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Assistência ao RN/ Crescimento e Desenvolvimento Infantil/ Doenças Prevalentes na Infancia/ Aleitamento Materno/ Diarreias/ APGAR/ Reanimação Neonatal/ Higiene Corporal do RN

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Assistência ao RN 
Cuidados Imediatos ao RN 
Os cuidados imediatos são prestados nas duas primeiras horas de vida 
do RN e tem por finalidade manter sua integridade e adaptação ao nascer. 
 
1° avaliar a vitalidade ao nascer: gestação a termo? Ausência de mecônio? 
Respirando ou chorando? Tônus muscular bom? 
SIM -> Prosseguir com os cuidados imediatos. 
NÃO -> Avaliar situação 
 
Presença de liquido meconial 
• FC <100 bpm e/ou respiração espontânea ausente ou irregular: colocar 
sobre fonte de calor (a temperatura do RN deve ficar sempre entre 36,5°c 
e 37,5°c), posicionar a cabeça com leve extensão para trás e aspirar o 
excesso de secreção da boca e depois nariz com visualização direta da 
orofaringe com a sonda orotraqueal, checar FC e respiração e se 
necessário iniciar vpp (geralmente por CEPAP). 
• FC >100 bpm com respiração espontânea rítmica e regular sem 
desconforto respiratório: colocar sobre fonte de calor, aspirar boca e nariz 
se necessário, secar e avaliar FC e respiração. 
• FC 100 bpm, com respiração espontânea, rítmica e regular, mas 
apresenta desconforto respiratório ou saturação <70%, aplicar pressão 
positiva continua de vias aéreas CEPAP. 
 
Necessidade de reanimação 
• Prover calor (secar e desprezar campos úmidos, se tiver menos que 1500 
gramas usar saco de poliuretano), a temperatura do RN deve ficar sempre 
entre 36,5°c e 37,5°c; 
• Manter permeabilidade das vias aéreas (avaliar frequência cardíaca e 
respiratória após reanimação, se FC >100 bpm e respiração rítmica e 
regular o RN deve receber os cuidados de rotina, se FC <100 bpm e 
respiração irregular deve-se iniciar vpp nos primeiros 60s de vida); 
• VPP (após 30 segundos se execução dos passos iniciais, indicada para 
apneia, respiração irregular e FC <100 bpm); 
• Massagem cardíaca (iniciada nos 30s de ventilação com O2 suplementar 
para o RN que apresenta <60 bpm, realizado 3:1 -> 3 compressões e 1 
ventilação) 
• Medicações (quando a FC permanece em <60 bpm, adrenalina e 
expansor de volume) 
 
Assistência ao RN 
Cuidados imediatos do RN com boa vitalidade 
• Recepcionar o RN em campos aquecidos, mantendo a temperatura do 
RN sempre entre 36,5°c e 37°c; 
• Realizar teste de APGAR no 1° e 5° minuto de vida; 
• Realizar clampeamento do cordão umbilical dentro de 1 a 5 minutos de 
vida, ou se forma fisiológica quando cessar a pulsação (clampear o cordão 
a 2 cm do anel umbilical, e inspecionar verificando se há duas artérias e 
uma veia); 
• Aspirar boca e nariz se necessário; 
• Posicionar o RN no abdome materno pele a pele (usando o corpo materno 
como fonte de calor, pois isso reduz o risco de hipotermia); 
• Incentivar a amamentação na primeira hora de vida do RN; 
• Identificar o RN (colocar uma pulseira com o nome da mãe, sexo da 
criança, data e hora do parto, número de prontuário e colocar o clamp 
umbilical com as mesmas informações) 
• Realizar credé (para prevenção de oftalmia neonatal, retirar o vernix da 
região ocular com gaze seca ou umedecida com água e pingar 1 gota de 
nitrato de prata a 1%/tetraciclina 1%, e em seguida massagear a 
pálpebra), pode ser realizado na hora do nascimento até 1 hora de vida; 
• Realizar exame físico simplificado (para detecção de anomalias, realizar 
pesagem, verificação da estatura [42 a 50 cm], perímetro cefálico [maior 
saliência do osso occipital e acima das sobrancelhas, media 35 cm, 
torácico [fita acima dos mamilos, 2 a 3 cm menor que o pc e abdominal 
[fita a cima do umbigo, media 35 cm]) 
• Administrar vitamina K por via IM – 1mg 
• Coletar sangue do cordão umbilical e da mãe (para detectar 
incompatibilidade sanguínea materno fetal e realização de exames 
laboratoriais) 
 
 
** Caso o RN seja filho de mãe HIV+ ou Sífilis, o banho deve ser realizado 
imediatamente na sala de parto, além disso deve-se realizar aspiração da boca 
e nariz se necessário e orientar a mãe a mão amamentar. 
** Caso os pais do RN se neguem a aceitar a administraçãod e vitamina K por 
via IM, ela deve ser oferecida por via oral no esquena de 2mg ao nascer ou logo 
após + 1 dose de 2mg entre o quarto e setimo dia de nascimento. 
Assistência ao RN 
 
** O teste de APGAR é realizado no 1° e 5° minuto de vida do RN, e é um 
importante registro das condições de nascimento. Caso a pontuação esteja a 
abaixo de 7 no 5° minuto, o RN deve ser reavaliado a cada 5 minutos até os 20 
minutos de vida. Classificação: 0 a 3 pontos, sofrimento grave, 4 a 6 pontos, 
sofrimento moderado e 7 a 10, ausência de dificuldade de adaptação. Esse 
índice é influenciado por infecções, malformações congênitas, distúrbios 
neuromusculares, sedação, analgesia e grau de imaturidade fisiológica. 
 
Cuidados mediatos ao RN 
São cuidados que podem ser prestados quando o RN está estável e em 
alojamento conjunto. Sendo eles: procedimentos como pesar, medir e dar banho. 
Imunização com BCG e Hepatite B, higiene corporal e umbilical e estimulo ao 
aleitamento materno. 
HIGIENE CORPORAL 
- Não há necessidade de banhar imediatamente o RN, exceto se for filho de 
mães HIV positivo ou que estejam banhados de mecônio 
- Tem a finalidade de reduzir resíduos do parto e sujidades 
- Deve ser dado após a estabilização de sinais vitais 
- O enfermeiro deve observar se o RN apresenta irritabilidade e atividade 
muscular 
- Durante o banho a família deve ser envolvida 
- Durante a limpeza da pele deve-se preservar o vernix e manto acido 
Assistência ao RN 
- Utilizar somente água morna, sabão neutro somente para remoção de crostas 
de sangue e limpeza da genitália, mas deve ser evitado pois o sabão predispõe 
o surgimento de rachaduras na pele do RN 
Técnica: 
• Lavar as mãos antes e após o procedimento 
• Calçar luvas de procedimento 
• Verificar a temperatura axilar (normalmente 36,5), se qualquer alteração 
registrar na evolução 
• Despir o RN totalmente e envolver em toalha 
• Na presença de fezes ou urina, retirar o excesso com algodão úmido e 
água 
• Verificar temperatura da água do banho 
• Segurar o RN protegendo os ouvidos (segurar por baixo do braço 
esquerdo com a mão apoiando a cabeça) 
• Iniciar banho da face e cabeça 
• O rosto deve ser lavado apenas com água e secado em seguida 
• O couro cabeludo é lavado com água e sabão e em seguida enxaguado 
e seco 
• Fazer higiene do corpo (tirar toalha segurando a criança de modo a apoiar 
o dorso e pescoço no antebraço e colocar o RN sentado), lavar do 
pescoço para extremidades e de cima para baixo 
• Lavar genitália no sentido antero posterior 
• Virar o RN segurando pela axila e lavar o dorso e complementar higiene 
anal 
• Retirar da banheira e enrolar em toalha e secar 
• Vestir de acordo com o ambiente 
 
• Técnica higiene da face: lavar as mãos antes e depois e fazer higiene 
ocular (limpar com bolas de algodão molhadas com água pura, do canto 
interno para o externo para desobstrução da glândula lacrimal), fazer 
higiene do nariz (utilizar fuzos de algodão ou palinetes, se necessário 
umedecer em soro fisiológico para amolecer), fazer higiene do ouvido 
(usar fusos de algodão ou palinetes para limpar externamente) 
 
• Técnica troca de fralda: lavar mãos antes e após, calçar luvas, limpar a 
genitália no sentido antero posterior (nas meninas afastar os grandes 
lábios e limpar com algodão umedecido, nos meninos retrair a glande e 
retirar secreções presentes), vestir fralda deixando o coto umbilical para 
fora. Aplicar pomada de oxido de zinco, sempre retirando e passando em 
cada troca 
 
• Curativo do coto: diariamente sempre que estiver úmido ou após o banho, 
tem por objetivo promover a cicatrização por meio de mumificação. 
Assistência ao RN 
Sempre se atentar para qualquer anormalidade como sangue, hiperemia, 
edema, pus e odor fétido. Limpar com palinete embebido em álcool 70%, 
fazendo movimentos circulares. 
 
 
RN: Toda criança nascida viva com até 28 dias de vida. 
* RN pré-termo: até 36 semanase 6 dias 
* RN a termo de 37 semanas a 41 semanas e 6 dias. 
* RN pós-termo: com 42 semanas ou mais 
 
RN de baixo peso ao nascer: <2.500kg 
RN de muito baixo peso ao nascer: <1.500kg 
Extremo baixo peso ao nascer: <1000kg 
 
Características Fisiológicas e anatômicas do RN 
PERIMETRO CEFALICO (PC) 
- É a medida da circunferência da cabeça, sendo verificado com a fita métrica. 
Servira de base para avaliação do CD. É realizado em decúbito dorsal, passando 
a fita métrica a partir da maior saliência do osso occipital e acima das 
sobrancelhas, varia em torno de 35 cm. É maior que o PT. As fontanelas 
bregmática ou anterior tem cerca de 1 a 4 cm e fecha entre 9 e 18 meses, já a 
fontanela lambdoide, occipital ou posterior tem cerca de 0,5 cm e costuma fechar 
aos 2 meses de idade. 
 
PERIMETRO TORACITO (PT) 
- É a medida da circunferência do tórax, sendo verificado com fita métrica, 
variando em torno de 33 cm. O RN em decúbito dorsal, sem roupa, fita deve 
passar na altura dos mamilos 
 
PERIMETRO ABDOMINAL (PA) 
- Medida da circunferência do abdome, sendo verificado com fita métrica, 
variando em torno de 35 cm. O RN deve estar em decúbito dorsal e sem roupa. 
A fita passa a cima do umbigo. 
 
Assistência ao RN 
Icterícia neonatal 
É a expressão da hiperbilirrubnemia, que se não tratada pode gerar 
sequelas neurológicas. A hiperbilirrubnemia é caracterizada pela concentração 
sérica maior que 1,5mg/dl de bilirrubina indireta ou direta, desde que represente 
mais que 10% da bilirrubina total. 
 
- Classificação da Icterícia neonatal, segundo causa e época do seu 
aparecimento 
* icterícia fisiológica -> aparecem depois de 48 a 72 horas 
*da amamentação -> 2 ao 4° dia 
*leite materno-> 5 ao 7° dia 
*patológica -> nas primeiras 24hrs 
 
- Critérios de exclusão de icterícia fisiológica 
* icterícia precoce 
* velocidade de hemólise >0,5 mg/dl/h 
*concentração de BT >12 ou >15 mg/dl no prematuro 
* icterícia que se prolonga mais que uma semana 
 
- Icterícia patológica 
* incompatibilidade sanguínea materno-fetal 
* doença hemolítica do RN por incompatibilidade Rh ou incompatibilidade ABO, 
principalmente mãe O e RN A ou B. 
* Infecção, deficiência enzimática, hematomas extensos, policitemia e RNPT 
 
- Tratamento 
* fototerapia -> consiste na aplicação de luz fluorescente sobre a pele exposta 
do RN, a luz favorece a excreção de bilirrubina através da foto isomerização. A 
fototerapia torna a bilirrubina em produto mais hidrossolúvel. Efeitos colaterais: 
hipertermia, síndrome do bebe bronzeado, diarreia e distúrbios gastrointestinais, 
dano ocular, perda de água, queimadura, entre outros. Durante a fototerapia 
deve-se proteger os olhos do RN com cobertura radiopaca, checar a temperatura 
corporal a cada 3 horas, aumentar a oferta hídrica, cobrir a solução parenteral e 
o equipo com papel alumínio ou usar extensores impermeáveis a luz. 
* exsanguinotransfusão -> remove rapidamente a bilirrubina sérica, corrige 
anemia, diminui a intensidade da reação antígeno anticorpo, sendo mais usadas 
Assistência ao RN 
nos RN com hemólise por incompatibilidade Rh o volume de sangue a ser 
trocado é cerda de 160 ml/kg, cerca de 85%. 
* drogas adjuvantes, capazes de acelerar o metabolismo e a excreção da 
bilirrubina: mesoporfirina, imunoglobulina e fenobarbital 
 
Exames de Triagem Neonatal 
 A triagem neonatal universal (TNU): biológica, ocular, auditiva e cardiopatas 
congênitas críticas. 
• Triagem neonatal biológica (TNB): Teste do pezinho. Serve para detectar 
distúrbios congênitos e hereditários (fenilcetonúria, hipotireoidismo 
congênito, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, deficiência de 
biotinidase, doença falciforme e outras hemoglobinopatias. Deve ser 
coletada entre o 3° e 5° dia de vida, fazendo punção da face lateral do 
calcanhar do RN para coletar amostra em filtro de papel. 
• Triagem neonatal ocular (TNO): Teste do olhinho. É também conhecido 
como exame do reflexo vermelho e serve para identificar a presença de 
doenças visuais como glaucoma, catarata congênita, infecções, traumas 
no parto, retinoblastoma e outros. Todo RN deve ser submetido a esse 
teste antes da alta da maternidade e de 2 a 3 vezes por ano, nos 3 
primeiros anos de vida. Esse exame deve ser realizado em penumbra, 
colocando o oftalmoscópio de 5 a 10 cm de distancia dos olhos da criança, 
onde deve-se observar um reflexo vermelho igual em ambos os olhos, 
caso algum não apresente ou apresente leve opacidade, deve-se 
encaminhar a criança ao oftalmologista. 
• Triagem neonatal auditiva (TNA): Teste da orelhinha. Tem como 
finalidade identificar a deficiência auditiva. Deve ser realizado nos 
primeiros dias de vida de 24 a 48 horas na maternidade e no máximo 
durante o 1° mês de vida. Deve ser feito em duas etapas, teste e reteste 
no primeiro mês de vida. Para neonatos sem risco de problemas auditivos 
utiliza-se o exame de Emissões Otoacusticas Evocadas (EOAE), e para 
os de risco utiliza-se o teste de Peate-Automático (Potencial Evocado 
Auditivo de Tronco Encefálico) 
• Triagem neonatal de cardiopatias congênitas críticas, por oximetria de 
pulso. Teste do coraçãozinho. Deve ser realizado em todo RN idade 
gestacional >34 semanas, antes da alta hospitalar (24 a 48h). Deve ser 
aferido no membro superior direito e em um dos membros inferiores, com 
o RN com as extremidades aquecidas. Se saturação periférica >95% em 
ambas medidas + diferença <3% nos membros = teste normal. Se 
saturação periférica <95% em qualquer medida ou diferença >3% nos 
membros = repetir teste dentro de 1 hora. Se persistir alteração = teste 
normal -> Ecocardiograma dentro das 24 horas seguintes 
 Crescimento e Desenvolvimento Infatil 
- Crescimento 
* Aumento físico do corpo como um todo, ou em suas partes 
* Medida em CM ou metros 
* Traduz o aumento do número de células (hiperplasia) e de seu tamanho 
(hipertrofia) 
 
- Desenvolvimento 
* Aumento da capacidade do indivíduo em realizar funções cada vez mais 
complexas e em maior numero 
* Necessita de maturação, crescimento e aprendizagem 
* Linguagem, cognitivo, motor e social 
 
- Parâmetros para avaliar o crescimento de crianças (<10) 
* Perímetro cefálico (de zero a 2 anos) 
* Peso para a idade (de zero a 2 anos, de 2 a 5 anos, e de 5 a 10 anos) 
* Comprimento/estatura para a idade (o mesmo que o peso) 
* Índice de Massa Corporal (o mesmo que o peso e estatura) 
 
Alguns fatores de risco devem ser considerados para o monitoramento 
do crescimento e desenvolvimento da criança: 
* Baixo peso ao nascer 
* Baixa escolaridade materna 
* Idade materna extremas (<19 anos e >35 anos) 
* Gemelaridade 
* Intervalo gestacional curto (<1 ano) 
* Criança indesejada 
* Desmame precoce, mortalidade, baixa renda e desestruturação familiar 
 
 
 
 
 
 
Aleitamento materno 
- Objetivo da amamentação: 
* alimentar e nutrir 
* promover o vínculo afetivo entre mãe e filho 
* desenvolver habilidades da criança 
* proteger de infecção 
* promover o desenvolvimento cognitivo e emocional 
* proporcionar a saúde física e psíquica da mãe 
 
DEFINIÇÕES 
AME – quando a criança recebe somente leite materno, direto da mama ou 
ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos (com 
exceção de vitaminas) 
AM predominante – quando a criança recebe, além do leito materno, água ou 
outros líquidos fluidos a base de água ou sucos. 
AM- Quando a criança recebe leite materno (da mama ou ordenhado), 
independentemente de estar ou não recebendo outros alimentos 
AM complementado – quando acriança recebe, além do leite materno, alimentos 
complementares, que são alimentos sólidos ou semissólidos. Nessa categoria, 
a criança pode estar recebendo outros tipos de leite, além do materno 
AM misto ou parcial – quando a criança recebe leite materno e outros tipos de 
leite 
 
Noções de fisiologia da amamentação 
- O leite é produzido nos alvéolose é levado até os seios lactíferos por uma rede 
de ductos. Para cada lobo mamário há um seio lactífero com saída independente 
no mamilo (entra 15 e 25 no total) 
- A mama é preparada durante a gravidez sob ação dos hormônios (lactogenese 
fase I) 
- Com o nascimento da criança há liberação de prolactina pela hipófise anterior 
(lactogenese fase II) 
- A ocitocina é liberada em resposta a sucção da criança, levando assim a 
expulsão do leite 
- A apojadura (descida do leite) costuma ocorrer até o 3° ou 4° dia pós-parto, 
ocorrendo mesmo se o RN não sugar 
- Após a apojadura inicia-se a fase 3 da lactogenese (ou galatopoise) essa fase 
se mante por toda lactação e depende da sucção do RN e esvaziamento da 
mama (sem esvaziamento da mama, a produção de leite diminui) 
- A ocitocina é liberada pelo estimulo da sucção, pelo contato pele a pele, pelo 
cheiro e olhar, mas é inibida quando há dor, medo, ansiedade e insegurança 
- Nos primeiros dias a secreção de leite é menor que 100 ml/dia, mas no 4° dia 
pode subir para 600 ml/dia. Uma nutriz que amamenta exclusivamente chega a 
produzir 800 ml/dia no 6° mês. O volume varia de acordo com a frequência das 
mamadas. 
 
Nos primeiros dias 
- O leite materno é chamado de colostro e possui mais proteínas e menos 
gordura que o leite maduro 
- O leite de mães de RN prematuro possui mais proteínas que o leite de mães 
de RN a termo 
- A concentração de gordura aumenta no decorrer de uma mamada (leite 
posterior), é mais rico em energia e sacia melhor 
- O leite possui numerosos fatores imunológicos que protegem as crianças 
- A concentração de IGA no leite ao logo do primeiro mês diminui, e ao logo dos 
meses aumenta o IGG e IGM, linfócitos... 
* O leite do início da mamada: (leite anterior), tem aspecto semelhante a água 
de coco, devido ao grande teor de água e é muito rico em anticorpos 
* O leite do meio da mamada: tem uma coloração branca opaca 
* O leite do final da mamada: chamado de leite posterior, é mais amarelado, 
devido a maior concentração de betacaroteno 
- Não é rara a presença de sangue no leite que pode conferir cor amarronzada, 
esse fenômeno é passageiro e costuma ocorrer nas primeiras 48H, pelo 
rompimento de capilares pela sucção. Nesse caso a amamentação deve ser 
mantida desde que não haja náusea ou vomito. 
 
Amamentação de livre demanda 
- Recomenda-se que a criança seja amamentada sem restrição de horário e 
duração das mamadas. Geralmente um RN em AME mama de 8 a 12 vezes por 
dia 
 
Uso de medicamentos, drogas, álcool e cigarro. 
- A maioria dos medicamentos é compatível com a amamentação 
- Em caso esporádico do uso de drogas de abuso, recomenda-se interromper 
temporariamente o AM, com ordenha e desprezo do leite. 
- Acredita-se que os benefícios da amamentação superem os malefícios da 
exposição a nicotina 
- Mães infectadas pelo HIV, HTLV1 E 2, em uso de medicamentos incompatíveis 
com a amamentação (antineoplásicos, radiofármacos) ou que seus RNS 
possuem galactosemia, não devem amamentar 
- Mães com infecções herpéticas, varicela com ulceras a pele, doença de chagar, 
abcesso mamário e consumo de drogas, devem suspender temporariamente a 
amamentação. 
 
** Lactogenese é a produção do leite -> lactogenese fase I ocorre da gravidez 
até o 3° dia depois do parto, lactogenese fase II (ou apojadura) ocorre até o 3 ou 
4 dias após o parto e a lactogenese fase III ou galactopoiese é a amamentação. 
 
Programa Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF) 
- Toda criança de 6 (caso não esteja em AME, pode iniciar aos 4 meses) a 24 
meses, 1mg de ferro por kg, diariamente; 
- Toda gestante ao iniciar o pré-natal até o fim da gestação, deve usar o ferro + 
o ácido fólico; 
- Mulheres até o 3 mês pós parto e abortos, devem tomar o ferro; 
 
MASTITE PUERPERAL 
- É um processo inflamatório das mamas que pode ser infecioso ou não. No caso 
de não infeccioso, o acumulo de leite nos ductos é o responsável pela 
inflamação, e nos infeciosos microrganismos infectam os ductos mamários e se 
multiplicam. Os sintomas geralmente são febre, mal-estar, calafrios e abcessos. 
 
CONSULTA DE PUERICULTURA 
- São consultar realizadas pelo enfermeiro para acompanhamento e cuidado da 
criança, para proteção, promoção e prevenção de agravos. Segundo o Ministério 
da Saúde são recomendadas 7 consultas de rotina aos 2, 4, 6, 9, e 12 mês de 
vida, além de duas consultas aos 2 anos de vida 18 e 24 mês, e depois dos dois 
anos, consultas anuais. 
 
 
 
 
 
DIARREIAS 
São alterações do conteúdo liquido das fezes, devido a disfunção intestinal com 
perda excessiva de líquidos e eletrólitos. Geralmente acompanha: aumento da 
frequência, do volume, diminuição da consistência e pode estar presente 
sangue, muco e vômito. 
- É uma doença facilmente evitável quando há saneamento básico, imunização 
adequada e amamentação até os 6 meses. 
- O enfermeiro no atendimento: deve verificar o número de evacuações nas 
ultimas 4 horas, verificar se há presença de sangue ou pus, perguntar se ocorreu 
febre ou vômitos, perguntar se há alguém mais com os mesmos sintomas, 
investigar condições de higiene e verificar se as vacinas estão em dia. Durante 
o exame físico: verificar se a criança está ativa, com mucosas úmidas, com 
diurese presente e sinais vitais (FC, FR e PA) 
- Tipos: aguda, persistente e crônica 
 
AGUDA 
- Conhecida como gastrenterocolite, dura cerda de 7 a 13 dias, mortalidade 
relacionada a desidratação e potencializada com o estado nutricional. Muito 
frequente em populações pobres com saneamento básico deficiente. Causado 
geralmente por causa infecciosa, pode ser causada por agentes virais (rotavirus, 
Norwalk), bactérias (vibrio chrolerae, clostridium difficele, salmonela), 
protozoários (entamoeba) e intoxicações alimentares. 
 
PERSISTENTE 
- Tem um quadro diarreico por maia de 14 dias, ocorre em crianças já 
desnutridas, maior causa de desidratação que evolui para óbito, apresenta-se 
sob diarreia aquosa ou desinteria (sangue), o enfermeiro deve saber o estado 
nutricional da criança, pois é mais grave. 
- Causas: infecção potencializada por desnutrição ou agentes infecciosos 
(giárdia, escherichia...) 
- Fatores de risco: desnutrição, primeiros medes de vida, baixo peso ao nascer, 
higiene inadequada nas mamadeiras, uso abusivo de antibióticos. 
 
CRÔNICA 
- Duração maior que 30 dias 
- Causas: inflamação crônica, alergia a alimentos, cólon irritável, parasitoses não 
tratadas ou resistentes, tuberculose, intolerância alimentar. 
 
AGUDAS DE REPETIÇÃO 
- Ocorre em curtos períodos de tempo, diversos quadros diarreicos agudos 
- Os nutrientes se expoliam aos poucos = desnutrição 
- Avaliar causa e interferir 
 
DISENTERIA 
- Causa geralmente pela bactéria gram negativa Shigella 
- Presença de muco ou sangue 
- Dar Zinco oral por 10 dias 
 
 
 
TRATAMENTO 
Plano A -> hidratada (ativa, mucosas úmidas, diurese presente, sinais vitais 
adequados.) 
Plano B -> desidratada 
Plano C -> desidratada 
 
PLANO A – Tratamento em casa 
- Terapia de reidratação oral 
- Leite materno, soro de reidratação oral (após cada episódio) 
- Ingestão de alimentos não laxativos 
- Orientar quanto a sinais de piora: febre, vomito... 
- Prescrever zinco por 14 dias (dose única no dia, até 6 meses 10mg e acima 
20mg) 
- Até 2 anos: 50 -100 ml de liquido 
- 2 anos ou mais: 100 – 200 ml 
- Pode oferecer mais SRO se a criança aceitar 
- Na falta de SRO, pode ofertar soro caseiro ou solução sal e açúcar. 
 
PLANO B – desidratação leve 
- Reidratação com SRO – duração de pelo menos 4 horas 
- Concluída reidratação: iniciar realimentação sob supervisão 
- Reavaliação clínica: reclassificar a desidratação 
- Quando hidratada: avaliar sinais e sintomas e encaminhar para casa com o 
plano A 
 
PLANO C – desidratação grave 
- Terapia IV: reparação venosa e fase de manutenção 
- Em casos de: falha de TRO, vômitos incontroláveis, choque, perdas 
gastrointestinaisintensas. 
1ª fase – reparação venosa (fase rápida) 
• Objetivo: expandir o LEC e restaurar a volemia 
• SF 0,9% + SG 5% (1:1) – 20 ml/kg a cada 20 min. -> repetir até a presença 
de 2 micções 
2ª fase – manutenção 
• Feita em 24h 
• SG 5% e íons de sódio e potássio 
 
 
DESIDRATAÇÃO 
- Pode correr por uma complicação da diarreia, se não tratada pode levar a 
hipovolemia. 
- Pode correr por déficit de volume de liquido 
- Graus: 
Grave: perda de peso do lactente e da criança de 10%, prostrado, mucosa ocular 
quase seca, pele com turgor alterado, lagrimas ausentes, fontanela muito 
deprimida, sede intensa, pulso fino e de difícil palpação, ligúria ou anuria, 
hiperpneia, enchimento capilar muito demorado. 
Moderado: perda de peso do lactente de 6 a 9%, pulsação levemente alterada, 
leve taquipneia, pressão norma, comportamento irritável e com muita sede, sede 
moderada, mucosa seca, lagrimas diminuídas, oliguria, enchimento capilar mais 
lento, veia jugular externa não visível com pressão, fontanela normal a 
deprimida. 
Leve: sede leve, irritabilidade, enoftalmia, umidade de mucosas reduzidas, 
lagrimas diminuídas, sede evidente, pulso normal, fontanela deprimida, turgor da 
pele alterado, urina diminuída. 
- Tipos: 
Isotônica (isosmótica ou desidratação isonatrêmica): pele cinza, temperatura fria, 
turgor insuficiente, textura da pele seca. 
Hipotônica (hiposmótica ou hiponatrêmica), perda de sódio em excesso de água: 
pele cinza, temperatura fria, turgor muito insuficiente, textura da pele úmida. 
Hipertônica (hiperosmótica ou hiponatrêmica), perca de água sem excesso de 
sódio: pele cinza, temperatura fria ou quente, mucosa ressecada, turgor 
razoável, pele de textura espessa ou pastosa. 
 
 
DESNUTRIÇÃO 
As duas principais formas: 
Kwashiorkor: principalmente por deficiência de proteínas, com ingestão 
adequada de calorias, pode ser etiologia multifatorial. Edema geralmente 
generalizado, perda de tecido subcutâneo, hepatomegalia, cabelo fraco, seco, 
apatia, anorexia, alterações cutâneas. 
Marasmo: desnutrição geral de calorias, carboidratos e proteínas, com déficit de 
energia. Magreza extrema e atrofia muscular, perda intensa de tecido 
subcutâneo, pele frouxa, irritabilidade, apetite preservado.

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