Buscar

Leishmanioses: Protozoários e Transmissão

Prévia do material em texto

Leishmanioses representam um 
conjunto de enfermidades diferentes 
entre si, que podem comprometer 
pele, mucosas e vísceras, dependendo 
da espécie do parasita e da resposta 
imune do hospedeiro. 
São produzidas por diferentes 
espécies de protozoário pertencente 
ao gênero Leishmania, parasitas com 
ciclo de vida heteroxênico, vivendo 
alternadamente em hospedeiros 
vertebrados (mamíferos) e insetos 
vetores (flebotomíneos).
Leishmaniose Tegumentar Americana
v É um protozoário pertencente a família 
Trypanosomatídae com duas formas principais: 
uma flagelada ou promastigota, e outra aflagelada
ou amastigota;
v A leishmaniose tegumentar americana (LTA), inclui 
a leishmaniose cutânea (LC) e leishmaniose 
mucosa(LM).
v É primariamente uma infecção zoonótica que afeta 
outros animais que não o homem, o qual pode ser 
envolvido secundariamente
Leishmaniose Tegumentar Americana
Os vetores da LTA são insetos 
denominados flebotomíneos, 
pertencentes à ordem Diptera, família 
Psychodidae, sub-família
Phlebotominae, gênero
Lutzomyia, conhecidos popularmente, 
dependendo
da localização geográfica, como 
mosquito palha, tatuquira, birigui, entre 
outros.
Ø Ele é muito pequeno, mede de 2 a 
3 mm de comprimento.
Ø Durante o dia ele fica escondido em 
locais úmidos e escuros, como 
quintais com vegetação, 
bananeiras, galinheiros, matas, etc.
Ø O macho se alimenta de seiva e 
sucos vegetais, não transmitindo a 
doença.
Vetores:
Leishmaniose Tegumentar Americana
Requisitos para uma espécie de 
flebotomíneo ser vetora:
- Deve ser antrofílica e zoofilíca;
- Deve estar parasitado;
- Deve estar parasitado com a 
mesma espécie de parasito que a do 
homem;
- Deve ter distribuição geográfica 
igual ao do parasito;
- Deve transmitir o protozoário pela 
picada;
- Deve ser abundante na natureza;
Vetores:
Leishmaniose Tegumentar Americana
Agente etiológico: 
Gênero: Leishmania
Subgênero: Vianniae Leishmania
Espécies dermotrópicas em humanos:
• L. (V.) braziliensis*
• L. (V.) guyanensis*
• L. (L.) amazonenses*
• L. (V.) lainsoni
• L. (V.) naiffi
• L. (V.) lindenberg
• L. (V.) shawi
*Os três principais espécies encontrados 
no Brasil
Epidemiologia:
No Brasil, a LTA apresenta três padrões epidemiológicos
característicos:
� Silvestre;
� Ocupacional e Lazer;
� Rural e periurbano em áreas de colonização
� O ciclo silvestre representa o padrão normal da
LTA, por isso, a proximidade da mata é imperativa no
caso das formas cutâneas e cutâneo-mucosas
Leishmaniose Tegumentar Americana
Reservatórios
Leishmaniose Tegumentar Americana
Condições necessárias para um vertebrado ser considerado
Verdadeiro Reservatório:
� Deve ser abundante na natureza e ter a mesma distribuição geográfica
que a doença;
� Poder de atração ao vetor e contato estreito com o vetor;
� Deve ter longo tempo de vida;
� Proporção grande de indivíduos infectados;
� Deve ter grande concentração do parasito na pele ou no sangue;
� O parasito não deve ser patogênico para o reservatório;
� Parasito deve ser isolado e caracterizado e deve ser o mesmo que
parasita o homem.
Leishmaniose Tegumentar Americana
Mecanismo de Transmissão:
� A transmissão se dá através da picada de insetos
transmissores infectados. Não há transmissão de 
pessoa a pessoa ou animal a animal.
Período de Incubação
� Tempo entre a picada inseto e aparecimento da 
lesão inicial – (2 semanas a 3 meses) hospedeiro 
mamífero reservatório natural do parasito 
raramente produz doença;
� Apenas a fêmea do mosquito transmite a 
doença.
Leishmaniose Tegumentar Americana
Leishmaniose Tegumentar Americana
Leishmaniose Tegumentar Americana
Apresentações Clínicas:
Leishmaniose cutânea (LC)
Forma cutânea localizada
Forma cutânea disseminada
Estágio inicial –placa infiltrativa
Estágio inicial – ulceração
Placa infiltrativa: Bordas crostosas e áreas satélites
(nódulos)
Sintomas sistêmicos:
- Febre
- Mal-estar
- Dores musculares
-Emagrecimento
- Anorexia
Leishmaniose mucosa ou mucocutânea
� 3 –5% dos casos
� Secundária a lesão cutânea
Surgimento após a cura clínica
Evolução crônica e sem tratamento adequado
Lesões múltiplas e acima da cintura
� Sexo masculino
� Faixas etárias mais velhas
� Ocorrem dentro de 10 anos
2 anos após a cicatrização da lesão de pele
� L. (V.) braziliensis
� Montenegro fortemente positivo
Leishmaniose Tegumentar Americana
Apresentações Clínicas:
Leishmaniose Tegumentar Americana
Diagnóstico diferencial
Diagnóstico Clínico
Diagnóstico Laboratorial
a) Exames parasitológicos;
b) Histopatológico;
c) Exames imunológicos;
d) Testes moleculares;
e) Teste intradérmico de Montenegro ou da
Leishmania;
f) Caracterização das espécies
Diagnóstico:
Leishmaniose Tegumentar Americana
Tratamento:
Leishmaniose Visceral
A leishmaniose visceral (LV) ou Calazar, zoonose típica de regiões 
tropicais, atualmente é considerada como uma das endemias 
prioritárias no mundo;
É uma doença sistêmica grave que atinge as células do
sistema mononuclear fagocitário do homem e animais, sendo os 
órgãos mais afetados o baço, fígado, linfonodos, medula óssea e 
pele. 
A leishmaniose visceral vem constituindo um sério e iimportante
problema de saúde pública devido à gravidade das manifestações 
da doença, à sua incidência e pelo seu alto índice de letalidade 
quando não tratada.
Leishmaniose Visceral
Gênero:
Leishmania
Subgênero:
Leishmania
Espécies:
• L. (L.) donavani
• L. (L.) infantun
• L. (L.) chagasi
Agente etiológico
Os agentes etiológicos 
da leishmaniose visceral 
são protozoários 
tripanosomatídeos do 
gênero Leishmania, 
parasita intracelular 
obrigatório das células
do sistema fagocítico
mononuclear, com uma 
forma flagelada e outra 
aflagelada ou 
amastigota;
� Leishmania
(Leishmania) donovani: 
presente no
continente asiático;
� Leishmania
(Leishmania) infantun: 
presente na Europa
e África;
� Leishmania
(Leishmania) 
chagasi:responsabilizada
pela doença nas 
Américas
Leishmaniose Visceral
Gênero:
Lutzomyia
Espécies:
• Lutzomyia longipalpis
• Lutzomyia cruzi
Vetor: Os vetores da LTA são insetos 
denominados flebotomíneos, 
pertencentes à ordem Diptera, 
família Psychodidae, sub-família
Phlebotominae, gênero Lutzomyia, 
conhecidos popularmente, 
dependendo da localização 
geográfica, como mosquito
palha, tatuquira, birigui, entre outros.
o Ele é muito pequeno, mede de 2 
a 3 mm de comprimento.
o A atividade dos flebotomíneos é 
crepuscular e noturna.
o No intra e peridomicílio, a L. 
longipalpis é encontrada, 
principalmente, próximas a uma 
fonte de alimento. Durante o dia, 
estes insetos ficam em repouso, 
em lugares sombreados e úmidos, 
protegidos do vento e de 
predadores naturais.
Leishmaniose Visceral
Epidemiologia
Leishmaniose Visceral
Transmissão 
Leishmaniose Visceral
Apresentações
Clínicas:
Inicia o desenvolvimento dos primeiros 
sinais clínicos no período de 10 dias a 24 meses 
após a infecção, pode-se considerar em 
média de 2 a 6 meses. As manifestações da 
doença são amplamente variáveis em cada 
paciente, mas na maioria das vezes, é 
caracterizada pela febre de longa duração, 
astenia, adinamia e anemia, perda de peso, 
entre outros sinais;
Os sintomas da LV se assemelham em 
alguns aspectos com a sintomatologia de 
outras parasitoses como, doença de Chagas, 
malária, toxoplasmose, esquistossomose, febre
Sinais clínicos 
nos animais:
Leishmaniose Visceral
Classicamente os cães se apresentam 
com lesões cutâneas, descamação e 
eczemas, em particular no espelho nasal e 
orelhas. Nos estágios mais avançados os 
cães podem apresentar onicogrifose, 
esplenomegalia, linfoadenopatia, alopecia, 
dermatites, ceratoconjuntivite, coriza, apatia, 
diarréia, hemorragia intestinal, edemas de 
patas e vômitos.
Diagnóstico diferencial
Diagnóstico Clínico
Diagnóstico Laboratorial
a) Exames parasitológicos;
b) Histopatológico;
c) Exames imunológicos;
d) Testes moleculares;
e) Caracterização das espéciesDiagnóstico:
Leishmaniose Visceral
Drogas de primeira escolha no tratamento da LV: oantimoniato-N-metil-glucamina (antimoniato de 
meglumina) e o estibogluconato de sódio.
Leishmaniose Visceral
Drogas de segunda escolha: Anfotericina B (Primeira 
escolha para gestantes) e Pentamidina.
Tratamento:
Leishmaniose Tegumentar Americana
Leishmaniose Visceral
RESUMO
GERAL:

Continue navegando