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Assistência ao RN Cuidados Imediatos ao RN Os cuidados imediatos são prestados nas duas primeiras horas de vida do RN e tem por finalidade manter sua integridade e adaptação ao nascer. 1° avaliar a vitalidade ao nascer: gestação a termo? Ausência de mecônio? Respirando ou chorando? Tônus muscular bom? SIM -> Prosseguir com os cuidados imediatos. NÃO -> Avaliar situação Presença de liquido meconial • FC <100 bpm e/ou respiração espontânea ausente ou irregular: colocar sobre fonte de calor (a temperatura do RN deve ficar sempre entre 36,5°c e 37,5°c), posicionar a cabeça com leve extensão para trás e aspirar o excesso de secreção da boca e depois nariz com visualização direta da orofaringe com a sonda orotraqueal, checar FC e respiração e se necessário iniciar vpp (geralmente por CEPAP). • FC >100 bpm com respiração espontânea rítmica e regular sem desconforto respiratório: colocar sobre fonte de calor, aspirar boca e nariz se necessário, secar e avaliar FC e respiração. • FC 100 bpm, com respiração espontânea, rítmica e regular, mas apresenta desconforto respiratório ou saturação <70%, aplicar pressão positiva continua de vias aéreas CEPAP. Necessidade de reanimação • Prover calor (secar e desprezar campos úmidos, se tiver menos que 1500 gramas usar saco de poliuretano), a temperatura do RN deve ficar sempre entre 36,5°c e 37,5°c; • Manter permeabilidade das vias aéreas (avaliar frequência cardíaca e respiratória após reanimação, se FC >100 bpm e respiração rítmica e regular o RN deve receber os cuidados de rotina, se FC <100 bpm e respiração irregular deve-se iniciar vpp nos primeiros 60s de vida); • VPP (após 30 segundos se execução dos passos iniciais, indicada para apneia, respiração irregular e FC <100 bpm); • Massagem cardíaca (iniciada nos 30s de ventilação com O2 suplementar para o RN que apresenta <60 bpm, realizado 3:1 -> 3 compressões e 1 ventilação) • Medicações (quando a FC permanece em <60 bpm, adrenalina e expansor de volume) Assistência ao RN Cuidados imediatos do RN com boa vitalidade • Recepcionar o RN em campos aquecidos, mantendo a temperatura do RN sempre entre 36,5°c e 37°c; • Realizar teste de APGAR no 1° e 5° minuto de vida; • Realizar clampeamento do cordão umbilical dentro de 1 a 5 minutos de vida, ou se forma fisiológica quando cessar a pulsação (clampear o cordão a 2 cm do anel umbilical, e inspecionar verificando se há duas artérias e uma veia); • Aspirar boca e nariz se necessário; • Posicionar o RN no abdome materno pele a pele (usando o corpo materno como fonte de calor, pois isso reduz o risco de hipotermia); • Incentivar a amamentação na primeira hora de vida do RN; • Identificar o RN (colocar uma pulseira com o nome da mãe, sexo da criança, data e hora do parto, número de prontuário e colocar o clamp umbilical com as mesmas informações) • Realizar credé (para prevenção de oftalmia neonatal, retirar o vernix da região ocular com gaze seca ou umedecida com água e pingar 1 gota de nitrato de prata a 1%/tetraciclina 1%, e em seguida massagear a pálpebra), pode ser realizado na hora do nascimento até 1 hora de vida; • Realizar exame físico simplificado (para detecção de anomalias, realizar pesagem, verificação da estatura [42 a 50 cm], perímetro cefálico [maior saliência do osso occipital e acima das sobrancelhas, media 35 cm, torácico [fita acima dos mamilos, 2 a 3 cm menor que o pc e abdominal [fita a cima do umbigo, media 35 cm]) • Administrar vitamina K por via IM – 1mg • Coletar sangue do cordão umbilical e da mãe (para detectar incompatibilidade sanguínea materno fetal e realização de exames laboratoriais) ** Caso o RN seja filho de mãe HIV+ ou Sífilis, o banho deve ser realizado imediatamente na sala de parto, além disso deve-se realizar aspiração da boca e nariz se necessário e orientar a mãe a mão amamentar. ** Caso os pais do RN se neguem a aceitar a administraçãod e vitamina K por via IM, ela deve ser oferecida por via oral no esquena de 2mg ao nascer ou logo após + 1 dose de 2mg entre o quarto e setimo dia de nascimento. Assistência ao RN ** O teste de APGAR é realizado no 1° e 5° minuto de vida do RN, e é um importante registro das condições de nascimento. Caso a pontuação esteja a abaixo de 7 no 5° minuto, o RN deve ser reavaliado a cada 5 minutos até os 20 minutos de vida. Classificação: 0 a 3 pontos, sofrimento grave, 4 a 6 pontos, sofrimento moderado e 7 a 10, ausência de dificuldade de adaptação. Esse índice é influenciado por infecções, malformações congênitas, distúrbios neuromusculares, sedação, analgesia e grau de imaturidade fisiológica. Cuidados mediatos ao RN São cuidados que podem ser prestados quando o RN está estável e em alojamento conjunto. Sendo eles: procedimentos como pesar, medir e dar banho. Imunização com BCG e Hepatite B, higiene corporal e umbilical e estimulo ao aleitamento materno. HIGIENE CORPORAL - Não há necessidade de banhar imediatamente o RN, exceto se for filho de mães HIV positivo ou que estejam banhados de mecônio - Tem a finalidade de reduzir resíduos do parto e sujidades - Deve ser dado após a estabilização de sinais vitais - O enfermeiro deve observar se o RN apresenta irritabilidade e atividade muscular - Durante o banho a família deve ser envolvida - Durante a limpeza da pele deve-se preservar o vernix e manto acido Assistência ao RN - Utilizar somente água morna, sabão neutro somente para remoção de crostas de sangue e limpeza da genitália, mas deve ser evitado pois o sabão predispõe o surgimento de rachaduras na pele do RN Técnica: • Lavar as mãos antes e após o procedimento • Calçar luvas de procedimento • Verificar a temperatura axilar (normalmente 36,5), se qualquer alteração registrar na evolução • Despir o RN totalmente e envolver em toalha • Na presença de fezes ou urina, retirar o excesso com algodão úmido e água • Verificar temperatura da água do banho • Segurar o RN protegendo os ouvidos (segurar por baixo do braço esquerdo com a mão apoiando a cabeça) • Iniciar banho da face e cabeça • O rosto deve ser lavado apenas com água e secado em seguida • O couro cabeludo é lavado com água e sabão e em seguida enxaguado e seco • Fazer higiene do corpo (tirar toalha segurando a criança de modo a apoiar o dorso e pescoço no antebraço e colocar o RN sentado), lavar do pescoço para extremidades e de cima para baixo • Lavar genitália no sentido antero posterior • Virar o RN segurando pela axila e lavar o dorso e complementar higiene anal • Retirar da banheira e enrolar em toalha e secar • Vestir de acordo com o ambiente • Técnica higiene da face: lavar as mãos antes e depois e fazer higiene ocular (limpar com bolas de algodão molhadas com água pura, do canto interno para o externo para desobstrução da glândula lacrimal), fazer higiene do nariz (utilizar fuzos de algodão ou palinetes, se necessário umedecer em soro fisiológico para amolecer), fazer higiene do ouvido (usar fusos de algodão ou palinetes para limpar externamente) • Técnica troca de fralda: lavar mãos antes e após, calçar luvas, limpar a genitália no sentido antero posterior (nas meninas afastar os grandes lábios e limpar com algodão umedecido, nos meninos retrair a glande e retirar secreções presentes), vestir fralda deixando o coto umbilical para fora. Aplicar pomada de oxido de zinco, sempre retirando e passando em cada troca • Curativo do coto: diariamente sempre que estiver úmido ou após o banho, tem por objetivo promover a cicatrização por meio de mumificação. Assistência ao RN Sempre se atentar para qualquer anormalidade como sangue, hiperemia, edema, pus e odor fétido. Limpar com palinete embebido em álcool 70%, fazendo movimentos circulares. RN: Toda criança nascida viva com até 28 dias de vida. * RN pré-termo: até 36 semanase 6 dias * RN a termo de 37 semanas a 41 semanas e 6 dias. * RN pós-termo: com 42 semanas ou mais RN de baixo peso ao nascer: <2.500kg RN de muito baixo peso ao nascer: <1.500kg Extremo baixo peso ao nascer: <1000kg Características Fisiológicas e anatômicas do RN PERIMETRO CEFALICO (PC) - É a medida da circunferência da cabeça, sendo verificado com a fita métrica. Servira de base para avaliação do CD. É realizado em decúbito dorsal, passando a fita métrica a partir da maior saliência do osso occipital e acima das sobrancelhas, varia em torno de 35 cm. É maior que o PT. As fontanelas bregmática ou anterior tem cerca de 1 a 4 cm e fecha entre 9 e 18 meses, já a fontanela lambdoide, occipital ou posterior tem cerca de 0,5 cm e costuma fechar aos 2 meses de idade. PERIMETRO TORACITO (PT) - É a medida da circunferência do tórax, sendo verificado com fita métrica, variando em torno de 33 cm. O RN em decúbito dorsal, sem roupa, fita deve passar na altura dos mamilos PERIMETRO ABDOMINAL (PA) - Medida da circunferência do abdome, sendo verificado com fita métrica, variando em torno de 35 cm. O RN deve estar em decúbito dorsal e sem roupa. A fita passa a cima do umbigo. Assistência ao RN Icterícia neonatal É a expressão da hiperbilirrubnemia, que se não tratada pode gerar sequelas neurológicas. A hiperbilirrubnemia é caracterizada pela concentração sérica maior que 1,5mg/dl de bilirrubina indireta ou direta, desde que represente mais que 10% da bilirrubina total. - Classificação da Icterícia neonatal, segundo causa e época do seu aparecimento * icterícia fisiológica -> aparecem depois de 48 a 72 horas *da amamentação -> 2 ao 4° dia *leite materno-> 5 ao 7° dia *patológica -> nas primeiras 24hrs - Critérios de exclusão de icterícia fisiológica * icterícia precoce * velocidade de hemólise >0,5 mg/dl/h *concentração de BT >12 ou >15 mg/dl no prematuro * icterícia que se prolonga mais que uma semana - Icterícia patológica * incompatibilidade sanguínea materno-fetal * doença hemolítica do RN por incompatibilidade Rh ou incompatibilidade ABO, principalmente mãe O e RN A ou B. * Infecção, deficiência enzimática, hematomas extensos, policitemia e RNPT - Tratamento * fototerapia -> consiste na aplicação de luz fluorescente sobre a pele exposta do RN, a luz favorece a excreção de bilirrubina através da foto isomerização. A fototerapia torna a bilirrubina em produto mais hidrossolúvel. Efeitos colaterais: hipertermia, síndrome do bebe bronzeado, diarreia e distúrbios gastrointestinais, dano ocular, perda de água, queimadura, entre outros. Durante a fototerapia deve-se proteger os olhos do RN com cobertura radiopaca, checar a temperatura corporal a cada 3 horas, aumentar a oferta hídrica, cobrir a solução parenteral e o equipo com papel alumínio ou usar extensores impermeáveis a luz. * exsanguinotransfusão -> remove rapidamente a bilirrubina sérica, corrige anemia, diminui a intensidade da reação antígeno anticorpo, sendo mais usadas Assistência ao RN nos RN com hemólise por incompatibilidade Rh o volume de sangue a ser trocado é cerda de 160 ml/kg, cerca de 85%. * drogas adjuvantes, capazes de acelerar o metabolismo e a excreção da bilirrubina: mesoporfirina, imunoglobulina e fenobarbital Exames de Triagem Neonatal A triagem neonatal universal (TNU): biológica, ocular, auditiva e cardiopatas congênitas críticas. • Triagem neonatal biológica (TNB): Teste do pezinho. Serve para detectar distúrbios congênitos e hereditários (fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, deficiência de biotinidase, doença falciforme e outras hemoglobinopatias. Deve ser coletada entre o 3° e 5° dia de vida, fazendo punção da face lateral do calcanhar do RN para coletar amostra em filtro de papel. • Triagem neonatal ocular (TNO): Teste do olhinho. É também conhecido como exame do reflexo vermelho e serve para identificar a presença de doenças visuais como glaucoma, catarata congênita, infecções, traumas no parto, retinoblastoma e outros. Todo RN deve ser submetido a esse teste antes da alta da maternidade e de 2 a 3 vezes por ano, nos 3 primeiros anos de vida. Esse exame deve ser realizado em penumbra, colocando o oftalmoscópio de 5 a 10 cm de distancia dos olhos da criança, onde deve-se observar um reflexo vermelho igual em ambos os olhos, caso algum não apresente ou apresente leve opacidade, deve-se encaminhar a criança ao oftalmologista. • Triagem neonatal auditiva (TNA): Teste da orelhinha. Tem como finalidade identificar a deficiência auditiva. Deve ser realizado nos primeiros dias de vida de 24 a 48 horas na maternidade e no máximo durante o 1° mês de vida. Deve ser feito em duas etapas, teste e reteste no primeiro mês de vida. Para neonatos sem risco de problemas auditivos utiliza-se o exame de Emissões Otoacusticas Evocadas (EOAE), e para os de risco utiliza-se o teste de Peate-Automático (Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico) • Triagem neonatal de cardiopatias congênitas críticas, por oximetria de pulso. Teste do coraçãozinho. Deve ser realizado em todo RN idade gestacional >34 semanas, antes da alta hospitalar (24 a 48h). Deve ser aferido no membro superior direito e em um dos membros inferiores, com o RN com as extremidades aquecidas. Se saturação periférica >95% em ambas medidas + diferença <3% nos membros = teste normal. Se saturação periférica <95% em qualquer medida ou diferença >3% nos membros = repetir teste dentro de 1 hora. Se persistir alteração = teste normal -> Ecocardiograma dentro das 24 horas seguintes Crescimento e Desenvolvimento Infatil - Crescimento * Aumento físico do corpo como um todo, ou em suas partes * Medida em CM ou metros * Traduz o aumento do número de células (hiperplasia) e de seu tamanho (hipertrofia) - Desenvolvimento * Aumento da capacidade do indivíduo em realizar funções cada vez mais complexas e em maior numero * Necessita de maturação, crescimento e aprendizagem * Linguagem, cognitivo, motor e social - Parâmetros para avaliar o crescimento de crianças (<10) * Perímetro cefálico (de zero a 2 anos) * Peso para a idade (de zero a 2 anos, de 2 a 5 anos, e de 5 a 10 anos) * Comprimento/estatura para a idade (o mesmo que o peso) * Índice de Massa Corporal (o mesmo que o peso e estatura) Alguns fatores de risco devem ser considerados para o monitoramento do crescimento e desenvolvimento da criança: * Baixo peso ao nascer * Baixa escolaridade materna * Idade materna extremas (<19 anos e >35 anos) * Gemelaridade * Intervalo gestacional curto (<1 ano) * Criança indesejada * Desmame precoce, mortalidade, baixa renda e desestruturação familiar Aleitamento materno - Objetivo da amamentação: * alimentar e nutrir * promover o vínculo afetivo entre mãe e filho * desenvolver habilidades da criança * proteger de infecção * promover o desenvolvimento cognitivo e emocional * proporcionar a saúde física e psíquica da mãe DEFINIÇÕES AME – quando a criança recebe somente leite materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos (com exceção de vitaminas) AM predominante – quando a criança recebe, além do leito materno, água ou outros líquidos fluidos a base de água ou sucos. AM- Quando a criança recebe leite materno (da mama ou ordenhado), independentemente de estar ou não recebendo outros alimentos AM complementado – quando acriança recebe, além do leite materno, alimentos complementares, que são alimentos sólidos ou semissólidos. Nessa categoria, a criança pode estar recebendo outros tipos de leite, além do materno AM misto ou parcial – quando a criança recebe leite materno e outros tipos de leite Noções de fisiologia da amamentação - O leite é produzido nos alvéolose é levado até os seios lactíferos por uma rede de ductos. Para cada lobo mamário há um seio lactífero com saída independente no mamilo (entra 15 e 25 no total) - A mama é preparada durante a gravidez sob ação dos hormônios (lactogenese fase I) - Com o nascimento da criança há liberação de prolactina pela hipófise anterior (lactogenese fase II) - A ocitocina é liberada em resposta a sucção da criança, levando assim a expulsão do leite - A apojadura (descida do leite) costuma ocorrer até o 3° ou 4° dia pós-parto, ocorrendo mesmo se o RN não sugar - Após a apojadura inicia-se a fase 3 da lactogenese (ou galatopoise) essa fase se mante por toda lactação e depende da sucção do RN e esvaziamento da mama (sem esvaziamento da mama, a produção de leite diminui) - A ocitocina é liberada pelo estimulo da sucção, pelo contato pele a pele, pelo cheiro e olhar, mas é inibida quando há dor, medo, ansiedade e insegurança - Nos primeiros dias a secreção de leite é menor que 100 ml/dia, mas no 4° dia pode subir para 600 ml/dia. Uma nutriz que amamenta exclusivamente chega a produzir 800 ml/dia no 6° mês. O volume varia de acordo com a frequência das mamadas. Nos primeiros dias - O leite materno é chamado de colostro e possui mais proteínas e menos gordura que o leite maduro - O leite de mães de RN prematuro possui mais proteínas que o leite de mães de RN a termo - A concentração de gordura aumenta no decorrer de uma mamada (leite posterior), é mais rico em energia e sacia melhor - O leite possui numerosos fatores imunológicos que protegem as crianças - A concentração de IGA no leite ao logo do primeiro mês diminui, e ao logo dos meses aumenta o IGG e IGM, linfócitos... * O leite do início da mamada: (leite anterior), tem aspecto semelhante a água de coco, devido ao grande teor de água e é muito rico em anticorpos * O leite do meio da mamada: tem uma coloração branca opaca * O leite do final da mamada: chamado de leite posterior, é mais amarelado, devido a maior concentração de betacaroteno - Não é rara a presença de sangue no leite que pode conferir cor amarronzada, esse fenômeno é passageiro e costuma ocorrer nas primeiras 48H, pelo rompimento de capilares pela sucção. Nesse caso a amamentação deve ser mantida desde que não haja náusea ou vomito. Amamentação de livre demanda - Recomenda-se que a criança seja amamentada sem restrição de horário e duração das mamadas. Geralmente um RN em AME mama de 8 a 12 vezes por dia Uso de medicamentos, drogas, álcool e cigarro. - A maioria dos medicamentos é compatível com a amamentação - Em caso esporádico do uso de drogas de abuso, recomenda-se interromper temporariamente o AM, com ordenha e desprezo do leite. - Acredita-se que os benefícios da amamentação superem os malefícios da exposição a nicotina - Mães infectadas pelo HIV, HTLV1 E 2, em uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação (antineoplásicos, radiofármacos) ou que seus RNS possuem galactosemia, não devem amamentar - Mães com infecções herpéticas, varicela com ulceras a pele, doença de chagar, abcesso mamário e consumo de drogas, devem suspender temporariamente a amamentação. ** Lactogenese é a produção do leite -> lactogenese fase I ocorre da gravidez até o 3° dia depois do parto, lactogenese fase II (ou apojadura) ocorre até o 3 ou 4 dias após o parto e a lactogenese fase III ou galactopoiese é a amamentação. Programa Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF) - Toda criança de 6 (caso não esteja em AME, pode iniciar aos 4 meses) a 24 meses, 1mg de ferro por kg, diariamente; - Toda gestante ao iniciar o pré-natal até o fim da gestação, deve usar o ferro + o ácido fólico; - Mulheres até o 3 mês pós parto e abortos, devem tomar o ferro; MASTITE PUERPERAL - É um processo inflamatório das mamas que pode ser infecioso ou não. No caso de não infeccioso, o acumulo de leite nos ductos é o responsável pela inflamação, e nos infeciosos microrganismos infectam os ductos mamários e se multiplicam. Os sintomas geralmente são febre, mal-estar, calafrios e abcessos. CONSULTA DE PUERICULTURA - São consultar realizadas pelo enfermeiro para acompanhamento e cuidado da criança, para proteção, promoção e prevenção de agravos. Segundo o Ministério da Saúde são recomendadas 7 consultas de rotina aos 2, 4, 6, 9, e 12 mês de vida, além de duas consultas aos 2 anos de vida 18 e 24 mês, e depois dos dois anos, consultas anuais. DIARREIAS São alterações do conteúdo liquido das fezes, devido a disfunção intestinal com perda excessiva de líquidos e eletrólitos. Geralmente acompanha: aumento da frequência, do volume, diminuição da consistência e pode estar presente sangue, muco e vômito. - É uma doença facilmente evitável quando há saneamento básico, imunização adequada e amamentação até os 6 meses. - O enfermeiro no atendimento: deve verificar o número de evacuações nas ultimas 4 horas, verificar se há presença de sangue ou pus, perguntar se ocorreu febre ou vômitos, perguntar se há alguém mais com os mesmos sintomas, investigar condições de higiene e verificar se as vacinas estão em dia. Durante o exame físico: verificar se a criança está ativa, com mucosas úmidas, com diurese presente e sinais vitais (FC, FR e PA) - Tipos: aguda, persistente e crônica AGUDA - Conhecida como gastrenterocolite, dura cerda de 7 a 13 dias, mortalidade relacionada a desidratação e potencializada com o estado nutricional. Muito frequente em populações pobres com saneamento básico deficiente. Causado geralmente por causa infecciosa, pode ser causada por agentes virais (rotavirus, Norwalk), bactérias (vibrio chrolerae, clostridium difficele, salmonela), protozoários (entamoeba) e intoxicações alimentares. PERSISTENTE - Tem um quadro diarreico por maia de 14 dias, ocorre em crianças já desnutridas, maior causa de desidratação que evolui para óbito, apresenta-se sob diarreia aquosa ou desinteria (sangue), o enfermeiro deve saber o estado nutricional da criança, pois é mais grave. - Causas: infecção potencializada por desnutrição ou agentes infecciosos (giárdia, escherichia...) - Fatores de risco: desnutrição, primeiros medes de vida, baixo peso ao nascer, higiene inadequada nas mamadeiras, uso abusivo de antibióticos. CRÔNICA - Duração maior que 30 dias - Causas: inflamação crônica, alergia a alimentos, cólon irritável, parasitoses não tratadas ou resistentes, tuberculose, intolerância alimentar. AGUDAS DE REPETIÇÃO - Ocorre em curtos períodos de tempo, diversos quadros diarreicos agudos - Os nutrientes se expoliam aos poucos = desnutrição - Avaliar causa e interferir DISENTERIA - Causa geralmente pela bactéria gram negativa Shigella - Presença de muco ou sangue - Dar Zinco oral por 10 dias TRATAMENTO Plano A -> hidratada (ativa, mucosas úmidas, diurese presente, sinais vitais adequados.) Plano B -> desidratada Plano C -> desidratada PLANO A – Tratamento em casa - Terapia de reidratação oral - Leite materno, soro de reidratação oral (após cada episódio) - Ingestão de alimentos não laxativos - Orientar quanto a sinais de piora: febre, vomito... - Prescrever zinco por 14 dias (dose única no dia, até 6 meses 10mg e acima 20mg) - Até 2 anos: 50 -100 ml de liquido - 2 anos ou mais: 100 – 200 ml - Pode oferecer mais SRO se a criança aceitar - Na falta de SRO, pode ofertar soro caseiro ou solução sal e açúcar. PLANO B – desidratação leve - Reidratação com SRO – duração de pelo menos 4 horas - Concluída reidratação: iniciar realimentação sob supervisão - Reavaliação clínica: reclassificar a desidratação - Quando hidratada: avaliar sinais e sintomas e encaminhar para casa com o plano A PLANO C – desidratação grave - Terapia IV: reparação venosa e fase de manutenção - Em casos de: falha de TRO, vômitos incontroláveis, choque, perdas gastrointestinaisintensas. 1ª fase – reparação venosa (fase rápida) • Objetivo: expandir o LEC e restaurar a volemia • SF 0,9% + SG 5% (1:1) – 20 ml/kg a cada 20 min. -> repetir até a presença de 2 micções 2ª fase – manutenção • Feita em 24h • SG 5% e íons de sódio e potássio DESIDRATAÇÃO - Pode correr por uma complicação da diarreia, se não tratada pode levar a hipovolemia. - Pode correr por déficit de volume de liquido - Graus: Grave: perda de peso do lactente e da criança de 10%, prostrado, mucosa ocular quase seca, pele com turgor alterado, lagrimas ausentes, fontanela muito deprimida, sede intensa, pulso fino e de difícil palpação, ligúria ou anuria, hiperpneia, enchimento capilar muito demorado. Moderado: perda de peso do lactente de 6 a 9%, pulsação levemente alterada, leve taquipneia, pressão norma, comportamento irritável e com muita sede, sede moderada, mucosa seca, lagrimas diminuídas, oliguria, enchimento capilar mais lento, veia jugular externa não visível com pressão, fontanela normal a deprimida. Leve: sede leve, irritabilidade, enoftalmia, umidade de mucosas reduzidas, lagrimas diminuídas, sede evidente, pulso normal, fontanela deprimida, turgor da pele alterado, urina diminuída. - Tipos: Isotônica (isosmótica ou desidratação isonatrêmica): pele cinza, temperatura fria, turgor insuficiente, textura da pele seca. Hipotônica (hiposmótica ou hiponatrêmica), perda de sódio em excesso de água: pele cinza, temperatura fria, turgor muito insuficiente, textura da pele úmida. Hipertônica (hiperosmótica ou hiponatrêmica), perca de água sem excesso de sódio: pele cinza, temperatura fria ou quente, mucosa ressecada, turgor razoável, pele de textura espessa ou pastosa. DESNUTRIÇÃO As duas principais formas: Kwashiorkor: principalmente por deficiência de proteínas, com ingestão adequada de calorias, pode ser etiologia multifatorial. Edema geralmente generalizado, perda de tecido subcutâneo, hepatomegalia, cabelo fraco, seco, apatia, anorexia, alterações cutâneas. Marasmo: desnutrição geral de calorias, carboidratos e proteínas, com déficit de energia. Magreza extrema e atrofia muscular, perda intensa de tecido subcutâneo, pele frouxa, irritabilidade, apetite preservado.
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