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ESTÁ CADERNETA DE ESTÁGIO FOI VENDIDO PARA: O COMPRADOR FICA CIENTE NO ATO DA COMPRA QUE É PROIBIDO A VENDA PARA OUTROS USUÁRIOS ASSIM COMO DIVULGAÇÃO DESTE CONTEÚDO EM PDF PARA OUTROS PESSOAS CUMPRINDO ASSIM AS ORDENS DE DIREITO AUTORAL Nº - LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998. SUMÁRIO 1 ANAMNESE E EXAME FÍSICO 2 EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM 3 TEMPERATURA 4 PULSO 5 FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA 6 PRESSÃO ARTERIAL 7 AUSCULTA CARDÍACA 8 AUSCULTA PULMONAR 9 PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM 10 PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA 11 GASOMETRIA ARTERIAL 12 CURATIVO DE DRENO DE TORAX 13 LAVAGEM INTESTINAL 14 TROCA DE SELO DÁGUA 15 ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS 16 TERMINOLOGIAS CIRÚRGICAS 17 SAÚDE DA CRIANÇA CONSULTA DE ROTINA 18 VACINAS 19 SAÚDE DA MULHER 20 21- SAÚDE DO HOMEM 22 SAÚDE DO IDOSO 23 CÁLCULO DE MEDICAMENTOS 1 ANAMNESE E EXAME FÍSICO A anamnese e exame físico fazem parte da etapa do Histórico de Enfermagem do Processo de Enfermagem. Sua implementação visa o cuidado individualizado, holístico, humanizado e com embasamento científico. ANAMNESE: IDENTIFICAÇÃO Nome completo, idade e data de nascimento, sexo, raça, local de nascimento, procedência, religião e profissão. QUEIXA PRINCIPAL: Motivo da consulta e/ou da baixa hospitalar. HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Momento e modo de início das cacterísticas dos sinais e sintomas presentes, evolução clínica e acontecimentos relacionados, outros sintomas do sistema envolvido (e sua cronologia), situação atual dos sintomas. REVISÃO DE SISTEMAS SINTOMAS GERAIS: Febre, calafrios, sudorese, alterações de peso, astenia, anorexia, dor. PELE E ANEXOS: Surgimento e modificação de lesões cutâneas ou anexos, edema. SISTEMA CARDIOVASCULAR E RESPIRATÓRIO: Dor torácica (localização, caráter, duração, intensidade, irradiação, fatores de alívio e piora), palpitação (situação em que ocorre, duração), dispneia (situação em que ocorre, intensidade), tosse (seca ou produtiva, características da expectoração), hemoptise (frequência, quantidade). SISTEMA DIGESTÓRIO: Disfagia ou odinofagia, dor abdominal (incluindo local exato da dor, intensidade, fatores de alívio e piora, irradiações), hábito intestinal (número de evacuações e característica das fezes), sangramentos. SISTEMA URINÁRIO E GENITAL: Número de micções, volume urinário, disúria, hematúria. Impotência sexual, perda da libido, dispareunia. SISTEMA LOCOMOTOR: Motilidade, artralgias, edema localizado. Capacidade física, comparada com pessoas de sua idade (claudicação, mialgia, fraqueza ou cãibras). SISTEMA NERVOSO: Cefaleia, visão (incluindo acuidade, diplopia), tonturas, vertigens, desmaios ou quedas, tremores, parestesias ou déficits motores focais, disartrias e afasias. HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA ANTECEDENTES FISIOLÓGICOS Nascimento, desenvolvimento, antecedentes gineco- obstétricos (menarca, início das relações sexuais e número de parceiros, características e desfechos das gestações, menopausa). ANTECEDENTES PATOLÓGICOS: Doenças na infância, internações, cirurgias ou traumatismos no passado, alergias, patologias crônicas. Uso de medicações (duração, posologia). HISTÓRIA MÉDICA FAMILIAR: Condição de saúde dos pais e irmãos (se falecidos: motivo e idade). Doenças crônicas ou sintomas semelhantes aos do paciente na família. PERFIL PSICOSSOCIAL: Condição cultural (escolaridade e ocupações), condição socioeconômica (moradia, higiene, renda aproximada, relações familiares e sociais). Uso de cigarro, consumo de bebidas alcoólicas, comportamentos de risco e outros itens de revisão sistemática, vitais para o entendimento da história, devem fazer obrigatoriamente parte da história da doença atual. EXAME FÍSICO ASPECTO GERAL: Bom, regular ou mau estado geral, estado nutricional, hidratação, alterações de cor (pálido, cianótico, ictérico); fácies (normal ou específica de alguma patologia). NÍVEL DO SENSÓRIO: Alerta, torporoso, coma, orientação no tempo e no espaço. MASSA CORPORAL: Peso, altura, índice de massa corporal (peso/altura2). EXAME DA PELE: Características das lesões elementares e dos anexos (distribuição de pelos, características dos cabelos, unhas). OROSCOPIA: Examinar dentes, gengiva, língua, orofaringe. TIREOIDE: Verificar tamanho, textura, presença de nódulos e suas características. ADENOPATIAS: Examinar os linfonodos cervicais, axilares, supraclaviculares, epitrocleares, inguinais. Mobilidade cervical. EXAME DAS MAMAS: Verificar se há presença de nódulos ou retrações. CARDIOVASCULAR Pulsos: carotídeo, radial, braquial, femoral, poplíteo, tibial posterior e pedioso, caracterizando frequência, ritmo, simetria e intensidade (classificados de 0-4+). Verificar sopros carotídeos. Determinar intensidade e caráter de pulso venoso jugular, com paciente em 45°, e refluxo hepatojugular. Íctus: geralmente palpável no 5º espaço intercostal e na linha hemiclavicular esquerda, compreendendo duas polpas digitais, algumas vezes visível. Frêmitos ou impulsão paraesternal. Ausculta: auscultar os focos mitral (no íctus), tricúspide (borda esternal esquerda), aórtico e pulmonar (2º espaço intercostal e borda esternal direita e esquerda, respectivamente). Identificar B1 (representa fechamento das válvulas mitral e tricúspide), B2 (fechamento das válvulas aórtica e pulmonar), B3 (enchimento ventricular rápido) e B4 (contração atrial e distensão da parede ventricular na diástole). Identificar sopros, incluindo foco de origem e intensidade máxima (+ a 6+), tipo (Tab. 1.1), irradiação (axila, pescoço, outros focos). Atenção para atrito pericárdico. Definir frequência e ritmo cardíacos. Pressão arterial: Descrever o braço usado na medida e a posição do paciente. RESPIRATÓRIO Definir a frequência respiratória, o padrão (normal, Cheyne- -Stokes, Biot, Kussmaul), o tipo (torácico, abdominal), a presença de sinais de sofrimento (batimento de asa do nariz, tiragem intercostal). Verificar expansibilidade (simetria), frêmito toracovocal (simetria), percussão (som claro pulmonar, timpanismo, submacicez, macicez). Determinar a qualidade dos sons respiratórios à ausculta (normal, ausente, bronquial) e a presença de ruídos adventícios (sibilos, crepitantes, roncos, sopro tubário ou atrito pleural). ABDOME: Descrever a forma (plano, escavado, em avental, globoso), cicatrizes, hérnias, movimentos. Identificar presença de ruídos hidroaéreos ou sopros (aórtico, renal). Realizar palpação superficial (descrevendo pontos dolorosos ou saliências identificadas) e palpação profunda (descrevendo tamanho e textura do fígado, com ajuda da percussão, e a presença de outros órgãos palpáveis). Usar posição de Schuster para palpação do baço (normalmente impalpável). Pesquisar sinais de ascite (macicez móvel, piparote). TOQUE RETAL: O toque retal é importante para a pesquisa de massas e sinais de sangramento. Descrever tamanho da próstata. EXTREMIDADES: Nas extremidades, pesquisar edema (local e intensidade), mobilidade ou sinais inflamatórios. Descrever presença de veias varicosas ou sinais de insuficiência vascular. EXAME NEUROLÓGICO: É preciso analisar tônus e trofismo, equilíbrio estático (Romberg), equilíbrio dinâmico e marcha. Força 0: plegia; I: apenas contração muscular; II: mobiliza articulação, mas não vence gravidade; III: vence gravidade, mas não vence resistência; IV: vence pequena resistência; V: força normal. Metria e disdiadococinesia. Reflexos profundos: bicipital, tricipital, estilorradial, patelar, aquileu; intensidade (+ hiporreflexia, ++ reflexos normais, +++ reflexos vivos e ++++ hiper-reflexia) e simetria. Reflexo cutaneoplantar: flexor plantar ou extensor plantar(Babinski presente). Reflexos primitivos. Sensibilidade tátil, dolorosa e proprioceptiva, comparando pontos distintos. Cognição: minimental. Nervos cranianos: 9. Olfatório: avaliar separadamente cada narina. II. Óptico: campo visual, acuidade visual. III, IV e VI. Oculomotor, troclear e abducente: pupilas (normalmente isocóricas e fotorreagentes), motricidade extrínseca dos olhos, presença de ptose. V. Trigêmeo: musculatura da mastigação e sensibilidade da face. VII. Facial: motricidade da mímica e sensibilidade especial do terço anterior da língua. VIII. Vestibulococlear: acuidade auditiva e equilíbrio (provas de Rinne e Weber). IX e X. Glossofaríngeo e vago: sensibilidade especial dos dois terços posteriores da língua, motricidade do palato e reflexo do vômito. XI. Acessório: motricidade do esternocleidomastóideo e do trapézio. XII. Hipoglosso: motricidade da língua. Pesquisar: Sinais de irritação meníngea (rigidez de nuca, Kernig, Brudzinski e Levinson) e irritação radicular (Lasègue); fundo de olho: descrever o aspecto da retina, da papila e dos vasos. Fonte: STEPHEN DORAL STEFANI ; ELVINO BARROS . Anamnese e Exame Físico. Artmed. 4ª edição. 2013. ESPAÇO PARA ANOTAÇÕES 2 Evolução de Enfermagem O registro de evolução de enfermagem é o procedimento que afere o desempenho do quadro clínico do paciente. Nesse documento, o profissional concentra informações básicas e específicas sobre as condições do enfermo. A abordagem, sempre realizada após a avaliação do estado geral, ajuda a guiar o planejamento da assistência que deverá ser prestada pela equipe de saúde nas 24 horas seguintes. É a evolução do paciente, onde são registrados dados fundamentais, tais como: Antecedentes clínicos: patologias e uso de medicações. Nível de consciência: consciente, orientado, lúcido, comunicativo... Fatores de risco/hábitos de vida: etilismo, tabagismo, higiene, alergias. Queixa principal. Padrão respiratório: eupnéico, dispnéico, se é utilizado algum tipo de auxílio. Padrão circulatório: verificar pulso, PA e inspecionar a pele. Padrão alimentar: aceitação e forma de alimentação Padrão urinário e intestinal: registrar forma, características e via de eliminação (espontânea, odor característico, sem sedimentos, por SVD...) Conduta. Exemplo 1: 14/08/2020 8:00h Cliente nega patologias anteriores, encontra-se alerta, bem orientado no tempo e espaço. Acamado. Informa aceitação de todo o alimento oferecido. Nega náuseas e vômitos. Sinais vitais estáveis nas últimas 24 horas. No momento PA= 120/70 mmHg; P= 84 bat/min rítmico e forte; FR = 14 irpm, Ta=36,5ºC. Estado higiênico regular, com odor de urina e halitose. Presença de resíduos alimentares nos dentes e língua saburosa. Região sacra com área hiperemiada (3cm de diâmetro). Eliminações fisiológicas preservadas. Nega algias. Realizado curativo protetor em região sacra. Nome - COREN-SP..... (após carimbar e assinar não deixe espaços em branco) Exemplo 2: 10/08/2020 17h 10 Alerta, orientado em tempo e espaço, calmo, comunica-se verbalmente, em repouso relativo no leito, em posição de Fowler, deambula com o auxilio de uma bengala. Apresenta hematoma em região orbital D, escoriação em região escapular E, de aspecto limpo e seco, edema 2+/4+ em perna D. Apresenta cateter venoso central em subclávia E, sinalizado, ocluído com película transparente do dia 15/08, com inserção, sinais flogísticos. Dieta: mantém SNE em narina D, com dieta instalada 30 ml/h, com fixação integra e limpa. Eliminações: vesical amarelo-clara, 1000 ml em 24 hrs. Evacuação ausentes, há 1 dia. Nega queixas no momento. Conduta: realizado auxilio em banho e espersão, Nome -COREN-SP..... (após carimbar e assinar não deixe espaços em branco) 3 Verificação de Temperatura Padrões de febre: Febre persistente ou contínua: a temperatura mantém-se elevada de forma persistente com variação mínima. Exemplo: febre tifóide. Febre remitente: flutuações diárias maiores que 2ºC e a temperatura não retorna aos níveis normais. Exemplo: tuberculose, viroses, infecções bacterianas, processos não-infecciosos. Febre intermitente: a temperatura volta ao normal a cada dia, mas depois aumenta novamente. Quando essa variação é muito grande a febre é denominada séptica. Febre recorrente ou recidivante: os episódios de febre são separados por longos intervalos de temperatura normal. Exemplo; malária, linfomas, infecções piogênicas, febre de arranhadura do gato. TÉCNICA 1. Lavar as mãos; 2. Descer a coluna de mercúrio abaixo de 35ºC ou zerar o mostrador do termômetro digital. 3. Colocar na axila com o braço colado ao corpo. Dobrar o cotovelo e dobrar o braço oposto por cima. 4. Aguardar de 3 min ou até ouvir o apito final do termômetro digital. 5. Retirar o termômetro, verificar a TAX e anotar. 6. Lavar as mãos ao término. Terminologias Hipotermia: Temperatura abaixo de 35°C Afebril: 36,1°C a 37,2°C Febril: 37,3°C a 37,7°C Febre: 37,8°C a 38,9°C Pirexia: 39°C a 40°C Hiperpirexia: acima de 40°C Valores de referência para a temperatura Temperatura axilar: 35,8°C a 37°C Temperatura bucal: 36,3°C a 37,4°C Temperatura retal: 37°C a 38°C 4 PULSO FREQUÊNCIA DE PULSO Conceito: PULSO é a expansão e contração alternada de uma artéria após a ejeção de um volume de sangue na aorta com a contração do ventrículo esquerdo. Localização e palpação do pulso radial Pulso radial: Localizado medialmente ao processo estilóide do rádio; Emprega-se a polpa dos dedos indicador e médio; Polegar se fixa ao dorso do punho; Antebraço apoiado e em supinação. Procedimento para verificação da frequência de pulso: 1. Lavar as mãos 2. Orientar o paciente quanto ao procedimento 3. Colocar o paciente em posição confortável, sentado ou deitado, porém sempre com o braço apoiado 4.Identificar e palpar o pulso radial 5. Observar: - Estado da parede da artéria (lisa, endurecida, tortuosa); - Ritmo (regular, irregular); - Amplitude ou Magnitude (ampla, mediana, pequena); - Tensão ou dureza (mole, duro); - Tipos de onda (normal, paradoxal, filiforme); 6. Comparar com o lado homólogo (igualdade, desigualdade). 7. Contar o número de pulsações durante 1 minuto inteiro 8. Anotar 9. Lavar as mãos ao término Terminologias Pulso normocárdico: Batimento cardíaco normal. Pulso rítmico: os intervalos entre os batimentos são iguais. Pulso arrítmico: os intervalos entre os batimentos são desiguais. Pulso dicrótico: dá impressão de dois batimentos. Taquisfigmia: pulso acelerado. Bradisfigmia: frequência abaixo da faixa normal. Pulso filiforme: indica redução da força ou do volume do pulso periférico. Valores de referência para pulsação: Adultos 60 a 100 bpm; Crianças 80 a 120 bpm; Bebês 100 a 160 bpm. 5 Frequência respiratória VERIFICAÇÃO DA FREQÜÊNCIA RESPIRATÓRIA AO REPOUSO CONCEITOS: Ventilação: Processo pelo qual o ar chega aos alvéolos. - Ocorre pela ação de músculos respiratórios com a intenção de aumentar ou reduzir o volume da cavidade torácica. Ciclo ventilatório: Alternância de uma inspiração, seguida de uma expiração e de breve repouso Frequência respiratória: É o número de vezes que a pessoa respira por minuto (um ciclo completo). Observa-se a expansibilidade e retração da parede torácica e abdominal Terminologias Eupnéia: respiração normal. Dispnéia: é a respiração difícil, trabalhosa ou curta. É sintoma comum de várias doenças pulmonares e cardíacas; pode ser súbita ou lenta e gradativa. Ortopnéia: é a incapacidade de respirar facilmente,exceto na posição ereta. Taquipnéia: respiração rápida, acima dos valoresda normalidade, frequentemente pouco profunda. Bradipnéia: respiração lenta, abaixo da normalidade Apneia: ausência da respiração. Respiração de Cheyne-Stokes: respiração em ciclos, que aumenta e diminui a profundidade, com períodos de apneia. Quase sempre ocorre com a aproximação da morte Respiração de Kussmaul: inspiração profunda seguida de apnéia e expiração suspirante, característica de como diabético. Respiração de Biot: respirações superficiais durante 2 ou 3 ciclos, seguidos por período irregular de apneia. Respiração sibilante: sons que se assemelham a assovios.. Valores de referência para respiração Adultos 12 a 20 inspirações/ min; Crianças 20 a 25 inspirações/ min; Bebês 30 a 60 respirações/ min. 6- PRESSÃO ARTERIAL (PA) A expressão pressão arterial (PA) refere-se à pressão exercida pelo sangue contra a parede das artérias. A pressão arterial bem como a de todo o sistema circulatório encontra-se normalmente um pouco acima da pressão atmosférica, sendo a diferença de pressões responsável por manter as artérias e demais vasos não colapsados. Em uma pessoa saudável, o valor da pressão pode variar continuamente, dependendo do stress, a emotividade ou se está fazendo atividade física. Terminologias Hipertensão: PA acima da média Hipotensão: PA inferior à média Convergente: a sistólica e a diastólica se aproximam Divergente: a sistólica e a diastólica se afastam Valores de referência para pressão arterial Hipotensão inferior a 100 x 60 Normotensão 120 x 80 mmHg Hipertensão limite 140 x 90 mmHg Hipertensão moderada 160 x 100 mmHg Hipertensão grave superior a 180 x 110 mmHg 6 AUSCULTA CARDÍACA A ausculta do coração requer audição excelente e habilidade para distinguir diferenças sutis de tonalidade e relação temporal. Os profissionais da saúde com comprometimento da audição podem usar estetoscópios com amplificadores. Os sons agudos são mais bem auscultados com o estetoscópio. Os sons graves são mais bem auscultados com o sino. Deve-se exercer bem pouca pressão ao usar o sino. A pressão excessiva converte a pele subjacente em um diafragma e elimina os sons com tonalidade muito baixa. Deve-se examinar todo o precórdio de maneira sistemática, iniciando- se tipicamente sobre o impulso apical, com o paciente na posição de decúbito lateral esquerdo. O paciente passa para a posição supina e a ausculta continua na borda esternal inferior esquerda, prossegue na direção cefálica com a ausculta de cada espaço intercostal e, em seguida, na direção caudal, a partir da borda esternal superior direita. O médico também ausculta sobre axila esquerda e acima das clavículas. O paciente deve sentar-se para a ausculta do dorso e, a seguir, inclinar-se para frente para permitir a ausculta de sopros diastólicos aórtico e pulmonar ou atrito pericárdico. Alguns pontos devem ser respeitados para uma boa ausculta cardíaca, são eles: Ambiente para ausculta. Posição do paciente e do examinador. Escolha correta do receptor. Aplicação correta do receptor. Instrução adequada do paciente. Relação dos batimentos cardíacos com a respiração. Ambiente para ausculta: Como escutar algo importante sem atenção? Logo estar em um ambiente silencioso é indispensável para a boa ausculta. Pois os sons cardíacos são de pequena intensidade, outras vezes abafados. Em suma ouvi-los é uma arte. Nesse sentido é necessário completo silêncio. Posição do paciente e do examinador: Ambos, Enfermeiro e paciente devem estar em posições confortáveis. O paciente pode ser examinado nas posições decúbito dorsal, decúbito lateral esquerdo, sentada, e em alguns casos em pé. Quando em pé o ideal é que fique inclinado para a frente ou debruçado sobre uma mesa de exame. Decúbito dorsal: É a posição mais habitual. O paciente fica com a cabeça apoiada em um pequeno travesseiro. O tórax deve estar totalmente descoberto. O Enfermeiro posiciona-se à direita do paciente. Sentado à beira do leito: O paciente senta-se à beira do leito ou em uma cadeira. Inclinando ligeiramente o tórax para frente, o que ajuda a intensificar os sons. Essa posição ajuda na ausculta de sons originados na base do coração. O Enfermeiro também se posiciona à direita do paciente. Decúbito lateral esquerdo: O paciente deita-se em decúbito lateral esquerdo com a mão esquerda sob a cabeça. Essa posição é mais adequada para se auscultar sons da valva mitral. Bem como a terceira bulha e o ruflar diastólico da estenose mitral, podem ser mais audíveis nesta posição. O Enfermeiro continua à direita do paciente. Em pé apoiando-se em uma mesa: O paciente fica em pé e debruça-se sobre uma mesa. Posição interessante para auscultar quando se tem hipofonese das bulhas. Pois nessa posição o coração se aproxima da parede torácica. Nesse sentido os sons ficam maus audíveis. O médico também se posiciona à direita do paciente. Escolha correta do receptor: Sem dúvida o tipo e tamanho do receptor são muito importantes. Temos o receptor de diafragma de vários tamanhos e a campânula. Enquanto o receptor de diafragma é mais apropriado para se ouvirem ruídos de alta frequência a campânula capta melhor os ruídos de baixa frequência. Portanto terceira e quarta bulhas e o ruflar da estenose mitral são melhores auscultados com campânula. Mas em geral efetua-se toda a ausculta utilizando o receptor de diafragma. Aplicação correta do receptor: Ambos os receptores diafragma ou campânula, devem ficar levemente apoiado sobre a pele. Bem como procura-se uma perfeita adaptação de suas bordas junto à pele. Pois assim evita-se a captação de sons do ambiente. Salienta-se ainda que não se realiza ausculta através de qualquer tipo de roupa. O receptor deve ser colocado sobre a pele e nunca sobre a roupa. Também devemos lembrar que uma compressão intensa da campânula a transforma em diafragma. Pois a pele distendida faz o papel da membrana do diafragma. Instrução adequada do paciente. Por certo passar instruções claras ao paciente também é importante. Assim sendo orientar sobre o modo de respirar. Como aumentar a amplitude, inspirar profundamente, expirar forçadamente, parar a respiração. Relação dos batimentos cardíacos com a respiração: A respiração pode mudar a intensidade dos sons cardíacos. Assim o examinador deve ficar atento para tais mudanças. Afinal os sons e sopros do coração direito geralmente se intensificam durante a inspiração. Pois ocorre um aumento do retorno sanguíneo nesta fase da respiração. Dessa a forma a Manobra de Rivero Carvalho ajuda a diferenciar o sopro da insuficiência tricúspide do da insuficiência mitral. Focos clássico de ausculta cardíaca Primeiramente devemos lembrar que os focos de ausculta não correspondem às localizações anatômicas das valvas. Foco Mitral (FM): localiza-se no 4o ou 5o espaço intercostal esquerdo da linha hemiclavicular e corresponde ao ictus cordis ou ponta do coração. Foco Pulmonar (FP): localiza-se no 2o espaço intercostal esquerdo junto ao esterno. Foco Aórtico (Fao): localiza-se no 2o espaço intercostal direito junto ao esterno. Foco Aórtico Acessório: localiza-se no 3o espaço intercostal esquerdo, junto ao esterno. Foco Tricúspide (FT): localiza-se na base do apêndice xifóide, ligeiramente para a esquerda. Outras áreas de ausculta são: Borda esternal esquerda: corresponde ao espaço situado entre a área pulmonar e a área tricúspide. Borda esternal direita: corresponde a região entre o foco aórtico e o 5o espaço intercostal direito. Endoápex ou mesocárdio é a área situada entre o foco tricúspide e o foco mitral. Regiões infra e supra claviculares direita e esquerda. Regiões lateraisdo pescoço. Regiões interescapulovertebrais. Bulhas Cardíacas 1° Bulha: Correspondente a Mitral e a Tricúspides. É de timbre mais grave e duração um pouco maior que a da 2° bulha. Para representá-la, usamos a expressão TUM. 2° Bulha: Aórtica e pulmonar. A 2° bulha e sempre única pelo simples fato de se auscultar nestes focos somente o componente aórtico. A 2° bulha vem depois de um pequeno silêncio, seu timbre e mais agudo, mais seca, expressão TA. TUM TÁ SOPRO ( Válvula aórtica ou pulmonar) TUM SOPRO TÁ ( Válvula Mitral ou Tricúspide) Em condições normais, B1 tem maior intensidade no foco mitral, onde costuma ser mais forte que B2. Ritmo Galope: Aplicado ao ritmo tríplice por 3° bulha patológica, lembram o ruído das patas de um cavalo galopando, PA TA TA. 3° bulha fisiológica TUM TA TU. O Ritmo é mais audível na ponta do coração com o paciente em decúbito lateral esquerdo. Os Sopros Sistólicos: são classificados em dois tipos: Sopro sistólicos de ejeção: São causados por estenose da valva aórtica ou pulmonar e se originam durante o período de ejeção ventricular. Sopro sistólico de regulação: E audível desde o início da sístole, por isso aparecem junto com a 1° bulha recobrindo-a e mascarando-a. Os Sopros Diastólicos são classificados em protodiastólicos ou pré- sistólicos. Ocorrem em dois grupos de afecções estenoses atrioventriculares (estenose mitral e estenoses tricúspide) e insuficiência das valvas aórtica e pulmonar (aorta e pulmonar). 8 AUSCULTA PULMONAR O exame físico do sistema respiratório é um meio de reunir dados essenciais para o atendimento. Vale ressaltar que o enfermeiro experiente realiza a inspeção, palpação, percussão e a ausculta. Além da inspeção (estática e dinâmica) que é observação rigorosa do tórax, abrangendo o tecido celular subcutâneo, a musculatura, os ossos e as articulações, ritmos respiratórios, expansibilidade, retrações, entre outros, a palpação da parede torácica tem como objetivo detectar sensibilidade, edemas, massas palpáveis, deformidades, etc. Utilizando a superfície palmar dos dedos e -se verificar a presença do frêmito (vibrações). Condições que alteram o frêmito: Espessura da parede torácica: fina ou musculosa (diminui o frêmito) Doenças pulmonares: pneumonia, enfisema (aumentam o frêmito) Presença de ar, líquido ou massas no espaço pleural (diminuem o frêmito) A percussão da parede torácica é feita para avaliar sons normais e anormais. O enfermeiro posiciona seu dedo médio sobre a parede torácica do paciente e percute com o dedo médio da mão oposta. Sons ouvidos na percussão: Maciço som agudo, de pequena intensidade e pequena duração (ex.: massas, derrame pleural). Surdo som médio, de média intensidade e média duração (ex.: atelectasia, pneumonia). Timpânico som agudo, de alta intensidade e longa duração (ex.: pneumotórax). Ressonante som grave, de alta intensidade e longa duração (som normal). Hiper-ressonante som ainda mais grave, muito alto e de duração mais longa (ex.: enfisema). A ausculta pulmonar é realizada com o objetivo de ouvir os ruídos respiratórios. O enfermeiro pressiona, firmemente, o diafragma do estetoscópio contra a parede torácica e move o estetoscópio da região torácica superior (próximo ao pescoço) em direção à região torácica inferior. Ele deve auscultar Anteriormente, lateralmente e posteriormente, sempre que possível. Sons respiratórios normais: Murmúrio vesicular representa o movimento do ar nos bronquíolos e alvéolos. São ouvidos em todos os campos pulmonares e são sons suaves e graves na inspiração longa e na expiração curta. Ruídos brônquicos representam o movimento de ar pela traqueia. São ouvidos sobre a traqueia e são altos na expiração longa. Ruídos broncovesiculares ruídos normais entre a traqueia e os lobos pulmonares superiores. Som de intensidade média tanto na inspiração quanto na expiração. Os ruídos respiratórios anormais ou ruídos adventícios são classificados em sibilos, estertores, roncos e atritos ou, também, podem ser classificados pelo seu caráter contínuo e descontínuo. Sons respiratórios anormais: Estertores ruídos discretos que resultam da abertura retardada das vias aéreas desinsufladas. São sons descontínuos e gerados, durante a inspiração, pela abertura súbita de pequenas vias aéreas até então fechadas e, na expiração, pelo fechamento das mesmas. Eles têm som similar ao atrito de fios cabelo próximo ao ouvido e podem desaparecer com a tosse, quando não estão associados a doença pulmonar significativa Sibilos são sons de característica musical (assobio) contínuos (duração de mais de 250ms) que podem ocorrer tanto na inspiração quanto na expiração. São mais comuns na fase expiratória. Resultam da obstrução acentuada ao fluxo aéreo (vias estreitadas ou parcialmente obstruídas). Roncos são ruídos em ruflar (referidos como gargarejos), graves, intensos, e contínuos, com frequência de 200 Hz ou menos e audíveis na inspiração e na expiração. São produzidos, normalmente, pelo estreitamento da via aérea com secreção. Atritos sons em rangido e crepitantes, ouvidos mais na inspiração do que na expiração. Resulta da fricção das pleuras visceral e parietal entre si e podem ser ouvidos em casos de derrame pleural, pneumotórax ou pleurisia. Atenção: é importante diferenciar um atrito pleural de um atrito pericárdico. PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA: Consiste na introdução de um cateter venoso na luz de uma veia superficial, de preferência de grande calibre. Envolve a seleção de um dispositivo para venopunção e um local de inserção dependendo do tipo de solução a ser utilizada; da frequência e duração da infusão, da localização de veias acessíveis; da idade e do estado do cliente; e, sempre que possível, serão levadas em consideração as preferências do cliente. LOCAL PARA PUNÇÃO VENOSA A primeira escolha para a punção venosa é a fossa cubital por apresentar veias periféricas de maior calibre e melhor visualização, bem utilizada em coleta de exames ou punções de emergências, já não tão bem aproveitadas para a manutenção de acessos periféricos a pacientes com necessidade de longa permanência do acesso, sendo assim devemos nos atentar e conhecer novos e melhores locais de punção seguindo a anatomia circulatória. Locais possíveis para punções venosas: as ilustrações a seguir mostram as localizações anatômicas de veias que podem ser utilizadas para a punção venosa periférica. Os locais utilizados com maior frequência estão no antebraço, seguidos pelos locais na mão. Tenha em mente que o uso das veias da perna aumenta o risco do paciente para a tromboflebite, e jugulares o risco de punção arterial seguindo por complicações dessa região como gânglios e artérias. Região cefálica: bastante utilizada em bebês. Região cervical Região dos membros superiores: braço (cefálica e basílica), antebraço (cefálica, cefálico-acessória, basílica, intermediária do antebraço). A veia basílica começa no dorso da região radiocárpica, cruza a margem medial do antebraço em seu terço distal e situa-se na face anterior. Chega à altura do epicôndilo medial e passa a acompanhar a face medial do braço, seguida pelo nervo cutâneo medial do braço. Perfura a fáscia do braço para terminar numa veia braquial. A veia cefálica é superficial e corre lateralmente ao membro superior (posição anatômica). Tem uma comunicação com a veia basílica pela veia intermédia do cotovelo e drena para a veia axilar mais medialmente ao trígono clavipeitoral. Essa veia passa entre os músculos deltoide e peitoral maior no braço e muitas vezes são visíveis na pele. Região da mão: Veia basílica, veia cefálica e veias metacarpianas dorsais.Região dos membros inferiores (veias de última escolha): Veia safena magna. O CATETER Jelco Tem um número de acordo com o biótipo do paciente. Os jelcos são dispositivos flexíveis onde à agulha é envolvida por um mandril flexível, após a punção, a agulha é retirada ficando na luz da veia apenas o mandril. São numerados em números pares do 14 (maior e mais calibroso) até o 24(menor e mais fino): Jelco 14 e 16: Adolescentes e Adultos, cirurgias importantes, sempre que se devem infundir grandes quantidades de líquidos. Inserção mais dolorosa exige veia calibrosa. Jelco 18: Crianças mais velhas, adolescentes e adultos. Administrar sangue, hemoderivados e outras infusões viscosas. Inserção mais dolorosa exige veia calibrosa. Jelco 20: Crianças, adolescentes e adultos. Adequado para a maioria das infusões venosas de sangue e outras infusões venosas (hemoderivados). Jelco 22: Bebês, crianças, adolescentes e adultos (em especial, idosos). Adequado para a maioria das infusões. É mais fácil de inserir em veias pequenas e frágeis, deve ser mantida uma velocidade de infusão menor. Inserção difícil, no caso de pele resistente. Jelco 24 idosos). Adequado para a maioria das infusões, mas a velocidade de infusão deve ser menor. É ideal para veias muito estreitas, por exemplo, pequenas veias digitais ou veias internas do antebraço em idosos. Com Jelco (paciente que vai ficar internado) Materiais: Luva Garrote Jelco Esparadrapo 2 bolas de algodão Seringa com a medicação diluída Procedimento: Pegar uma bandeja e fazer a assepsia com gaze e álcool 70%, sentido distal proximal. Colocar os materiais na bandeja. Cortar 3 pedaços de esparadrapo, molhar uma das bolas de algodão com álcool 70%. Preencher o circuito do equipo com o soro antes de começar a punção. Levar a bandeja montada para o paciente. Colocar o garrote no braço do paciente, calçar a luva, verificar qual melhor lugar de puncionar, fazer assepsia e fazer a punção com o jelco (bisel para cima), retirar a agulha, pressionar o jelco para o sangue não extravasar e conectar o equipo. Fixar colocando esparadrapo. Colocar identificação: Com Escalpe (medicação rápida) Materiais: Luva Garrote Escalpe Esparadrapo 2 bolas de algodão Seringa com a medicação diluída Procedimento: Ac. (Sua Universidade) Seu nome Data Nº do jelco Pegar uma bandeja e fazer a assepsia com gaze e álcool 70%, sentido distal proximal. Colocar os materiais na bandeja. Cortar 1 pedaço de esparadrapo, molhar uma das bolas de algodão com álcool 70%. Conectar a seringa sem a agulha no escalpe e preencher o circuito do escalpe a medicação já diluída antes de começar a punção. Levar a bandeja montada para o paciente. Colocar o garrote no braço do paciente, calçar a luva, verificar qual melhor lugar de puncionar, fazer assepsia e fazer a punção com o escalpe (bisel para cima), aspirar para ver o sangue, fixar com o esparadrapo e injetar a medicação devagar sempre perguntando ao paciente se sentindo algo. Retirar o escalpe e apertar com a bola de algodão seca. NUNCA REENCAPAR a agulha!!! Após diluir a medicação colocar uma identificação na seringa: IDENTIFICAÇÃO: 11- GASOMETRIA ARTERIAL A gasometria arterial é um exame de sangue normalmente realizado em pessoa internadas em Unidade de Terapia Intensiva que tem como objetivo verificar se as trocas gasosas estão ocorrendo da maneira correta e, assim, avaliar a necessidade de oxigênio extra. Além disso, é um exame que pode ser solicitado durante o internamento para auxiliar no diagnóstico de doenças respiratórias, renais ou infecções graves, além de verificar se o tratamento está sendo eficaz e, assim, pode ser usado como um dos critérios que podem influenciar a alta do paciente. Como é feito o exame A gasometria arterial é feita a partir da coleta de amostra de sangue proveniente da artéria do braço ou da perna. Esse tipo de coleta é bastante doloroso, já que se trata de uma coleta mais invasiva. O sangue coletado é levado para o laboratório para que sejam feitos exames bioquímicos para verificar Ph sanguíneo, concentração de bicarbonato e pressão parcial de CO2. Nome do paciente: Medicação: Leito e enfermaria: A gasometria arterial não deve ser realizada em caso de doença arterial periférica, pois pode haver dificuldades para retirar o sangue, problemas de coagulação ou se a pessoa estiver em uso de anticoagulantes. Nesses casos, o médico poderá solicitar outros exames para identificar as doenças que estão causando alterações respiratórias. Para que serve A gasometria arterial é solicitada pelo médico para: Verificar a função pulmonar, principalmente em crises de asma ou bronquite e em caso de insuficiência respiratória Saiba quais são os sintomas e como é feito o tratamento da insuficiência respiratória; Ajuda avaliar o Ph e acidez do sangue, o que é útil para auxiliar o diagnóstico de insuficiência renal e fibrose cística, por exemplo; Avaliar o funcionamento do metabolismo, o que é importante na identificação de doenças cardíacas, acidente vascular cerebral (AVC) ou diabetes tipo II, por exemplo; Funcionamento dos pulmões após procedimento cirúrgico ou transplante. Além disso, a gasometria também é solicitada em caso de overdose por drogas. A realização deste exame não é comum, não sendo realizado em clínicas ou em consultas de rotina, sendo apenas solicitado pelo médico em casos mais graves. Valores de referência Os valores normais do exame gasometria arterial são: Ph: 7.35 7.45 Bicarbonato: 22 26 mEq/L PCO2 (pressão parcial de gás carbônico): 35 45 mmHg O exame de gasometria arterial indica como está o funcionamento do pulmão, ou seja, se as trocas gasosas estão sendo realizadas da maneira correta, indicando assim o estado da pessoa que pode ser acidose ou alcalose respiratória ou metabólica. Como entender o resultado do exame A tabela a seguir indica alguns exemplos de valores alterados da gasometria arterial: Ph Bicarbonato PCO2 Estado Causas comuns Menor que 7.35 Baixo Baixa Acidose metabólica Insuficiência renal, choque, cetoacidose diabética Maior que 7.45 Alto Alta Alcalose metabólica Vômito crônico, hipocalemia Menor que 7.35 Alto Alta Acidose respiratória Doenças pulmonares, como pneumonia, DPOC Maior que 7.45 Baixo Baixa Alcalose respiratória Hiperventilação, dor, ansiedade Acidose Metabólica A acidose metabólica é causada por acúmulo de acidez na corrente sanguínea, tanto pela perda de bicarbonato ou pelo acúmulo de diferentes tipos de ácido. Quais são as causas As possíveis causas de acidez no sangue são a perda de substâncias alcalinas, como o bicarbonato, ou o acúmulo de ácidos na corrente sanguínea, como ácido lático ou ácido acetoacético, por exemplo. Algumas das situações que levam a isto são; Diarreia intensa; Doenças renais; Infecção generalizada; Sangramentos; Insuficiência cardíaca; Cetoacidose diabética; Intoxicação, com AAS, álcool, metanol ou etilenoglicol, por exemplo; Lesão de diversos músculos do corpo, o que acontece em casos da realização de exercícios extenuantes ou em doenças como leptospirose, por exemplo. É importante lembrar que outra causa de acidez do sangue é a acidose respiratória, causada pelo acúmulo de CO2 no sangue devido a problemas pulmonares, como asma ou enfisema graves, doença neurológica que impede a respiração, como ELA ou distrofia muscular ou qualquer outra doença que dificulte a respiração. Acidose respiratória A acidose respiratória é o excesso de acidez no sangue que acontece devido à ventilação diminuída nos pulmões por dificuldades respiratórias, o que leva ao aumento da concentração de gás carbônico (CO2) na corrente sanguínea. Quais são as causasGeralmente, a acidose respiratória é causada por doenças pulmonares como asma ou enfisema graves, assim como outras doenças que podem impedir a respiração, como esclerose lateral amiotrófica, miastenia gravis, distrofia muscular, insuficiência cardíaca ou quando há uma parada cardiorrespiratória, por exemplo. Principais sintomas Apesar de nem sempre causar sintomas, a acidose respiratória pode provocar falta de ar, suor, tontura, extremidades arroxeadas, tosse, desmaio, palpitações, tremores ou convulsões, por exemplo. Para confirmar o diagnóstico, também é feito o exame de gasometria arterial, que detecta os valores do Ph sanguíneo e dosagem de substâncias como CO2 e bicarbonato, e além disso o médico também fará uma avaliação clínica para identificar a causa. ALCALOSE METABÓLICA A alcalose metabólica acontece quando o Ph do sangue se torna mais básico do que deveria, ou seja, quando está acima de 7,45, o que surge em situações como vômitos, uso de diuréticos ou consumo excessivo de bicarbonato, por exemplo. Esta é uma alteração grave, pois pode causar o desequilíbrio de outros eletrólitos do sangue, como cálcio e potássio e provocar sintomas como fraqueza, dor de cabeça, alterações musculares, convulsões ou arritmia cardíaca. É importante que o organismo mantenha o seu Ph equilibrado, que deve ser entre 7,35 e 7,45, para que o metabolismo do corpo funcione de forma correta. Outra situação preocupante que pode surgir é quando o Ph se encontra abaixo de 7,35, havendo a acidose metabólica. Quais são as causas Geralmente, a alcalose metabólica acontece pela perda do íon H+ no sangue ou pelo acúmulo de bicarbonato de sódio, o que torna o organismo mais básico. Algumas das principais situações que provocam estas alterações são: Vômitos excessivos, situação que provoca perda do ácido clorídrico do estômago; Lavagem ou aspiração do estômago no hospital; Consumo excessivo de remédios ou alimentos alcalinos, com bicarbonato de sódio; Uso remédios diuréticos, como Furosemida ou Hidroclorotiazida; Falta de potássio e magnésio no sangue; Uso excessivo de laxantes; Efeito colateral de certos antibióticos, como Penicilina ou Carbenicilina, por exemplo; Doenças renais, como Síndrome de Bartter ou Síndrome de Gitelman. Além da alcalose metabólica, um outro motivo para que o Ph do sangue fique como Ph básico é a alcalose respiratória, provocada por falta de gás carbônico (CO2) no sangue, fazendo com que este se torne menos ácido que o normal, e acontece em situações como respiração muito rápida e profunda. Saiba mais sobre o que é, causas e sintomas da alcalose respiratória. Principais sintomas A alcalose metabólica nem sempre causa sintomas e, na maioria das vezes, são os sintomas da doença que provocam a alcalose. Entretanto, também podem surgir sintomas como espasmos musculares, fraqueza, dor de cabeça, confusão mental, tontura e convulsões, principalmente provocados pelas alterações em eletrólitos como potássio, cálcio e sódio. O que é a compensação? Geralmente, quando o Ph do sangue se altera, o próprio organismo tenta corrigir esta situação, como forma de evitar as complicações. A compensação para a alcalose metabólica ocorre principalmente pelo pulmões, que passam a ter uma respiração mais lenta para reter maior quantidade de gás carbônico (CO2) e aumentar a acidez do sangue. Os rins também tentam fazer uma compensação, através de mudanças na absorção ou excreção de substâncias na urina, tentando eliminar mais bicarbonato. Entretanto, podem surgir outras alterações em conjunto, no sangue ou nos rins, como desidratação ou perda de potássio, por exemplo, principalmente em pessoas gravemente doentes, o que dificulta a capacidade do organismo de corrigir estas alterações. ALCALOSE RESPIRATÓRIA: A alcalose respiratória é caracterizada pela falta de dióxido de carbono no sangue, também conhecido como CO2, fazendo com que este se torne menos ácido que o normal, com um Ph acima de 7,45. Essa falta de dióxido de carbono pode ser causada por vários fatores, como por uma respiração mais rápida e profunda do que a normal, o que pode surgir em períodos de ansiedade, estresse, alterações psicológicas, ou também devido a uma doença que provoque uma respiração acelerada, como infecções, distúrbios neurológicos, doenças pulmonares ou cardíacas, por exemplo. Seu tratamento é feito, principalmente, através da normalização da respiração e, para isso, é importante que o profissional de saúde atue para resolver a causa que desencadeou a alteração respiratória. Possíveis causas A alcalose respiratória é normalmente causada quando há uma respiração mais profunda e acelerada que o normal, e isto pode surgir nas seguintes situações: Hiperventilação, em que a respiração é mais rápida e profunda, e que normalmente ocorre em situações de ansiedade, estresse ou transtornos psicológicos; Febre alta; Doenças neurológicas que provocam desregulação do centro respiratório; Altitudes elevadas, devido à diminuição da pressão atmosférica, fazendo com que o ar inspirado tenha menos oxigênio do que ao nível do mar; Envenenamento por salicilatos; Algumas doenças do coração, fígado ou pulmão; Respiração por aparelhos desajustada, que é presente geralmente em ambiente de UTI. Todas estas causas, dentre outras, podem levar a uma diminuição do dióxido de carbono no sangue, tornando-o mais alcalino. Possíveis sintomas Geralmente, o sintoma presentes na alcalose respiratória são provocados pela doença que causa esta alteração e também pelos efeitos no cérebro da hiperventilação, podendo surgir formigamento nos lábios e no rosto, espasmos musculares, enjoo, tremores nas mãos e estar fora da realidade por alguns instantes. Em casos mais graves podem ocorrer tonturas, dificuldades respiratórias, confusão e coma. A principal forma de confirmar a alcalose respiratória é através de um exame de sangue chamado gasometria arterial, em que é possível verificar os valores de oxigênio e dióxido de carbono no sangue, assim como o Ph. Geralmente, este exame irá observar um Ph acima de 7,45 e valores de CO2 abaixo de 35 mmHg no sangue arterial. Saiba mais sobre este exame. Como tratar a alcalose respiratória O tratamento depende da causa da alcalose respiratória. Se a pessoa tiver uma respiração rápida causada por ansiedade, o tratamento baseia-se em diminuir a sua frequência respiratória, diminuindo a sua ansiedade e aumentando a quantidade de gás carbônico inspirado. Em casos de febre, esta deve ser controlada com medicamentos antipiréticos e em casos de envenenamento deve ser feita uma desintoxicação. Entretanto, em casos graves e difíceis de controlar, como em doenças neurológica, pode ser necessária a realização de uma sedação para regular os centros respiratórios do paciente. Além disso, pode ser necessário o ajuste dos parâmetros do aparelho de respiração artificial, quando a pessoa encontra-se nesta condição. Se a alcalose respiratória for provocada devido a altitudes elevadas, é normal que o organismo compense esta ausência de oxigênio aumentando a frequência e o débito cardíaco, assim como a frequência respiratória. 12 CURATIVO DO DRENO DE TÓRAX Cuidados Gerais com Dreno de Tórax Sempre que for manipular o dreno, lavar as mãos, secar e aplicar álcool gel 70%. Clampear o dreno, para que não haja entrada de ar, e lembrar de soltar o clamp ao término da manipulação. -500 Ml de SF 0,9% (~ 2,5 cm de altura), e trocá- lo a cada 12-24 horas. Posicioná-lo no piso, com suporte próprio, ou sustentado em local adequado. Nuca elevá-lo acima do tórax sem que esteja clampeado (fechado). Manter a pinça do dreno sempre abaixo do nível da cintura ou do leito do paciente. Mensurar o débito do dreno a cada 6 horas, ou menos, caso haja drenagem superior a 100 Ml/hora.Colocar uma fita adesiva ao lado da graduação do frasco. Sempre registrar o aspecto do líquido (Ex: seroso, sero-hemático, hemático, purulento). Inspeção e troca diária do curativo. Verificar a oscilação na coluna líquida: deve subir na inspiração, e descer na expiração. Caso não haja esse movimento espontâneo, pode haver obstrução do tubo. 2/2-4/4 horas, ou conforme protocolo próprio (Ex: às 6 horas). Atentar para a presença de vazamentos e/ou risco de desconexão. Manter a cabeceira do leito relativamente elevada, para facilitar a drenagem. A fixação pode ser do tipo meso (lateral), com distância de 2 cm entre o dreno e a pele, ou conforme protocolo da instituição. Atentar para a presença de bolhas no frasco de drenagem, que podem ser indicativos de fístula aérea. Manter o dreno sob aspiração contínua, se indicado. A intensidade da aspiração do sistema é determinada pela quantidade de água no frasco de aspiração contínua, e não pela frequência de borbulhamento. Se disponível, preferir a bolsa de drenagem com válvula de Heimilich, que é um sistema unidirecional seguro de drenagem torácica e mediastinal. Cuidados no Transporte Cuidado na passagem entre macas, pois o dreno pode ficar preso e/ou ser arrancado; Não ocluir o dreno durante o transporte. Critérios para retirada do Dreno de Tórax Drenagem inferior a 100 Ml/24 horas (adulto); Líquido seroso; Ausência de bolhas de ar; Melhora do padrão respiratório e da expansibilidade pulmonar. Materiais: EPIs: Gorro, máscara, luva, óculos Gaze Soro Pacote de curativo (que vem com duas pinças, a anatômica e a dente de rato e também com a peã, que parece uma tesoura) Esparadrapo Álcool 70% ou PVPI alcoólico ou clorexidina alcoólica Procedimento: Cortar 4 pedaços de esparadrapo: Calçar a luva, deitar o paciente em decúbito lateral, retirar o curativo com gaze úmida com soro. Abrir o pacote de curativo de forma estéril, e com a luva de procedimento pegar as pinças segurando-as com o próprio pano campo, dividir o campo. Posicionar as pinças de acordo com a sua mão dominante, sendo que usará a peã para fazer a limpeza do dreno. Fazer a boneca, usando a peã como apoio e a pinça anatômica unindo as pontas da gaze, formando a boneca. B Pegar a boneca com a peã e molhar com soro e fazer a limpeza do orifício e pele usando os 3 lados da gaze, limpando em movimento circulares, fazer isso quantas vezes forem necessárias e depois secar. Fazer outra boneca e limpar com álcool 70% ou PVPI alcoólico ou clorexidina alcoólica o dreno (no sentido do orifício para o conector, de dentro para fora), sem encostar na pele do paciente e depois secar o dreno. Após a limpeza dobrar gaze ao meio, com a peã e a pinça levar as gazes dobradas e colocar ao redor do dreno, posicionando a gaze com a parte dobrada encostando no dreno e a as pontas da gaze para fora, colocar na parte superior e na inferior. Fechar o curativo utilizando o esparadrapo maior, fixando primeiramente a base do esparadrapo e depois fixando as outras duas partes esticadas. Com o esparadrapo menor, colar a base no esparadrapo maior que cobre o curativo e apoiar sobre o dreno, fazer o mesmo com outro pedaço menor, unindo os dois e dando apoio para o dreno, deixando-o imóvel. Colocar a identificação do curativo: 13 LAVAGEM INTESTINAL LAVAGEM INTESTINAL - A Lavagem Intestinal, também chamada de colonterapia ou hidrocolonterapia, o procedimento consiste na injeção de água no intestino grosso através do reto com o auxílio de um equipamento para a eliminação de toxinas e resíduos fecais. Entretanto, embora o procedimento tenha se difundido rapidamente entre os praticantes de terapias alternativas com a promessa de trazer inúmeros benefícios aos usuários ele não é reconhecido pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia que inclusive alerta sobre os riscos de utilização inapropriada do método. Ac. (Sua Universidade) Seu Nome Data Hora O uso da lavagem intestinal como forma de limpar o organismo é bastante antigo e deriva da crença de que o nosso organismo produz toxinas capazes de causar diversas doenças que poderiam ser evitadas através da eliminação dessas impurezas. A mesma crença motivou durante muito anos o emprego de outros procedimentos como as sangrias indução ao vômito em pessoas sadias, etc. Porém, há muito tempo elas deixaram de ser encaradas como verdadeiras pelos médicos à medida que a medicina evoluía como ciência. O uso da colonterapia também era baseado na crença de que quando uma pessoa tinha problemas de constipação o contato prolongado das fezes com as paredes do cólon faria com que estas aderissem no órgão impedindo a absorção ou eliminação dos alimentos causando diversos problemas. No entanto essa crença foi abandonada em 1920 quando estudos constataram que essa teoria não é verdadeira e já em 1985 essa prática foi condenada na Califórnia (EUA). O problema da prática indiscriminada da colonterapia, que alguns sites divulgam até facilitar o emagrecimento, é ainda maior pelo fato de que o uso indevido de tal método pode trazer problemas ao paciente como perfurações do intestino, infecções e transmissão de doenças causadas pelo uso de materiais não corretamente esterilizados e outros problemas que podem ser ainda mais graves se a pessoa já possuir algum outro problema de saúde como por exemplo um tumor no cólon. Materiais: EPIs: Gorro, máscara, luva Gaze Xilocaína Fleet enema ou manitol (acrescentar o equipo e sonda retal) Fralda ou comadre Procedimento: Colocar o paciente em posição de Sims (decúbito lateral esquerdo: perna E esticada e perna D flexionada). Calçar a luva, colocar xilocaína em gaze e passar no fleet enema ou na sonda retal e introduzir no ânus, infundir a medicação. Se for prescrição. Fazer o cálculo de gotejamento: nº = V / 3.t Se for feito o fleet enema, colocar a comadre imediatamente. Se for gota a gota, colocar uma fralda. 14 - Materiais: EPIs: Gorro, máscara, luva 1 litro de soro Comadre Procedimento: Observar a auxilia na quantidade que vai ser colocada novamente!), pois deverá anotar no prontuário do paciente. Fechar o clamp, descer o recipiente, pegar a comadre ou bacia e deixar próximo ao local da troca. Abrir o recipiente rodando o frasco e não a tampa. Segurar a tampa junto com a alça de transporte com cuidado para não contaminar a parte interna. Desprezar o material drenado dentro da comadre, fazer a limpeza do recipiente colocando um pouco de soro e girando, desprezar em seguida. Colocar (±600ml) fechar o recipiente. Observar quantos ml ficou o selo de água no recipiente, abrir o clamp e pendurar o recipiente na cama do paciente. Colocar identificação no recipiente: Ac. (Sua Universidade) Seu nome Data e Hora Legenda 1.Frasco ou recipiente 2.Etiqueta volumétrica 3.Tampa 4.Alça de transporte 5.Tubo de drenagem 6.Conector (que é inserido no dreno que sai do tórax) 8.Clamp ou presilha 9.Respiro da saída de gases 15 ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS A aspiração é a aplicação de sucção ao trato respiratório do paciente para ajudá- lo a remover secreções líquidas ou espessas das vias aéreas superiores e inferiores, quando o paciente não tem condições de removê-las sozinho. A aspiração das vias aéreas superiores pode envolver o nariz, boca e orofaringe. Qual a ordem da aspiração da via aérea? 1º VAI (tubo endotraqueal ou cânula de traqueostomia); 2º Cavidade nasal; 3º Cavidade oral Como aspirar o paciente? Posicionamento do paciente: Em geral, o recomendado é deixar a cabeça levemente inclinada, em um ângulo que varia de 35 a 40 graus. Essa etapa de como fazer aspiração é essencial a fim de evitar engasgos ou refluxos. Também é importante que a pessoa fique parada, para que a sonda entredevagar na via respiratória. Materiais: EPIs: Gorro, máscara, luva estéril, óculos Gaze Soro Seringa de 10ml ou ampola de água destilada sonda Fita para fixar a traqueostomia Procedimento: Conectar a sonda no látex do aspirador, retirando somente a ponta verde para a conexão, mantendo o restante da sonda dentro da embalagem estéril. Calçar a luva estéril e levar o campo da luva para cima do tórax do paciente, pegando pelo meio, sem contaminar. Ac. (Sua Universidade) Seu nome Data e Hora Contaminar a sua mão não dominante pegando a seringa com soro ou ampola de água destilada e colocar no campo que está em cima do tórax do paciente. Ainda com a mão contaminada pegar a sonda que já está fixada no aspirador, e retirar a embalagem (reservar esta embalagem), expondo a sonda que está estéril e auxiliando com a mão que também está estéril. Com a mão contaminada pingar algumas (poucas, 3 ou 4 gotas) na traqueostomia para auxiliar a aspiração. Introduzir a sonda na traqueostomia, ligar o aspirador e rapidamente fazer movimentos circulares retirando a sonda. Repetir o mesmo procedimento de aspiração nas narinas e por último na boca (primeiro as bochechas e depois embaixo da língua). Após isso, retirar a sonda do aspirador e colocar a ponta de conexão dentro da embalagem da sonda que havia sido reservada anteriormente. Fazer a limpeza da traqueostomia com gaze e soro do local menos contaminado para o mais contaminado, ou seja, de fora para dentro. Atenção, não deve fazer a limpeza de dentro do orifício da traqueostomia! A limpeza é feita somente ao redor. A limpeza da subcânula deverá ser realizada se estiver muito suja ou conforme a necessidade. Após a limpeza recolocar dentro da cânula e observar a trava. Depois de tudo limpo pegar gaze dobrar e colocar sob os dois lados da cânula, passar a fita de fixação. 16 ESTOMAS ESTOMA: é uma palavra de origem grega que significa "abertura", "boca", -se à abertura feita na parede abdominal por meio de colostomia, ileostomia, ou ainda, abertura entre duas porções do intestino em uma anastomose. As características normais do estoma são: cor rosa avermelhado, brilhante, úmido, sangra ligeiramente se esfregado, ausência de sensação ao toque e elimina fezes ou urina sem controle voluntário. A pele ao redor do estoma deve ser íntegra, sem lesões, e ter cor igual à cor da pele do restante do abdome. Materiais: EPIs: Gorro, máscara, luva Soro Gazes Régua Tesoura Bolsa de colostomia Estomasivi Procedimento: Se o paciente estiver com bolsa e for fazer a troca, retirar utilizando gaze umedecida com soro. Fazer assepsia do local, sendo realizada do local menos contaminado para o mais contaminado, ou seja, de fora para dentro, ao redor, sobre a ostomia e o por último o orifício. Deixar bem seco. Após a limpeza, medir utilizando a régua sem encostar na ostomia, cobrir o estoma com uma gaze. Depois cortar a bolsa de acordo com a medição retirar o adesivo mais interno e passar a pomada estomasivi, retirar a gaze de cima do estoma, fixar sobre o estoma de forma lateralizada e retirar o outro adesivo, mais externo para maior fixação sobre a pele. Fechar o clamp inferior da bolsa. 16 TERMINOLOGIAS CIRÚRGICAS Sufixo Significado Ectomia Remoção parcial ou total. Pexia Fixação de um órgão. Plastia Alteração de forma e/ ou função. Rafia Sutura. Scopia Visualização do interior do corpo em geral por meio de aparelhos com lentes especiais. Somia Abertura cirúrgica de uma nova boca. Tomia Abertura de um órgão. Prefixo Relativo à Adeno Glândula Blefaro Pálpebra Cisto Bexiga Cole Vesícula Colo Cólon Colpo Vagina Entero Intestino Gastro Estômago Histero Útero Nefro Rim Oftalmo Olho Ooforo Ovário Orqui Testículo Osteo Osso Oto Ouvido Proto Reto Rino Nariz Salpingo Trompa Traqueo Traqueia 17 - Saúde da Criança e do Adolescente/ Roteiro de Consulta Individual Data: / / Hora: Idade em dias: Meses : Peso: Estatura: g cm ganho: GP: g/dia ganho: cm/mês: PC: cm ganho: cm/mês: Motivo da consulta: CD, retorno ou queixa clínica. Antecedentes familiares: pais ou cuidador - idade, nível de escolaridade, ocupação e estado de saúde até a terceira geração (estado nutricional, doença hereditária, infectocontagiosa ou óbito). Antecedentes Fisiopatológicos: mãe: Gesta/Para/Aborto, condições da última gestação, do parto. criança: condições do nascimento, peso ao nascer, fator Rh, teste de Coombs, patologias neonatais, internações anteriores. Situações Ambientais: moradia (quantos cômodos há na casa, possui água, luz e condições de saneamento?), quem cuida criança, posição da criança na família. Histórico Alimentar: tipo de alimentação, frequência, dificuldade com aleitamento materno, início do desmame, preparo e tipos de alimentos oferecidos. Eliminações: diurese: aspecto, frequência, algias evacuações: aspecto, consistência, algias, frequência das evacuações. Sono: problema relacionado ao sono, choro, irritabilidade. Situação da Vacinação: análise da imunização (em dias ou atraso). Análise do crescimento: posição do peso em relação às curvas do gráfico (dentro, acima ou abaixo do Z +2 e -2), inclinação do traçado (ascendente, horizontal, descendente). Crescimento satisfatório ou insatisfatório. Exame físico: criança BEG, ativa, eupneica, normocorada, anictérica, nutrida, afebril, boas condições de higiene... Cabeça: normocefálico, fontanela bregmática aberta? (1,5 x 1,0 cm) e deprimida, normotensa, abaulada? Couro cabeludo íntegro, implantação óculo-occipital das orelhas. Face alongada, narina com secreção hialina, espessa, orofaringe integra, amígdalas levemente edemaciadas e de coloração rósea, ausência de dentição, bordas da gengiva inferior e superior edemaciada, fina, presença de pontos de coloração esbranquiçada, hiperemiada, onde? face interna da bochecha. Gânglios presente: cervical, occipital, mentoniano, mole, móvel, indolor à palpação? Ausculta pulmonar, Cardíaca e Abdominal? Abdome: semi flácido, distendido, timpânico, VMG, indolor a palpação, RHA +, cicatriz umbilical protusa, hérnia, presença de secreção ou eritema. Genitália: testículos ectópicos, ectópico, prepúcio retrátil, secreção. Região perianal, presença de placas eritemato- descamativas medindo 2 cm de largura x 3 cm de comprimento, com bordas nítidas, levemente edemaciadas, íntegra. Extremidades: bem perfundidas, sem edemas, tônus muscular adequado para a idade. Pele: lisa e macia. Análise do desenvolvimento: presença de resposta esperada para a idade (reflexos até 2° mês de vida, e após essa idade marcos do desenvolvimento motor e social) ou falha em alcançar algum item do desenvolvimento. Avaliação final: Criança eutrófica ou citar problemas levantados enumerando um por um. Condutas e Orientações: orientações seguindo as cinco ações básicas do PAISC: Gráfico, CD, dieta, tratamento prescrito, vacinação, higiene, encaminhamentos, agendamento do retorno, Prevenções 3D, IRA (enumerar cada conduta de acordo com o problema levantado acima). Agendamento do Retorno: Próximo Cd ou consulta para avaliação. Assinatura/identificação Obs: na consulta de retorno pular antecedentes familiares + antecedentes fisiopatológicos + situação ambiental ou então descrever de maneira bem sucinta. Reflexos do Recém Nascido Reflexo pupilar - constrição ipsilateral (pertinente ao mesmo lado) e contralateral (pertencente ao lado oposto) à luz. Fundamental quando o canto da boca é tocado e o objeto é deslocado no sentido da bochecha; o recém nascido irá virar a cabeça no sentido do objeto e abrirá a boca. Preensão palmar a pressão sobre a palmada mão irá gerar apreensão. Preensão plantar - a pressão sobre a planta do pé, atrás dos artelhos, irá provocar a flexão dos artelhos. Reflexo tônico do pescoço quando a cabeça é virada de um lado para o outro, com a perna e o braço daquele lado em extensão, os membros do lado oposto sofrem flexão. Cervical - quando a cabeça é virada para um lado, o ombro e o tronco seguidos pela pelve, irão voltar-se para aquele lado. Reflexo de Moro resposta a ruído alto e repentino, fazendo com que o corpo se enrijeça e os braços se movimentem para cima e se estiquem, em seguida para diante e na direção um do outro. O polegar e o indicador assumirão Reflexos de Sustentação Positiva quando mantido em posição ereta o recém nascido enrijecerá os membros inferiores e sustentará o peso. Sinal de Babinski arranhar a região plantar provocará flexão do primeiro pododáctilo e a criança começar a caminhar, este sinal desaparecerá. Reflexo Extensor Cruzado quando uma perna está estendida e o joelho é mantido reto, enquanto a região plantar é esticada, a perna oposta irá flexionar. Sinal de Landau quando o neonato é suspenso no plano horizontal, a cabeça pendendo contra o tronco e o pescoço flexionado, as pernas irão sofrer flexão e serão fletidas no sentido do tronco. Reflexo de Estimulação Óptica quando a luz é subitamente direcionada aos olhos abertos, estes irão fechar-se rapidamente, com uma rápida flexão dorsal da cabeça. Reflexo de estimulação auditiva os olhos se fecharam rapidamente quando o examinador bate palmas com força, cerca de 30 cm de distância da cabeça da criança. Encolhimento dos braços quando os braços são estendidos ao mesmo tempo em que são puxados para adiante e agarrando-se lhes os punhos, ambos os braços se flexionarão ao nível do cotovelo, quando soltos. Reflexo de retirada um beliscão na planta do pé fará com que o recém nascido flexione a perna ao nível do quadril, joelho e tornozelo. Flexão da Marcha quando a criança é mantida em pé, com o dorso do pé tocando suavemente a borda da mesa, a criança flexionará os quadris e os joelhos e colocará o pé sobre a mesa. Isto irá gerar a resposta da marcha no pé oposto. Reflexo de Pára-Quedas quando uma criança é mantida em posição elevada e desce rapidamente para uma superfície, ela estenderá os braços e as pernas. Reflexo Postural colocando o recém nato em pé, com a cabeça na linha média, irão fazer com que a sua cabeça vire para o lado. Outras características do Recém Nato Chora, suga, possui a pele extremamente sensível, possui sons discriminativos, dorme por períodos longos, apresenta pouco controle com a cabeça (atraso craniano). Capacidade Gástrica Criança (em média) Ao nascer, o estômago do bebê é do tamanho de uma cereja, suportando apenas cerca de 7 ml de leite. Com o passar do tempo, ele vai aumentando juntamente com o tamanho do bebê, conseguindo suportar entre 80 e 150 ml no fim do primeiro mês de vida. Após esse período, o estômago cresce de acordo com o peso do bebê, tendo sua capacidade estimada em 20 ml/kg. Assim, um bebê de 5 kg tem um estômago que suporta cerca de 100 ml de leite. Análise da Urina Diurese do RN e da criança é variavel, segundo a quantidade de liquido ingerido, a transpiração da criança, etc. Volume médio em 24 horas ml 01° dia 15 a 30 02° e 03° dias 50 a 100 03° a 10° dias 100 a 150 Até os 30 dias 150 a 300 Entre 02 e 04 meses 300 a 400 Entre 04 e 08 meses 400 a 500 Entre 08 e 12 meses 500 a 600 Entre 02 e 05 anos 600 a 800 Ph da urina Reação da urina fortemente ácida no Rn. Depois da urina pode variar ligeiramente, de acordo com a alimentação. Com leite materno 7,0 a 7,5 Com leite de vaca Com dieta que predomina a carne Com dieta vegetariana 5,5 a 6,5 5,0 a 6,0 6,0 a 7,0 Densidade urinária para a idade ml 01° ano 1.003 1.006 02° ano 1.006 1.012 03° ao 06° ano 1.012 1.015 Na criança maior 1.015 1.020 Controle voluntário da micção. Estabelece-se, em geral, entre 24 e 36 meses, primeiro o controle vesical diurno e depois o noturno. Análise de evacuações Mecônio fezes preto-esverdeado, as de consistência mole e pegajosa, nos primeiros 03 dias após o nascimento. É o último controle a ser definido. De transição fezes amarelo-ouro com rajas esverdeadas, consistência mole ou granulosa após o 03° ou 04 ° dia de vida. Com aleitamento materno 01° mês evacuações freqüentes, variando de 5 a 12 por dia, volumosas, de consistência pastosa, granulosa ou mesmo semi-aquosa, odor adocicado. 02° mês número de evacuações é muito variável de uma criança para outra, mas há uma diminuição progressiva do número de evacuações. Com alimentação mista ou artificial As fezes têm consistência mais firme, de cor marrom-amarelado a marrom, odor mais forte. Quando a criança toma suplemento de ferro, as fezes se tornam pretas ou esverdeadas. PRESSÕES ARTERIAIS NORMAIS EM CRIANÇAS POR IDADE Idade PA Sistólica (mmHg) PA Diastólica (mmHg) Meninas Meninos Meninas Meninos Neonatos (1ºdia) 60 a 76 60 a 74 31 a 45 30 a 44 Neonatos (4ºdia) 67 a 83 68 a 84 37 a 53 35 a 53 Lactentes (1 mês) 73 a 91 74 a 94 36 a 56 37 a 55 Lactentes (3 meses) 78 a 100 81 a 103 44 a 64 45 a 65 Lactentes (6 meses) 82 a 102 87 a 105 46 a 66 48 a 68 Lactentes (1 ano) 68 a 104 67 a 103 22 a 60 20 a 58 Crianças ( 2 anos) 71 a 105 70 a 106 27 a 65 25 a 63 Crianças ( 7 anos) 79 a 113 79 a 115 39 a 77 38 a 78 Adolescentes (15 anos) 93 a 127 95 a 131 47 a 85 45 85 DEFINIÇÃO DE HIPOTENSÃO POR PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA E IDADE Idade PA sistólica (mmHg) RN a termo < 60 Lactentes (1 a 12 meses) < 70 Crianças (1 a 10 anos) (5º percentil de PA) < 70 + (idade em anos x 2) Crianças > 10 anos < 90 FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA NORMAL EM CRIANÇAS POR IDADE Idade Freqüência respiratória RN 40- 50 mov\min Lactentes 30- 40 mov\min 1 ano 25- 30 mov\min Pré-escolares 20- 25 mov\min 10 anos 18- 20 mov\min Esquema Alimentar no Primeiro Ano de Vida 6 a 7 meses 7 a 8 meses 8 a 10 meses 12 meses Manhã leite materno Leite materno Leite materno leite materno ou de vaca, pão ou biscoito Interval o Suco de fruta s Suco de frutas Suco de fruta s Suco de fruta s Almoço leite materno Papa salgada Papa salgada Papa ou refeição básica da família Lanche Papa de fruta leite materno Papa de fruta leite materno Papa de fruta leite materno Papa de fruta leite materno ou de vaca, pão ou biscoito Jantar Leite materno Leite materno Papa salgada Papa ou refeição básica da família Ceia Leite materno Leite materno Leite materno Leite materno ou de vaca Alimentação do pré-escolar (2 a 6 anos) Composição da Dieta para inserir novos alimentos Tubérculo cereal Leguminosas ou prot. Animal Vegetais/hortaliç as Mandioca arroz Feijão boi couve espinafre Batata milho Lentil ha peixe cenour a abobrinha Cará fubá Soja frang o abóbor a couve-flor trigo Fava ovo chuch u aveia Ervilh a leite agrião Alimento energético Aliment o construt or Sais e vitaminas Esquema de desmame 0 - 12 meses 0 - 6º mês 6º -7º mês 7º - 8º mês 9º - 12º mês 06:00 AME Seio mat. seio mat. Idem anterior 09:00 suco ou suco ou papa de papa de Frutas frutas 12:00 Sopinha almoço 15:00 papa d e papa de Frutas frutas 18:00 seio mat. jantar 21:00 24:00 seio mat. Lanche seio mat. Recomenda-se a seguinte dieta: Leite: pela manhã e pela noite 2x ao dia, pães e bolos Fruta ou suco: no meio da manhã1x ao dia, pães e bolos Almoço: prato colorido 1x ao dia Fruta ou sanduíche: no meio da tarde 1x ao dia, pães e bolos Jantar: prato colorido 1x ao dia Leite: à noite, antes de dormir, pães e bolos. Prato colorido: Cereais: arroz, milho, fubá, trigo e aveia. Leguminosas: feijão, lentilha, soja, fava e ervilha. Carne: de vaca, fígado, peixe, coração, miúdos de galinha, ovo. Variar a apresentação das carnes na cocção. Hortaliças ou vegetais: alface, couve, espinafre, acelga, tomate, pimentão, abóbora, cenoura, pepino, berinjela, rabanete, vagem, repolho, jiló, couve-flor. Preparo do Soro Caseiro (diarréia) Lavar bem as mãos antes de começar. Encha bem um copo grande (200ml) com água limpa, fervida ou filtrada. Coloque duas colheres de sopa de açúcar. Coloque uma colher de café rasa de sal, mexa bem e dê a criança depois de cada evacuação, em colheradas ou com o próprio copo. O tipo de dieta a criança durante o tratamento da diarréia: Manter aleitamento materno e a alimentação normal. Não dar mamadeiras. Oferecer alimentos obstipantes, como: maçã, banana, goiaba, arroz, polvilho, gelatina, biscoito de água, polpas das frutas, frango. Oferecer esses tipos de alimentos em forma de papas, purê ou sucos. Use os alimentos da estação e regional, pois são mais baratos. O uso de óleos, gorduras e nozes com moderação (castanhas de caju, amendoim) no preparo dos alimentos também facilita absorção da vit. A e carotenóides da dieta. Oferecer alimentos enriquecidas com vit.A. Suplementar vitamínicos Kg/gotas/dia. O que oferecer a criança que apresenta obstipação: Alimentos laxantes, como: mamão, laranja, uva, ameixa, suco de frutas, cenoura e outras verduras, mandioca, aveia, óleo e milho. Dermatoses Mais Comuns Dermatose é um conjunto de doenças da pele, caracterizada por manifestações alérgicas persistentes, cujos sintomas de uma forma geral são a formação de bolhas, coceira, inflamações e descamação da pele. Eczemas e Dermatites Eczema é um tipo de dermatose que se caracteriza por apresentar vários tipos de lesões. Pode ser agudo, subagudo ou crônico. A versão aguda tem lesões que começam com marcas avermelhadas com bolhinhas de água na superfície que, ao se romperem, eliminam um líquido claro, o que caracteriza a fase subaguda do eczema. Já na fase crônica, a secreção começa a secar, levando à formação de crostas. Nessa etapa, se observa também o aumento da espessura da pele. O paciente pode ter eczema agudo, agudo/subagudo, subagudo/crônico ou só crônico. Assim, não é necessário o mesmo paciente ter todas as fases de um eczema para se fazer o diagnóstico da dermatose. Eczema atópico ou dermatite atópica: é um eczema que aparece em áreas específicas do corpo, como face, dobras de braços e pernas. Esse tipo está associado à asma e à rinite. O eczema atópico, em geral, começa a partir do segundo mês de vida; pode aparecer em surtos e se manifestar por toda vida do paciente. Nesse tipo de eczema, a coceira é o sintoma mais importante, sendo um dos dados que contribuem para o diagnóstico. Fatores genéticos e imunológicos favorecem essa dermatose. Eczema de contato ou dermatite de contato: surge após o contato de material ou produto na pele do indivíduo. Substâncias, presentes no material ou no produto, causam o eczema por terem a capacidade de provocar um dano nas células da pele, ou gerarem uma reação alérgica do organismo contra elas. Nos dois casos, as reações se manifestam como eczema. As localizações mais frequentes são: mãos, face, pescoço e pés. Eczema por droga ingerida ou farmacodermia eczematosa: ocorre quando o paciente ingere uma droga ou medicamento que provoca uma reação indesejada, que se manifesta como eczema na pele. Antibióticos, anti-inflamatórios, analgésicos e outras classes de drogas podem desencadear esse quadro. Eczema numular: caracteriza-se por placas de eczema, simétricas, distribuídas em várias partes do corpo e cuja causa é desconhecida. Muitos autores consideram o eczema numular como uma parte do quadro de dermatite atópica. Eczema de estase: localizado em pernas, simétrico e associado a varizes de membros inferiores. A má nutrição do tecido, decorrente do comprometimento da circulação local, favorece o aparecimento desse tipo de eczema. Eczema disidrósico ou disidrose: pequenas bolhas que surgem nas mãos e nos pés. Pode ter várias causas como o eczema atópico, a dermatite de contato e a farmacodermia eczematosa. Além disso, a presença de micose nos pés pode levar à formação de bolhas nas mãos, como uma reação alérgica ao fungo presente na região plantar. Existe um tipo de disidrose chamada idiopática, ou seja, sem causa determinada, que está relacionada ao estresse emocional. Miliária ou Brotoeja: Pequenas erupções pápulas eritematosas rubra com vesícula cristalina, causada pelo aumento de secreção das glândulas sudoríparas. É decorrente de altas temperaturas, excesso de roupa e febre. Ocorrem principalmente no pescoço, face e dorso. Tratamento: consiste em banhos refrescantes, roupas x ao dia nas lesões. Intertrigo: Desencadeadas pela umidade e fricção, geralmente associada à miliária. Na área afetada ocorre hiperemia, descamação e maceração das dobras da pele pode haver infecções secundárias por cândida e bactérias. Tratamento: consiste em manter a criança em ambiente arejado, com roupas leves, banho frio, secar bem as áreas afetadas (compressas absorventes ou secador), o uso de necessário. Não usar óleos, cremes ou pomadas. No caso de infecção associa-se uso de ATB, fungicida e/ou corticóide. Dermatite Amoniacal ou de áreas de fralda: Uma das dermatoses mais comuns na fase de lactente; de área anogenital devido efeito da amônia pela degradação da uréia por bactérias da fralda, fezes, látex, plástico, amaciantes, calor, umidade e outros irritantes químicos. A infecção por candida deve ser suspeita na falha de resposta de resposta ao tratamento e na presença de úlceras raras, de fundo brilhante, de bordas nítidas e às vezes com descamação fina, a presença de candida oral confirma o diagnóstico. Dermatite Seborréica: É uma reação inflamatória crônica e recorrente da pele. Comum no couro cabeludo (crosta), mas pode afetar as pálpebras (blefarite), canal auditivo externo (otite externa), pregas nasolabiais e região inguinal. A causa não é conhecida, embora ela seja mais comum no início do período de lactância em que é há maior produção de sebo. Indicar retirada lenta com algodão embebido em óleo vegetal. Milium: Encontradas em regiões de face e membros, disseminadas, espaçadas e esbranquiçadas. Geralmente são relacionadas a parasitoses intestinais ou micoses. Impetigo: Presença de reação inflamatória na mucosa nasal e pele vizinha com secreção purulenta e crostas, ou secreção nasal clara persistente. Tratamento: retirada de crostas e ATB tópico a base de neomicina creme. Adiponecrose: Nódulo ou placa endurecida, arroxeada, geralmente sobre saliências ósseas (face, ombro, nádegas). Geralmente associado a feto grande. TRATAMENTO Dermatite em crianças: Trocar freqüentemente as fraldas sujas e/ou molhadas; Lavar a região com água a cada troca de fralda; Secar sem esfregar; Evitar o uso de calça plástica; Expor a região à luz solar; Usar cremes preventivos de assadura a base de óxido de zinco ao meio (óleo vegetal); óleos de cadeia média ou lanolina. Usar permanganato de potássio em caso de pústula; Em caso de monilíase oral usar solução de bicarbonato. Se presença de fungo: Lavar as fraldas com água e sabão de coco, não usar amaciante, ferver e deixar de molho em água e vinagre (1 colher de sopa de para cada litro de água);
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