalho da cavidade do crânio. As partes externas das orelhas estendem-
se lateralmente a partir destas regiões. 
As duas órbitas contêm os olhos. São câmaras em forma de cones imediatamente 
inferiores à região anterior da cavidade do crânio, sendo que o ápice de cada cone está 
direcionado de forma posteromedial. As paredes das órbitas são ósseas, enquanto a base de 
cada câmara crônica pode ser aberta e fechada pelas pálpebras. 
As cavidades nasais são partes superiores do trato respiratório e ficam entre as 
órbitas. Têm paredes, assoalhos e tetos, compostas predominantemente por osso e cartilagem. 
As aberturas anteriores das cavidades nasais são narinas e as aberturas posteriores são os 
coanos (aberturas nasais posteriores). 
Nas cavidades nasais há extensões cheias de ar (seios paranasais), que se projetam 
lateralmente, superiormente e posteriormente ao redor dos ossos. Os maiores, os seios 
maxilares, são inferiores a órbitas. 
A cavidade oral é inferior às cavidades nasais e separada dela pelo palato duro e mole. 
O assoalho da cavidade oral é formado inteiramente por partes moles. 
 
 
 
39 
 
A abertura anterior da cavidade oral é rima da boca e a abertura posterior é o istmo 
das fauces. Diferentemente das narinas e dos coanos, que são abertos, a rima da boca e o istmo 
das fauces podem ser abertos e fechados por partes moles à sua volta. 
Além dos principais compartimentos da cabeça, duas outras regiões anatomicamente 
definidas da cabeça, a cada lado, são áreas de transição de um compartimento da cabeça para 
outro. 
A fossa infratemporal é uma área entre a parte posterior (ramo) da mandíbula e uma 
região plana do osso (lâmina lateral do processo pterigoide) imediatamente posterior à maxila. 
Essa forma limitada por ossos e partes moles é um conduto para um dos principais nervos 
cranianos, o nervo mandibular (a divisão mandibular do nervo trigêmeo, que passa entre as 
cavidades do crânio e oral). 
A fossa pterigopalatina, a cada lado é imediatamente posterior à maxila. Esta pequena 
fossa comunica-se com a cavidade do crânio, a fossa infratemporal, órbita, a cavidade nasal e 
oral. Uma estrutura importante que atravessa a fossa pterigopalatina é o nervo maxilar (divisão 
maxilar do nervo trigêmeo). 
A face é a parte anterior da cabeça e contém um grupo peculiar dos músculos que 
movem a pele relativamente ao osso subjacente e controlam aberturas para órbitas e a cavidade 
oral. O couro cabeludo cobre as regiões superior, posterior e lateral da cabeça. 
 
 
13.1 PESCOÇO 
 
 
O pescoço estende-se do pescoço aos ombros e tórax. Seu limite superior é ao longo 
das margens inferiores da mandíbula e das partes ósseas na face posterior do crânio. A parte 
posterior do pescoço é mais alta do que a anterior e liga as vísceras cervicais às aberturas 
posteriores da cavidade nasal e oral. 
 
 
40 
 
O pescoço tem um limite que se estende da parte superior do esterno ao longo da 
clavícula, indo ao acrômio adjacente que é uma projeção óssea da escápula. Posteriormente, o 
limite inferior do pescoço é menos definido, mas pode ter uma ideia aproximada, traçando a linha 
entre o acrômio e o processo espinhoso da vértebra C7 (sétima vértebra cervical), que é 
proeminente e facilmente palpável. A margem inferior do pescoço encerra a base do pescoço. 
 
 
13.1.1 Compartimentos 
 
O pescoço tem quatro compartimentos, que são encerrados por um colar 
musculofascial externo. O compartimento vertebral contém vértebras cervicais e os músculos 
posturais associados. 
O compartimento visceral contém glândulas que são (tireoide, paratireoides e timo) e 
partes do trato respiratórioe digestório que passam entre a cabeça e o tórax. Os dois 
compartimentos vasculares contêm os grandes vasos e o nervo vago. 
 
 Laringe e Faringe 
 
O pescoço contém duas estruturas especializadas associadas aos tratos digestório e 
respiratório – a laringe e a faringe. 
A laringe é a parte superior das vias aéreas baixas e localiza-se abaixo da parte 
superior da traqueia e acima, por uma membrana flexível, do osso hioide que está fixado no 
assoalho da cavidade oral. Muitas cartilagens formam estrutura de sustentação para laringe que 
tem canal central oco. As dimensões deste canal podem ser ajustadas por estruturas de partes 
moles associadas à parede da laringe. As mais importantes são as duas pregas vocais laterais, 
que projetam entre si dos lados adjacentes da cavidade laríngea. A abertura superior da laringe 
(adito da laringe) é inclinada posteriormente e continua com a faringe. 
 
 
41 
 
A faringe é um meio cilindro de músculo e fáscia. Acima, à base do crânio e, abaixo, às 
margens do esôfago. As paredes do meio cilindro são fixadas nas margens laterais das 
cavidades nasais, na cavidade oral e na laringe. As duas cavidades nasais, a cavidade oral e a 
laringe, abrem-se, portanto na face anterior da faringe e o esôfago abre-se inferiormente. 
A parte da faringe posterior às cavidades nasais é a parte nasal da faringe. Aquelas 
partes posteriores à cavidade oral e à laringe são a parte oral e a parte laríngea da faringe, 
respectivamente. 
 
 
13.1.2 Funções da cabeça 
 
 
 Proteção 
 
A cabeça protege o encéfalo e todos os sistemas de receptores associados aos 
sentidos especiais – as cavidades nasais e oral – que possuem características estruturais para 
modificar a passagem de ar ou alimento para cada sistema. 
A cabeça contém as partes superiores dos sistemas respiratórios e digestório – as 
cavidades nasal e oral que possuem características estruturais para modificar a passagem de ar 
ou alimento para cada sistema. 
 
 Comunicação 
 
A cabeça e o pescoço estão envolvidos na comunicação. Os sons produzidos pela 
laringe são modificados pela faringe e na cavidade oral, produzindo a fala. Ademais, os 
 
 
 
42 
 
músculos da face, responsáveis pela expressão facial, ajustam-se aos contornos da face para 
retransmitir sinais não verbais. 
 
 Posicionamento da Cabeça 
 
O pescoço sustenta e posiciona a cabeça. É importante observar que ele possibilita 
que o indivíduo posicione os componentes do sistema sensorial na cabeça, relacionando com os 
estímulos ambientais sem movimentar o corpo inteiro. 
O pescoço contém estruturas especializadas (faringe e laringe) que conectam as 
partes do trato respiratório e digestório (cavidades nasais e oral) na cabeça com o esôfago e a 
traqueia, que começam em posição relativamente baixa no pescoço e dirigem-se ao tórax. 
 
13.1.2.1 Componentes 
 
 Crânio 
 
Os principais ossos da cabeça formam o crânio. A maioria dos ossos é interconectada 
por suturas, que são articulações fibrosas imóveis. 
No feto e no recém-nascido, grandes espaços membranosos e não ossificados 
(fontículos) entre os ossos do crânio, particularmente entre ossos grandes e planos que cobrem 
toda a cavidade do crânio, permitem: 
 Que a cabeça se deforme durante sua passagem pelo canal do parto. 
 O crescimento pós-natal. 
 
 
 
 
 
43 
 
A maioria dos fontículos se fecha durante o primeiro ano de vida, a ossificação 
completa dos finos ligamentos do tecido conjuntivo que separam os ossos na linha de sutura que 
começa no final da terceira década e normalmente se completa na quinta década de vida. 
Há três articulações sinoviais na cabeça. A maior é a articulação temporomandibular 
entre a mandíbula e o osso temporal. As outras duas articulações sinoviais ficam entre os três 
ossículos da orelha média – o martelo, a bigorna e o estribo. 
As sete vértebras cervicais formam a estrutura óssea do pescoço. As vértebras 
cervicais são caracterizadas por: 
 
 Corpos pequenos; 
 Processos espinhosos bífidos; 
 Processos transversos que contêm um forame (forame transverso). 
 
Os forames transversos formam uma passagem longitudinal a cada lado da coluna 
cervical para os vasos (artérias e veias vertebrais) que passam entre a base do pescoço e a 
cavidade do crânio. 
O processo transverso de uma vértebra cervical apresenta tubérculos anterior e 
posterior para fixação dos músculos. Os tubérculos anteriores são derivados dos mesmos 
elementos embriológicos que dão origem às costelas na região torácica. Ocasionalmente 
desenvolvem-se costelas cervicais a partir deste elemento, particularmente em associação a 
estas vértebras cervicais inferiores. 
 
 Osso Hioide 
 
É um pequeno osso em forma de U orientado no plano horizontal superior à laringe, 
onde possa ser palpado e movimentado de lado em lado. 
 
 
 
44 
 
Os dois braços do U (cornos maiores) projetam-se posteriormente, a partir das 
extremidades laterais do corpo. 
O osso hioide não se articula com outro elemento esquelético nem na cabeça e nem 
no pescoço. É uma âncora altamente móvel para muitos músculos e estruturas de partes moles 
na cabeça e no pescoço. Está na interface entre três compartimentos dinâmicos: 
 
 Superiormente, ao assoalho da cavidade oral. 
 Inferiormente a laringe. 
 Posteriormente a faringe. 
 
 Palato mole 
 
O palato mole é uma estrutura constituída por partes moles, com forma de aba que 
insere como dobradiça na parte posterior do palato duro com a margem posterior livre. Pode 
ser levado e deprimido por músculos. O palato mole e estruturas associadas podem ser vistos 
claramente através da boca aberta. 
 
 Músculos 
 
Os musculoesqueléticos da cabeça e do pescoço podem ser agrupados com base na 
função, inervação e derivação embriológica. 
 
 Na cabeça 
 
Os grupos musculares não incluem: 
 
 
 
45 
 
 Os músculos extraoculares (movimentam a órbita e abrem a pálpebra superior). 
 Músculos da orelha média (ajustam o movimento dos ossos da orelha média). 
 Músculos da face (determinam a expressão facial). 
 Músculos da mastigação (movimentam a mandíbula e relacionam-se com a 
articulação temporomandibular). 
 Músculos do palato mole (elevam e deprimem o movimento). 
 Músculos da língua (movimentam e alteram a forma da língua). 
 
 No pescoço 
 
Os principais grupos musculares incluem: 
 
 Músculos da faringe (fazem a constrição e elevam a faringe). 
 Músculos da laringe (ajustam as dimensões da passagem do ar). 
 Músculos infra-hióideos (posicionam a laringe e o osso hioide no pescoço). 
 Músculos conatidos pela fáscia de revestimento (movimentam a cabeça e a 
extremidade superior). 
 Músculos posturais no compartimento muscular do pescoço (posicionam o 
pescoço e a cabeça). 
 
Relações com outras regiões 
 
 Tórax 
 
A abertura superior do tórax projeta-se diretamente na base do pescoço. As estruturas 
que passam entre a cabeça e o tórax sobem e descem através dessa abertura e do 
compartimento visceral do pescoço. Na base do pescoço, a traqueia é imediatamente anterior ao 
esôfago, que é anterior à lateral da traqueia. 
 
 
46 
 
 Membros superiores 
 
Há uma entrada da axila (porta para os membros superiores) a cada lado da abertura 
torácica superior na base do pescoço. 
Estruturas como os vasos passam sobre a costela I quando estão entre a entrada da 
axila e o tórax. 
Os componentes cervicais do plexo braquial vêm diretamente do pescoço pela entrada 
da axila, dirigindo-se para os membros superiores. 
 
Características Principais 
 
 Níveis vertebrais C3/4 e C5/6 
 
No pescoço os dois níveis vertebrais são: 
 
 Entre C3 e C4, aproximadamente na margem superior da cartilagem tireóidea da 
laringe (que pode ser palpada) e onde a artéria em cada lado do pescoço se 
bifurca em artéria carótida interna e externa. 
 Entre C5 e C4, que marca a faringe e laringe e o limite superiorda traqueia e do 
esôfago – a indentação entre cartilagem cricóidea da laringe e o primeiro anel 
traqueal pode ser palpada. 
A artéria carótida interna no pescoço sobe ao crânio para irrigar a parte do encéfalo. 
Também irriga o olho e a órbita. Outras regiões da cabeça e pescoço são irrigadas para ramos 
da artéria carótida externa. 
 
 Veias aéreas no pescoço 
 
 
47 
 
A laringe e a traqueia são anteriores ao trato digestório no pescoço, é possível ter 
acesso direto a elas quando as partes superiores do sistema são bloqueadas. Uma 
cricotireotomia faz uso da via mais fácil de acesso por meio do ligamento cricotireóideo 
(membrana cicrovocal, membrana cricotireóidea) entre as cartilagens cricóidea e tireóidea da 
laringe. O ligamento pode ser palpado na linha média e geralmente há pequenos vasos, tecido 
conjuntivo e pele, embora ocasionalmente um pequeno lobo da glândula tireoide (o lobo 
piramidal) está sobre ele. Em um nível mais baixo, pode-se ter acesso cirúrgico às vias aéreas 
por meio da parede anterior da traqueia por traqueostomia. Esta via de entrada é complicada 
porque grandes veias e parte da glândula tireoide estão sobre esta região. 
 
 Nervos Cranianos 
 
Há doze nervos cranianos, as características que os definem são que saem da 
cavidade do crânio através de forame e fissura. Os nervos cranianos inervam estruturas na 
cabeça ou no pescoço. Ademais, o nervo vago (X) desce pelo pescoço e vai ao tórax e abdome, 
onde inerva as vísceras. 
As fibras parassimpáticas na cabeça saem do encéfalo como parte dos quatro nervos 
cranianos – o nervo oculomotor (III), o nervo facial (VII), o nervo glossofaríngeo (IX) e o nervo 
vago (X). As fibras parassimpáticas pré-ganglionares no nervo oculomotor (III), no nervo facial 
(VII) e no nervo glossofaríngeo (IX), destinadas aos tecidos-alvo na cabeça saem destes nervos 
e distribuem-se com os ramos de nervo trigêmeo (V). 
 
 Nervos Cervicais 
 
São oito os nervos cervicais (C1 a C8). 
 
 C1 a C7 emergem do canal vertebral acima de suas respectivas vértebras. 
 C8 emerge entre as vértebras C7 e T1. 
 
 
48 
 
Os ramos anteriores de C1 a C4 formam o plexo cervical. Os principais ramos deste 
plexo inervam os músculos infra-hióideos, o diafragma (nervo frênico), a pele nas partes anterior 
e lateral do pescoço, a pele sobre parede torácica anterior a pele na parte inferior da cabeça. 
Os ramos anteriores de C5 a C8, juntamente com um grande componente do ramo 
anterior de T1, formam o plexo braquial, que inerva o membro superior. 
A faringe é uma câmara comum para os tratos digestório e respiratório. 
Consequentemente, a respiração pode ocorrer através da boca, como também do nariz, e 
material da cavidade oral potencialmente entra no esôfago ou na laringe 
O palato mole, a epiglote e as estruturas de partes moles dentro da laringe atuam 
como válvulas para impedir que alimentos e líquidos entrem nas partes inferiores do trato 
respiratório. 
Durante a respiração normal, as vias aéreas abrem-se e o ar passa livremente através 
das cavidades nasais (ou da cavidade oral), faringe, laringe, traqueia. A luz do esôfago está 
normalmente fechada, diferentemente das vias aéreas, pois não tem estruturas de sustentação 
esquelética para manter-se aberta. 
Quando a cavidade oral está cheia de líquido ou alimento, o palato movimenta-se para 
baixo e é deprimido para fechar o istmo das fauces, permitindo assim processar alimentos e 
líquidos na cavidade oral enquanto respira. 
Quando há deglutição, o palato mole e partes da laringe atuam como válvulas para 
assegurar o movimento apropriado do alimento da cavidade oral para o esôfago. 
O palato mole eleva-se para abrir o istmo das fauces enquanto, ao mesmo tempo, 
veda a parte nasal da faringe em relação à parte oral, impedindo que os alimentos e líquidos 
subam para a parte nasal da faringe e cavidades nasais. 
A epiglote fecha a entrada laríngea e grande parte da cavidade da laringe fica ocluída 
por oposição das pregas vocais e dobras das partes moles superiores a ela. A laringe é puxada 
para cima e para frente, facilitando o movimento de alimentos e líquidos em torno da laringe 
fechada, em direção ao esôfago. 
 
 
 
49 
 
No recém-nascido, a laringe é alta no pescoço e a epiglote fica acima do nível do 
palato mole. Os bebês, portanto, conseguem mamar e respirar ao mesmo tempo. O líquido flui 
em torno da laringe sem qualquer risco de entrar nas vias aéreas. 
 
 Trígonos Cervicais 
 
Os dois músculos (trapézio e esternocleidomastóideo) são envolvidos pela fáscia de 
revestimento (constituído por parte do colar cervical esterno) dividem o pescoço nos trígonos 
anterior e lateral a cada lado. 
Os limites de cada trígono cervical anterior são: 
 
 Limite vertical mediana do pescoço; 
 Margem inferior do pescoço; 
 Margem anterior do músculo esternocleidomastoideo. 
 
O trígono cervical lateral é limitado por: 
 
 O terço médio da clavícula; 
 Margem anterior do trapézio; 
 Margem posterior do esternocleidomastóideo. 
 
O trígono lateral situa-se em parte sobre a entrada da axila e associa-se a estruturas 
(nervos e vasos) que entram no membro superior e saem dele. 
 
 Anatomia regional 
 
 
 
50 
 
 Crânio 
 
A cabeça tem um conjunto de 22 ossos, excluindo os ossículos da audição. Exceto 
pela mandíbula, os ossos são fixados entre si pelas suturas, são imóveis e formam o crânio. O 
crânio pode ser subdividido em: 
 
 Uma parte superior (calvária e base do crânio) que envolve a cavidade do crânio 
contendo o encéfalo (neurocrânio). 
 Uma parte inferior – o esqueleto da face (viscerocrânio). 
 
Os ossos que formam a calvária e a base do crânio são o temporal e parietal, que são 
pares, e osso frontal, esfenoide, etmoide occipital, que são ímpares. 
Os ossos que formam o esqueleto da face são os nasais, os palatinos, os lacrimais, os 
zigomáticos, as conchas nasais inferiores, as maxilas, que são pares, e o vômer, que é impar. 
 
 Vista anterior 
 
A vista anterior do crânio inclui a fronte superior e, inferiormente, as órbitas e a maxila 
e mandíbula. 
 
 Osso frontal 
 
A fronte consiste no osso frontal, que também forma a parte superior da margem 
supraorbital. 
 
 
 
51 
 
O processo zigomático do osso frontal projeta-se inferiormente formando a margem 
lateral superior da órbita. Esse processo se articula com o processo frontal do osso zigomático. 
 
 Ossos zigomáticos e nasais 
 
A margem lateral inferior a órbita, bem como parte lateral da margem inferior da órbita, 
é formada pelo osso zigomático. Pela abertura piriforme estão o par de conchas nasais inferiores 
e as Cristas nasais fundidas, formando a parte inferior do septo nasal e terminando 
anteriormente como espinha nasal anterior. 
 
 Maxilas 
 
A parte da face superior entre a órbita e os dentes superiores é formada pelo par de 
maxila. O processo zigomático de cada maxila articula-se com o osso zigomático e, 
medialmente, o processo frontal de cada maxila articula-se com o osso frontal. 
Inferiormente, a parte de cada maxila, imediatamente abaixo da margem infraorbital, 
está o forame infraorbital. 
Cada maxila termina como processo alveolar, que contém os dentes e forma o maxilar 
superior. 
 
 Mandíbula 
 
A mandíbula é a estrutura mais inferior, consiste em corpos da mandíbula 
anteriormente e ramo da mandíbula posteriormente. Esses se unem no ângulo da mandíbula. 
Todas estas partes são visíveis, até certo ponto na vista anterior. 
 
 
52 
 
O corpo da mandíbula é dividido em duas partes: 
 
 A parte inferior é a base da mandíbula; 
 A parte superior é a parte alveolar da mandíbula. 
A parte alveolar da mandíbula contém os dentes. A base da mandíbula tem uma 
protuberância (a protuberância mentual) em sua superfície anterior, onde dois lados da 
mandíbula se unem. Imediatamente lateral à protuberância mentual, a cada lado, é observadaprotuberância mais anunciada. 
Lateralmente, é visível um forame mentual, a meio caminho entre a margem superior 
da parte alveolar da mandíbula e a margem inferior da base da mandíbula. Passando esse 
forame e continuando, há uma crista (linha oblíqua), que se dirige da região anterior do ramo 
para o corpo da mandíbula. A linha oblíqua é um ponto de fixação para músculos relacionados 
com a cavidade oral. 
 
 Vista lateral 
 
A vista do crânio evidencia partes laterais da calvária, e do esqueleto facial, como 
metade da mandíbula. 
Ossos que formam a parte lateral da calvária, que incluem o frontal, o parietal, o 
occipital, o esfenoide e o temporal. 
Ossos que formam a parte visível do esqueleto facial incluem o nasal, a maxila e o 
zigomático. 
 
 Mandíbula 
 
 Parte lateral da calvária 
 
 
53 
 
A parte lateral da calvária (calota craniana) começa anteriormente com o osso frontal 
articula-se com o parietal na sutura coronal. O osso parietal então se articula com o osso 
occipital na sutura lambdóidea. 
Nas partes inferiores da parte lateral da calvária, o osso frontal articula-se com a asa 
maior do osso esfenoide, que então se articula com o osso parietal na sutura esfenoparietal e 
com margem anterior do osso temporal na sutura esfenoescamosa. 
A região onde os ossos, frontal, parietal, esfenoide e temporal estão em estreita 
proximidade é o ptério (um dos pontos craniométricos). As consequências clínicas de uma 
fratura do crânio nesta área podem ser muito graves. O osso nesta área é particularmente fino e 
fica sobre a divisão anterior da artéria meníngea média, que pode ser lacerada por uma fratura 
do crânio nesta área, resultando em um hematoma extradural. 
 
 Osso temporal 
 
Uma grande contribuição para a formação da parte inferior da parede lateral do crânio 
é feita pelo osso temporal, que consiste na sutura esfenescamosa e com o osso parietal 
superiormente na sutura escamosa. 
O processo zigomático é uma projeção óssea anterior da superfície inferior da parte 
escamosa do osso temporal que inicialmente se projeta lateralmente e depois se curva 
anteriormente para se articular com o processo temporal do osso zigomático, formando o arco 
zigomático. 
Abaixo da origem do processo zigomático, que vem da parte escamosa do osso 
temporal, está a parte timpânica do osso temporal e claramente visível na superfície desta parte 
encontra-se o pro acústico externo, que leva ao meato acústico externo. 
A parte mastóidea é a mais posterior do osso temporal, sendo a única região da parte 
petromastóidea do osso temporal vista lateralmente do crânio. É contínua com a parte escamosa 
do osso temporal anteriormente e articula-se com o osso parietal superiormente na sutura 
 
 
54 
 
paretomastóidea e com o osso ocippital posteriormente na sutura occiptomastóidea. Estas duas 
suturas são contínuas entre si, a sutura parietomastóidea é contínua com a sutura escamosa. 
 
 Parte visível do esqueleto facial 
 
Os ossos da face (viscerocrânio) observados em uma vista lateral do crânio incluem o 
nasal, a maxila e o zigomático da seguinte forma: 
 
A maxila: inferiormente, seu processo alveolar contém os dentes; superiormente, 
contribui para a formação das margens inferior e medial das órbitas; medialmente seu processo 
frontal articula-se com o osso frontal; lateralmente, seu processo zigomático articula-se com o 
osso zigomático. 
Um pequeno forame (o forame zigomaticofacial) é visível na superfície lateral do osso 
zigomático. 
 
 Mandíbula 
 
A estrutura óssea final na vista lateral do crânio é a mandíbula. Inferiormente, em sua 
parte anterior, consiste no corpo da mandíbula (anterior), um ramo da mandíbula (posterior) e o 
ângulo da mandíbula, onde a margem inferior do corpo da mandíbula se encontra com a margem 
posterior do ramo. 
Os dentes estão na parede alveolar do corpo da mandíbula, e a protuberância mental e 
destaca-se nesta vista. 
O processo condilar está envolvido na articulação da mandíbula com o osso temporal. 
 
 
 
55 
 
14 FISIOPATOLOGIA DO ENVELHECIMENTO FACIAL 
 
 
O envelhecimento facial se deve, basicamente, a alterações degenerativas nas fibras 
colágenas e elásticas da derme, diminuição de espessura da epiderme por perda de camadas do 
estrato granuloso e espinhoso, onde as células ficam mais achatadas e os espaços 
intercelulares mais largos, atrofia dos músculos de expressão facial com posterior fibrose, 
alteração da arquitetura óssea, geralmente por atrofia, além de perdas de peças dentárias e 
diminuição da espessura do panículo adiposo em diferentes partes da face. Esses são os 
achados internos que determinam o surgimento de rugas, acentuação de sulco, linhas naturais, 
relevos e depressões faciais. Aliados à perda de tonicidade e modificação na coloração da pele, 
estas características determinam o envelhecimento esteticamente falando da face do indivíduo. 
A ação da força da gravidade é um dos fatores que causa envelhecimento, por 
exemplo, na queda das bochechas, no queixo duplo, no aspecto triste que a sobrancelha caída 
apresenta. 
Outro fenômeno que tem papel importante na gênese do envelhecimento é a radiação 
solar. A exposição excessiva, tão caracteristicamente desenfreada na nossa sociedade, é causa 
do dano intenso nas células da pele, fazendo com que apareçam rugas, manchas e outras 
marcas de envelhecimento. 
Fatores genéticos, ou características familiares e raciais, também têm o seu papel no 
aparecimento mais ou menos precoce dos sinais de envelhecimento. 
Outro dado importante é o crescimento de cartilagens, como por exemplo, no nariz, 
com o consequente aumento da projeção e a queda da ponta. 
Ganho e perda de peso, na tradicional “gangorra”, contribui para a aceleração do 
processo. As pessoas que utilizam muito a expressão facial ao falar também tendem a apressar 
o aparecimento de rugas. O fumo também é um fator acelerador do envelhecimento facial. 
 
 Prevenção 
 
As medidas de prevenção incluem os cuidados com a textura da pele, evitar ganho e 
perda excessiva de peso, limitar a exposição solar, inclusive utilizando bloqueadores e não 
fumar. 
 
 
56 
 
 Tratamento 
 
O tratamento dependerá do grau do envelhecimento da pele, do resultado esperado 
pelo paciente e de uma criteriosa avaliação médica. Pode variar de tratamentos mais simples, 
como peeling superficial, até peeling profundo ou até mesmo cirurgia. 
Até agora, o tratamento mais eficaz é a cirurgia, mediante ressecção ou secção dos 
músculos, ou por meio do preenchimento com tecidos próprios ou implantes sintéticos. 
As ressecções, além dos inconvenientes que toda intervenção apresenta, podem 
deixar irregularidades na superfície, podem inclusive provocar alterações sensitivas ou motoras 
na zona. 
A limitação nas técnicas de preenchimento deve-se a que, em curto ou longo prazo, a 
persistência da ação dos músculos voltará a provocar as mesmas rugas. Além disso, é 
necessário ser bastante cauteloso para não provocar deformações em razão de um 
preenchimento excessivo. 
Esta técnica pode ser complementada com o laser resufarcing, especialmente nos 
casos das rugas finas e profundas, que desaparecem por completo graças a seu efeito 
renovador das capas superficiais da pele e aumento da grossura da derme. 
A aplicação da toxina botulínica nos músculos coenrugadores (no caso de rugas no 
cenho), no músculo frontal (para o caso de rugas na testa) e no músculo orbicular das pálpebras 
(para o caso dos pés de galinha), tem um efeito similar ao da cirurgia, porém é menos 
traumático. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
15 TÉCNICAS DA AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM ESTÉTICA FACIAL 
 
 
O envelhecimento é um processo natural, progressivo, gradual e irreversível, que 
somente pode ser desacelerado. Esse processo é consequência de influências orgânicas, 
ambientais, estruturais, funcionais e emocionais. A fonoaudiologia está cada

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