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Diagnósticos Diferenciais para Anafilaxia

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Centro Universitário UNIFACISA 
Disciplina: Estudos Interdisciplinares VI 
Turma 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
[ Diagnósticos Diferenciais para anafilaxia] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alunos: 
Beatriz Jordão 
Daniel Formiga 
João Victor Marques 
Júlia Wanderley 
 
 
 Angioedema hereditário 
 
Definição: 
O angioedema hereditário é causado por uma deficiência ou disfunção do inibidor de C1 (uma proteína 
que regula a via de ativação clássica do complemento). Essa patologia é subdividida em 2 tipos principais: tipo 
1 (80-85%) que é caracterizado por uma deficiência no inibidor de C1 e o tipo 2 (15-20%) que é caracterizado 
por uma disfunção de C1. A hereditariedade é autossômica dominante e geralmente de apresenta durante a 
infância ou adolescência. As crises de angioedema são, geralmente, desencadeadas por alguns gatilhos, como 
por exemplo trauma leve, doença viral, exposição ao frio, gestação, ingestão de certos alimentos, além de ser 
agravado por estresse emocional. 
Sinais e sintomas: 
O paciente apresenta edema assimétrico, podendo ser doloroso, acomete normalmente a face, os lábios 
e/ou língua. O edema também pode ocorrer no dorso das mãos, dos pés ou nos órgãos genitais. Existe uma 
frequente associação com o trato gastrointestinal, podendo ter como manifestações que sugerem obstrução 
intestinal, como náuseas, vômitos e desconforto com cólicas. O paciente também pode apresentar edema de 
laringe que provoca estridor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico: 
O diagnóstico é feito principalmente pela medição dos níveis do complemento (C4) que na maioria das 
vezes vai estar baixo. Este nível de C4 pode estar normal em alguns casos como angioedema hereditário do tipo 
2 ou tipo 3. 
Tratamento: 
É feito de acordo com a gravidade e frequência dos sintomas, geralmente são utilizados medicamentos à 
base de hormônios (danazol ou estanozolol) ou antifibrinolíticos como ácido tranexâmico que ajudam a prevenir 
novas crises. Já no tratamento das crises, podem ser aumentadas as doses desses medicamentos ou podem ser 
prescritos outros fármacos para o tratamento de náuseas ou cólicas abdominais. 
 
 Síncope vasovagal 
 
Definição: 
Caracteriza-se como uma perda transitória da consciência relacionada a uma ativação inapropriada 
do nervo vago, que faz parte do sistema nervoso parassimpático. É provocada pela diminuição dos batimentos 
cardíacos e da pressão arterial. Isso ocorre devido a uma ação do nervo vago, que faz com que a chegada 
do sangue no coração e no cérebro demore mais que o normal, muitas vezes em reação a um fator desencadeante 
estressante. A síndrome vasovagal é mais comum nas mulheres e durante a juventude. 
Qual a relação com a anafilaxia? 
O angioedema hereditário pode ser confundido com a anafilaxia durante os episódios de crise, 
principalmente pelos edemas faciais que por se assemelhar aos edemas causados pela reação de 
hipersensibilidade, além do edema de glote comum na anafilaxia e que ocorre em alguns casos do 
angioedema. Esses quadros podem ser diferenciados a partir da dosagem de C4, depois do atendimento de 
urgência nos casos dos quadros mais graves. 
Sinais e sintomas: 
A principal manifestação clinica é o desmaio, mas é comum que apareça outros sinais como: fraqueza, 
palidez, transpiração, calor, tontura, náusea, visão embaçada, dor de cabeça ou palpitações. 
Fisiopatologia: 
A maioria das síncopes resulta de fluxo cerebral insuficiente, como a diminuição do débito cardíaco. 
Alguns casos envolvem fluxo adequado, porém substratos cerebrais (oxigênio, glicose ou ambos) insuficientes. A 
obstrução ao fluxo de saída pode ser exacerbada por exercício, vasodilatação e hipovolemia, que podem 
precipitar a síncope. 
Tratamento: 
O tratamento geralmente inclui evitar fatores desencadeantes, mas, em raras ocasiões, pode incluir 
medicamentos ou um marca-passo. O melhor a ser feito é aprender a evitar os gatilhos, ou seja, tentar evitar as 
situações que desencadeiam a síncope (ou desmaio): ficar muito tempo parado em pé, levantar-se muito rápido, 
situações de estresse, desidratação. Quando sentir os sintomas e sinais que vem antes do desmaio (pródromo), 
como turvação visual, sudorese, palpitações: sentar-se ou se possível deitar-se imediatamente, para evitar o 
desmaio ou pelo menos que a queda cause danos. 
 
 Obstrução das vias áreas 
 
Definição: 
Também conhecida como OVACE, a obstrução das vias aéreas por corpo estranho podem causar danos 
físicos sérios. A obstrução acontece na maioria das vezes na laringe ou na traqueia e pode ser um evento fatal. 
É mais comum em crianças, 80% menores de 15 anos, e pode acontecer com os mais diversos elementos, como 
alimentos, brinquedos, etc. 
Quando suspeitar: 
Se essas vítimas não foram socorridas a tempo, podem evoluir para uma PCR, por isso é importante saber 
identificar o quadro. O paciente geralmente vai se apresentar com clássicos sinais de engasgo, tossindo, agitado, 
com dificuldade para respirar e podendo apresentar até mesmo cianose, em alguns casos podem ser identificados 
sibilos ou estridor. Os casos leves são quando o paciente apresenta obstrução parcial da via área e os casos 
mais graves, quando apresentam obstrução total da via aérea (nesses casos os pacientes não conseguem tossir 
ou falar). 
Conduta: 
Nos casos graves, se o paciente estiver responsivo, deve ser feita a 
manobra de Heimlich (imagem ao lado) para tentar expulsar o corpo 
estranho que está causando a obstrução. Já em casos graves em que o 
paciente não está responsivo deve-se iniciar as compressões torácicas para 
dar inicio a RCP e considerar cricotireoidostomia por punção. Em quadros 
leves, deve-se acalmar a vítima, incentiva-la a tossir e monitorar. 
 
Qual a relação com a anafilaxia? 
O diagnóstico diferencial mais comum de anafilaxia é essa reação vasovagal, que também vem a 
cursar com hipotensão, dispneia, palpitações, tontura, palidez, sudorese, fraqueza e, às vezes, sincope. Por 
outro lado, diferenciam-se uma vez que a síndrome vasovagal não apresenta sinais cutâneos e geralmente 
cursa com bradicardia. 
Qual a relação com a anafilaxia? 
Esse quadro pode se confundir com a anafilaxia pela dificuldade de respirar do paciente, que pode 
ser confundido com um edema de glote. Porém, podem ser facilmente diferenciados pelos sinais de engasgo, 
como tosse e agitação, além da ausência de certos sinais da anafilaxia como edema facial. 
 Crise asmática aguda - estado de mal asmático 
 
Definição: 
É o episódio de asma que não responde a terapêutica habitual (oxigênio, broncodilatadores e corticoide) 
e que tende a evoluir progressivamente para insuficiência respiratória grave, acompanhado de hipoxemia, 
manifestando-se como sofrimento respiratório importante, com exaustão ou alteração da consciência. 
Fisiopatologia: 
Envolve broncoconstrição, edema e inflamação das vias respiratórias, hiper-reatividade das vias 
respiratórias e o remodelamento das vias respiratórias. A hipertrofia da musculatura lisa obstrui as vias 
respiratórias e aumenta a reatividade a alergênios, infecções, irritantes, estimulação parassimpática (o que 
provoca a liberação de neuropeptídios pró-inflamatórios, como substância P, neurocinina A e peptídio 
relacionado geneticamente à calcitonina) e outros deflagradores broncoconstritivos. 
Os gatilhos comuns da exacerbação da asma incluem: 
• Alergenos ambientais e ocupacionais 
• Ar frio e seco 
• Infecções 
• Exercício 
• Inalação de agentes irritantes 
• Emoção 
• Ácido acetilsalicílico e outros anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) 
• Doença do refluxo gastresofágico (DRGE) 
Sinais e sintomas: 
Os pacientes apresentam, principalmente, tosse seca, chiado no peito, 
dificuldade para respirar, respiração rápida e curta, desconforto torácico, 
ansiedade. 
Diagnóstico: 
Em geral, o diagnóstico da crise de asma aguda na sala de emergência se constitui em um processo 
clínico rápido efácil. O paciente apresenta-se com algum grau de dispneia, desconforto torácico e sibilância, às 
vezes acompanhados de tosse e expectoração. Os sintomas apresentam duração variável de horas a dias, porém 
com exacerbação nas últimas horas, o que motivou sua vinda à emergência. Frequentemente, há o relato de 
episódios semelhantes previamente, podendo haver identificação de fatores desencadeantes e descrição de 
resposta sintomática favorável a medicações broncodilatadoras. 
Tratamento: 
As metas do tratamento da asma aguda grave são: 
a) manter adequada saturação de oxigênio arterial através da suplementação de oxigênio. 
b) aliviar a obstrução do fluxo aéreo através de repetidas administrações de broncodilatadores. 
c) reduzir a inflamação das vias aéreas. 
d) prevenir futuras recidivas com a administração de corticosteroides sistêmicos. 
Qual a relação com a anafilaxia? 
Além dos sintomas semelhantes como estridor, dispneia, sibilos e hipotensão, também há broncoespasmo 
e edema das vias respiratórias superiores. É importante citar também que quando a anafilaxia afeta o sistema 
cardiovascular dando origem a queda da tensão arterial chama-se choque anafilático. Os doentes com asma 
ou doenças cardiovasculares são os que possuem um maior risco de apresentar reações anafiláticas mais 
graves. A anafilaxia é, portanto, uma emergência médica. É muito importante que todos os profissionais de 
saúde sejam capazes de diagnosticar imediatamente um doente que se apresenta com sintomas de anafilaxia, 
para poderem iniciar o tratamento adequado rapidamente. 
 
 Isquemia miocárdica 
 
Definição: 
A isquemia miocárdica é caracterizada pela diminuição da passagem do sangue pelas artérias 
coronárias, que são os vasos que levam sangue ao coração. Geralmente é causada por uma placa gordurosa 
dentro do vaso que quando não tratada devidamente correta, podem romper entupindo o vaso em que se 
encontra, assim, aumentando as chances de infarto. 
Sinais e sintomas: 
• Dor ou queimação no peito que pode irradiar para nuca, queixo, ombros ou braços; 
• Palpitações cardíacas; 
• Pressão no peito; 
• Falta de ar ou dificuldade para respirar; 
• Enjoo, suor frio, palidez e mal estar; 
Tipos de isquemia: 
• Angina estável: transitória, pois a dor no peito surge quando o paciente faz algum esforço, tem algum 
estresse emocional ou após alimentação copiosa, melhorando poucos minutos após o repouso, se n for 
tratada pode virar um infarto no futuro. 
• Angina instável: dor pode surgir a qualquer momento, dura na média de 20 minutos e não melhora com 
repouso ou descanso. É necessário tratar com urgência, pois pode evoluir para um infarto rapidamente. 
• Infarto Agudo do Miocárdio- IAM: pode acontecer após transformação da angina, ou pode ser súbita, 
surgindo sem aviso prévio. Caracteriza com dor no peito ou queimação intensa. 
• Isquemia silenciosa: é a diminuição da passagem de sangue nas coronárias que não causa sintomas, 
sendo muitas vezes descoberta em exames de rotina, e causa grande risco de evoluir para um infarto ou 
parada cardíaca súbita. 
Diagnóstico: 
Alguns exames podem ser feitos como: ECG, Teste Ergométrico, ECO, Cintilografia Miocárdica. Exames de 
Sangue para identificar a presença de alterações como colesterol, glicemia, triglicerídeos e função renal, por 
exemplo. Caso tenha suspeita de infarto, avaliar as enzimas cardíacas para confirmação, a mais importante seria 
a Troponina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento: 
O tratamento para isquemia cardíaca pode ser feito com o uso de medicamentos para: 
• Reduzir os batimentos cardíacos, como propranolol, atenolol ou metoprolol; 
• Controlar os níveis da pressão arterial, como enalapril, captopril ou losartana; 
• Reduzir as placas de gordura, como sinvastatina e atorvastatina; 
• Diminuir a formação de coágulos sanguíneos, como AAS ou clopidogrel, para o rompimento das placas 
de gordura; 
• Dilatar os vasos do coração, como isordil e monocordil. 
 
 Arritmias cardíacas 
 
Definição: 
O coração necessita de um impulso elétrico para poder bombear o sangue para todo o corpo, este 
estimulo tem origem no nó sinusal que contrai átrios, após isso, o estimulo vai para o nó atrioventricular e depois 
impulsionado para as células de Purkinje, onde tem a contração ventricular e faz com que o átrio relaxe. Quando 
há alteração no ciclo, é o que se caracteriza a arritmia cardíaca. Arritmias cardíacas são uma das principais 
causas de morte súbita no mundo. Elas são definidas como qualquer alteração na formação e/ou na condução 
do impulso cardíaco normal, sendo muitas delas de caráter maligno, responsáveis pela morte de milhões de 
indivíduos. 
Podem ser consideradas primárias quando surgem espontaneamente, ou podem ser secundarias, que é 
resultado por outros distúrbios. Podem ser subdivididas em bradiarritmias, quando o coração diminui seus 
batimentos, abaixo de 60bpm, podendo ou não apresentar palpitações. E a taquiarritmias, caracterizada como 
aumento súbito dos batimentos, geralmente acima de 100bpm. Ainda existem outras, como por exemplo, a 
fibrilação atrial, que se caracteriza como batimentos rápidos e irregulares dos átrios do coração; a principal 
preocupação deste tipo de arritmia é que ela aumenta as chances de se desenvolver o AVC. 
Sinais e sintomas: 
Pré-síncope (tontura); Síncope (perda dos sentidos); Fadiga extrema; Palpitação; Queda da pressão 
arterial; Angina (dor extrema no peito); Dispneia (dificuldade em respirar, sendo caracterizada como respiração 
rápida e curta); Pulso irregular e lento/ irregular e rápido. 
Diagnóstico: 
O diagnóstico de dá por meio do exame físico em conjunto com anamnese, faz um eletrocardiograma que 
analisa o ritmo cardíaco, e por fim o exame chamado Holter, que mede a frequência nas 24h, e tem o objetivo de 
verificar em que momento ocorre ou não o funcionamento normal do ritmo. 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento: 
Há tratamentos diversificados , que são passados pelo médico responsável pelo caso, que analisa qual 
será o melhor meio de tratamento, mediante o tipo de arritmia que o indivíduo apresenta. 
• Bradicardia: Atropina, 0,5mg, EV, em bólus, repetindo de 3 a 5 minutos, até obter o máximo de 3 mg. Não 
funcionando, entra-se com outro tipo de terapia, com adrenalina 2-10 mcg/min, EV, dopamina 2-10 
mcg/kg/min, EV, e o marca-passo. 
Qual a relação com a anafilaxia? 
Isquemia miocárdica, arritmia cardíaca, embolia pulmonar, broncoaspiração, exacerbação de DPOC, 
crises convulsivas, hipoglicemia, acidente vascular encefálico e síncope vasovagal também fazem parte do 
espectro de diagnósticos diferenciais do choque anafilático. Doenças que cursam com ruborização, como 
síndrome carcinoide e feocromocitoma, podem ser mais facilmente diferenciadas, sendo caracterizadas, 
respectivamente, pela ausência de urticária e hipotensão pronunciada; e a tendência a apresentar picos 
hipertensivos. As crises agudas de angioedema hereditário manifestam-se com angioedema e, se não 
tratadas prontamente, podem evoluir com obstrução respiratória aguda. É caracterizado por história de 
episódios de angiodema prévios, sem fator etiológico identificado, e a ausência de prurido e urticária. 
• Taquicardia: Existem diversos medicamentos que podem ser utilizados para controle das arritmias deste 
tipo, que são os betabloqueadores ou bloqueadores de canais de cálcio não-dihidropiridínicos, para 
que diminua os batimentos cardíacos. Alguns pacientes necessitam do uso de marca-passo. 
• Fibrilação atrial: para o controle do ritmo se utiliza o amiodarona ou propafenona e, para regular a 
frequência cardíaca, utiliza-se de betabloqueadores e/ou bloqueadores de canais de cálcio não-
dihidropiridínicos. 
 
 epiglotite 
 
Definição: 
É uma inflamação grave causada por uma infecção da epiglote, geralmente surge em crianças de 2 aos 
7 anos devido ao sistema imunológico não estar completamente desenvolvidos, apesar que pode aparecer em 
adultosquem tem AIDS. 
É uma doença rápida que pode causar obstrução das vias aéreas, podendo levar complicações graves 
como uma parada respiratória quando de fato não é tratada. 
Possíveis causas: 
Gripe mal curada, ficar engasgado com objeto, ocorrência de infecções respiratórias como pneumonia, 
inflamações de garganta como pneumonia. 
Sinais e sintomas: 
Pacientes apresentam dor de garganta, odinofagia, febre alta, sialorréia, dificuldade de respirar, 
ansiedade, roncos e sibilos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento: 
Consiste no internamento do indivíduo para receber oxigenoterapia, inclui-o também antibióticoterapia, 
com o uso de Ampicilina, Amoxicilina ou Ceftriaxona. 
Qual a relação com a anafilaxia? 
Se torna semelhante com a anafilaxia devido alguns sintomas como, hipotensão, bradicardia, 
taquicardia, pré-síncope, sincope, palpitação e dispneia . Mas, devido a não ter presença de sintomas como 
rubor, prurido, urticária, espirros, rinorreia, náuseas, cólicas abdominais, diarreia é o que nos faz diferenciar 
esses diagnósticos. 
Qual a relação com a anafilaxia? 
Se torna semelhante com a anafilaxia devido alguns sintomas como, hipotensão, bradicardia, 
taquicardia, pré-síncope, sincope, palpitação e dispneia . Mas, devido a não ter presença de sintomas como 
rubor, prurido, urticária, espirros, rinorreia, náuseas, cólicas abdominais, diarreia é o que nos faz diferenciar 
esses diagnósticos. 
A epiglotite é um dos diagnósticos diferencias a Anafilaxia devido serem semelhantes quando se trata 
de alguns sinais e sintomas como odinofagia, dificuldade para respirar, chiado respiratório. Por outro lado, 
diferencia-se pois a anafilaxia apresenta sinais cutâneos, prurido, vermelhidão e inchaço na língua, o que não 
podemos ver na Epiglotite. 
A) Epiglote normal 
 
B) Epiglote acometida por 
epiglotite aguda 
 
 Síndrome carcinoide 
 
Definição: 
É uma síndrome que ocorre em alguns pacientes com tumores carcinóides, a Síndrome carcinoide é um 
termo utilizado para definir um grupo de sinais e sintomas sistêmicos, resultantes da liberação de mediadores 
neuroendócrinos elaborados por alguns tumores carcinoides. 
Fisiopatologia: 
A serotonina atua sobre os músculos lisos para provocar diarreia, cólicas e má absorção. Histamina e 
bradicinina causam rubor por meio de seus efeitos vasodilatadores. O papel das prostaglandinas e de vários 
hormônios polipeptídeos, os quais podem ser produzidos por células parácrinas, aguarda mais investigações; 
elevações de concentrações de gonadotrofina coriônica humana e polipeptídeo pancreático estão 
ocasionalmente presentes em carcinóides. 
Sinais e sintomas: 
O sinal mais comum desta síndrome é o rubor desconfortável, tipicamente de cabeça e pescoço. Temos 
outros sinais e sintomas, como: 
• Diarréia (32-84%) 
• Dor(10-34%) 
• Asma/ sibilos (8-18%) 
• Doença cardíaca carcinóide ( 11-41%) 
• Pelagra (2-25%) 
Diagnóstico: 
 O diagnóstico de Síndrome carcinóide tem como base achados clínicos típicos e é confirmado pela 
dosagem de ácido 5-hidroxindolacético (5-HIAA), um produto final do metabolismo da serotonina, em urina 
coletada em 24 horas. Uma excreção urinária de 5-HIAA elevada confirma o diagnóstico de Síndrome 
carcinóide Para evitar resultados falso-positivos, procede-se à mensuração após o indivíduo se abster de 
alimentos que contenham serotonina (p. ex., banana, tomate, ameixa, abacate, abacaxi, nozes, berinjela) por 3 
dias. No entanto, é importante ressaltar que esse teste laboratorial não é útil para diagnosticar Síndrome 
carcinóide atípica.A determinação da concentração da serotonina plasmática pode ser útil quando a 5-HIAA 
urinária apresenta resultados duvidosos. 
Tratamento: 
Tratamento não farmacológico Tratamento farmacológico Tratamento cirúrgico 
Evitar condições que possam 
causar rubor,por exemplo: 
Álcool, exercício físico que 
cause pressão ou trauma de 
abdome superior 
análogos da somatostatina cirurgia de citorredução do 
tumor primário e de metástases 
Antagonistas do receptor da 
serotonina 
Tratamento cirúrgico das 
valvopatias 
Bloqueadores dos 
receptores de H1 e H2 
Suplementação de ácido 
nicotínico 
Tratamento da insuficiência 
cardíaca e broncoespasmo 
Corticosteróides ( para rubor 
em pacientes com tumores 
carcinóides brônquicos 
 
 
 mastocitose 
 
Definição: 
A mastocitose é um grupo de doenças caracterizadas pela proliferação de mastócitos e sua infiltração 
na pele, em outros órgãos, ou ambos. A patologia resulta principalmente da liberação de mediadores 
mastocitários, incluindo histamina, heparina, leucotrienos e várias citocinas inflamatórias. A histamina causa vários 
sintomas, incluindo os gástricos, mas outros mediadores também contribuem. Uma infiltração significativa nos órgãos 
pode causar a disfunção destes. A liberação de mediadores pode ser desencadeada por fatores físicos, 
exercícios, álcool, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), opióides, picadas de insetos ou alimentos. 
Classificação: 
 Mastocitose cutânea: em que os mastócitos ficam acumulados na pele, levando ao aparecimento de sinais 
e sintomas cutâneos, sendo mais frequente em crianças. 
Mastocitose sistêmica: os mastócitos acumulam-se em outros tecidos do corpo, principalmente na medula 
óssea, interferindo na produção de células sanguíneas. Além disso, nesse tipo de mastocitose, os mastócitos podem 
acumular-se no fígado, baço, linfonodos e estômago, podendo interferir, em alguns casos, no funcionamento do 
órgão. 
Sinais e sintomas: 
Os sintomas são causados por pela liberação de mediadores mastocitários e pela infiltração tecidual de 
mastócitos neoplásicos. Temos como sintomas: 
• Prurido 
• Urticária pigmentosa, que são pequenos pontinhos castanho-avermelhados na pele e que podem coçar; 
• Úlcera péptica; 
• Dor de cabeça; 
• Palpitações; 
• Vômitos; 
• Diarreia crônica; 
• Dor abdominal; 
• Sensação de tontura ao levantar-se; 
• Lábios e pontas dos dedos dormentes. 
Diagnóstico: 
O diagnóstico da mastocitose é sugerido pelo quadro clínico. A confirmação do diagnóstico é feita por 
biópsia das lesões cutâneas e, às vezes, da medula óssea. Infiltrados multifocais densos de mastócitos estão 
presentes. 
Qual a relação com a anafilaxia? 
Outras condições que apresentam rubor e que podem, consequentemente, ser confundidas com 
síndrome carcinoide devem ser excluídas. Em pacientes cuja excreção de 5-HIAA não está aumentada, 
distúrbios que envolvem a ativação sistêmica de mastócitos (e a anafilaxia idiopática podem ser 
responsáveis. 
Tratamento: 
• Para a mastocitose cutânea, bloqueadores H1 e possivelmente psoralênicos com luz ultravioleta ou 
corticoides tópicos 
• Para a mastocitose sistêmica, bloqueadores H1 e H2 e algumas vezes cromolina 
• Nas formas agressivas, alfa-2b-interferon, corticoides ou esplenectomia 
 
 Disfunção das cordas vocais 
 
Definição: 
A disfunção das cordas vocais é um distúrbio respiratório que pode se apresentar com desconforto 
respiratório agudo decorrente da movimentação anormal e não intencional das pregas vocais durante a 
inspiração. 
Sinais e sintomas: 
• Sintomas prolongados, recorrentes e com melhora espontânea 
• Respiração curta o sufocação que inicia e termina rapidamente 
• Estridor/sibilos no pescoço 
• Sintomas reprodutíveis com fator causador ou desencadeador 
• Eventualmente piora dos sintomas com medicações inalatórias 
• Presença de irritantes laríngeos como refluxo gastroesofágico ou drenagem retronasal 
Diagnóstico: 
O diagnóstico é feito pela observação do fechamento inspiratório das cordas vocais via laringoscopia 
direta. Às vezes, um diagnóstico de disfunção de cordas vocais só é estabelecido depois que os pacientes foram 
diagnosticados como tendo asma e não responderam ao tratamento com broncodilatadores e corticoides. 
Tratamento: 
O tratamento da disfunção das cordas vocais envolve orientar o paciente sobre a natureza do problema;o aconselhamento com um fonoaudiólogo a respeito de técnicas respiratórias especiais, como respiração 
ofegante, que pode aliviar os episódios de estridor e obstrução; e evitar diagnóstico e tratamento errôneos para 
asma. 
 
Qual a relação com a anafilaxia? 
Como os sintomas são semelhantes entra as duas enfermidades, é necessário que se faca alguns 
exames para confirmar o diagnostico, como por exemplo os valores séricos de triptase e histamina que ficam 
elevados. 
Qual a relação com a anafilaxia? 
Pacientes com movimentação paradoxal das pregas vocais podem apresentar desconforto 
respiratório agudo e estridor, que podem ser diagnosticados erroneamente como anafilaxia ou asma. Embora 
o movimento paradoxal das pregas vocais esteja comumente associada à doença psiquiátrica, há crescente 
reconhecimento de mecanismos neurofisiológicos alterados e múltiplas comorbidades subjacentes.

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